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Bolsonarismo

Atos antidemocráticos são chefiados e financiados por empresários, dizem procuradores a Moraes

Investigações nos estados apontam uso de ônibus de prefeituras, além de financiadores e arrecadadores.

Segundo a Folha, procuradores-gerais de Justiça dos Ministérios Públicos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo disseram ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, que integrantes dos atos antidemocráticos fazem parte de “uma grande organização criminosa com funções predefinidas”.

Após o encontro com o ministro na sede do órgão, no início da tarde desta terça-feira (8), o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, disse que há um movimento organizado, capitaneado por empresários, para que estas manifestações aconteçam.

Entre dados da investigação, estão ônibus de prefeituras que transportaram manifestantes, financiadores e arrecadadores que usam números de Pix.

Isto é feito para que as pessoas possam se abastecer financeiramente nas manifestações que não aceitam o resultado das eleições de 2022 e pedem golpe de estado.

“É um financiamento que começou com o bloqueio de estradas, depois eles se movimentaram, foram para frente de quartéis e, a partir daí, estamos entendendo esse fluxo de pessoas, que podem responder na esfera criminal”, disse.

Segundo o procurador, foi feito um cruzamento de informações entre os estados sobre a organização dos movimentos e a preocupação maior agora é mapear o fluxo financeiro que está proporcionando os bloqueios nas estradas e rodovias.

“Nós já temos alguns nomes que ainda não podemos revelar porque estão sendo investigados, mas a ideia é que esse cruzamento possa permitir a identificação de empresários que estão patrocinando movimentos golpistas”, explicou.

Ainda segundo Sarrubbo, há um caráter interestadual nesse tipo de organização pois os movimentos que acontecem nas diferentes federações são muito parecidos. Por exemplo, bloqueios nas estradas que terminam e logo em seguida são fechados outros trechos.

“A gente espera que o Brasil possa prosseguir sem golpes, sem movimentos que possam atentar contra a democracia. Somos todos favoráveis a qualquer tipo de manifestação, o que não podemos admitir, evidentemente, são atos a favor de golpes de estado, intervenção militar, ou mesmo pedir que as eleições não sejam validadas”.

Já a procuradora do Espírito Santo, Luciana Gomes Ferreira de Andrade, explicou que empresários que fazem parte destes movimentos chegaram a criar listas com nomes vetados para que consumidores não usassem seus produtos ou serviços, criando embaraço à livre iniciativa do comércio.

“Isso é algo que a gente não ouvia falar há muitos, mas que também tem o olhar atento do Ministério Público como defensor da democracia e precisa ser repudiado por qualquer cidadão”, disse, afirmando que há empresários com projeção nacional nas investigações.

“Isso demonstra um coletivo de criminosos articulado pelo Brasil”, afirmou.

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Opinião

As denúncias de Julian Lemos sobre o submundo do clã Bolsonaro são só um aperitivo do que virá depois do dia 1º de janeiro

Imagina o que essas criaturas das trevas não fizeram no poder durante esses quatro anos.

É difícil até imaginar, mas dá para ter uma ideia de que atrás das revelações feitas pelo ex-deputado bolsonarista, Julian Lemos, que era um dos quatro cavaleiros da “cruzada bolsonarista” na eleição, tem um dragão pronto para jorrar fogo contra o clã no dia em que Lula voltar ao poder e Bolsonaro para o inferno.

A verdade é que há uma fila de inscritos com informações sobre um mar de sujeira que será prontamente jogado no ventilador. Gente que participou do governo ou da campanha que tentará limpar seu nome na história entregando a ficha de tudo o que ocorreu com Bolsonaro e os três filhos, Flávio, Eduardo e Carluxo. Isso, sem falar do que está reservado por quem foi traído por Bolsonaro.

Todos sabiam que o Palácio do Planalto, nesses quatro anos de governo, era o lugar mais mal frequentado do país, o que explica a tragédia que foi a “gestão” Bolsonaro.

O fato é que poderemos entender melhor o que aconteceu nesse festival de iniquidades com revelações como as do ex-deputado, Julian Lemos, que afirma que Bolsonaro agride Michelle, o que, convenhamos, numa escala de 0 a 10, teve zero surpresa.

