Marco Rubio, chefe da diplomacia dos EUA, citou suposto uso de organização Pan-Americana para driblar sanções a Cuba; Itamaraty ainda não se manifestou
O governo dos Estados Unidos anunciou, na noite desta quarta-feira (13), a revogação de vistos de funcionários do Ministério da Saúde do Brasil que atuaram durante a implementação do programa Mais Médicos, informa o Metrópoles. A medida foi divulgada pelo secretário de Estado Marco Rubio.
Foram atingidos pelas sanções Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP 30, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A decisão impede que eles entrem em território norte-americano.
No Twitter, Rubio classificou o Mais Médicos como um “esquema diplomático inconcebível de missões médicas estrangeiras”, acusando o Brasil e a OPAS de atuarem como intermediários para viabilizar o envio de médicos cubanos ao país e driblar sanções impostas pelos EUA contra Havana.
“O Departamento de Estado está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, escreveu o senador.
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Pretensa regra de ouro da emissora foi quebrada em favor de um dos governos que promove uma das matanças mais cruéis que a humanidade já viu
É cada vez mais estarrecedor o nível de barbárie com que Israel executa o genocídio em Gaza há quase dois anos. Não só pelos números superlativos, que chegam a mais de 60 mil mortos (cerca de 40 mil mulheres e crianças) e 150 mil feridos, mas também pelo modus operandi.
Desde que os homens do Hamas invadiram território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram cerca de 200 reféns, as tropas de Netanyahu receberam de seus comandantes carta branca para exterminar a população civil de Gaza. A justificativa de que terroristas se escondem entre a população comum tem servido de salvo conduto para a matança indiscriminada.
Naquele pedaço de terra, os militares de Israel destruíram casas, bombardearam campos de refugiados, explodiram escolas, mandarem pelos ares hospitais. As bombas e os tiros mataram professores, médicos, socorristas, funcionários da ONU e da Cruz Vermelha, jornalistas…
Na fase atual, a máquina da morte de Israel usa a fome para acabar com adultos e crianças que escaparam dos tiros e explosões. O governo Netanyahu impede a entrada de mantimentos no território palestino, o pouco alimento que chega não corresponde a 10% do necessário. São cada vez mais comuns as imagens de meninos e meninas esquálidos, com os ossos visíveis sob a pele. Morrer de fome virou destino comum.
A crueldade do massacre é tamanha que até mesmo países que por muito tempo fizeram vistas grossas ao genocídio passaram a reclamar da falta de humanidade do governo israelense. Alguns, como França, Alemanha, Austrália, Reino Unido e Canadá, anunciaram que vão reconhecer o Estado da Palestina em setembro. Até mesmo Donald Trump, o principal cúmplice de Netanyahu, reconheceu que as imagens de crianças famélicas são chocantes.
Com o tempo, a vergonha pelo extermínio causado em Gaza faz com que Israel perca aliados em várias partes do mundo.
Os lobistas israelenses sabem, no entanto, que no Brasil sempre terão um poderoso alto-falante para amenizar os seus malfeitos.
O principal telejornal da maior emissora de TV do país sempre faz o possível para minimizar o genocídio em Gaza.
São ilustrativas dessa parcialidade as justificativas que os apresentadores do Jornal Nacional têm divulgado logo após noticiarem os seguidos fuzilamentos de moradores de Gaza surpreendidos enquanto disputam um pouco de comida em meio à multidão. Esse tipo de tiro ao alvo macabro se repetiu dezenas de vezes. A repetição não deixa dúvida quanto à intenção assassina. Mas no telejornal da Globo as notícias sobre esses episódios sempre se encerram com a cínica versão israelense de que teria havido erro por parte dos soldados.
Todos sabem que no dia seguinte o “erro” se repetirá.
Em oportunidades anteriores, a coluna usou um parâmetro que não tem nada de subjetivo para comprovar a parcialidade da Globo a favor de Israel: a minutagem. A contagem de tempo das matérias mostra sempre que para a emissora o drama dos reféns israelenses sequestrados pelo Hamas é muito mais importante que as dezenas de milhares de palestinos assassinados a mando de Netanyahu.
