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Bolsonarismo

Bolsonaro quer apoiar golpistas, mas tem medo de ser enquadrado por incitar atos violentos, como em Rondônia

Com agenda esvaziada e sem reconhecer a derrota, Bolsonaro tem dito que quer apoiar atos golpistas, mas teme ser responsabilizado judicialmente por violência de bolsonaristas fanáticos.

Em meio ao silêncio público desde que foi derrotado por Lula (PT) nas eleições de 30 de outubro, Jair Bolsonaro (PL) estaria tramando meios de apoiar os atos golpistas promovidos por apoiadores nas rodovias e em frente a quarteis, segundo Guilherme Seto, na coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (21).

Sem reconhecer a derrota, o que incita apoiadores a clamarem por um golpe, Bolsonaro, no entanto, teme que os atos violentos promovidos por apoiadores, como aconteceu em Rondônia neste domingo (21), sirvam para enquadrá-lo em ações na Justiça, especialmente nas investigações que já tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

A pessoas que o visitam no Palácio do Alvorada, o presidente tem dito que quer apoiar os atos, mas teme pelos bolsonaristas fanáticos, que vêm promovendo cenas de violência pelo país.

Na madrugada deste domingo (20), uma série de ataques terroristas foi desencadeado por apoiadores do presidente na BR-364, em trecho próximo a Ariquemes, Rondônia.

Ao menos 12 caminhões foram incendiados. Em imagens que circulam nas redes sociais, um motociclista conseguiu filmar o momento em que o Corpo de Bombeiros local tentava apagar as chamas.

Em outro vídeo, já com o céu azul, outro internauta filmou os estragos. É possível ver caminhões e camionetes queimados e com os pneus furados. “12 caminhões que furaram os pneus, quebraram os vidros. Queimou, e também saquearam (sic)”, diz o narrador.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

A seguir, em outro vídeo, já com o céu azul, outro internauta filmou os estragos. É possível ver caminhões e camionetes queimados e com os pneus furados. “12 caminhões que furaram os pneus, quebraram os vidros. Queimou, e também saquearam (sic)”, diz o narrador.

https://twitter.com/thicico/status/1594379290694615040?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1594379290694615040%7Ctwgr%5Ed350a2c9ab6238692c41fa5b1bb16dc581494a2e%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-32986405522190064549.ampproject.net%2F2211042305000%2Fframe.html

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

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Em áudio vazado, ministro do TCU faz insinuações de “golpe militar” a empresários do agronegócio

Augusto Nardes foi o relator do caso das pedaladas fiscais que mais tarde fundamentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), fez insinuações sobre suposto golpe militar que aconteceria nos próximos dias contrário à eleição e consequente posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com os áudios, obtidos pelo Brasil 247, o ministro defende um levante para reverter o resultado das urnas.

Está acontecendo um movimento muito forte nas casernas. É questão de horas, dias, uma semana que vai acontecer um desenlace bastante forte na nação, imprevisíveis (sic) (…) Vamos perder alguma coisa, mas a situação para o futuro da nação pode se desencadear de forma positiva, apesar deste conflito que deveremos ter nos próximos dias”, diz trecho dos áudios.

Antes de ter sido o relator do caso das pedaladas fiscais que mais tarde fundamentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Nardes foi também deputado federal pelo Rio Grande do Sul por três mandatos consecutivos, muito vinculado ao agronegócio gaúcho. Entre 1995 e 2003 esteve sob o guarda-chuva do PPB. Quando encerrou seu terceiro mandato, em 2005, o partido já havia tomado a forma atual e passado a chamar-se PP (Progressistas). Por ironia do destino, sua nomeação ao TCU foi feita por Lula, em 20 de setembro de 2005, durante o primeiro mandato do atual presidente eleito.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) comentou o áudio nas suas redes sociais. Explicou que conhece Nardes desde a época em que foram deputados estaduais no Rio Grande do Sul e classificou o ministro como “uma raposa experiente e perigosa”.

“Quando deputado federal, se aproximou de Severino Cavalcanti e foi para o TCU. Denunciado na Zelotes conseguiu que o inquérito nunca fosse adiante (…) O áudio vazado é gravíssimo e não pode ficar impune. A sensação de impunidade alimenta monstros e faz de covardes pessoas perigosas. Suas movimentações são por interesses q sequer imaginamos mas uma coisa é certa: poder, privilégios, dinheiro e proteção aos seus crime são alguns”, escreveu.

Pimenta ainda criticou o papel de Nardes no golpe contra Dilma Rousseff, o qual o magistrado aparece se vangloriando em fala e destaca que o ministro se aproximou tanto da família Bolsonaro nos últimos anos que hoje seria da “cozinha do clã”. Ainda alertou o público de que Augusto Nardes é responsável pelas conexões entre as alas mais podres das Forças Armadas e do Agronegócio.

“Não podemos dar vitrine aos criminosos golpista. Pode ser isso o que eles buscam. Cabe ao STF e a PGR agirem com rapidez e firmeza. A defesa da democracia não pode ser transigida e o silêncio neste momento é sinônimo de cumplicidade. É hora dos democratas dizerem basta”, concluiu Pimenta.

No presente mandato, de Jair Bolsonaro (PL), a Revista Veja apurou que parte da chamada “ala política” do governo tentou colocar Nardes como presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mas ele acabou perdendo a vaga para Ilan Goldfajn, que se tornou o primeiro brasileiro a presidir a instituição.