Mas algo chama a atenção, que foram revelações muito exploradas pelo ex-aliado sobre o comportamento de Carlos Bolsonaro que, segundo Julian Lemos,  Carluxo é um sociopata e teria herdado toda a perversidade do pai.

Isso não significa que ele aliviou o lado de Flávio e Eduardo. Em termos de volume de absurdos, os três estão no mesmo patamar, a diferença se dá na relação de Bolsonaro com Carluxo que, como já havia dito Bebianno, exerce uma influência canina sobre o pai.

Isso, somado a seu instinto selvagem, deu no que deu.

Na verdade, assim como esse ex-aliado bateu nos quatro sem luva, muita coisa emergirá do esgoto bolsonarista no primeiro minuto em que ele não tiver mais a proteção da faixa presidencial.

Aí sim, nos surpreenderemos com o que será revelado.

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Lula presidente

Lula consulta população sobre horário de verão: mais de 1 milhão de votos e resultado surpreendente

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não assumiu oficialmente a presidência, mas a transição de governo vem avançando e o petista já vem trabalhando em algumas mudanças. Uma delas é com relação ao horário de verão.

Nesta segunda-feira (7), Lula foi às redes sociais para fazer uma consulta junto à população: “O que vocês acham da volta do horário de verão?”, questionou o presidente eleito em uma enquete publicada no Twitter.

Às 21h24, mais de três horas após a publicação da enquete, mais de 1 milhão de pessoas já tinham respondido e a maioria esmagadora, até o momento, é a favor da volta do horário de verão.

O horário de verão parou de ser adotado em 2019 após decreto do ainda presidente Jair Bolsonaro (PL), que interrompeu uma sequência que começou em 1985 e não havia sido interrompida anteriormente. A justificativa do mandatário, à época, era de que a medida ajudaria a economizar energia elétrica. Estudos apontam, porém, que é justamente o horário de verão que culmina em mais economia.

A primeira vez em o horário de verão apareceu nos calendários e relógios brasileiros foi em 1931, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas. Em 2008, o então presidente Lula regulamentou o horário de verão, determinando que começasse sempre à meia noite do terceiro domingo de outubro, quando se adianta uma hora no relógio. Seu final ficou marcado para o terceiro domingo do mês de fevereiro seguinte, quando os relógios atrasariam uma hora.

*Com Forum

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Gabriel Monteiro é preso sob acusação de estupro

O Judiciário determinou que sejam apreendidos celulares e armas de fogo do acusado

Uma mulher disse que o crime ocorreu no dia 15 de julho, após conhecer o parlamentar na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

O juiz Rudi Baldi Loewenkron, que assina a decisão, também determinou que a arma de fogo e os celulares de Monteiro sejam apreendidos. O processo corre em segredo de justiça.

A vítima teria conhecido o ex-vereador em 15 de julho, na boate Vitrinni da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Logo depois, os dois teriam ido para a casa de um amigo do youtuber no bairro do Joá, na Zona Oeste.

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Isso nos custa caro, até porque não trabalhamos com assinatura ou publicidades, apenas com um mal-ajambrado e mísero sistema de monetização que faz do blog pensionato, mas que resulta numa verdadeira mixaria para expor marcas e produtos em nosso espaço.

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Bolsonarismo

Vídeo: Bolsonaristas fuzilam viatura da PRF no PA em ação contra bloqueio de estrada

Veículos oficiais ficaram crivados de balas e imagens mostram o banditismo armado dos seguidores do atual presidente. Uma criança passou mal e foi levada para o hospital.

Manifestantes bolsonaristas que ocupam trecho da BR-163 em Novo Progresso (Pará) desde o último dia 30 de outubro receberam agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com tiros, rojões e pedras nesta segunda-feira (7). Um policial ficou ferido e uma criança presente no bloqueio também passou mal, mas foi socorrida e recebeu alta médica.

Manifestantes bolsonaristas que ocupam trecho da BR-163 em Novo Progresso (Pará) desde o último dia 30 de outubro receberam agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com tiros, rojões e pedras nesta segunda-feira (7). Um policial ficou ferido e uma criança presente no bloqueio também passou mal, mas foi socorrida e recebeu alta médica.