Na edição de terça-feira (12), porém, essa tomada de posição ficou ainda mais clara.
Em reportagem que duraria 2 minutos e 40 segundos, William Bonner anunciou: “O governo israelense divulgou um relatório que detalha o sofrimento dos reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas”. A seguir, a repórter Bianca Rothier, de Genebra, abordou o documento apresentado à ONU, mostrando o impacto físico e mental nas vítimas, com base em relatos e condições de 12 sobreviventes libertados no fim ano.
Violações do Direito Internacional Humanitário, abuso, tortura e negligência médica foram constatados. O vídeo cedido pelo governo de Israel realmente mostrava um refém em condição lastimável, uma afronta à dignidade humana. Mães de jovens em cativeiro (um deles soldado) e o embaixador de Israel na ONU foram entrevistados.
A estimativa é de que haja 20 reféns ainda nas mãos do Hamas, e nada mais justo que o jornalismo apresente esse drama ao público.
Ao fim do relato, no entanto, frustrou-se quem esperava que a Globo fosse mostrar o cotidiano trágico dos moradores de Gaza, mesmo que com tempo menor, como é seu costume.
Nem isso. O telejornal não dedicou aos palestinos um segundo sequer.
A edição de quarta-feira (12) do JN entrou para a história da infâmia do jornalismo brasileiro como aquela em que a Globo ignorou as centenas de vítimas que foram mortas e feridas em Gaza naquele dia (juntando-se aos 60 mil mortos e 150 mil feridos já contabilizados) e lamentou exclusivamente pelos 20 reféns israelenses.
A pretensa regra de ouro da emissora, de “ouvir os dois lados”, foi quebrada justamente em favor de um dos governos que promove uma das matanças mais cruéis que a humanidade já viu.
Pareceu até que um tênue sinal de constrangimento marcou as expressões dos apresentadores do telejornal no começo e no fim da reportagem.
Mas talvez tenha sido apenas impressão deste colunista, diz Chico Alves no ICL.
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Projeto de Netanyahu avança em meio a ataques generalizados na Cidade de Gaza; ao menos 123 morreram nesta quarta-feira
O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Eyal Zamir, aprovou nesta quarta-feira (13/08) as linhas gerais do plano operacional para ampliar a ocupação na Faixa de Gaza, começando pela Cidade de Gaza, principal centro urbano do enclave. O projeto israelense foi anunciado na semana passada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após passar pela aprovação do gabinete de segurança, e foi rechaçado pela comunidade internacional.
De acordo com um comunicado, o órgão militar sionista “aprovou a principal estrutura do plano operacional do Exército na Faixa de Gaza”, apesar da resistência de alguns funcionários internos ao projeto de ocupação. Inclusive, o próprio tenente-general Zamir se dizia contrário ao plano devido ao risco dos prisioneiros remanescentes em Gaza, mas afirmou que seguirá as ordens do governo.
As ações das IDF já foram iniciadas na terça-feira (12/08) na área de Zeitoun, um dos principais bairros da Cidade de Gaza, provocando muitas mortes. O Exército destacou que o conceito principal do plano para as próximas fases da operação foi aprovado em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo gabinete de Netanyahu.
Zamir ressaltou “a importância de aumentar a prontidão das tropas para o recrutamento de reservistas, garantindo, ao mesmo tempo, o período necessário para a reorganização e recuperação para as próximas missões”.
A aprovação do plano foi divulgada horas depois que o Hamas anunciou o envio de uma delegação ao Cairo, no Egito, para “conversações preliminares” com as autoridades mediadoras sobre uma possível trégua. Segundo a TV Al-Qahera News, o grupo palestino expressou seu desejo de um “rápido retorno às negociações de cessar-fogo” em Gaza.
Em entrevista ao canal de televisão israelense i24News, Netanyahu reiterou que os palestinos deveriam sair do território, ao alegar que “eles não estão sendo expulsos” pois “terão permissão para sair”.
