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Política

Enrascado: O tamanho da fatura milionária que pode custar o mandato de Moro

Alvo de dois pedidos de cassação no TRE do Paraná, Sergio Moro pode ter acumulado uma fatura quatro vezes maior que o teto de despesas fixado pela Justiça Eleitoral para a pré-campanha ao Senado pelo Paraná em 2022. As ações movidas por PT e PL contra o ex-juiz da Lava-Jato listam contratações que, se confirmadas na tramitação dos casos, superam os R$ 19 milhões. O limite a ser gasto no período era de R$ 4,4 milhões, segundo Lauro Jardim, O Globo.

A disparidade entre o estipulado pelo TSE e o orçamento mencionado pelos acusadores de Moro aconteceu porque, segundo eles, o senador transportou para a disputa do Legislativo a lógica financeira criada para tentar emplacar seu nome à Presidência da República, corrida da qual ele desistiu em março de 2022, quando trocou de partido.

Convocados pelo Judiciário a colaborar com a produção de provas, o Podemos, antiga sigla de Moro, e o União Brasil, a atual legenda, serão responsáveis por entregar contratos e mais documentos para a verificação dos valores levantados pelos autores das ações.

Os maiores montantes são referentes a serviços de marketing político. Teria sido firmado, de acordo com as ações, um contrato de R$ 2 milhões com a D7 Produções Cinematográficas, do marqueteiro Pablo Nobel, para a produção de vídeos para internet e inserções partidárias na TV.

Depois, outro compromisso de R$ 14,8 milhões teria sido feito com a 2022 Comunicação SPE, também de Nobel, para o gerenciamento de imagem, discursos e conteúdos ligados à candidatura de Moro ao Legislativo.

Também constam nas ações termos para contratar advogados: PT e PL indicam que R$ 1 milhão foram fechados com o escritório Vosgerau & Cunha (de Luis Felipe Cunha, eleito primeiro suplente de Moro) e R$ 188 mil com a SS Advocacia de Uziel Santos, coordenador de campanha. Outros R$ 30 mil teriam sido empenhados junto à FCL Law & Trading, empresa dedicada a estudos jurídicos.

E ainda teriam sido negociados valores, segundo os processos, para solicitar campanhas eleitorais (R$ 663,5 mil para a Einstein Tecnologia) e consultoria (R$ 360 mil à Bella Ciao Assessoria Empresarial, também de Cunha, envolvida na elaboração de um plano de governo).

Além desse orçamento, os partidos que acusam Moro de abuso de poder econômico e de caixa dois também esperam que as provas do Podemos e do União Brasil indiquem outros gastos. Incluindo aqueles envolvidos nas viagens feitas pelo então pré-candidato à Nova York, a países da Europa e a destinos nacionais para a divulgação da pré-candidatura. E outros ligados a compras de roupas, acessórios e outros itens que o Podemos teria bancado.

A ordem para que as provas sejam adicionadas ao caso foi proferida em 13 de junho mas, até aqui, não foi cumprida. O TRE do Paraná até agora não intimou o Podemos e o União Brasil a cumprir a determinação

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Opinião

Marcio Pochmann, presidente do IBGE. Se a Globo é contra, somos a favor

A partir de delírios, O Globo, na figura de seus velhos e manjados capangas do colunismo de banco, resolveu atacar a indicação feita por Lula de Marcio Pochmann para o IBGE.

Os argumentos são absolutamente pífios, são telegramas ao nada, na verdade, não há argumento, somente o exercício da futurologistas na tentativa de se criar um terrorismo estatístico.

Na realidade, Pochmann está sendo atacado pelos Marinho por suas virtudes, que não são poucas, mas sobretudo porque é a maior autoridade quando se trata de um raio-x da desigualdade social desse país.

Como sabemos, é um, senão o mais temido retrato brasileiro para as classes dominantes do Brasil, que odeiam falar em desigualdade.

Pochmann é uma das figuras públicas mais sérias do país que, ao contrário do colunismo de aluguel, apresenta dados concretos sobre a divisão de riquezas, de forma gritantemente desigual, o que faz a “nobreza” brasileira uivar.

Sem um pingo de imaginação para criticar Pochmann, apelam para fantasias delirantes, tentando construir uma imagem oposta ao currículo do, agora, presidente do IBGE.

Como diz Brizola, se a Globo é contra, somos a favor.