Em gravação feita por manifestante, é possível ver pelo menos dez viaturas da PRF fugindo às pressas do local, enquanto bolsonaristas atiram todo tipo de material sobre os veículos e comemoram a saída dos agentes. Na última semana, a ordem judicial para desocupação da via já tinha sido emitida, mas um tenente da Polícia Militar paraense se recusou a retirar a manifestação golpista e acabou afastado do cargo.

À CNN Brasil, o coordenador de comunicação da PRF, Cristiano Vasconcellos da Silva, informou que os agentes negociavam uma saída pacífica antes do conflito. No entanto, com a recusa dos termos por parte dos manifestantes, a PRF orientou que crianças e idosos fossem retirados do local, uma vez que teriam que utilizar da força bruta para cumprir a ordem. Ele relatou, ao vivo, que os agentes foram atacados na hora em que se preparavam para desmobilizar o bloqueio.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve 83% dos votos válidos no município, em 30 de outubro, que também é conhecido como um dos principais focos do atual incêndio florestal de grande proporção que atinge a floresta amazônica em faixa que se estende do sul do Pará a Rondônia.

Assista:

*Com Uol

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Lula é alertado por aliados sobre “risco Lira”: “Caneta na mão do inimigo”

Possibilidade de Lula e PT endossarem a reeleição de Lira para presidente da Câmara está longe de ser unânime entre congressistas petistas.

A possibilidade de o PT fechar apoio, com a bênção do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados está longe de ser unanimidade dentro do partido. Há, entre congressistas filiados à legenda, quem defenda que um eventual endosso à candidatura de Lira seja um “tiro no pé” e que o gesto simbolizaria “dar a caneta na mão do inimigo”, conforme confidenciou um parlamentar petista ao Metrópoles.

O pessimismo de petistas com a possibilidade da recondução de Lira à presidência da Casa deve-se à proximidade de um dos pilares do Centrão de Jair Bolsonaro (PL) e às dificuldades que a bancada do PT enfrentou sob o comando do atual presidente da Câmara.

Além disso, existe o temor de que se repita o ocorrido com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), destituída do cargo acusada de ter cometido “pedaladas fiscais”. Caberá a Lira, se reeleito, debruçar-se sobre a análise de pedidos de impeachment contra Lula.

Jair Bolsonaro e Arthur Lira

Nos primeiros dois anos de Lira na presidência da Casa, não houve disposição do deputado em dar tramitação aos pedidos movidos contra Bolsonaro. Em contrapartida, internamente, há uma avaliação de que o parlamentar não teria a mesma “boa vontade” em blindar o presidente petista como teve com o atual mandatário da República.

Mesmo ciente dos riscos, a alta cúpula do PT tem acenado positivamente para o atual presidente da Câmara nos últimos dias. Os gestos se intensificaram após o discurso de Lira, nas horas seguintes à confirmação do resultado das eleições de domingo (30/10).

Como foi a conversa entre Lula e Arthur Lira

Conforme noticiado pela coluna Guilherme Amado, nos últimos dias, aliados do deputado fizeram chegar ao PT que o alagoano nunca viu Lula como inimigo, mas apenas como adversário na corrida eleitoral deste ano. E que, na presidência da Câmara, não criará obstáculos para pautar matérias consideradas importantes pelo governo.

Recentemente, em claro aceno, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a bancada não terá candidato ao posto hoje ocupado pelo deputado. A avaliação é que o passado mostra que o desgaste da disputa não fez bem ao partido, como quando Eduardo Cunha, então no MDB, derrotou o PT no governo de Dilma Rousseff.

Tanto para parlamentares petistas quanto para aliados do presidente da Câmara, a declaração de Gleisi dá sinais de que o partido não deseja bater de frente com o deputado. Mais ainda, a fala foi recebida como gesto de reconhecimento ao cenário favorável a Lira na Casa e desfavorável para o PT.

Isso porque existe a possibilidade de que, a partir do próximo ano, PP e União Brasil consigam, em caso de fusão, concentrar a bancada mais numerosa da Casa. Lira ainda teria um número considerável de votos do PL de Bolsonaro – partido com mais deputados eleitos para o próximo mandato.