O plano anunciado pelo premiê na semana passada prevê inicialmente a ocupação da Cidade de Gaza, principal centro urbano do enclave, onde o Exército israelense declarou ter evitado entrar desde a intensificação do genocídio, em 7 de outubro de 2023, embora o município tenha sido intensamente bombardeado. A invasão deve provocar a evacuação de um milhão de pessoas.
Ataques à Cidade de Gaza A recente incursão israelense sobre a Cidade de Gaza já provocou ao menos 123 mortes nas últimas 24 horas desta quarta-feira, segundo o Ministério da Saúde palestino. Os ataques começaram antes mesmo da formalização do plano operacional por parte do Exército de Israel.
À agência de notícias Reuters, moradores relataram que aviões e tanques israelenses bombardearam áreas orientais da Cidade de Gaza, destruindo residências. De acordo com o hospital Al-Ahli, pelo menos 12 pessoas foram mortas em apenas uma ofensiva aérea a uma casa em Zeitoun
Os relatos também incluem ataques terrestres a moradias na região leste de Khan Younis, no sul de Gaza. Apenas no centro, fontes médicas afirmaram à emissora catari Al Jazeera que militares israelenses também mataram 12 palestinos que buscavam ajuda humanitária, em meio à fome generalizada. No enclave todo, nesta quarta-feira, 26 requerentes de ajuda foram assassinados.
Em relação às mortes por desnutrição aguda, o Ministério da Saúde local informou que nas últimas 24 horas houve mais oito fatalidades, incluindo três crianças. O diretor de hospitais gerais de Gaza, Mohammed Zaqout, relatou nesta quarta-feira que, até o momento, pelo menos 235 pessoas já morreram de fome, sendo 106 crianças entre as vítimas fatais.
*Opera Mundi
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Viralza vídeo de bispo evangélico andando próximo a bar com roupas femininas; ele afirma que foi vítima de extorsão e que usava disfarce para apurar denúncias
Um vídeo que viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (11) está causando polêmica na capital goiana. As imagens mostram um homem usando calcinha, micro short, peruca loira e maquiagem caminhando tranquilamente por um estacionamento ao lado de um bar no Setor Urias Magalhães, região norte de Goiânia. Segundo páginas locais, o personagem inusitado seria o bispo Eduardo Costa, pastor evangélico e conhecido cerimonialista de eventos na cidade.
A gravação teria sido enviada por uma seguidora, que também forneceu a identidade do homem. “Ele usa o nome de Deus para ganhar dinheiro”, escreveu a denunciante. Ainda de acordo com a publicação, o religioso teria o hábito de permanecer na porta de bares da região, vestido com roupas femininas.
Depois de posar para fotos usando o boné com o slogan “Make America Great Again” e bajular Donald Trump. Tarcísio de Freitas viu seu nome aparecer de forma nada lisonjeira em um documento oficial do próprio presidente norte-americano
Depois de posar para fotos usando o boné com o slogan “Make America Great Again” e bajular Donald Trump — repetindo o gesto de outro governador brasileiro, Ibaneis Rocha —, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), viu seu nome aparecer de forma nada lisonjeira em um documento oficial do próprio presidente norte-americano. Poucos dias após as demonstrações públicas de simpatia, Donald Trump divulgou o relatório anual de direitos humanos dos Estados Unidos, no qual condena com veemência a violência policial em São Paulo, sob a gestão de Tarcísio.
O documento “2024 Country Reports on Human Rights Practices: Brazil” dedica um capítulo inteiro a “Execuções Extrajudiciais”, apontando relatos de homicídios arbitrários atribuídos à Polícia Militar paulista e de outros estados. Segundo o relatório, parte desses casos está ligada às operações Escudo e Verão, realizadas na Baixada Santista entre julho de 2023 e abril de 2024, após a morte de policiais militares.
De acordo com a Pensar Piauí, o texto afirma que essas ações resultaram em mortes atribuídas a policiais, inclusive de suspeitos que teriam se rendido, e também menciona operações contra organizações criminosas transnacionais no estado.
