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As 500 maiores maiores empresas norte-americanas perderam o equivalente a três vezes o PIB do Brasil.
A reportagem do DW Brasil indica que, apesar do recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os consumidores globalmente não estão boicotando produtos norte-americanos. A resistência é mais evidente nos países diretamente afetados pelo pacote de tarifas de Trump, como Canadá e na Europa, onde a mobilização popular está se intensificando sob o lema “compre local”, tanto nas lojas físicas quanto online.
No dia 2 de abril, Trump instituiu uma sobretaxa sobre todas as importações aos EUA, denominando o evento de “Dia da Libertação”, referindo-se a nações que, segundo ele, aproveitariam a situação. Contudo, no dia 9 de abril, apenas uma semana após a imposição, Trump anunciou uma pausa de 90 dias na tarifa, reduzindo a maioria das sanções para uma taxa básica de 10%.
Com a China, a abordagem é mais agressiva. Na mesma sequência de medidas, Trump decidiu aumentar as tarifas sobre produtos chineses de 104% para 125%, com a Casa Branca depois corrigindo esse número para 145%, o que resume todas as tarifas em vigor. Em resposta, o governo chinês, que tem se oposto ativamente à política tarifária do presidente americano, anunciou um aumento de tarifas sobre produtos dos EUA, que passam de 84% para 125%, começando a partir do dia 12 de abril. O presidente chinês, Xi Jinping, fez um apelo à União Europeia para que a região se una contra a “intimidação” promovida por Trump.
Na Europa, onde a sobretaxa de 20% sofreu um alívio, os consumidores estão se organizando virtualmente para promover boicotes. Campanhas e grupos foram criados em redes sociais, como o grupo francês “Boycott USA: Achetez Français et Européen!”, que já conta com mais de 30 mil participantes. Grupos suecos como “Bojkotta varor från USA” (Boicote aos produtos dos EUA) já somam mais de 180 mil membros, todos com o intuito de pressionar pelo fim das sanções.
Na Alemanha, uma pesquisa realizada pelo grupo Cuvey revelou que 64% da população prefere evitar produtos americanos, indicando que a política de Trump já influi sobre suas decisões de consumo. Além disso, um movimento surgido em redes sociais e fóruns como o Reddit incentiva consumidores na Europa e no Canadá a posicionar os produtos dos EUA de cabeça para baixo nas prateleiras dos supermercados, como um sinal visual de descontentamento.
Empresas europeias também estão se articulando contra as corporativas americanas. Um exemplo é o Salling Group, maior varejista da Dinamarca, que anunciou que marcará produtos da Europa com uma estrela negra, facilitando a identificação dos itens locais para os consumidores.
Essas ações demonstram como as políticas tarifárias de Trump têm gerado movimentos de resistência e solidariedade entre consumidores internacionais, mostrando uma oposição crescente às suas medidas e a busca por promover a compra de produtos locais, com o intuito de impedir o fortalecimento das marcas americanas no mercado global.
As empresas norte-americanas estão enfrentando perdas bilionárias de valor de mercado, resultado não apenas de um boicote de consumidores, mas também da instabilidade nas bolsas internacionais causada pela recente imposição tarifária global anunciada em 2 de abril.
De acordo com uma análise publicada no blog da jornalista Míriam Leitão, no jornal O Globo, as 500 maiores empresas dos Estados Unidos perderam aproximadamente US$ 8 trilhões entre os dias 1º e 8 de abril. Esse valor é equivalente a três vezes o PIB brasileiro, representando uma significativa perda de riqueza.
Essas perdas não são exclusivas das empresas norte-americanas; a crise está afetando companhias em todo o mundo. Em resposta a essa situação, o presidente Donald Trump teve que recuar em algumas de suas políticas devido à pressão crescente. As consequências das tarifas não se limitam ao valor de mercado dessas empresas, afetando também suas estruturas de negócios e as formas como os produtos são fabricados.
Setores particularmente impactados incluem as grandes empresas de tecnologia, cujos líderes são notáveis apoiadores de Trump. A perda é acentuada, pois muitas dessas empresas mantêm uma cadeia de produção altamente globalizada, com grande parte da manufatura ocorrendo fora dos Estados Unidos, especialmente na Ásia.