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Política

Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix neste ano, aponta relatório do Coaf

Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,2 milhões via Pix nos seis primeiros meses do ano. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que as movimentações atípicas podem ser consequência da “vaquinha” (campanha por doações) feita para o pagamento de multas com a Justiça. O valor foi divulgado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O órgão afirmou que, só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-ocupante do Planalto recebeu mais de 769 mil transações via Pix que totalizaram R$ 17.196.005,80. O montante representou quase todo o valor movimentado por ele no período, de R$ 18.498.532, segundo o 247.

De acordo com informações publicadas nesta quinta-feira (27) pelo jornal Folha de S.Paulo, o Coaf disse em relatório que “chamou a atenção o montante de PIXs recebidos em situação atípica e incompatível”. “Esses lançamentos provavelmente possuem relação com a notícia divulgada na mídia”.

O órgão informou somente depósitos a partir de R$ 5 mil e não é possível saber se eles foram feitos via Pix ou transferência. Além do PL, que enviou R$ 47,8 mil a Bolsonaro em dois lançamentos, outros 18 nomes pagaram de R$ 5 mil a R$ 20 mil ao ex-chefe do Executivo federal. A lista inclui empresários, advogados, militar, pecuarista, agricultor, estudante e duas pessoas identificadas pelo Coaf como “do lar”. Há três empresas. Uma delas depositou R$ 9.647 na conta de Bolsonaro em 62 lançamentos.

No dia 13 de junho, a Justiça do estado de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 87,4 mil das contas de Bolsonaro pelo não pagamento de multa por não ter usado máscara durante a pandemia do coronavírus. Outra decisão desbloqueou mais de metade desse valor. Em 20 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral manteve uma multa de R$ 90 mil contra Bolsonaro por propaganda irregular contra o presidente Lula (PT), então candidato.

No começo do mês, Bolsonaro afirmou que tinha recebido o suficiente para o pagamento de todas as multas que recebeu em processos judiciais e eventuais novas punições. Disse que o montante seria divulgado “brevemente”, sem dar detalhes. “Foi algo espontâneo por parte da população. O Pix nasceu no nosso governo. Já foi arrecadado o suficiente para pagar as atuais multas e a expectativa de outras multas. O valor a gente vai mostrar brevemente. Agradeço a contribuição, mesmo sem ser a pedido. A massa contribuiu entre R$ 2 e R$ 22.”

O Coaf também apontou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, movimentou R$ 3,2 milhões entre 26 de junho de 2022 e 25 de janeiro de 2023, um período de sete meses. A defesa do militar alega que “todas as movimentações financeiras” dele “são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal”.

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Justiça

Polícia diz que MPRJ segurou inquérito-chave do caso Marielle por 16 meses

Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que MPRJ segurou inquérito sob sigilo do assassinato de Macalé.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse, em nota à coluna, que o Ministério Público estadual demorou 16 meses para devolver à corporação o inquérito sobre quem matou Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé e apontado como a pessoa que intermediou a contratação de Ronnie Lessa para matar a vereadora Marielle Franco.

A acusação contra Macalé foi feita pelo delator Élcio Queiroz, motorista do carro usado por Lessa no dia do assassinato da vereadora.

A Polícia Civil rebateu investigadores do caso Marielle, de que a corporação não havia dado andamento ao inquérito sobre o assassinato de Macalé. Na nota, a corporação alega que a investigação ficou com o Ministério Público do Rio de Janeiro entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano.

Questionado pela coluna, o MP do Rio disse que os inquéritos estão sob sigilo e que “os prazos citados foram os necessários para o curso das investigações”.

Macalé foi executado na Avenida Santa Cruz, em Bangu, na zona oeste do Rio. Como o crime não foi investigado, a Polícia Federal não tem elementos nem para saber se o assassinato teve ligação com o caso Marielle ou se foi queima de arquivo devido a outros casos. Segundo as investigações da Polícia Federal, Edimilson Oliveira da Silva era um sicário da milícia.

Segundo o relato de Élcio Queiroz, além de levar a encomenda para Ronnie, Macalé ajudou Lessa a monitorar a rotina da vereadora, seguindo Marielle meses antes do crime, que aconteceu em março de 2018.

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Cotidiano

Pai dança balé com filhas envergonhadas e viraliza com ato de amor durante festival (vídeo)

O professor Júlio Romaniuk Neto, de 45 anos, emocionou a todos ao protagonizar um ato de amor e superar a timidez para acompanhar suas filhas durante uma apresentação de balé em Sete Lagoas, Região Central de Minas Gerais. O vídeo do pai dançando no palco com as gêmeas Maya e Maria Flor viralizou nas redes sociais.