Além das críticas a São Paulo, o documento cita o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no contexto de alegações de censura, e relata casos em outros estados. No Rio de Janeiro, destaca avanços na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, com a prisão dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e a condenação dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Em Roraima, aponta a demissão e prisão de mais de 100 policiais militares acusados de integrar milícias e grupos de extermínio, atuando em segurança armada para garimpeiros ilegais e cometendo roubos.
Em resposta às críticas, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que todas as mortes ocorridas nas operações Escudo e Verão foram investigadas pelo Deic de Santos, com acompanhamento da Corregedoria da PM, do Ministério Público e do Judiciário. Disse ainda que os policiais foram absolvidos e que as apurações incluíram análise de câmeras corporais e compartilhamento de provas com órgãos de controle.
O governo paulista ressaltou que as ações na Baixada resultaram na prisão de 388 foragidos, captura de cerca de 600 suspeitos, apreensão de 119 armas de fogo — incluindo fuzis de uso restrito — e na retirada de aproximadamente uma tonelada de drogas. Até o momento, a gestão de Tarcísio não comentou o fato de ter sido criticada justamente por quem, dias antes, recebeu seu gesto público de admiração.
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Prazo para alegações finais termina nesta quarta (13); Moraes vai preparar relatório e voto para julgamento em setembro
O processo do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a trama golpista dá nesta quarta-feira (13) seu último passo antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de liderar a tentativa de golpe de Estado de 2022.
As defesas têm até o fim do dia para entregar as alegações finais dos réus — um procedimento em que os denunciados reúnem todas as informações que foram levadas ao processo para defender suas inocências.
O avanço da ação penal contra Bolsonaro ocorre em um momento de pressão contra o Supremo.
O governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, aplicou sanções contra ministros do tribunal e determinou uma sobretaxa para produtos brasileiros, se dispondo a reverter a crise somente com o arquivamento do processo contra Bolsonaro, seu aliado político.
O ministro Alexandre de Moraes, porém, diz que sequer vai considerar as pressões de Trump. “O STF irá ignorar as sanções aplicadas. Esse relator vai ignorar as sanções que foram aplicadas e continuar trabalhando como vem fazendo, sempre de forma colegiada”, disse durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário.
As defesas de Bolsonaro e outros réus não devem citar em suas alegações finais a crise instaurada com a ofensiva dos Estados Unidos contra o STF, segundo três advogados consultados pela Folha.
A percepção entre as defesas é que o assunto gera ainda mais desgaste para os réus, já que o Supremo está unido contra ataques à soberania nacional e à independência do Judiciário. A estratégia, portanto, é ater-se aos autos.
Com o fim do prazo para as alegações finais, o processo contra Bolsonaro entra em seu momento decisivo. Moraes agora vai preparar seu relatório, com os detalhes de cada fase da ação penal, e seu voto, com a análise das provas colhidas no processo contra cada um dos réus.
Quando estiver com o material pronto, o relator deverá pedir uma data na agenda do Supremo para o julgamento. A inclusão na pauta cabe ao presidente da Primeira Turma, o ministro Cristiano Zanin. A expectativa no Supremo é que o julgamento ocorra em setembro.
De acordo com o ICL, advogados dos réus acreditam que o ministro Luiz Fux pode pedir vistas (mais tempo para análise) do processo. Pelo prazo regimental, o ministro teria até 90 dias para devolver o caso para julgamento.
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Plano será lançado nesta quarta e terá recursos fora da meta fiscal
As empresas afetadas pelo tarifaço do governo de Donald Trump receberão R$ 30 bilhões em linhas de crédito, disse há pouco o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao canal Band News, ele adiantou o valor da ajuda em crédito que será anunciada nesta quarta-feira (13).
“Amanhã, vou lançar uma medida provisória que cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as empresas brasileiras que porvntura tiveram prejuízos com a taxação do Trump. [Essa quantia de] R$ 30 bilhões é o começo. Você não pode colocar mais porque não sabe quanto é’, declarou Lula, indicando que o valor pode aumentar, caso seja necessário.
