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Justiça

Entenda o impacto do envio de ações à 1ª instância para Bolsonaro

Ministra Cármen Lúcia, do STF, remeteu sete pedidos de investigação contra o ex-presidente para a Justiça Federal do DF nesta sexta-feira.

Nesta sexta-feira, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou sete pedidos de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a Justiça Federal do Distrito Federal, a quem caberá conduzir as ações daqui em diante. Isso acontece porque, ao deixar o cargo, Bolsonaro perdeu a prerrogativa do foro privilegiado, destinado a autoridades em exercício de função. Assim, os casos saem da mais alta Corte do país e vão rumo à primeira instância.

O trâmite já era esperado desde que o antigo chefe do Executivo perdeu as eleições do ano passado para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas quais impactos concretos a mudança pode acarretar para a situação jurídica de Bolsonaro? A seguir, entenda, em oito perguntas, como fica o quadro processual relativo ao ex-presidente.

A situação de Bolsonaro piora ou melhora?

As ações que correm contra um presidente da República são capitaneadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), hoje chefiado por Augusto Aras, nomeado por Bolsonaro e considerado alinhado ao ex-mandatário em suas decisões. Agora, os pedidos de investigação passam para as mãos de procuradores federais de primeira instância, a quem também caberá denunciá-lo ou não. Por fim, presidentes só podem se tornar alvo de instauração de processo com o aval de dois terços da Câmara dos Deputados — em 2017, por exemplo, a Casa barrou uma investigação contra Michel Temer no STF.

— Ele perdeu esse filtro político, o que já é um problema. Além disso, com a ida das ações para primeira instância, não havendo conexão entre elas, os casos seguem para procuradores e juízes diferentes, o que, em tese, torna a possibilidade de um desfecho negativo em alguma delas maior — avalia o advogado Daniel Sarmento, professor titular de Direito Constitucional da UERJ e ex-procurador da República: — Não é à toa que as pessoas, em geral, buscam o foro por prerrogativa de função. Perder isso, via de regra, acaba sendo algo negativo.

A decisão afeta o tempo de tramitação dos processos?

Não necessariamente. Esse aspecto, no entanto, pode ser analisado por dois vieses. No STF, que já é uma Corte mais sobrecarregada por essência, uma ação como essa passa pelo plenário, onde um ministro pode pedir vista, por exemplo. Como na primeira instância as decisões competem a um único juiz, que é responsável por menos processos, a tramitação tende a ser mais rápida. Por outro lado, no caso de uma eventual condenação, há mais instâncias superiores para apresentar recursos, ao contrário do que ocorre no Supremo — assim, o tempo percorrido até o trânsito em julgado da sentença pode ser maior.

Presidente foi a poucos eventos, se isolou no Palácio da Alvorada e evitou declarações públicas. Antes de passar a faixa, viajou para os Estados Unidos

Bolsonaro passa a ter mais chances de ser preso?

Não existe uma correlação direta entre a instância de tramitação e a possibilidade de prisão. No entanto, o professor Daniel Sarmento segue uma linha de raciocínio similar à que embasa a análise sobre a situação jurídica geral do ex-presidente: como as ações passam a ser conduzidas por um número maior de procuradores e juízes, a chance de se deparar com um profissional mais linha-dura, na teoria, também aumenta.

— Procuradores e juízes têm perfis diferentes, podendo atuar com mais ou menos rigor. Sem tratar de nenhum caso específico, eu vejo, sim, um risco maior de uma decisão ou condenação mais rígida — afirma o advogado.

O fato de Bolsonaro estar no exterior afeta a defesa?

Em um primeiro momento, não. O ex-presidente pode responder normalmente às demandas judiciais mesmo fora do país, por intermédio de seus advogados. Caso o presidente seja intimidado a depor ou mesmo denunciado em alguma das ações, porém, o distanciamento pode ser mal interpretado. Uma das hipóteses que permite a decretação de uma prisão preventiva antes da condenação com trânsito em julgado, por exemplo, é quando as autoridades entendem que há risco de o réu fugir ou tentar valer-se de algum artifício para não responder ao processo e escapar de uma eventual punição.