Leia a transcrição do áudio na íntegra a seguir

“Estimado Sartori, como eu sou magistrado e julgo muitas coisas do que está acontecendo no Brasil, praticamente muita coisa passa pelo Tribunal de Contas da União, somos nove lá, e a situação é bem complexa, muito complexa, é o pior momento que a nação vai viver, mas talvez seja importante pra poder recuperar, até pelo depoimento desse caminhoneiro que mostra a visão que todo mundo está tendo não há mais…

Os intelectuais da nação hoje você consegue escutar o que a gente vem pensando há muito tempo das pessoas mais humildes da nação e que têm uma visão do conjunto do país. Nós somos hoje sociedade conservadora que não aceita as mudanças que estão sendo impostas despertou, isso é muito importante. Lá nos anos 80, quando eu voltei da Europa eu tentei criar um movimento com um grupo de especialistas e um professor de direito constitucional César Saldanha Júnior que hoje já está um pouco fora de combate aí em Porto Alegre, para contrapor toda essa transformação que acabou acontecendo no Brasil.

Criamos um instituto, enfim, fazíamos aulas pra defender a economia de mercado, capital. Mas fomos superados pela incompetência de todos nós, claro que lutamos muito, eu tive na época conversando com Ernesto Geisel, com os líderes da época, João Figueiredo, que não tiveram uma visão que tínhamos que fazer uma transição com um parlamentarismo, e escolher um primeiro ministro e fortalecer a economia de mercado com princípios que pudessem nortear a nação. Agora vem o Bolsonaro que despertou a sociedade conservadora e hoje todo mundo está nas ruas aí fazendo a sua defesa desses princípios. Demoramos mas felizmente acordamos.

Demoramos mas felizmente acordamos. O que vai acontecer agora? Está acontecendo um movimento muito forte nas cavernas. Eu acho que é questão de horas, dias no máximo semana ou duas ou talvez menos que isso que vai acontecer um desenlace forte na nação. Imprevisíveis. Portanto a fala desse cidadão é pra despertar o produtor rural também porque não adianta só caminhoneiro trabalhar.

Vamos perder? Sim vamos perder alguma coisa, mas a situação para o futuro da nação poderá se desencadear de forma positiva apesar desse principal conflito que deveremos ter nos próximos dias ou nas próximas horas.

Falei longamente com o time do Bolsonaro essa semana, ele não está bem, está com a ferimento na perna, uma doença de pele bastante significativa, mas tem esperança ainda, né? Tenha esperança de recuperar e melhorar a sua situação física, e certamente terá condições de enfrentar o que vai acontecer no país. Se vai haver alguma mudança em relação a isso? Só que haja uma capitulação por parte de alguns integrantes importantes e dirigentes que tudo se sente que vai pra um conflito social na nação brasileira (sic).

Eu não posso falar muito até porque tenho muitas informações mas queria passar pra ti, Sartori, e para o teu time aí do agro que eu conheço todos os líderes e e sei da importância do agro.

Até quando lá atrás negociamos a ciclo de sessão eu era o líder da bancada ruralista, articulei a união em 17 estados pra colocar 20 mil pessoas em Brasília em 99. Queimamos máquinas, tratores, fizemos uma escarcel. Fizemos até carreteira aqui pra mais de 2 mil pessoas junto com meu estimado amigo Sperotto e tantos líderes que aí acompanham junto com você, e esse time do agro Brasil. Então conheço todos os passos que temos que fazer.

Fiz a minha parte em 2014. Eu era presidente, alertei a presidente em 2012, 2013, o que ia acontecer no país, infelizmente não conseguimos diálogo na época. Eles nunca aceitaram o diálogo, eles foram pro confronto e agora é um confronto decisivo, eles vão vim para um confronto que nós todos sabemos quais são as consequências, mas nós tomamos uma decisão importantíssima em 2015, quando eu tive a coragem em 130 anos pela primeira vez de tomar uma atitude de reprovar as contas porque encontramos 340 bilhões em 2015 e 2016 e tudo se mostra que vai acontecer novamente.

Seja princípios de estabilidade fiscal não vai ser posto a não ser que a sociedade faça muita pressão e que haja mudança mas tudo está muito nebuloso em relação ao futuro do país. Não vou me alongar mais tenho muitas informações especialmente para o grupo do agro, mas eu acho que é o grande momento baseado no que falou esse caminhoneiro lá de Sinop de que é necessário ‘Acordar todo o Brasil’. Despertar, é fé e crença, como nós tivemos lá em 2015 pela primeira vez.

Fizemos um processo que desmontou de certa forma essas estruturas que eles conseguiram remontar agora baseado na estrutura que tinha já ficado, que foi muito longa. Imagina eles com mais quatro anos de governo o que vai acontecer na nação. Se depender da sociedade se reerguer, a sociedade sabe da sua força, mas não tinha despertado. Nós estamos despertos, esperamos poder avaliar melhor a nação.

E eu fico aqui como magistrado procurando olhar a árvore e a floresta. A floresta se não for tomado medidas bastante fortes está indo prum processo de ser incendiada aos poucos. (…)

Meu amigo Sartori e tantos outros que estão aí junto, Francisco Turra e meu colega, homem de fé, de criança, tantos que eu poderia falar aqui por vários políticos, várias pessoas que têm capacidade de auxiliar nesse momento tão dramático da nação.

Os próximos dias serão nebulosos e o que vai acontecer de desdobramento não se sabe, mas certamente teremos desdobramentos muito fortes nos próximos dias. Um abraço.”

*Com Forum

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Notícia

Michelle é acusada de ter tido caso com Valdemar da Costa Neto, presidente do partido de Bolsonaro

Depois de ser envolvida em rumores de violência doméstica e viver uma briga familiar com o enteado, Michelle Bolsonaro está no centro de uma nova polêmica. Maria Christina Mendes Caldeira insinuou que a primeira dama teve um caso com Valdemar Costa Neto, seu ex-marido e presidente do Partido Liberal (PL).