Tudo começou quando Maya, com apenas três anos, estava envergonhada e receosa de subir ao palco para a apresentação no festival de balé. A mãe das meninas, Renata Cristiane Abreu Perez Romaniuk, de 37 anos, tentou dar segurança à filha, mas foi o pai quem deu o toque especial à apresentação.

Júlio, ao ver a timidez da filha, decidiu se unir a ela e, ao som da música “At the Ball – Once Upon a Dream”, de Guy Dearden, entrou no palco e começou a repetir os movimentos da professora Mariana Machado. Logo, Maya se sentiu mais à vontade e passou a imitar os gestos do pai.

O ato de amor e apoio entre pai e filha logo emocionou a plateia, que aplaudiu entusiasticamente a performance. O momento foi capturado em vídeo e compartilhado nas redes sociais.

Em entrevista ao site NSC, Júlio Romaniuk Neto comentou a experiência e destacou a emoção de ver a repercussão do vídeo e a forma como as pessoas se comoveram com sua atitude. Ele enfatizou que qualquer pai faria o mesmo pelos filhos, mas ressaltou a importância de desafiar os estereótipos de gênero em uma sociedade ainda patriarcal.

“Um homem dançando balé é diferente. As pessoas não veem um pai dançando balé para ajudar a filha. São poucos que fazem essa leitura. Se fosse necessário, eu faria tudo de novo para elas se sentirem seguras”.

*Com Agenda do Poder

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Política

Após má vontade dos EUA em deportar blogueiro bolsonarista que tem ordem de prisão, governo Lula nega extradição de espião russo

A postura dos EUA em relação à ordem de prisão do blogueiro radical bolsonarista Allan dos Santos pesou na decisão do Ministério da Justiça de Lula de barrar o pedido feito pela administração de Joe Biden para extraditar para os Estados Unidos o espião russo Sergey Vladimirovich Cherkasov. A informação é do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.

Condenado por uso de documentos falsos, Cherkasov está preso em uma área especial da penitenciária federal de segurança máxima de Brasília e é alvo de uma segunda investigação, por lavagem de dinheiro.

Assim como o governo russo, os EUA solicitaram a extradição do espião, sob a alegação de que ele atuou em território estadunidense no período em que usou uma identidade brasileira falsa. O pedido dos Estados Unido, entretanto, foi rejeitado sumariamente pelo governo brasileiro, já na primeira análise, no Ministério da Justiça.

Embora a negativa tenha sido justificada com argumentos técnicos, o fator político teve grande peso na decisão, dizem fontes graduadas do governo a par do assunto.

Segundo uma dessas fontes, um dos motivos principais para a negativa foi a falta de reciprocidade dos americanos em pedidos similares que são feitos pelo Brasil a Washington.

O caso do radical bolsonarista Allan dos Santos é não apenas lembrado como o maior exemplo disso, como apontado como uma das razões do “veredicto”, avalizado pela alta cúpula do governo.

Morando nos Estados Unidos, de onde dispara ataques até hoje contra as instituições brasileiras em eventos e em lives transmitidas pela internet, o blogueiro tem contra si uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele é acusado de ameaçar autoridades, praticar crimes contra a honra e de incitar a prática de crimes.

O governo americano, porém, nunca se dispôs a extraditá-lo para o Brasil, queixa-se um importante integrante do governo Lula à reportagem.

“Você sabe quando os EUA vão extraditar o Allan dos Santos? Pau que dá em Chico também dá em Francisco”, afirma, sob reserva, um dos envolvidos na decisão.

Sergey Cherkasov foi preso pela Polícia Federal em abril do ano passado, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Apontado como integrante do GRU, braço da inteligência militar russa, o espião viveu durante anos no Brasil. Ele havia assumido uma identidade brasileira: Victor Muller Ferreira.

Sob a máscara do personagem construído ao longo de quase uma década, chegou a viajar para os Estados Unidos, motivo pelo qual passou a ser investigado também no território daquele país.

A prisão de Cherkasov se deu depois que autoridades holandesas desarticularam um plano para infiltrá-lo na Corte Penal de Haia, na Holanda, onde correm processos contra o presidente russo, Vladimir Putin.

Flagrado ao chegar à Holanda em um voo que havia partido de Guarulhos, ele foi enviado de volta ao Brasil, e a PF, acionada pela inteligência holandesa, o prendeu no desembarque.