De acordo com Lula, o plano dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis.
“A gente está pensando em ajudar as pequenas empresas, que exportam espinafre, frutas, mel e outras coisas. Empresas de máquinas. As grandes empresas têm mais poder de resistência. Nós vamos aprovar [a medida provisória] amanhã, e acho que vai ser importante para a gente mostrar que ninguém ficará desamparado pela taxação do presidente Trump”, prosseguiu o presidente.
Segundo Lula, o plano procurará preservar os empregos e buscar mercados alternativos para os setores afetados.
“Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, vamos procurar achar outros mercados para essas empresas. Estamos mandando a outros países a lista das empresas que vendiam para os Estados Unidos porque a gente tem um lema: ninguém larga a mão de ninguém”, acrescentou.
O presidente também anunciou que ajudará os empresários afetados a brigar, na Justiça estadunidense, contra o tarifaço aos produtos brasileiros. “Vamos incentivar os empresários a brigar pelos mercados. Não dá para dar de barato a taxação do Trump. Tem leis nos Estados Unidos, e a gente pode abrir processo. Eles podem brigar lá”, explicou.
Créditos extraordinários Mais cedo, pouco após audiência pública no Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que as medidas de ajuda virão por meio de crédito extraordinário ao Orçamento, recursos usados em situações de emergência fora do limite de gastos do arcabouço fiscal. Esse sistema foi usado no ano passado para socorrer as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
Sem dar detalhes sobre o plano, Haddad afirmou que as medidas estão 100% prontas e que contemplam as demandas do setor produtivo. Ele ressaltou que a formulação das propostas ocorreu após reuniões com vários representantes e que deve ser “o necessário para atender aos afetados”.
Assista à entrevista na íntegra:
*Com Agência Brasil
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O presidente da Venezuela reagiu após o governo dos EUA oferecer US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu com fúria ao tomar conhecimento do fato de que o governo dos EUA, sob o comando de Donald Trump, está oferecendo US$ 50 milhões por informações que possam levá-lo à prisão.
Durante transmissão na TV estatal venezuelana VTV, Maduro alertou os Estados Unidos para que deixem a Venezuela em paz e afirmou que, caso contrário, a resposta “pode ser o início do fim do império americano”.
Maduro prosseguiu em seu alerta aos EUA: “Eu digo aos imperialistas, e digo ao meu povo: não ousem. Deixem quieto quem está quieto.”
🇺🇸🇻🇪 | Nicolás Maduro amenaza a los Estados Unidos con “el fin del imperio”:
"Le digo a los imperialistas, no se atrevan, porque la respuesta pudiera ser el inicio del final del imperio norteamericano. Dejen quieto a quien quieto está".pic.twitter.com/0IjqLFMh28
Amchan aponta aumento de 4,2% nas vendas do primeiro semestre com estratégia de antecipação de embarques antes da sobretaxa de 50%
Tudo anda muito incerto no cenário do comércio exterior com os Estados Unidos após o presidente Donald Trump implementar oficialmente, na semana passada, uma sobretaxa de 50% a uma longa lista de produtos brasileiros. Dados da Amcham, a Câmara de Comércio americana, porém, revelaram que no período que antecipou o “tarifaço”, as exportações do Brasil para território americano entre janeiro e julho registraram crescimento de 4,2% sobre o mesmo período de 2024, somando US$ 23,7 bilhões (R$ 128,27 bilhões, na cotação atual), o maior valor já registrado para o período.
Segundo edição especial do Monitor do Comércio Brasil-EUA, elaborado pela Amcham, as importações também avançaram, com alta de 12,6%, alcançando US$ 26,0 bilhões. Isso ampliou o superávit americano no comércio com o Brasil para US$ 2,3 bilhões no acumulado do ano, uma expressiva alta de 607,9% frente ao mesmo período de 2024.