A acusação ocorreu durante uma live que Maria fez no Instagram. Na gravação, ela faz graves acusações ao ex-marido e critica o fato de o partido não respeitar o resultado das eleições, que culminaram na derrota de Jair Bolsonaro. “Você vai estrepar de novo com esse estrupício [Bolsonaro], que você chamava de ‘baixo clero’, de burro, com a mulher dele que foi sua ‘peguete’ depois da minha administração. Tenha dó! Deixa de ser burro”, disse.

EX-mulher do presidente do PL aponta corrupção no clã Bolsonaro

Ao longo de 12 minutos, Maria dispara uma série de acusações contra Valdemar e aponta, também, supostas corrupções do clã Bolsonaro. “Esqueceu que eu tenho uma porrada de documentação sua, na época do ‘Car Wash’ (lava-jato), e sua, atual? E mais: a evasão de divisas e sonegação dos Bolsonaros aqui. Mas, de tudo isso, o mais grave é você contestar a democracia, querido”, disse.

Maria também criticou o presidente Bolsonaro, que tem estado recluso após a derrota nas urnas. “Nem essa coisa aí do seu lado [Bolsonaro] é Trump, porque não trabalha. Desde que perdeu a eleição, tá no sofá vendo Netflix e picotando documento. Ou tentando dar pau em computador pra apagar as coisas que ele aprontou”, acusou.

Por fim, Maria prometeu fazer da vida do ex-marido e do PL “um inferno” porque ele contestou o resultado das urnas. “Valdemar, me poupe, querido, sou sua ex-mulher. Fui casada com o dono do bordel do Congresso, conheço bem como você se movimenta. Você que não sabe como eu me movimento aqui [nos Estados Unidos]”, declarou.

Veja a live completa de Maria Christina Mendes Caldeira:

*Com MSN

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Comitê de Bolsonaro vira sede de encontros de Braga Netto com políticos e militantes que defendem golpe

O endereço alugado no Lago Sul de Brasília para ser usado como comitê da campanha de Jair Bolsonaro em sua tentativa frustrada de ser reeleito transformou-se em uma espécie de central do golpe, de acordo com reportagem de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, publicada nesta sexta-feira (18).

Liderados pelo ex-ministro Braga Netto, que tem dado expediente de forma regular no local, conspiradores reúnem-se lá para discutir estratégias visando questionar o resultado das urnas.

Liderados pelo ex-ministro Braga Netto, que tem dado expediente de forma regular no local, conspiradores reúnem-se lá para discutir estratégias visando questionar o resultado das urnas.

De acordo com a apuração do jornalista, que tem acompanhado a movimentação no endereço, o deputado federal Osmar Terra foi um dos frequentadores do “QG do Golpe” nesta última quinta-feira (17).

Questionado, o paranaense reconheceu que foi tratar da auditoria contratada pelo PL que visa por em xeque a credibilidade do sistema eleitoral.

“(A reunião) foi para buscar informações, (saber) se tinha alguma novidade sobre o processo do PL”, disse ele, referindo-se à auditoria. “Queria ter a informação mais adequada”, emendou, acrescentando que segue no aguardo de “novidades”.

Além de Terra, outros parlamentares aliados do presidente têm frequentado a casa, como Marcel Van Hattem, do Partido Novo e o Senador Eduardo Girão, do Podemos. Além deles, o senador Guaracy Silveira, do PP, também participou da reunião.

O ex-tesoureiro da campanha de Bolsonaro,  coronel da reserva Marcelo Azevedo, é outro frequentador.

A casa tem um fluxo intenso de pessoas, que inclui manifestantes que participam dos protestos antidemocráticos. Isso acaba por ser uma evidência sobre a cadeia de comando das manifestações que vêm ocupando portas de quartéis e estradas com o objetivo de questionar o sistema eleitoral.

Decorada com uma bandeira do Brasil e dirigida por homem com camiseta com inscrições pedindo intervenção militar, uma camionete Amarok, avaliada em R$ 300 mi e com placa de Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, esteve no endereço na tarde desta sexta-feira (18). Indagado pelo jornalista sobre quem o receberia, o ‘patriota’ não respondeu. Braga Netto estava lá.

Outro veículo do mesmo modelo, de um empresário do Mato Grosso, também chegou ao QG pouco antes do general sair de lá.

Camionete Amarok que esteve no QG do golpe. Rafaela Felliciano/Metrópoles

Um terceiro veículo (registrado nas fotos acima e abaixo) que também passou por lá foi visto horas depois em uma manifestação no quartel-general do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.

Camionete Amarok que esteve no QG do Golpe esteve horas depois na manifestação golpista. Rafaela Felliciano/Metrópoles

Ou seja, há vínculo claro entre as manifestações e o que se planeja no antigo comitê de Bolsonaro.

Braga Netto tem comparecido tanto a esse local quanto ao Palácio do Alvorada, onde tem visitado Jair Bolsonaro.

O general tem sido umas das principais vozes de incentivo aos golpistas, sempre deixando acesa a expectativa de que uma surpresa ainda pode ocorrer. A um prefeito do interior do Mato Grosso, ele disse que “algo muito bom” iria acontecer até o fim desta semana.

O prefeito Carlos Capeletti, do município de Tapurah, havia ido para comprar mantimentos para o acampamento. Logo depois, Capeletti fez um vídeo dizendo o que ouviu e publicou nas redes sociais.