Sendo assim, uma eventual indisposição com Lira poderia sentenciar o andamento de propostas de interesse do novo governo na Câmara, configurando um risco, segundo avaliam os deputados ouvidos pela reportagem, maior a Lula do que caso o cacique do Centrão consiga se reeleger para o comando da Casa legislativa.

*Com Metrópoles

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Cultura

Vídeo: Dilma é aplaudida de pé no show de Chico Buarque em Porto Alegre

Show do cantor Chico Buarque em Porto Alegre, no último sábado (5). (Foto: Reprodução)

Durante show da turnê “Que tal um samba?” do cantor Chico Buarque, em Porto Alegre, no sábado (5), a ex-presidente Dilma Rousseff que estava na plateia, foi aplaudida de pé pelo público quando o cantor anunciou sua presença.

Apesar do nome, no show Chico traz blues, baião, bossa nova, valsa, romantismo, nostalgia e bom humor. Acompanhado da cantora Mônica Salmaso, o espetáculo celebra todas as décadas de Chico, com mais de 30 composições.

Com apresentações desde a última quinta-feira (3) na capital do Rio Grande do Sul, no Auditório Araújo Vianna, a apresentação no sábado encerrou a turnê no estado gaúcho.

Na apresentação de sexta-feira (4), o cantor fez uma referência as eleições ao dizer que “não posso fazer feio, especialmente em um dia como hoje, que estamos todos muito emocionados. É quase uma reestreia, nosso primeiro show”.

Chico então passou a dedilhar no violão a melodia de Lula Lá, e foi acompanhado pela plateia, que entoou os versos.

“Este show foi concebido, desde o primeiro ensaio, com a perspectiva da vitória. Se por acaso viesse o resultado adverso, acho que não estaria aqui hoje, acho que esse show não faria mais sentido”, disse o cantor, que ergueu com Mônica uma bandeira do PT entregue por uma pessoa da plateia.

Confira

*Com DCM

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Opinião

Todo mundo quer pegar carona no Expresso BRICS

Comecemos com o que é de fato um conto sobre o comércio do Sul Global entre dois membros da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Em seu cerne está o já notório drone Shahed-136 – ou Geranium-2, em sua denominação russa: o AK-47 da guerra aérea pós-moderna.

Os Estados Unidos, em mais um característico ataque histérico transbordando de ironia, acusou Teerã de armar as Forças Armadas Russas. Tanto para Teerã quanto para Moscou, o drone superstar, de ótimo custo-benefício e terrivelmente eficiente, usado no campo de batalha ucraniano, é um segredo de estado: seu uso desencadeou uma tempestade de negativas de ambos os lados. Se esses drones são made in Iran, ou se o projeto foi comprado e a fabricação tem lugar na Rússia (a opção mais realista) não faz a menor importância.

Os registros mostram que os Estados Unidos armam até o pescoço a Ucrânia contra a Rússia. O Império, na verdade, é um combatente na guerra, por intermédio de um bando de “consultores”, conselheiros, treinadores, mercenários, armamento pesado, munições, inteligência via satélite e guerra eletrônica. E, no entanto, os funcionários imperiais juram que não participam da guerra. Eles, mais uma vez, mentem.

Bem-vindos a mais um exemplo explícito da “ordem mundial baseada em regras” em operação. É sempre o Hegêmona quem decide quais regras aplicar, e quando. Qualquer um que se contraponha a ele é um inimigo da “liberdade” e da “democracia”, ou qualquer outro chavão, deverá ser – o que mais seria? – punido com sanções arbitrárias.

No caso do Irã, há décadas sancionado até a exaustão, o resultado foi, como seria de se esperar, uma outra rodada de sanções. O que é irrelevante. O que importa é que, segundo o Corpo de Guarda Revolucionário Islâmico do Irã, nada menos que 22 países – lista que vem crescendo – estão fazendo fila para pegar o bonde do Shahed.

Até mesmo o líder da Revolução Islâmica, o Aiatolá Ali Khamenei, alegremente entrou na onda, comentando que o Shahed-136 não precisa photoshop.