O professor de economia da ESPM, Leonardo Trevisan, comentou que a tentativa de Trump de combater a China através do incentivo à produção interna é complexa, já que 151 dos 190 países possuem acordos comerciais mais robustos com a China. Essa realidade não pode ser alterada rapidamente, pois levou anos para ser estabelecida.
Uma reportagem da revista The Economist, reproduzida no Estadão, caracteriza o impacto das políticas comerciais de Trump como sem precedentes na história recente. De acordo com a publicação, o presidente trocou as relações comerciais estáveis que levaram mais de cinquenta anos para serem construídas por um modelo de políticas arbitrárias e volúveis, cuja implementação é frequentemente anunciada por meio das redes sociais. A falta de previsibilidade tem gerado um clima de incerteza, em que mesmo seus assessores não conseguem antecipar os próximos passos da administração.
A reportagem também menciona um impasse criado com a China, sugerindo que essa situação pode ser difícil de reverter. Em um intervalo de apenas dez dias, as políticas de Trump desmantelaram as certezas que sustentavam a economia global, introduzindo níveis extraordinários de volatilidade e confusão. Embora parte do caos aparentemente tenha diminuído temporariamente, reconstruir a infraestrutura econômica que foi perdida será um processo demorado e desafiador.
A situação atual reflete uma transformação drástica nas dinâmicas do comércio mundial, o que exige uma adaptação significativa das empresas, tanto americanas quanto internacionais, diante de um novo cenário econômico global.
“Meu ato de estar aqui, em greve de fome, é minha resposta”, disse Glauber
Glauber classifica a articulação para derrubar seu mandato como “golpista”.
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) completou, hoje (11), 60 horas em greve de fome como forma de protesto contra o processo de cassação de seu mandato. A medida política foi aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Glauber classifica a articulação como “golpista”. O parlamentar afirma que continuará o jejum e permanecerá dormindo no Plenário 5 da Casa até o fim do julgamento. Entenda na TVT News.
A fim de preservar sua saúde durante a greve, Glauber realizou exames de sangue e recebeu meio litro de soro nesta manhã. Segundo sua equipe, o deputado já perdeu quase dois quilos desde o início da manifestação.
“Não vou voltar atrás em nenhuma das minhas decisões. Meu ato de estar aqui, em greve de fome, é minha resposta. Sei que há muitas pessoas preocupadas com minha saúde, mas quero dizer que estou bem. Quando isso tudo vai parar? Quando parar a perseguição que estou sofrendo por dizer verdades que não queriam que fossem faladas”, afirmou em comunicado pelas redes sociais.
Atividades de Glauber
Glauber participou nesta sexta-feira de um ato em solidariedade à deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), que foi atingida por bombas de gás lacrimogêneo durante um protesto indígena na noite anterior, em Brasília. Após o evento, ele retornou ao Plenário 5, onde tem se concentrado desde quarta-feira (9) e onde, junto a apoiadores e colegas parlamentares, mantém a resistência.
Entre os nomes que aderiram à manifestação está a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), que também iniciou jejum em apoio ao colega. A comunicação com a imprensa tem sido feita exclusivamente por notas oficiais, com a próxima atualização prevista para as 19h desta sexta.
A decisão do Conselho de Ética, que aprovou a perda do mandato de Braga por 13 votos a 5, ainda cabe recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O processo teve como origem uma denúncia do partido Novo, que acusa o deputado de agressão contra Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril do ano passado.
Segundo a Agência Câmara de Notícias, a sessão que decidiu pela cassação foi marcada por tumulto e forte presença de apoiadores do parlamentar. Braga, por sua vez, vê a cassação como uma retaliação política: “É fruto de uma decisão política: não serei derrotado por Arthur Lira e pelo orçamento secreto. Vou às últimas consequências”, afirmou.
A mobilização em torno do caso cresce nas redes sociais e entre movimentos sociais, enquanto Glauber mantém firme seu protesto, mesmo sob risco à própria saúde. TVTNews.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está no Rio Grande do Norte para uma série de compromissos no que foi chamado de “Rota 22”.
O ex-presidente Jair Bolsonaro deu entrada na emergência de um hospital na cidade de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após relatar fortes dores abdominais, informa o jornal O Globo. Os sintomas seriam consequência do “atentado a faca” que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.