— Mas, geralmente, antes de uma medida mais dura como prisão ou confisco de passaporte, a Justiça se vale primeiro de outras estratégias — explica Sarmento.

Quais frentes de investigação mais preocupam aliados de Bolsonaro?
Segundo a colunista Malu Gaspar, há quatro frentes de investigação que são consideradas mais suscetíveis a uma condenação, segundo aliados preocupados com o futuro político de Bolsonaro:

As ações sobre as agressões a deputada Maria do Rosário (PT-RS), em 2014. Bolsonaro é réu por injúria e apologia ao estupro.
A ação de improbidade administrativa envolvendo a ex-secretária Wal do Açaí, acusada de ser funcionária fantasma de seu gabinete na Câmara Federal.
Desdobramentos dos atentados terroristas de 8 de janeiro.
Investigações dos inquéritos dos atos antidemocráticos e das milícias digitais no STF.

O que já foi para a primeira instância?

A ministra Cármen Lúcia encaminhou sete pedidos para investigar o ex-presidente que tramitavam perante a Corte. Cinco deles se referem às declarações de Bolsonaro em manifestações no feriado de 7 de setembro de 2021, em que fez ataques ao STF e chamou o ministro Alexandre de moraes de canalha. Também foram transferidos os casos sobre declarações do ex-presidente que associavam o peso de um homem negro a arrobas e sobre a participação ,junto com o seu então ministro da Justiça, Anderson Torres, em uma motociata nos Estados Unidos ao lado do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido.

O que ainda pode ir para a primeira instância?

O ex-presidente é alvo de cinco inquéritos que tramitam no Supremo, além de duas ações penais. A maioria deve ser enviada para a primeira instância nas próximas semanas. Um dos inquéritos mais avançados é o que investiga a disseminação de notícias falsas durante a pandemia. O ex-presidente também é investigado por ter violado sigilo funcional, ao divulgar uma investigação sigilosa sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE); e por suposta interferência na Polícia Federal, denunciada pelo ex-ministro Sergio Moro. Além disso, ele ainda é réu em duas ações penais, por ter dito que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque é “muito feia”. Todas essas devem ser transferidas para a primeira instância.

E pelo que mais Bolsonaro é investigado?

Ele é também investigado no STF no inquérito das milícias digitais responsáveis por ataques às instituições democráticas e no que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Ambos devem permanecer no STF, porque têm outras pessoas investigadas com foro privilegiado. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro é alvo de ação acerca de taques ao sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores, sobre uma rede de desinformação para favorecê-lo, por abuso de poder político e econômico nas manifestações de 7 de Setembro e pela live em que falava de fraudes nas urnas eletrônicas sem apresentar provas.

*Com O Globo

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Política

Comunicado conjunto de Lula e Biden lança aliança por inclusão social, racial, de gênero e proteção ambiental

Manifestação conjunta de Brasil e Estados Unidos também aborda o conflito na Ucrânia e a necessidade de reformulação do Conselho de Segurança da ONU.

O Ministério de Relações Exteriores divulgou na noite desta sexta-feira (10) comunicado conjunto com o governo dos Estados Unidos sobre o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden.

Leia a íntegra do comunicado

Hoje, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da República Federativa do Brasil, e o Presidente Joseph R. Biden Jr., dos Estados Unidos, encontraram-se em Washington, D.C. Durante o encontro, os dois líderes reafirmaram a natureza vital e duradoura da relação Brasil-EUA e ressaltaram que o fortalecimento da democracia, a promoção do respeito aos direitos humanos e o enfrentamento da crise do clima figuram no centro de sua agenda comum.