A corrida rumo ao BRICS+

O que o novo pacote de sanções contra o Irã realmente “conseguiu” foi desfechar mais um golpe na cada vez mais problemática assinatura do ressuscitado acordo nuclear em Viena. Mais petróleo iraniano no mercado, na verdade, seria um alívio para as dificuldades de Washington após a recente e épica esnobada da OPEC+.

No entanto, um imperativo categórico continua existindo. A iranofobia – da mesma forma que a russofobia – sempre fala mais alto para os defensores da guerra straussianos-neocons que comandam a política externa americana e para seus vassalos europeus.

Então, aqui temos mais uma escalada hostil nas relações do Irã tanto com os Estados Unidos quanto com a União Europeia, uma vez que a junta não-eleita de Bruxelas também sancionou três generais iranianos.

Compare-se isso com o destino do drone turco Bayraktar TB2 – que, diferentemente das “flores no céu” (os gerânios russos) mostrou um péssimo desempenho em campo de batalha.

Kiev tentou convencer os turcos a usarem uma fábrica de armamentos da Motor Sich na Ucrânia ou abrirem uma nova empresa na Transcarpátia/Lviv para construir Bayraktars. O oligarca presidente da Motor Sich, Vyacheslav Boguslayev, de 84 anos de idade, foi acusado de traição por suas ligações com a Rússia, e talvez seja trocado por prisioneiros de guerra ucranianos.

Ao final, a negociação fracassou em razão do excepcional entusiasmo mostrado por Ancara em trabalhar para a construção de um novo centro de produção de gás na Turquia – uma sugestão pessoal do Presidente russo Vladimir Putin a seu colega turco Recep Tayyip Erdogan.

O que nos leva à interconexão cada vez maior entre os BRICS e os nove membros da OCX – à qual essa instância russa-iraniana de comércio militar está inextricavelmente ligada.

A OCX, liderada pela China e pela Rússia, é uma instituição paneurasiana cujo foco original era o combate ao terrorismo, mas que agora se volta cada vez mais para a cooperação geoeconômica – e geopolítica. Os BRICS, liderados pela tríade Rússia, Índia, e China, superpõem-se à agenda da OCX em termos geoeconômicos e geopolíticos, expandindo essa agenda para a África, América Latina e mais além: esse é o conceito do BRICS+, analisado em detalhe em um recente relatório do Clube Valdai , e plenamente abraçado pela parceria estratégica Rússia-China.

O relatório pesa os prós e contras de três cenários relacionados a possíveis candidatos ao BRICS+ no futuro próximo:

Primeiro, os países que foram convidados por Pequim para fazer parte da cúpula do BRICS de 2017 (Egito, Quênia, México, Tailândia, Tajiquistão).

Segundo, os países que fizeram parte do encontro de chanceleres do BRICS, em maio do corrente ano (Argentina, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Nigéria, UEA, Arábia Saudita, Senegal, Tailândia).

Terceiro, as principais economias do G20 (Argentina, Indonésia, México, Arábia Saudita, Turquia).

E há também o Irã, que já demonstrou interesse em se juntar aos BRICS.

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, confirmou recentemente que “diversos países” estão morrendo de vontade de ingressar nos BRICS. Entre eles, um importantíssimo ator do Oeste Asiático: a Arábia Saudita.

O que é ainda mais surpreendente é que, há apenas três anos, no governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o Príncipe Muhammad bin Salman (MbS) – o verdadeiro governante do país – estava resolvido a se juntar a uma espécie de OTAN árabe, na condição de aliado privilegiado do Império.

Fontes diplomáticas confirmam que no dia seguinte à retirada das tropas americanas do Afeganistão, os enviados de MbS começaram a negociar seriamente com Moscou e Pequim.

Supondo-se que o BRICS alcancem o consenso necessário para a aprovação da candidatura de Riad em 2023, mal se pode imaginar as consequências avassaladoras dessa decisão para o petrodólar. Ao mesmo tempo, é importante não subestimar a capacidade dos controladores de criarem o caos.