O governo de Joe Biden pediu a extradição do espião para os Estados Unidos em razão das suspeitas de que ele, com a identidade brasileira falsa, teria operado em solo americano no período em que fez um curso em uma das mais prestigiosas universidades de Washington.

A solicitação foi feita ao DRCI, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional, vinculado ao Ministério da Justiça. Cabe ao órgão avaliar se os pedidos de extradição cumprem os requisitos administrativos e legais, em uma primeira fase do processo. Preenchidos os requisitos, os casos são enviados ao Supremo Tribunal Federal, que os julga antes de o presidente da República dar a palavra final.

No caso do pedido estadunidense, o processo parou já na primeira etapa. Foi barrado durante essa análise prévia no departamento subordinado ao ministro Flávio Dino. Com isso, nem chegou ao STF.

A Rússia já havia pedido a extradição de Cherkasov, alegando que ele é um criminoso comum condenado pela justiça local e que, por isso, precisa ser enviado de volta ao país para cumprir pena. Trata-se de uma tática usada frequentemente por Moscou para repatriar seus espiões quando eles são pilhados em atividade no exterior. As autoridades brasileiras já sabem, porém, que a alegação é falsa.

O pedido de extradição feito pelo governo russo já havia recebido o aval do Ministério da Justiça e está em tramitação no Supremo, nas mãos do ministro Edson Fachin.

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Pesquisa

Brasil tem 1,32 milhão de quilombolas, grupo que pela primeira vez foi identificado pelo Censo

O Censo Demográfico 2022 mostrou que a população quilombola residente no Brasil é de 1.327.802 pessoas, correspondendo a 0,65% da população. Há 1.696 municípios com população quilombola e 473.970 domicílios particulares permanentes com moradores quilombolas. Dados da pesquisa Censo 2022 – Quilombolas: Primeiros Resultados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A região que concentra a maior quantidade é o Nordeste, com 905.415 quilombolas, correspondendo a 68,2% da população quilombola, seguida do Sudeste com 182.305 pessoas e o Norte com 166.069 pessoas, ambas contabilizando 26,24% da população quilombola. Com 5,57% da população quilombola, as regiões Centro-Oeste e Sul têm 44.957 e 29.056 pessoas, respectivamente.

A Bahia é o estado com maior quantitativo de população quilombola – 397.059 pessoas –,o que corresponde a 29,90% da população quilombola recenseada. Em seguida vem o Maranhão, com 269.074 pessoas, o que corresponde a 20,26% da população quilombola recenseada. Somando a população quilombola da Bahia e do Maranhão, tem-se 50,17% da população quilombola concentrada nesses dois estados. Roraima e Acre não têm presença quilombola.

Dos 5.568 municípios brasileiros, 1.696 tinham moradores quilombolas. Senhor do Bonfim (BA) destaca-se por ser o município com a maior quantidade absoluta de pessoas quilombolas, com 15.999, seguido de Salvador, com 15.897, Alcântara (MA) com 15.616 e de Januária (MG) com 15 mil pessoas.

Segundo Marta Antunes, responsável pelo Projeto de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, a distribuição geográfica dos quilombos tem vínculo com todo o processo de colonização e escravização, mas também com a resistência a essa situação histórica que levou a várias ocupações territoriais com concentração perto e ao longo dos rios.

“A população quilombola se identifica não só pelo processo de escravização, mas principalmente pela resistência à opressão histórica como está no Decreto 4887”, disse.

Do universo de 72,4 milhões domicílios particulares permanentes ocupados recenseados no Brasil, 473.970 têm pelo menos um morador quilombola, correspondendo a 0,65% dos domicílios do país. Nas residências onde há pelo menos uma pessoa quilombola, a média de moradores é mais alta (3,17) do que no total de domicílios do país (2,79).

No universo das pessoas quilombolas residentes no país, as pessoas localizadas nos 494 territórios quilombolas oficialmente delimitados representam 12,59% dessa população (167.202 pessoas), de modo que 1.160.600 (87,41%) pessoas quilombolas encontram-se fora de áreas formalmente delimitadas e reconhecidas

Amazônia Legal – Foram contabilizadas 426.449 pessoas quilombolas nos municípios da Amazônia Legal, o que representa 1,60% da população residente total da região, sendo 32,11% do total da população quilombola residente no Brasil.

Foram recenseados 80.899 quilombolas residindo em territórios oficialmente delimitados, o que representa 48,38% da população quilombola nacional residindo em áreas oficialmente delimitadas, o que mostra um maior avanço do processo de regularização fundiária na Amazônia Legal em relação ao restante do país.