Ainda não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde do ex-presidente nem se sua agenda será mantida.
Maria Elizabeth Rocha afirmou que corte militar deve julgar ex-presidente e militares envolvidos em tentativa de golpe após condenação pelo STF. “Isso é muito simbólico, porque é importante mostrar para a sociedade que ninguém está acima da lei”
A iminente condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que pode levá-lo à cadeia por tentativa de golpe de Estado, não será o fim do périplo de Jair Bolsonaro (PL) pelas altas cortes do país.
Presidenta do Superior Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha afirmou em entrevista à revista Veja, divulgada nesta sexta-feira (11), que após o julgamento no STF, o ex-presidente terá que lidar com a corte militar, onde deve sofrer uma dupla perda: a patente de capitão, seu principal mote eleitoral; e o salário da reserva, o que lhe garante R$ 12 mil aos ganhos mensais, que ultrapassam R$ 100 mil – montante pago exclusivamente com recursos públicos.
“Ele poderá perder a patente de capitão”, disse a presidenta do STM, que vai julgar todos os militares condenados a mais de 2 anos pela corte civil. “Se ele vier a ser condenado e a sentença transitar em julgado no STF, a depender do quantitativo da pena que vai ser aplicada, ele será julgado também no STM e poderá vir a perder o posto, a patente para oficialato e os proventos, se o tribunal entender plausível”, emenda.
Segundo ela, “nesse caso da trama golpista, muito provavelmente os militares serão julgados no STM”, incluindo nessa conta o general quatro estrelas Walter Braga Netto, e seus comparsas fardados, Augusto Heleno, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, Almir Garnier, Mario Fernandes, Mauro Cid, entre outros militares denunciados na organização criminosa golpista.
“Sobre os atos perpetrados no 8 de Janeiro e os desdobramentos que os antecederam, por certo eu vislumbro a existência do cometimento de eventuais crimes militares, não só pela condição dos agentes perpetradores — militares da ativa e da reserva —, como em razão de o acampamento em frente ao QG do Exército ser um local sob administração militar, o que em tese atrairia a competência da Justiça Militar da União”, afirma a magistrada, sinalizando que a Justiça Militar pode acionar ainda os responsáveis por darem aval aos acampamentos golpistas em área militar.
Indagada se a condenação dos militares de alta patente pode provocar “insatisfação nas tropas”, Maria Elizabeth mostrou uma postura firme, dizendo que “essas insatisfações serão absorvidas” e rebateu: “O fato é: porque vai provocar insatisfações, não se condena?”.
Segundo ela, a condenação de Bolsonaro e de militares de alta patente pela Justiça Militar terá um caráter pedagógico dentro das Forças Armadas.
“Isso é muito simbólico, porque é importante mostrar para a sociedade que ninguém está acima da lei. E que o fato de vestirem fardas não os exonera dos compromissos de cidadania que todos nós temos o dever de zelar. Do militar se exige, por estar investido das armas da nação, por ser armado pelo Estado, uma série de restrições dos seus direitos fundamentais para o bem do Estado democrático e a preservação do bem-estar da sociedade civil, que é desarmada e vulnerável. Então, é necessário que se avalie, dentro dessa conduta, se houve um mau ferimento do éthos militar, da honra militar, daquilo que eles gostam tanto de falar, de um honor militar. Se realmente for verificado, o militar precisa ser punido”.
Maria Elizabeth, que é esposa de general – Romeu Costa Ribeiro Bastos – que foi alvo da Ditadura, afirma ainda que a “Democracia é um processo inacabado” e precisa ser aprimorada. Por isso, a punição aos militares golpistas deve ser exemplo.
“A história tem que servir de lição. Fico muito assombrada quando vejo as pessoas pedindo a volta da ditadura. Quem pede isso é porque não sabe o horror que era, não sabe o que é ter medo do Estado. Não tem nada pior do que ter o Estado como inimigo invisível porque ele é um algoz de que você não pode se defender”, diz.
“O Brasil, lamentavelmente, tem surtos liberalizantes, tem episódios institucionais corretos, legítimos, e outros nem tanto. Temos uma tradição autoritária. Não significa que essa tradição tenha necessariamente que ser a do golpismo. E isso o 8 de Janeiro deixou bem claro. O passado ainda é vivo”, emenda. Com Forum.