A única razão pela qual Washington tolera o regime de Riad é o petrodólar. Não se pode permitir que os sauditas persigam uma política externa independente e verdadeiramente soberana. Se isso acontecer, o realinhamento geopolítico não irá afetar apenas a Arábia Saudita, mas também todo o Golfo Pérsico.

Mas é cada vez mais provável que isso aconteça, depois de a OPEC+ ter de fato escolhido o caminho BRICS/OCX liderado pela Rússia e pela China – no que pode ser interpretado como um preâmbulo brando para o fim do petrodólar.

A tríade Riad-Teerã-Ancara

O Irã comunicou seu interesse em ingressar nos BRICS antes mesmo da Arábia Saudita. Segundo fontes diplomáticas do Golfo Pérsico, eles já estão engajados em um canal algo confidencial com a mediação do Iraque, na tentativa de se organizarem para tal. A Turquia virá em seguida – no BRICS, certamente, e possivelmente na OCX, onde Ancara hoje tem o status de observador extremamente interessado.

Agora, imaginem essa tríade – Riad, Teerã, Ancara – estreitamente ligadas a Rússia, Índia e China (o verdadeiro cerne dos BRICS), e futuramente na OCX, onde o Irã é, até agora, o único país do Oeste Asiático aceito como membro pleno.

O golpe estratégico desferido contra o Império quebrou todos os récordes. As discussões que levam ao BRICS+ focam o desafiador caminho rumo a uma moeda global lastreada em commodities capaz de superar a primazia do dólar.

Diversos passos interligados apontam para uma simbiose cada vez maior entre os BRICS+ e a SCO. Os estados-membros desta última já chegaram a um acordo quanto a um roteiro para o aumento gradual do comércio em moedas nacionais com base em acordos mútuos.

O Banco Estatal da Índia – o maior emprestador do país – vem abrindo contas especiais em rúpias para o comércio relacionado com a Rússia.

O gás natural russo enviado à Turquia será pago 25% em liras turcas, com um desconto de 25% que Erdogan pediu pessoalmente a Putin.

O banco russo VTB lançou transferências para a China em yuans, contornando o SWIFT, enquanto o Sberbank começou a emprestar dinheiro na moeda chinesa. A gigante de energia russa Gazprom combinou com a China que os pagamentos por fornecimento de gás devem mudar para rublos e yuans, meio a meio.

O Irã e a Rússia estão unificando seus sistemas bancários para conduzir comércio em rublos/rials.

O Banco Central do Egito está tomando providências para estabelecer um índice para a libra egípcia – usando um grupo de moedas e o ouro – com o objetivo de afastar a moeda nacional do dólar.

E, também, há a saga do TurkStream. .

O presente do centro de gás

Ancara, há anos, vem tentando se posicionar como um centro privilegiado de gás Oriente-Ocidente. Após a sabotagem dos Nord Streams, Putin entregou de bandeja à Turquia a possibilidade de aumentar o fornecimento de gás para a União Europeia usando esse centro. O Ministério da Energia turco afirmou que Ancara e Moscou, em princípio, já chegaram a um acordo.

Na prática, isso significa que a Turquia irá controlar o fluxo de gás não apenas da Rússia, mas também do Azerbaijão e de grande parte do Oeste Asiático, talvez incluindo até mesmo o Irã e a Líbia, no nordeste da África. Terminais de GNL no Egito, na Grécia e na própria Turquia irão completar a rede.

O gás russo se desloca através dos gasodutos TurkStream e Blue Stream. A capacidade total dos gasodutos russos é de 39 bilhões de metros cúbicos ao ano.

O TurkStream foi inicialmente projetado como um gasoduto de quatro linhas, com uma capacidade nominal de 63 bilhões de metros cúbicos ao ano. Nas atuais circunstâncias, apenas duas linhas – com capacidade total de 31,5 bilhões de metros cúbicos – foram construídas.

Portanto, uma extensão, em tese, é mais praticável – com a totalidade dos equipamentos de fabricação russa. O problema, mais uma vez, é a instalação dos dutos. Os navios a serem usados pertencem ao Allseas Group – e a Suíça faz parte da demência das sanções. No Mar Báltico, embarcações russas foram usadas para concluir a construção do Nord Stream 2. Mas, para uma extensão do TurkStream, seria necessária operar em profundidade oceânica muito maior.