“Eu falei que eu iria embora, que não acreditava em mais nada, e ele (Braga Netto) falou assim: ‘Fica tranquilo que vai acontecer’”, disse o prefeito ao Metrópoles.

O relato demonstra  que o general tem gerado expectativas golpistas entre os bolsonaristas que estão na rua.

Em outro vídeo ele saúda militantes bolsonaristas na frente do Alvorada. Ao ouvir apelos do grupo, que diz estar firme nos protestos, ele afirma: “Não percam a fé. É só o que eu posso falar para vocês agora”. Veja o vídeo:

*Com DCM

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Opinião

Teto de gastos é cloroquina fiscal

A âncora proposta meia década atrás sucumbiu.

Flávia Oliveira – O teto de gastos é uma ficção fiscal comparável à cloroquina no enfrentamento à Covid-19. Instituído em 2017, não atravessou um solitário ano sem gotejar. Nas contas da economista Vilma da Conceição Pinto, diretora na Instituição Fiscal Independente (IFI), já no biênio inicial, ainda no governo de Michel Temer, foi arrombado em R$ 45,7 bilhões. Na dobradinha Jair Bolsonaro-Paulo Guedes, desmoronou. Em 2019, foram R$ 77 bi fora da regra estabelecida pela Emenda Constitucional 95/2016. No ano seguinte, o primeiro da pandemia, meio trilhão de reais (R$ 538 bi); em 2021, R$ 146,6 bi. Neste 2022, até setembro, as despesas extras alcançaram R$ 95,9 bilhões.

É espantoso que, diante de tamanha desmoralização, o mercado e boa parte da opinião pública ainda entrem em modo histeria quando o Orçamento, igualmente fictício, apresentado pelo presidente derrotado não comporta o teto. A âncora fiscal proposta meia década atrás sucumbiu tal qual a do navio São Luiz, que, negligenciado pela Marinha, ficou à deriva e foi dar num dos pilares da Ponte Rio-Niterói.

— O teto é disfuncional. Desde 2019, tem sido submetido a excepcionalidades — diz Vilma.

Em nome de um mecanismo fracassado de controle das contas públicas, o mercado, o país e o futuro governo desperdiçam a oportunidade de travar um debate de alto nível sobre como conjugar responsabilidade social com previsibilidade fiscal. O presidente eleito dá sinais de que não se renderá à queda de braço imposta pelos agentes financeiros, expressa em queda na Bolsa e disparada do dólar.

Do lado de Lula, o recado está dado. A conta de chegada é melhorar o valor — e qualidade, por favor — da política social de transferência de renda, esfacelada na gestão Bolsonaro; retomar o modelo de ganho real do salário mínimo; recompor investimentos no meio ambiente e em universidades públicas; devolver o que foi retirado da merenda escolar e da Farmácia Popular.

A missão dos economistas da transição, em diálogo com o Legislativo, é fazer a conta fechar. E não há incompatibilidade entre honrar passivos sociais e oferecer transparência, eficiência e previsibilidade nos gastos públicos. Lula é, com razão, inimigo do teto de gastos, não do equilíbrio fiscal. Tanto que não para de lembrar os superávits que entregou, sobretudo no primeiro mandato.

Não por acaso, o vice-presidente eleito disse alto e bom som anteontem que “o governo não será gastador”, mas é preciso garantir a rede de proteção social. Geraldo Alckmin se contrapôs, sutilmente, a uma gestão que conseguiu a proeza de ser gastadora sem produzir bem-estar. Jair Bolsonaro fez escolhas oportunistas e caras para comprar a reeleição. Em um ano, 2020, gastou uma década de Bolsa Família para reduzir a pobreza durante um punhado de meses. Subtraiu arrecadação de ICMS dos estados para subsidiar a gasolina da classe média. Violou boas práticas nas áreas fiscal, social e climática. Conquistou a tríplice coroa da irresponsabilidade.

Há gente interessada em apresentar ao país um novo regime fiscal, que leve ao equilíbrio das contas e não comprometa programas sociais. Por isso, a primeira versão da PEC da Transição, que deixa R$ 198 bilhões fora do teto, não agradou.

—Importa menos a reação exagerada dos mercados. O ponto é que foi mal feito o processo. Ficou tudo na articulação política, esqueceram as contribuições técnicas. A oportunidade de substituir o teto moribundo por uma nova âncora fiscal é agora —diz a economista Monica De Bolle, professora na Universidade Johns Hopkins (EUA).

O teto de gastos é ruim, porque políticas de saúde, educação e assistência num território com os níveis de desigualdade do Brasil não podem ser balizadas por índice de inflação. José Serra, senador e ex-ministro, Felipe Salto, secretário de Fazenda de São Paulo, e até a Secretaria do Tesouro lançaram propostas que convergem para uma trajetória decrescente da dívida pública.

Mas, como diversidade é ativo escasso no debate econômico, trago a proposta de emenda à Constituição elaborada por um grupo de mulheres especialistas em finanças públicas. Elas No Orçamento foi um movimento gestado um mês e meio atrás, às vésperas do segundo turno, para provar que há quadros femininos de excelência para liderar equipes econômicas em todos os níveis de governo. A lista já passa de 300 nomes — e contando.

Nesta semana, algumas delas — Clara Marinho e Roseli Faria, ambas analistas de planejamento e orçamento do Executivo, Julia Rodrigues, consultora de orçamento na Câmara, Monica De Bolle, Rita Santos, consultora de orçamento no Senado, e Virginia De Angelis, auditora de controle externo no TCU — propuseram uma PEC para instituir o Regime Fiscal Sustentável, em linha com princípios de governança orçamentária recomendados por OCDE, FMI e Banco Mundial.