Como líderes das duas maiores democracias das Américas, o Presidente Lula e o Presidente Biden comprometeram-se a trabalhar juntos para fortalecer as instituições democráticas e saudaram a segunda Cúpula pela Democracia, a realizar-se em março de 2023. Ambos os líderes notaram que continuam a rejeitar o extremismo e a violência na política, condenaram o discurso de ódio e reafirmaram sua intenção de construir resiliência da sociedade à desinformação e concordaram em trabalhar juntos nesses assuntos. Discutiram os objetivos compartilhados de fazer avançar a agenda dos direitos humanos por meio da cooperação e da coordenação em questões tais como inclusão social e direitos trabalhistas, igualdade de gênero, equidade e justiça raciais, e proteção dos direitos das pessoas LGBTQI+. Também assumiram o compromisso de revitalizar o Plano de Ação Conjunta Brasil-EUA para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e Promoção da Igualdade, para benefício mútuo de comunidades raciais, étnicas e indígenas marginalizadas, incluindo pessoas de ascendência africana, em ambos os países.

Ambos os líderes estão determinados a conferir urgente prioridade à crise climática, ao desenvolvimento sustentável e à transição energética. Reconhecem o papel de liderança que o Brasil e os EUA podem desempenhar por meio da cooperação bilateral e multilateral, inclusive no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do Acordo de Paris. Os Presidentes Lula e Biden recordaram a Iniciativa Conjunta sobre Mudança do Clima, estabelecida em 2015, que criou o Grupo de Trabalho de Alto Nível Brasil-EUA sobre Mudança do Clima (GTMC). Decidiram instruir o GTMC a voltar a reunir-se com a maior brevidade possível, com vistas a examinar áreas de cooperação, como combate ao desmatamento e à degradação, reforço da bioeconomia, estímulo à implantação da energia limpa, fortalecimento de ações de adaptação e promoção de práticas agrícolas de baixo carbono. Como parte desses esforços, os Estados Unidos anunciaram sua intenção de trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia, e para alavancar investimentos nessa região muito importante. Os líderes expressaram, ainda, a determinação de lutar contra a fome e a pobreza, reforçar a segurança alimentar global, fomentar o comércio e eliminar barreiras, promover a cooperação econômica e fortalecer a paz e a segurança internacionais.

Também discutiram o interesse em intensificar a cooperação bilateral em áreas como comércio e investimentos, energia, saúde, ciência, tecnologia e inovação, defesa, educação e cultura e assuntos consulares, por meio de abordagem focada em resultados que beneficiem ambas as sociedades. Ao reconhecer a importância da resiliência das cadeias de suprimentos, especialmente na atual conjuntura global, comprometeram-se a continuar a cooperação nesse campo com diálogos público-privados específicos.

Os dois líderes também examinaram ampla gama de questões globais e regionais de interesse mútuo. Ambos os presidentes lamentaram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes de seu território como violações flagrantes do direito internacional e conclamaram uma paz justa e duradoura. Os líderes expressaram preocupação com os efeitos globais do conflito na segurança energética e alimentar, especialmente nas regiões mais pobres do planeta e externaram apoio ao funcionamento pleno da Iniciativa de Grãos do Mar Negro. Os Presidentes Lula e Biden tencionam fortalecer a cooperação em instituições multilaterais, inclusive no contexto da vindoura presidência brasileira do G20. Os dois líderes expressaram a intenção de trabalhar juntos para uma reforma significativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como a expansão do órgão para incluir assentos permanentes para países na África e na América Latina e Caribe, de modo a torná-lo mais representativo dos membros da ONU e aperfeiçoar sua capacidade de responder mais efetivamente às questões mais prementes relacionadas à paz e à segurança globais.

O Presidente Lula convidou o Presidente Biden a visitar o Brasil, e o Presidente Biden aceitou o convite. Os dois líderes comprometeram-se a ampliar seu diálogo e buscar cooperação mais profunda em preparação para a celebração do bicentenário das relações diplomáticas Brasil-EUA em 2024.

*Com 247

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Justiça

Bolsonaro e Michelle podem ser investigados por maus-tratos a emas e carpas do Alvorada

Parlamentar do PSOL protocolou representação na PGR pedindo a abertura de inquéritos contra o casal por crime ambiental e improbidade administrativa.