Navegamos em mares bravios, em meio às chamas ateadas pelo novo Nero, que não se constrange em incendiar a economia do próprio país.
O recuo de Donald Trump em impor seu tarifaço a todos os países, excluindo a China, nem de longe é uma estratégia planejada. Trump recuou por vários motivos, um deles, e talvez o mais importante, foi a contrariedade dos bilionários estadunidenses, que perderam trilhões de dólares desde o anúncio do tarifaço.
Matéria do The New York Time desta quinta-feira (10) afirma que muitas empresas dos Estados Unidos discordam do tarifaço de Donald Trump e enxergam na China um porto seguro em meio à tempestade regulatória proposta por Washington.
O descontentamento da maioria dos estadunidenses também pesou no recuo do bufão da cabeleira amarela. No sábado (5), milhares de manifestantes protestaram contra Donald Trump em Washington e em várias cidades dos Estados Unidos. Grandes faixas nas proximidades da Casa Branca criticavam a posição fascista do presidente. Em uma delas, os manifestantes pediam que Trump tirasse suas mãos da Seguridade Social.
Na área da política externa, a “Guerra Comercial” de Trump teve derrotas importantes, principalmente no Velho Continente. Sem perder tempo, as principais nações europeias se voltaram para o fortalecimento de acordos com outros países e blocos econômicos mundo afora. Na quarta-feira (9), a União Europeia se aproximou da China, iniciando conversas para a cooperação comercial com o gigante asiático.
Na terça-feira (8), a ministra de Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, defendeu, ao lado da Suécia, um acordo entre União Europeia e o Mercosul no sentido de combater os efeitos do tarifaço de Trump.
Desde bem antes das medidas tresloucadas de Trump, o governo do presidente Lula vem aprofundando acordos importantes com as principais economias do mundo. A diplomacia brasileira tem sido incansável na condução do fortalecimento do multilateralismo, e nos dois primeiros anos de seu terceiro mandato o presidente visitou 32 países, buscando restabelecer a posição do país após a terra arrasada diplomática legada por Bolsonaro.
No início deste ano Lula fechou acordos importantes no Vietnã e no Japão. Em maio, o presidente terá agenda bilateral com Putin em sua visita à Rússia. Na sequência, volta à China, onde será o convidado de honra do Foro Celac-China, que reúne países latino-americanos e a nação asiática. Vale realçar que Lula se reunirá com o presidente Xi Jinping justamente quando Trump intensifica as tensões comerciais entre os EUA e a China.
É impossível neste momento deixar de pensar na importância da postura de Lula e do seu governo em momentos de crise econômica global.
O mais importante deles ocorreu em 2008, quando Lula foi criticado pelo tal “mercado” e pela mídia corporativa, ao profetizar, em plena crise iniciada nos Estados Unidos devido a uma bolha imobiliária, que o tsunami nos EUA seria apenas uma ‘marolinha’ no Brasil. Na contramão de vários economistas e analistas, Lula pediu, na época, que a população comprasse. O resultado foi exemplo para o mundo. O francês Le Monde reconheceu que a rápida recuperação do Brasil demonstrou a precisão da estratégia adotada pelo governo brasileiro ao concentrar suas ações no mercado interno. Aliás, essa mesma estratégia vai ser utilizada pela China em meio à guerra comercial declarada pelos EUA.
Vocês já imaginaram onde estaria a economia brasileira nesse momento se o presidente fosse Bolsonaro, aquele que bate continência para a bandeira dos Estados Unidos e que declarava amor eterno a Trump? Ou mesmo o governador Tarcísio de Freitas, que posou com o boné MAGA, da campanha de Trump…”Make America Great Again”? Ambos de um servilismo enojante.
Nesse momento, os religiosos e mesmo os agnósticos deveriam erguer as mãos para o céu e agradecer por termos na presidência um líder já testado em situações globalmente adversas e que a história revela conhecer o caminho a seguir.
Sim, caro leitor, navegamos em mares bravios. Aliás, em meio às chamas ateadas pelo novo Nero, que não se constrange em incendiar e golpear fortemente a economia do próprio país. Embora todos sejamos de algum modo atingidos pelo risco de recessão global, quem irá arcar com as consequências imediatas de elevação de preços e desemprego, impostas do tal tarifaço, será o consumidor estadunidense. Esse mesmo que insanamente elegeu o novo Nero.