— Nenhuma dessas organizações preconiza teto de gastos anualizado, mas um quadro de convergência de despesas e receitas a médio prazo. O teto brasileiro não promove gestão pública responsável, consistente e sustentável — explica Rita Santos.

A proposta combina meta de endividamento público de médio prazo; estratégia de desenvolvimento de longo prazo, com diretrizes, prioridades e metas econômicas e sociais; quadro de entregas prioritárias; quadro de despesas compatível com a trajetória da dívida; revisão de gastos para abrir espaço fiscal para programas prioritários. Ser fiscalmente responsável e priorizar os mais pobres implica confrontar subsídios, desonerações e o sistema tributário essencialmente injusto. Sem falar que política de transferência de renda bem calibrada leva a aumento de consumo, e bons investimentos em saúde e educação estimulam emprego e renda, sobretudo para mulheres. Relacionam-se, portanto, a crescimento econômico, melhora no mercado de trabalho, aumento de arrecadação.

Lula e Alckmin, falem (também) com Elas.

*Flávia Oliveira/O Globo

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Opinião

Raul Velloso: teto de gastos acabou e mercado age com ‘burrice’ ante Lula

Considerado um dos maiores especialistas brasileiros em contas públicas, o economista Raul Velloso avalia que o teto de gastos, centro das discussões sobre a disciplina fiscal do novo governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, não passou de um “sonho de uma noite de verão”, “nasceu morto” e “acabou”. Enquanto o governo de transição negocia com o Congresso a tramitação de uma PEC que garanta o pagamento de 600 reais do Bolsa Família fora do teto durante todo o governo do petista, a um custo de 175 bilhões de reais, Velloso afirmou em entrevista a VEJA que as reações do mercado ante os primeiros sinais de Lula, baseadas meramente no apego à regra fiscal, beiram a “burrice”.

Doutor em economia pela Universidade de Yale, secretário de assuntos econômicos do Ministério do Planejamento no governo José Sarney (1985-1990) e secretário nacional-adjunto na gestão Fernando Collor (1990-1992), atualmente presidente do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), o consultor econômico vê o colega André Lara Resende, integrante do governo de transição, como peça-chave de uma nova política fiscal sob Lula: “Vai jogar um balde de água fria na Faria Lima”. Leia abaixo:

O senhor já tinha visto situação semelhante à atual, em que um presidente eleito é praticamente tratado como já empossado, enquanto o atual desaparece? É a história de rei morto, rei posto. Para mim está dentro do esperado, não conheço nenhum caso diferente. Aí, realmente, o melhor que o presidente que sai faz é não criar confusão nem dar trabalho a quem está entrando. Aparentemente Bolsonaro desapareceu do mapa, ainda que seus seguidores estejam por aí fazendo barulho até em Nova York. Lula deve ter percebido que, se ele não se adiantasse e começasse a tomar conta das coisas, iam fomentar reações, como a de militares. Na hora em que ele se movimenta, todo mundo apoia e começam a aparecer as pessoas que estão sendo anexadas ao grupo de transição, há um efeito de anular as gestões e tentativas grotescas do bolsonarismo.

Como vê a indefinição de Lula quanto ao Ministério da Fazenda, enquanto se discute a PEC da Transição? Lula está certo. No dia em que ele define, a coisa degringola, tudo passa a acontecer e girar em torno dessa escolha. Eu só anunciaria no primeiro dia do ano que vem, mas ele não conseguirá fazer isso. Sobre a PEC da Transição, ela deveria se chamar PEC da Reorganização Orçamentária, de colocar no lugar coisas que tinham caído. Não importa que cumpra ou não teto, a Faria Lima vai ter de conviver com isso.

As reações do mercado aos sinais de Lula, ou à falta deles, são exageradas? Lula precisava dar algum sinal à Faria Lima, que é o cúmulo da teimosia, para não dizer da burrice. Ele colocou Geraldo Alckmin, um dos nomes do núcleo duro de Fernando Henrique Cardoso, e dois economistas que estiveram no governo em posições muito importantes, mesmo assim a Faria Lima quer ver o teto. Aí eu vou mais para o lado da burrice. Não acredito como as assessorias desse pessoal não estão dizendo que o teto nasceu morto, que ele não existe, é só um sonho de uma noite de verão.

Por quê? O orçamento público, o grosso dele, são itens que vão crescer de todo modo: Previdência, assistência social e pessoal. Se há uma situação assim e não se quer zerar rapidamente as despesas discricionárias, você tem de aceitar que não vai ter teto, a não ser por pouco tempo. Tanto é que o governo Bolsonaro tem quatro furadas no teto. Ainda hoje todo mundo acha que o teto existe e fica cobrando, é o que a Faria Lima faz. Não adiantou botar Alckmin, Persio Arida e André Lara Resende ao lado do Lula. Nunca é o bastante, e aí acho que tem a ver com burrice.

Não é importante algum limite aos gastos públicos para evitar reflexos como a inflação? O ponto que ainda não foi tratado é a percepção de que se pode gastar muito mais que o teto, sem problema para a inflação. Essas percepções mudaram. Aqui é que as pessoas que não acompanham isso com lupa estão ignorando, mas é discussão rotineira nos círculos que atuam entre universidades top americanas e organizações multilaterais, como o FMI. Os

estrangeiros não estão mais rezando nessa Bíblia, mas essa discussão ainda não está posta aqui. Tem uma pessoa ao lado de Lula que foi a que mais brilhou nesse assunto nos últimos anos: André Lara Resende. Uma hora ele vai falar, vai trazer uma nova percepção e jogar um balde de água fria na Faria Lima. Uma hora isso vai ser falado e aí se terá outra discussão. Isso favorece Lula, porque é muito coerente com o que ele defende.