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) enviou à Procuradoria-Geral da República uma representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle, acusando-os de maus-tratos aos animais pelo caso das emas e carpas mortas no Palácio do Alvorada. O objetivo da parlamentar é que sejam abertos inquéritos contra os representados, um policial para apurar possível crime ambiental de maus-tratos aos animais, e outro civil para apurar acusação de improbidade administrativa.

De acordo com o texto, o novo governo identificou o excesso de peso e gordura como a causa da morte das aves, alimentadas com restos de comida humana e sem acompanhamento veterinário, o que teria causado inclusive a perda de filhotes.

“O representado destinou apenas um terço do orçamento anual necessário para manutenção dos animais, substituindo a dieta adequada por milho e arroz junto à ração, para economizar, resultando no excesso de gordura dos animais e nos seus óbitos. Também foi constatado por técnicos que as aves não foram vacinadas contra a doença de Newcastle, a qual já registrou surto em São Paulo. Por conta das instalações inadequadas, diversos animais foram transferidos ao Zoológico de Brasília”, diz trecho da representação.

Para além das aves, a ação também mira a morte das carpas, presenteadas ao governo brasileiro em 1990 pelo Imperador Japonês Hirohito. Os peixes viviam no espelho d’água do Palácio do Alvorada há 32 anos. De acordo com o texto, a morte dos peixes foi causada pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que teria ordenado a retirada das moedas do local.

“Conforme relatado pelo atual governo, o responsável pela limpeza do espelho d’água teria ordenado a retirada integral da água para recolhimento das moedas e o transporte dos peixes, ocasionando na morte de quase todas as carpas, já que de setenta, apenas dez restaram vivas. As moedas recolhidas do patrimônio público foram destinadas a uma entidade filantrópica sem qualquer procedimento formal do ato, como admitido pela própria representada”, diz a ação.

Entre os possíveis crimes que a parlamentar pede apuração estão os crimes ambientais de maus-tratos, abuso e crueldade contra animais, que podem ser incluídos no inquérito policial, além do crime de improbidade administrativa pela maneira como foi gerido o Palácio do Alvorada, que teria desdobrado na morte dos animais que lá viviam. Para a abertura dos inquéritos, ainda é necessário um parecer favorável da PGR.

*Com Forum

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Política

Agora, um estorvo para os aliados, Bolsonaro pode voltar para o Brasil e março

Crise com os Yanomamis é uma das causas de afastamento entre ex-presidente e ex-ministros, que agora ocupam o Legislativo federal.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confidenciou a aliados que deseja volta ao Brasil em março. Mas não há, ainda, um plano para o futuro do ex-governista depois do retorno.

Mais que isso: a crise humanitária e de reputação causada pela negligência com o povos Yanomami fez com que parceiros célebres do capitão agora o vissem como pária.

De acordo com a CNN, a crise dos Yanomami é um dos exemplos do incômodo que aliados bolsonaristas sofrem. Os ex-ministros Damares Alves (Direitos Humanos), Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura) e o ex-presidente da Funai, Marcelo Xavier, todos relacionados ao caso, não o defenderam.

Bolsonaro também é visto como politicamente tóxico, tanto na visão do ex-ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), mas na agricultura e outros setores que o ajudaram a sustentar os quatro anos à frente do Executivo.

*Com GGN

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Política

Após divulgar quatro versões do “golpe Tabajara”, Marcos do Val procura psiquiatra

Marcos do Val (Podemos-ES), senador bolsonarista, divulgou, nesta quarta-feira (8), seu atestado psiquiátrico para, segundo ele, comprovar sanidade e aptidão para continuar a exercer o mandato parlamentar.

O documento foi assinado por um especialista do Senado Federal. “Laudo é para ninguém achar que eu estou doido”, declarou à CNN-Brasil.

“Atesto para os devidos fins que o Senador Marcos Ribeiro do Val foi avaliado por mim em 07/02/2023 e que encontra-se apto, do ponto de vista de sua saúde, para o exercício do cargo”, escreveu o médico.