Todo governo autocrata e totalitário necessita de um inimigo público. O de Trump é a China, taxada em 145%, sem qualquer critério senão o próprio voluntarismo de Trump – e a psicanálise deve explicar. Está claro que Trump reduz o comércio global a um balcão de negócios pessoais, um jogo de truco irresponsável. Trata-se de um maníaco que pode levar o planeta a uma situação irreversível. Lembro aqui de uma frase de Frederic Bastiat: quando as mercadorias não cruzam fronteiras, os soldados farão.
*Florestan Fernandez Jr,/247
“Decidiram que vão andar com o chefe do golpe para cima e para baixo, começando pelo Nordeste”.
O PL mandou avisar que andará pelo Brasil, em caravana, arrastando o cadáver de Bolsonaro. A primeira parada será em Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte. É empreitada para ficar marcada na História da extrema direita mágica.
Valdemar Costa Neto e ajudantes vão levar Bolsonaro pelo Brasil, em pré-campanha para 2026, começando nessa sexta-feira pelo Nordeste.
É ali, no reduto do lulismo, que o chefe do golpe deve ser mostrado como ressuscitado, muito mais do que na Avenida Paulista, onde a cena da ressurreição não funcionou direito.
E Bolsonaro se apruma no corpo mole e fala de improviso para o povo: popcorn and ice cream. Já sem a cola escrita do texto em inglês. Fala como um cadáver bêbado com braços de pano. Não fala em javanês, fala em inglês, para ser ouvido pelo mundo todo.
García Márquez, Manuel Scorza, Jorge Amado, Dias Gomes, Murilo Rubião, Erico Verissimo produziram cenas semelhantes. O que teremos agora não ficará devendo nada ao que eles imaginaram e escreveram.
Uma criatura que perdeu uma eleição e perdeu um golpe e ainda sobe em caminhões, dá entrevistas diárias, faz ameaças ao Supremo e discursa em inglês.
Mesmo sendo um morto político inelegível e estando a alguns metros da porta da cadeia. Pau dos Ferros nunca viu nada igual. Nem como assombração.
Bolsonaro vai dizer que fez a transposição do São Francisco. Que acabou com a seca no Nordeste no seu governo, mas a seca voltou com Lula. Que no seu tempo nunca faltou ovo.
No mundo mágico da velha direita, Valdemar Costa Neto se vê obrigado a fingir que ressuscita um Bolsonaro sem cor e alquebrado, para que pareça vivo e mandão até perto da eleição.
Vão arrastar Bolsonaro pelo Brasil, até onde der. Não porque o PL deseja, mas para atender a um apelo feito pelo próprio cadáver que eles irão carregar. Como pagamento por favores.
Como dívida que Bolsonaro irá cobrar até ser preso. Bolsonaro é o zumbi que um dia reabilitou a velha direita sem os tucanos e essa é a conta a ser paga.
Até que um dia Valdemar fingirá estar distraído na conversa com Tarcísio de Freitas e esquecerá Bolsonaro com a boca aberta no banco da praça de Sorocaba.
*Moisés Mendes/247
Ações despencam novamente com aumento da angústia em relação à guerra comercial de Trump
O S&P 500 caiu 3,5% ao dia.
Motivo: a Casa Branca esclareceu que as novas tarifas sobre produtos chineses totalizaram 145%.
Para fabricantes de vestuário dos EUA, política tarifária caótica do estabanado Trump, não ajuda, ao contrário, atrapalha.
A ideia geral nos EUA é a de que produzir algo tão estúpido como as tarifas de Trump, é para a vida toda.
Com a lambança de Trump, EUA e China caminham para uma divisão “monumental”, colocando a economia mundial em alerta.
Um aprofundamento da guerra comercial pode enfraquecer ainda mais os laços entre as superpotências. Os efeitos repercutirão no mundo como um todo.
Em apenas dois anos de governo em São Paulo, a reprovação de Tarcísio dobra.
Datafolha dá um banho de água fria na oligarquia de São Paulo.