Quais as principais tarefas do novo governo? Há necessidade de retomada dos investimentos. Sem investimentos não há crescimento do PIB, sem crescimento do PIB, onde se vai colocar esse povo que procura emprego todo dia? Não é só botar os pobres no orçamento, tem de retomar a prática de investir para o país crescer. Se olharmos o investimento em infraestrutura, do final dos anos 1980 para cá ele caiu nove vezes. Como o país pode voltar a funcionar sem a retomada de investimento em infraestrutura? Lula está dizendo que vai cuidar dos pobres e da retomada do crescimento da economia. Isso vai conviver com o teto? Se antes não convivia, agora, com ainda mais razão, não vai conviver. O teto acabou.

*Com Veja

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Caminhoneiros bolsonaristas voltam a fechar estradas; são ao menos 9 novos bloqueios e interdições, diz PRF

Moraes bloqueou contas de possíveis financiadores dos atos golpistas nesta quinta. Representante da categoria diz que bloqueios são de “uma ala extremista”. Há suspeita de locaute.

Segundo o Estado de São Paulo, caminhoneiros bolsonaristas organizam greve e novas interdições em estradas nesta sexta-feira, 18, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o bloqueio de contas de empresários suspeitos de financiar os atos antidemocráticos do início de novembro. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que novamente há obstruções em rodovias federais. Até o momento, há 4 vias com fluxo totalmente interrompido: duas em Rondônia, uma em Pernambuco e outra em Mato Grosso. Além dessas, há 13 bloqueios parciais, sendo que Rondônia é o Estado que mais concentra atos, com 11 ocorrências. Não há obstruções em São Paulo.

Áudios que circulam em grupos bolsonaristas dão conta de caminhoneiros que sugerem “trancar” as rodovias e, inclusive, resistir à eventual ação policial. Os áudios sugerem obstruir vias em municípios de Mato Grosso, como Sinop e Campo Novo do Parecis.

O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), Wallace Landim (conhecido como Chorão), afirmou ao Estadão que a categoria não apoia os bloqueios, que, segundo ele, são planejados por uma pequena parcela de caminhoneiros. “Não é um movimento dos caminhoneiros, é uma ala extremista (…) está sendo cometido um crime”, disse.

Há, ainda, a suspeita de que os bloqueios estejam sendo encorajados pelos empregadores desses motoristas, no caso daqueles que trabalham para as empresas que tiveram suas contas bloqueadas pelo STF. Se confirmada, a prática caracteriza locaute e prevê responsabilização legal.

A Abrava admitiu acionar a Justiça para pedir indenização aos caminhoneiros autônomos que sejam impedidos de circular pelas rodovias. “Eu já ouvi caminhoneiro autônomo falando que ‘vai passar por cima’, isso é perigoso.

Controvérsia

Nos grupos de caminhoneiros, há controvérsia em relação à paralisação. Alguns entendem que estão sendo usados para outros interesses que não o do setor. Muitos não querem aderir aos protestos com medo de multas e também dos prejuízos que se acumulam.

Entre os que estão convocando a greve de agora, está o presidente da Cooperativa de Transportadores e Profissionais da Área de Logística e Transporte de Cargas de Sinop (Cooperlog), Cleomar José Immich. Em vídeo que circula nas redes sociais, ele chama os caminhoneiros para aderir ao movimento.

Ele alega que foi protocolado um documento para “cancelar as eleições”. O prazo para darem um posicionamento seria nesta sexta-feira, 18. “Se não tivermos resposta, temos de parar os caminhões até o STF julgar o assunto.” Ele e outro colega que fazem o vídeo pedem que os empresários deixem os caminhões no pátio para não tomar multa. “Deixem os caminhões em casa.”

A reportagem procurou Cleomar, que afirmou apenas que não é líder do movimento.

Logo após a eleição, ainda no fim de outubro e início de novembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram responsáveis por bloquear total ou parcialmente mais de mil trechos de rodovias federais e estaduais. Também tem sido comum que manifestantes façam protestos na entrada de comandos militares. Os atos são contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas e pedem que haja uma “intervenção federal” para impedir a posse do petista.

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Bolsonarismo

Quem é quem: Conheça as pessoas acusadas de organizar e financiar os atos golpistas no Brasil

Empresários do agronegócio, setor privilegiado por Bolsonaro em seu governo, lideram a lista.

Com base em relatórios enviados por polícias de diversas esferas e pelo Ministério Público, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, no último sábado (12), o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas acusadas de incitarem, apoiarem, participarem e financiarem os atos antidemocráticos que pedem intervenção militar no Brasil após o fracasso de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, derrotado na disputa pela presidência da República por Luiz Inácio Lula da Silva.

A relação é dominada por nomes ligados ao agronegócio, setor que mantém relações próximas com Jair Bolsonaro e que foi beneficiado por medidas tomadas pelo atual governo, principalmente no âmbito do Ministério do Meio Ambiente. Durante a gestão do ex-ministro Ricardo Salles, o titular da pasta chegou a admitir que era preciso “deixar a boiada passar.”

Os acusados foram responsáveis, de acordo com as investigações, pela organização das paralisações de avenidas, rodovias e estradas em diversas regiões do país. O levantamento contrasta com a versão bolsonarista de que os atos antidemocráticos teriam um caráter espontâneo, sem qualquer estímulo financeiro ou político.