Em mensagem encaminhada à imprensa, Marcos do Val negou a informação de que iria se licenciar por estar sem condições psicológicas para assumir os trabalhos no Senado.

Ele disse isso, apesar de ter afirmado, ao “denunciar” a tentativa de golpe, que renunciaria ao mandato: “Está circulando que irei tirar licença por questões de saúde ou por motivos pessoais. Comunico a todos que isso não procede e que seguirei trabalhando normalmente no Senado Federal”, apontou, de acordo com o Metrópoles.

Marcos do Val concedeu entrevista à Veja na qual denunciou que foi procurado por Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente teria tentado coagi-lo a participar de um golpe de Estado, que passava pela desqualificação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), até a derrubada do presidente Lula (PT).

Depois da repercussão da entrevista, o senador deu quatro versões sobre o caso. A confusão foi tanta que Alexandre de Moraes “batizou” a manobra de “golpe Tabajara”.

Senador admite que fez “manipulação de notícias desencontradas”

Marcos do Val afirmou, em entrevista ao canal de Ronny Teles, que a denúncia que fez sobre a tentativa de grampear Alexandre de Moraes foi “estratégica”.

“Tudo é estratégico. Estou tranquilo, o resultado está dando certo”, diz. “O objetivo foi atingido e eu, claro que eu fiz essa manipulação de notícias desencontradas, mas aí um dia vocês podem entender”, confessou.

Do Val ainda foi perguntado se ele deseja afastar Moraes da relatoria do inquérito das fake news, e responde: “Com o tempo vocês vão entender e vão ficar muito felizes”.

*Com Forum

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Política

Lula chega aos EUA para se reunir com Joe Biden

O presidente desembarcou em Washington, capital dos EUA, no início da noite. A reunião com Biden está agendada para amanhã (10).

Lula e sua comitiva já chegaram na Blair House, residência oficial onde ele ficará hospedado.

Acompanham o petista a primeira-dama, Janja, além dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Economia), Marina Silva (Meio Ambiente) e Anielle Franco (Igualdade Racial).

Segundo o Itamaraty, a reunião com Biden terá três temas principais: a defesa da democracia, dos direitos humanos e do meio ambiente.

Lula vai tentar conseguir mais recursos para a área ambiental, listando as atitudes já tomadas pelo governo nesse último mês de atuação, como a expulsão dos garimpeiros de terras indígenas.

Também estão presentes na viagem o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Márcio Elias Rosa; o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e o assessor-chefe da Presidência da República, Celso Amorim.

Protestos. Segundo o colunista do UOL Jamil Chade, grupos bolsonaristas estão organizando protestos contra o presidente Lula, durante sua visita aos EUA.

Tanto os EUA como o Palácio do Planalto estão monitorando a convocação dos protestos por parte de grupos bolsonaristas nas diferentes redes sociais. Mas a interpretação é de que não haveria risco elevado.

Na capital americana, Lula será hospedado na Blair House, local que o governo dos EUA destina aos chefes de Estado que visitam Biden. O Palácio do Planalto foi informado pelas autoridades americanas que elas serão “rigorosas” em relação à segurança.

Essa é a terceira viagem internacional de Lula, após passagens por Argentina e Uruguai em janeiro. Ele ainda deve visitar em breve China e Portugal, em datas ainda não definidas.

*Com Uol

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Política

A estranha “coincidência” entre suposta doação de moedas feitas por Michelle e os atos terroristas

Ex-primeira-dama tentou se explicar sobre suposta morte de peixes do espelho d’água do Alvorada para retirar moedas e acabou por trazer mais perguntas que respostas.

Ao tentar explicar a suposta morte dos peixes do espelho d’água do Palácio da Alvorada após ordem para retirar as moedas que são jogadas por turistas do local, Michelle Bolsonaro deu uma versão estranha e deixou mais perguntas que respostas.

O fato veio à tona a partir da entrevista que um servidor do Alvorada deu ao site Metrópoles. Este funcionário relatou que a ex-primeira-dama teria mandado secar o espelho d’água e retirar as moedas jogadas por visitantes para doar para uma igreja, matando as carpas que lá ficavam.