O resultado sustenta a tendência de vantagem americana nos negócios com o Brasil, que há 15 anos têm déficit na balança comercial com os Estados Unidos. Apesar disso, mercadorias brasileiras tornaram-se alvo da maior alíquota do tarifaço, de 50%, enquanto outras nações que mantém superávit com Washington são alvo de taxas que variam entre 10% e 30%. Para aplicar tarifas aos produtos tupiniquins, outra justificativa, infundada, foi usada pelo governo Trump: a de que há uma “ditadura judicial” no Brasil, e que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no caso da trama golpista, seria uma “caça às bruxas”.
Embora uma lista de quase 700 produtos brasileiros tenha sido poupada da tarifa de 50%, exportações importantes como açúcar e café ficaram expostas. Ainda não há sinal de negociação entre os governos Trump e Lula, que afirmou recentemente que não vai se “humilhar” para abrir um canal com o presidente dos Estados Unidos, e estados estudam criar programas para proteger a indústria nacional. A maior esperança, por ora, é que os setores privados americano e brasileiro possam conversar e fazer o meio de campo num eventual processo de tratativas.
“As exportações brasileiras para os Estados Unidos seguem resilientes e em trajetória de crescimento até julho. Nosso compromisso é seguir trabalhando de forma coordenada com os dois governos para preservar esse comércio, que impulsiona empregos e oportunidades em ambos os países, sobretudo diante dos desafios adicionais que o aumento das tarifas trará daqui para frente”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil à Veja.
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Em ligação de cerca de uma hora, líderes dos dois países também trataram da paz entre Rússia e Ucrânia e da participação chinesa na COP 30
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, na madrugada desta terça-feira (12), que conversou por telefone, na noite de segunda-feira (11), com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, sobre temas estratégicos da relação bilateral e questões da conjuntura internacional. As informações foram divulgadas pelo próprio presidente em suas redes sociais e confirmadas em nota oficial do Palácio do Planalto.
Segundo Lula, a ligação, que durou cerca de uma hora, foi marcada por uma troca de visões sobre a guerra na Ucrânia e o papel das potências emergentes na construção da paz. “Trocamos impressões sobre a atual conjuntura internacional e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia. Concordamos sobre o papel do G20 e do BRICS na defesa do multilateralismo”, afirmou o presidente.
Compromisso com o clima e a COP 30 Lula destacou que a pauta ambiental também esteve no centro da conversa. “Reiterei a importância que a China terá para o sucesso da COP 30 e no combate à mudança do clima”, disse. Segundo ele, Xi Jinping sinalizou forte engajamento: “O presidente Xi indicou que a China estará representada em Belém por delegação de alto nível e que vai trabalhar com o Brasil para o êxito da conferência”.
O encontro climático de 2025, que será sediado na capital paraense, é visto pelo governo brasileiro como uma oportunidade estratégica para fortalecer compromissos ambientais e impulsionar investimentos em tecnologias limpas, segundo o 247
Expansão da parceria estratégica A relação econômica e tecnológica entre Brasil e China foi outro ponto central da ligação. “Saudamos os avanços já alcançados no âmbito das sinergias entre os programas nacionais de desenvolvimento dos dois países”, relatou Lula. “Nos comprometemos a ampliar o escopo da cooperação para setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites”, completou.
Além disso, o presidente sublinhou a importância de ampliar os fluxos de comércio e investimento. “Destacamos nossa disposição em continuar identificando novas oportunidades de negócios entre as duas economias”, afirmou.
Contexto geopolítico e integração econômica A aproximação entre Brasília e Pequim se dá em um momento em que o cenário global exige maior articulação entre países em desenvolvimento. Ao fortalecer a parceria em áreas como energia, tecnologia e meio ambiente, Brasil e China ampliam sua influência no sistema internacional e reforçam a agenda de cooperação Sul-Sul.
Com a China já consolidada como principal parceiro comercial do Brasil, a ênfase em novos setores estratégicos na agenda bilateral amplia as possibilidades de crescimento e inovação. O diálogo entre Lula e Xi Jinping reforça a visão de que o multilateralismo e a integração econômica são caminhos essenciais para enfrentar crises globais e promover o desenvolvimento sustentável.
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