O TurkStream não seria capaz de substituir completamente o Nord Stream, pois ele comporta volumes muito menores. A boa notícia para a Rússia é não ser alijada do mercado europeu. É evidente que a Gazprom só assumiria o significativo investimento necessário para a construção de uma extensão se houver garantias férreas quanto a sua segurança. A desvantagem é que a extensão também transportaria gás dos concorrentes da Rússia.

Aconteça o que acontecer, resta o fato de que o combo Estados Unidos-Reino Unido ainda exerce uma forte influência sobre a Turquia – e a BP, a Exxon Mobil e a Shell, por exemplo, participam de praticamente todos os projetos de extração de petróleo em todo o Oeste Asiático. Eles, portanto, certamente iriam interferir na operação dos centros de gás turcos, como também na determinação do preço do gás. Moscou tem que pesar todas essas variáveis antes de se comprometer com o projeto.

A OTAN, é claro, ficará lívida de ódio. Mas nunca subestimem o Sultão Erdogan, especialista em minimizar riscos. Sua história de amor tanto com os BRICS quanto com a OCX está apenas começando.

*Pepe Escobar/247

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Lula presidente

Imagem do Brasil renasce no exterior com a eleição de Lula

Assim que Lula saiu vitorioso das urnas, o país ganhou um novo status internacional. A começar pelas manifestações imediatas de chefes de Estado, como Biden, e o convite para o presidente eleito participar da COP27.

A vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desagradou aos mais radicais que pedem até um golpe militar. Mas a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) — que tem uma péssima imagem no exterior — reverberou positivamente no cenário internacional e recolocou o Brasil em uma posição de protagonista global em vez de pária, devido ao desmatamento recorde na Amazônia, ao aumento da pobreza e ao grande número de mortos pela covid-19: quase 700 mil, que colocaram o país na vice-liderança global, atrás apenas dos Estados Unidos.

O reconhecimento do presidente eleito por grandes líderes globais ocorreu antes mesmo de Bolsonaro, um marco na diplomacia global na defesa da democracia. A percepção do Brasil no exterior mudou da água para o vinho, até mesmo o tratamento entre diplomatas de representações do Brasil em território estrangeiro. Com isso, um novo Brasil está emergindo com Lula, que disse em seu discurso da vitória que vai recuperar o protagonismo do país na política externa e combater o desmatamento das florestas.

A confirmação de Lula e da ex-ministra do Meio Ambiente e deputada eleita Marina Silva (Rede-SP), na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Sharm el-Sheikh, no Egito, a COP 27, a partir deste domingo e vai até o dia 18 (leia mais na página 6), será o palco para o presidente brilhar como estadista e para ambos confirmarem o compromisso do país em zerar o desmatamento no país a partir de 2023, de acordo com especialistas ouvidos pelo Correio.

Fontes da chancelaria brasileira contaram que o clima já mudou lá fora e há maior receptividade em relação ao país antes mesmo da troca de governo. A expectativa entre eles é de aumento do interesse de vários países em reatar os laços com a maior economia da América Latina, que estava escanteada nos encontros multilaterais, a partir de 2023. No Itamaraty, técnicos já consideram que a posse de Lula deverá ser bastante concorrida, com a presença de vários líderes, sobretudo (mas não apenas) de países latinos-americanos. Em 1º de janeiro de 2019, 10 chefes de Estado e de governo participaram da posse de Bolsonaro, incluindo os primeiros-ministros de Israel, Benjamin Netanyahu, que acabou de ser eleito para retornar ao poder, e da Hungria, Viktor Orbán, ambos de extrema direita.

Na avaliação do economista Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial, o Brasil vai deixar de ser pária internacional à medida em que a política ambiental de Bolsonaro for revertida. “Haverá o trabalho de reconstrução do que o governo atual destruiu, algo não imediato. Um indicador importante estará, entre outros, no ritmo de desmatamento conforme capturado por satélites. Nessa correção de rumo ambiental repousa a manifestação imediata de chefes de Estado após as eleições, assim como em seu desejo de ver encerrada a deterioração institucional do período Bolsonaro”, explica.

*Com Correio Braziliense

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