“Ele [Francisco de Assis Castelo Branco, que ficou conhecido como “pastor-capeta”] mandou secar o espelho d’água, matou, porque a carpa é bem sensível, as carpas morreram, e mandou retirar todas as moedas e colocar em um balde de 20 litros. E falou que foi a mando da Michelle, que aquelas moedas eram para doação da igreja (…) Levou todas as moedas”, disse o funcionário.

Através dos stories do Instagram, na quarta-feira (8), Michelle, então, confirmou que mandou retirar as moedas do espelho d’água, afirmando que pediu para que isso fosse feito quando houvesse a limpeza e manutenção periódica. A solicitação, segundo ela, teria sido feita no dia 30 de dezembro, um dia antes de fugir com seu marido para os Estados Unidos. A ex-primeira-dama informou ainda que as moedas recolhidas, totalizando R$ 2.213,55, foram doadas para a Vila do Pequenino Jesus, de Brasília, divulgando uma foto do suposto recibo e de um vídeo de agradecimento da instituição de caridade.

Na sequência, deu sua versão sobre a morte dos peixes, colocando a culpa no encarregado da empresa que faz a limpeza e manutenção do espelho d’água, destacando que o fato teria ocorrido “muito depois” de sua saída do Palácio, para se eximir da responsabilidade.

Um detalhe no recibo da suposta doação das moedas à instituição de caridade postado por Michelle, no entanto, chama a atenção por uma “coincidência”. A data que consta no documento é 08/01/2023. Trata-se do dia exato em que bolsonaristas realizaram um ataque terrorista contra as sedes dos Três Poderes em Brasília. Naquele dia, Michelle e seu marido, Jair Bolsonaro, já estavam há mais de uma semana nos EUA.

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Justiça

STF dá má notícia a Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) reserva má notícia a Bolsonaro em decorrência dos atos antidemocráticos nos Três Poderes em 8 de janeiro.

De acordo com Paulo Cappelli, Metrópoles, STF reserva uma má notícia a Bolsonaro. Antes de 8 de janeiro, Alexandre de Moraes pretendia enviar parte do inquérito das milícias digitais antidemocráticas à primeira instância. Nos trechos sob análise, havia partes sensíveis ao ex-presidente da República.

Após os atos golpistas, contudo, Moraes reviu a intenção. Entre ministros do STF, passou a prevalecer a tese de que, com a invasão dos Três Poderes, não há como separar o que será julgado pela corte e o que irá para a primeira instância. A percepção é que há conexão entre os fatos.

Já outras investigações que não têm relação com os atos golpistas deverão ser encaminhadas à primeira instância. Entre elas, a que apura cometimento de crime por Bolsonaro por ter associado a vacina contra Covid à Aids.

A Polícia Federal apontou, em 2022, que o então presidente incorreu em crime, mas não indiciou Bolsonaro justamente por causa do foro privilegiado que ele mantinha.

Ou seja, Alexandre de Moraes permanece com inquérito que mira Bolsonaro no STF.

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Mundo

Terremoto na Turquia e Síria: especialista estima que 180 mil pessoas possam estar soterradas

A esperança de encontrar sobreviventes diminui conforme cresce número de corpos recuperados.

O especialista em terremotos Övgün Ahmet Ercan, da Universidade Técnica de Istambul, estima que possa haver cerca de 180 mil pessoas soterradas nos escombros de prédios que desabaram na Turquia e na Síria depois do forte terremoto que atingiu a região na segunda-feira. Seu cálculo foi feito com base no número de edifícios destruídos, que gira em torno de 6 mil, informou a revista The Economist na terça-feira. Conforme o passar do tempo, porém, a esperança de encontrar sobreviventes diminui. Passados três dias do desastre, foram confirmadas quase 20 mil mortes, mas, diante da estimativa do professor, a quantidade de vítimas não deve parar de crescer.