É preciso lembrar que Tarcísio é o novo bibelô da Faria Lima e, consequentemente, da grande mídia.
Isso significa dizer que ele não sofre qualquer crítica dos grandes meios de comunicação que blinda com gosto o projeto de poder da direita.
Mas parece que deu vazamento na laje e não foi pouco. As rachaduras na imagem do reacionário bolsonarista estão evidentes.
Traduzindo, quer dizer que a percepção negativa sobre o governo estadual dobrou nos últimos dois anos, considerando os percentuais somados de “ruim” e “péssimo” ao sabor da própria sociedade, sem ter qualquer influência negativa da mídia.
O sujeito é de fato muito ruim.
Para quem pretende se candidatar à Presidência da República, é uma péssima notícia.
A China suspendeu a compra de carne bovina de mais da metade dos fornecedores americanos devido à crescente guerra tarifária com os Estados Unidos. Essa situação abre uma oportunidade ao Brasil para expandir suas exportações ao mercado chinês. Em maio, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva visitará a China para se encontrar com o presidente Xi Jinping.
Atualmente, 654 empresas americanas estão habilitadas para exportar carne bovina para a China, mas 392 delas tiveram suas operações suspensas pela Administração Geral das Alfândegas da China, representando 60% dos fornecedores do setor. Além disso, o número de suspensões tem aumentado, afetando fornecedores de carne de aves e suínos. Recentemente, nove empresas, incluindo American Proteins e Mountaire Farms of Delaware, não tiveram suas habilitações renovadas.
De acordo com o Departamento de Segurança Alimentar de Importação e Exportação da Administração Geral das Alfândegas da China, as suspensões visam prevenir riscos à segurança alimentar e estão alinhadas com legislações locais e padrões internacionais. Isso é apresentado como uma medida científica e razoável para assegurar a segurança alimentar.
Além disso, até 18 de junho, 68 fornecedores terão suas habilitações expiradas, incluindo dez de carne bovina, 11 de carne suína e 47 de carne de aves. No cenário atual, o foco da suspensão se concentra na carne bovina, com 590 fornecedores, dos quais apenas dez estão suspensos. Em contraste, entre os 594 fornecedores de carne de aves, apenas três enfrentam restrições.
No campo mais amplo do comércio internacional, as bolsas da Ásia e Europa tiveram forte alta após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas para vários países, excluindo a China. Em contrapartida, a China elevou suas tarifas sobre produtos americanos de 104% para 125% em retaliação às políticas de Trump, que por sua vez impusera uma tarifa de 84% sobre produtos dos EUA.
A Embaixada do Brasil em Pequim destacou que, apesar das medidas de suspensão de fornecedores estarem ligadas a controles sanitários e de segurança alimentar, elas também refletem a guerra tarifária entre Brasil e Estados Unidos e a crise nas relações comerciais sino-americanas.
Roberto Perosa, ex-secretário de Comércio do Ministério da Agricultura e atual representante do agronegócio brasileiro, participou de reuniões com autoridades chinesas na semana passada enquanto as novas tarifas dos EUA e as reações de Pequim eram divulgadas. Ele descreveu as conversas como “muito positivas” e elogiou os encontros no Ministério do Comércio da China, na aduana e com empresas do setor alimentício. Perosa enfatizou que a China reiterou que o Brasil é um parceiro estratégico, afirmando que as relações estão em seu melhor momento e que o presidente Lula fará uma visita a Pequim.
A China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Em 2024, as exportações para o país superaram 1 milhão de toneladas, representando um aumento de 12,7% em comparação ao mesmo período de 2023 e gerando US$ 6 bilhões em negócios. As exportações de carne bovina estão atrás apenas da soja, minério de ferro e petróleo no Brasil. De janeiro a março deste ano, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) mostram que o Brasil vendeu US$ 1,36 bilhão em carne bovina para a China, um crescimento de 11,3% em relação ao primeiro trimestre de 2023.
Esses números refletem não só a força das relações comerciais entre Brasil e China, mas também a resiliência do setor agrícola brasileiro frente a desafios globais. O fortalecimento das relações e o aumento das exportações de carne bovina são sinais positivos que podem indicar uma evolução nas parcerias comerciais entre os dois países, especialmente em um contexto internacional conturbado por questões tarifárias e de segurança alimentar.