A lista também mostra que entre os principais organizadores e financiadores das manifestações dos lamuriosos bolsonaristas estão empresários do círculo pessoal de Jair Bolsonaro, aproximando os atos da presidência da República.

O Brasil de Fato destacou alguns dos nomes que aparecem nos relatórios apresentados ao ministro Alexandre de Moraes. Confira.

Acre

Jorge José de Moura e Henrique Luís Cardoso Neto são dois empresários ligados ao agronegócio acreano e estiveram à frente das paralisações no estado. Ambos são acusados de organizar e financiar os protestos golpistas e foram pessoalmente ao trancamento da BR364, onde gravaram vídeos e convidaram a população local para manifestações na sede do Exército.

A dupla é produtora de grãos e gado no Acre. Moura é conhecido como o “rei da soja” no estado e foi preso, em flagrante, no dia 10 de novembro de 2021, em Xapuri, por porte ilegal de arma.

Neto, que é dono da Fazenda Nitheroy, foi candidato a vereador em seu município de origem, Senador Guiomar, em 2016. Na época, o pecuarista declarou possuir R$ 8 milhões em patrimônio.

Ceará

As manifestações golpistas no Ceará terminaram com 55 multas que somam R$ 968 mil, aplicadas aos líderes das barreiras em estradas e rodovias. De acordo com a investigação, existem dois organizadores responsáveis pelas mobilizações, o policial penal Abrahao Vinicius Batista Possidonio e o sargento da PM Anderson Alves Pontes Garcias.

Minas Gerais

Cristiano Rodrigues dos Reis e Esdras Jonatas dos Santos são apontados pela Polícia Militar de Minas Gerais como principais lideranças dos atos golpistas no estado. A investigação da corporação foi encaminhada ao STF e utilizada como base na decisão de Alexandre de Moraes.

Reis é gerente de vendas da Dicabelo, empresa de tratamento capilar, e líder do Movimento Direita BH, que serve de linha auxiliar do bolsonarismo na capital mineira, com bandeiras de extrema-direita. Em suas redes sociais, não esconde o empenho pelas manifestações e pautas incorporadas pelos bolsonaristas. Além disso, há fotos com diversas lideranças políticas próximas ao atual presidente, como a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) e o governador mineiro Romeu Zema (Novo).

“Esse movimento não é um movimento de defesa de um candidato, mas de defesa da nossa pátria, porque nós, da sociedade civil e militar, não aceitamos um bandido conduzindo essa República. Deus salve o nosso Brasil”, disse Reis, em vídeo publicado nas suas redes sociais, na última terça-feira (15), em que aparece vestindo uma camiseta do Exército.

Esdras Jonatas dos Santos é empresário do ramo têxtil e é um dos sócios da marca Lemy, em Belo Horizonte. Em suas redes sociais, há uma quebra de padrão no estilo de suas publicações.

Desde 31 de outubro, data da derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Santos já fez 32 publicações relacionadas ao fracasso eleitoral do atual presidente ou sobre manifestações na capital mineira, abandonando as imagens antigas, em que ostentava seu estilo de vida.

Em um vídeo no qual foi marcado, Santos pode ser visto aos gritos, em cima de um trio elétrico, estimulando os manifestantes a pedirem ajuda “ao general”. “Forças Armadas, salvem o Brasil”, bradavam os golpistas.

Goiás
A Justiça do Trabalho de Goiás aponta o agropecuarista Victor Cezar Priori como responsável por financiar protestos antidemocráticos no estado. O empresário foi flagrado coagindo seus funcionários a participarem das manifestações e cooperarem com o bloqueio de rodovias, durante o horário de trabalho.

“Minhas empresas estão todas fechadas, de todas as fazendas tem gente nas rodovias, os caminhões e tudo estão colaborando”, disse Priori, em vídeo que está anexado à investigação contra o agropecuarista na Justiça do Trabalho.

Em 2012 e 2016, Priori se candidatou à prefeitura de Jataí

em Goiás. Na primeira, teve a candidatura impugnada. Na segunda, perdeu a eleição e declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir R$ 51 milhões em patrimônio.

Priori é um dos sócios do grupo Paraíso, uma empresa que reúne diversos empreendimentos do agronegócio, como produção de leite, gado, soja e milho, além da comercialização de maquinário, como tratores.

Rio Grande do Sul

Com 259 mil votos, o Tenente Coronel Zucco (Republicanos) foi o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul, nas eleições deste ano. Agora, usa sua influência para incentivar os atos antidemocráticos no estado, segundo a investigação da Polícia Civil.

Zucco seria, de acordo com os policiais, o responsável pelas manifestações que insistem no pedido de um golpe militar no país.

O deputado federal, que declarou ao TSE que possui R$ 389 mil em patrimônio, participou de atos na frente de um comando militar do Exército e incentivou os manifestantes em “retomar aquilo que as eleições supostamente teriam subtraído do povo.”

De acordo com a Polícia Civil, outras lideranças políticas também estimularam e organizaram atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul. Todos concorreram a cargos públicos nas eleições deste ano.

A relação inclui o vereador de Dom Pedrito Patrício Jardim Antunes (PP), os policiais Mariana Lescano (PP) e Thiago Teixeira Raldi (PSC), além do delegado Heliomar Ataydes Franco (UB).

Santa Catarina

Emílio Dalçoquio Neto é o empresário que garantiu financeiramente os atos antidemocráticos em Santa Catarina. Herdeiro de uma transportadora e ex-presidente do Sindicato das Empresas de Veículos de Cargas de Itajaí (Seveículos), ele é apontado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como responsável por trancamentos de avenidas e rodovias no estado.