Em meio a temperaturas gélidas, equipes de emergência prosseguem com as buscas pelas milhares de pessoas desaparecidas. Na cidade turca Antakya, os sobreviventes procuravam os corpos dos parentes mortos em um estacionamento transformado em necrotério improvisado.

— Encontramos minha tia, mas não o meu tio — diz, emocionada, Rania Zaboubi, uma refugiada síria que perdeu oito familiares.

O terremoto de 7,8 graus de magnitude aconteceu durante a madrugada de segunda-feira, quando muitas pessoas dormiam. Antes mesmo da tragédia, milhares na região já sofriam com o deslocamento devido à guerra civil da Síria.

Nesta quinta-feira, o noroeste da Síria, controlado pelos rebeldes, recebeu o primeiro comboio de ajuda internacional através da passagem de fronteira de Bab al Hawa, a única autorizada para o envio de material a partir da Turquia.

Embora tenha sido um pacote de assistência planejado desde antes do terremoto, “pode ser considerada uma resposta inicial das Nações Unidas e deve continuar, como nos prometeram, com comboios maiores para ajudar nossa população”, disse Mazen Alloush, funcionário do posto de passagem da fronteira.

Frio agrava a situação

Do outro lado da fronteira, o descontentamento cresce com a resposta das autoridades ao terremoto que, como admitiu na quarta-feira o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, apresentou “deficiências”.

— Claro, há deficiências. É impossível estar preparado para um desastre como este — afirmou durante uma visita a algumas das áreas mais afetadas.

Vários sobreviventes foram obrigados a procurar alimentos e refúgio por conta própria. Sem equipes de resgate em vários pontos, alguns observaram impotentes os pedidos de ajuda dos parentes bloqueados nos escombros até que suas vozes não fossem mais ouvidas.

O frio agrava a situação. Apesar da temperatura de -5ºC, milhares de famílias em Gaziantep passaram a noite em carros ou barracas, impossibilitadas de retornar para suas casas ou com medo de voltar para os imóveis.

2 de 2 Mapa da área atingida — Foto: Arte O Globo
Mapa da área atingida — Foto: Arte O Globo

Os pais caminhavam pelas ruas da cidade do sudeste da Turquia com os filhos no colo, enrolados em cobertores, para tentar reduzir os efeitos do frio.

— Quando sentamos, dói. Tenho medo por causa das pessoas presas nos escombros — disse Melek Halici, com a filha de dois anos coberta por uma manta.

Além disso, os países contabilizam perdas econômicas gigantescas: de acordo com a agência de classificação Fitch provavelmente devem “superar US$ 2 bilhões e podem alcançar US$ 4 bilhões”.

Ajuda internacional

A União Europeia prepara uma conferência de doadores em março para mobilizar ajuda internacional para Síria e Turquia.

— Ninguém deve ficar sozinho quando uma tragédia como esta atinge uma população — afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A questão da ajuda é delicada na Síria, país afetado pela guerra civil, com regiões sob controle dos rebeldes e um governo que tem a inimizade do Ocidente.

A União Europeia enviou rapidamente equipes de emergência para a Turquia, que também recebeu ajuda dos Estados Unidos, da China e dos países do Golfo, mas inicialmente ofereceu assistência mínima à Síria por causa das sanções contra o regime de Bashar al-Assad.

Na quarta-feira, no entanto, o governo Assad solicitou formalmente

ajuda a Bruxelas, e a Comissão Europeia incentivou os 27 países do bloco a responder de maneira favorável, mas com vigilância para impedir o desvio de material.

O enviado especial da ONU para a Síria pediu que a ajuda humanitária não seja politizada.

— Temos de fazer todo o possível para garantir que não exista nenhum obstáculo à ajuda vital que é necessária — disse Geir Pedersen.

Em uma região com atividade sísmica recorrente, o terremoto de segunda-feira equivaleu em potência a um que atingiu o país em 1939, deixando 33 mil mortes na província de Erzincan, no leste. Em 1999, um terremoto de 7,4 graus de magnitude matou mais de 17 mil pessoas no país.

*Com O Globo

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