A presença da população quilombola residente na Amazônia Legal nos territórios oficialmente delimitados é superior ao cenário nacional: enquanto na Amazônia Legal 18,97% da população quilombola reside em territórios delimitados, para o conjunto do país esse percentual é de 12,59%

“Pela primeira vez em um levantamento censitário brasileiro, a população quilombola foi identificada, enquanto grupo étnico, no mais importante retrato demográfico, geográfico e socioeconômico do país”, disse, em nota, o presidente substituto do IBGE, Cimar Azeredo.

A coleta de informações contou com o apoio das lideranças comunitárias quilombolas que atuaram no apoio ao mapeamento das comunidades e como guias para os recenseadores, garantindo que todos os territórios fossem visitados.

*Com 247

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Mundo

Rússia considera que Macron não tem nada a oferecer à cúpula do BRICS

Sputnik – A presença na cúpula do BRICS do presidente francês Emmanuel Macron, que pediu às autoridades sul-africanas para participar da reunião, mas nunca recebeu um convite, não ajudaria a resolver os problemas enfrentados pela união, afirmou em briefing a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Maria Zakharova relembra que o envio de convites é prerrogativa do presidente do bloco, em coordenação com todos os participantes da associação.

“Quanto à posição russa, temos repetidamente expressado isso. Consideramos inapropriada a participação nas reuniões do BRICS dos representantes da linha de frente hostis ao nosso país e aos Estados que seguem o curso neocolonial dos países do Ocidente coletivo”, disse ela.

A chancelaria russa lembrou que o BRICS foi criado “para reforçar o papel dos países em desenvolvimento em um mundo multipolar, para desenvolver agendas coletivas, criativas e unificadoras para toda a

“Estamos convencidos de que a participação do presidente da França na cúpula do BRICS não contribuiria de forma alguma para a implementação dessas tarefas. A França não tem nada a oferecer a esta associação, que poderia interessá-lo [Macron]”, acrescentou Zakharova.

Anteriormente, o portal local News24 informou que o presidente francês Emmanuel Macron havia pedido às autoridades sul-africanas para estar presente na cúpula do BRICS em agosto.

De acordo com uma fonte informada, a África do Sul não respondeu se está preparada para permitir que outros líderes internacionais participem do evento. Um porta-voz do presidente sul-africano disse mais tarde à Sputnik que não tinha conhecimento do pedido de Macron para estar na cúpula do BRICS como convidado.

Na quarta-feira (19), o gabinete do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa confirmou que a cúpula será realizada de 22 a 24 de agosto e Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, representará a Rússia.

Além do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, os presentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, bem como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, participarão do evento.

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Política

Lula rebate Bolsonaro dizendo que “o jumento é mais simpático e esperto que alguns” e que seria ofensivo ao animal compará-lo ao ex-presidente

O presidente Lula (PT) reagiu nesta quinta-feira (26) ao ataque recebido um dia antes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o chamou de jumento e analfabeto em evento em São Paulo.

“Ontem [terça] a imprensa me pediu para responder uma pessoa que tentou me atacar chamando de ‘jumento’. Um animal simpático e mais esperto que alguns. O que seria ofensivo seria comparar um jumento a ele, isso sim. Ofensivo aos jumentinhos que não fazem mal a ninguém.”

Lula encontrou tempo nesta quarta para rebate o seu adversário político no mesmo dia em que suspendeu a agenda oficial para fazer um procedimento médico devido às dores que tem enfrentado por uma artrose no fêmur direito.

Na terça, Bolsonaro participou de evento do PL em São Paulo e, em seu discurso, falou palavrão, atacou Lula, reclamou de sua condenação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e disse que seu eventual retorno um dia ao Palácio do Planalto é encarado por ele como uma “missão”, diz a Folha.

Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos após mentiras e ataques ao sistema eleitoral e somente poderá disputar as eleições presidenciais de 2030

“A quem interessa… Leva-se em conta os países europeus, os países do norte, interessa eu ou um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto. Um jumento, por que não dizer assim?”, disse o ex-mandatário.

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Política

Marcio Pochmann é anunciado como o novo presidente do IBGE

O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta anunciou o economista Marcio Pochmann como o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, segundo o G1 .

O diretor de pesquisa Cimar Azeredo está temporariamente à frente da presidência do órgão.

Pochmann foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 2007 e 2012 e dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade durante governo de Marta Suplicy (PT), em São Paulo.

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