O empresário é próximo de Jair Bolsonaro, com quem já foi visto em agendas de campanha em Santa Catarina, e focou sua influência nas manifestações no município de Itajaí, litoral norte de Santa Catarina, onde mantém parte de suas empresas.

A PRF identificou áudios e mensagens em grupos de caminhoneiros que foram enviados por Neto, convocando a categoria às ruas, no dia da eleição, 30 de outubro, quando o fracasso de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas já era público.

Neto é investigado pelo Ministério Público por ter provocado um locaute na paralisação de caminhoneiros de 2018. Além do herdeiro, que foi indicado pela PRF, o Ministério Público de Santa Catarina apontou mais doze empresários que podem ter cooperado financeiramente para a manutenção dos atos antidemocráticos.

Em entrevista à rádio CBN, no dia 9 de novembro, o promotor Fernando Comin explicou que a identidade dos acusados seria preservada. “Nomes não podem ser ditos, para não atrapalhar as investigações. O que eu posso apontar, mais de 12 empresários e lideranças foram identificados até agora, é um cruzamento de dados, mas a atividade dessas pessoas nas redes sociais, nos bastidores, nos movimentos, quem estava arrecadando, quem financiou a estruturação dessas bases, quem incitou a prática de violência contra a polícia.”

Mato Grosso

Da capital do agronegócio brasileiro, Sorriso, no Mato Grosso, vem um dos principais articuladores das manifestações antidemocráticas no país, o empresário Argino Bedin, produtor rural que é chamado de “pai da soja” na região.

Seu nome está na relação que foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes como possíveis financiadores dos atos. Em entrevista ao site O Joio e o Trigo, em março deste ano, o empresário afirmou que é “Bolsonaro até debaixo d’água.”

Ainda no Mato Grosso, também no município de Sorriso, está Atilio Elias Rovaris, empresário do agronegócio e apontado como um dos financiadores das manifestações golpistas.

Rovaris doou R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro, nas eleições deste ano. O empresário é dono da transportadora Rovaris e também é produtor rural, com diversos empreendimentos.

*Brasil de Fato

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Bolsonarismo

Vídeo – Braga Netto desmente jornal e diz que Bolsonaro não foi internado: “estão inventando histórias”

Na saída do Alvorada, Braga Netto ainda consolou uma apoiadora de Bolsonaro que reclamara que “a gente está na chuva, no frio”. “Eu sei que vocês estão. Então, fica firme”, disse o militar.

Candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 30 de outubro, o general Walter Braga Netto (PL), negou que Jair Bolsonaro (PL) tenha sido internado na noite desta quinta-feira (17), como divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que atribuiu a informação a fontes do Gabinete de Segurança Institucional.

Na saída do Palácio da Alvorada, após visita ao presidente, Braga Netto conversou com bolsonaristas e apenas respondeu com um grito aos jornalistas que perguntaram sobre a internação.

“Mas quê?”, gritou o militar. “Estão inventando histórias”, emendou, se voltando aos apoiadores de Bolsonaro, entre eles uma mulher que chorava perguntando do presidente.

“O presidente está bem, está recebendo gente, sem problema nenhum. Vocês não percam a fé. É só o que posso falar para vocês agora”, mantendo o suspense sobre o posicionamento de Bolsonaro diante da derrota eleitoral.

Braga Netto, então, consolou a bolsonarista que chorava dizendo que “a gente está na chuva, no frio”, em relação aos acampamentos mantidos por apoiadores radicais.

“Eu sei que vocês estão. Então, fica firme. Dá um tempo”, acrescentou.

https://twitter.com/revistaforum/status/1593626020283928581?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1593626020283928581%7Ctwgr%5E34a5199550cc9e8ddeae492d9cbef6061bbad1a1%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3172070301019215712.ampproject.net%2F2211042305000%2Fframe.html

Internação

Segundo fontes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ouvidas pelo Estadão, Bolsonaro teria dado entrada no Hospital das Forças Armadas na noite desta quinta-feira (17) com fortes dores abdominais.

Bolsonaro estaria passando por exames e os médicos avaliam a possibilidade de uma nova cirurgia.

Enquanto o marido está no hospital, Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem enigmática, com um versículo bíblico, nos stories de seu perfil no Instagram.

*Com Forum

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Apoie o Antropofagista. Apoie a democracia

Ficou claro que a guerra de narrativas nas redes sociais foi decisiva para a vitória de Lula. Cada declaração, discurso ou mesmo exposição de sua imagem ganhou relatos positivos, mas também negativos do outro lado que, de forma ficcional criavam narrativas a serem apresentadas aos eleitores sem qualquer combinação com a realidade.

Não há dúvida de que essas serão as características cada vez mais frequentes na disputa política. Cada acontecimento terá tradução de lados opostos, como acontece em todo o planeta.

A nós, cabe não só a busca da verdade, mas a de apresentar como características as armas da verdade para destruir falsas narrativas largamente utilizadas pelo bolsonarismo, mas não só ele.

Inúmeras experiências já nos mostraram que a direita como um todo usa a narrativa para fabricar histórias, cabe a nós explicitá-la trazendo as contradições crônicas da direita que sempre vende sua visão de mundo como fábula e apresentar caminhos e elementos que certamente estarão dentro das políticas do terceiro mandato de Lula com um texto que contemple a verdade.

Por isso, mais do que nunca estamos em busca de apoio financeiro para seguir nessa jornada antifascista, porque o outro lado tem estrutura e grana para fabricar enredo a modo e gosto.

Pedimos aos leitores que contribuam com o nosso trabalho, porque a guerra da narrativa será feita cada vez mais na web.

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