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‘Meu pai ajudou a criar o SNI nos primeiros momentos da ditadura’

Diferente do pai, o advogado José Silvio Jacome se define como progressista , brizolista e vota no PT.

Os ruídos vindos da cozinha acordaram o menino José, o Zezinho, no meio da madrugada. Esfregando os olhos, sonolento, ele saiu do quarto para ver o que estava acontecendo. Encontrou a mãe, Beatriz, acabando de servir às pressas um café ao seu pai, que já estava vestido para sair. Ela perguntou o que aquele garoto de 13 anos estava fazendo acordado às 3 horas da madrugada. Antes de ser levado por ela de volta para o quarto, quis saber onde o pai estava indo àquela hora. A mãe explicou que tinham ligado do trabalho para que ele fosse tratar de uma emergência. O menino voltou a dormir.

Essa cena, que ficou na memória de José Silvio Jacome, se desenrolou no apartamento em que morava, na Rua Dona Delfina, Tijuca, zona Norte do Rio de Janeiro, no início do dia 1° de abril de 1964. Somente dois anos depois, o garoto tomaria consciência de que seu pai, o advogado André Fernandes Silva Jacome, fora convocado naquela ocasião para uma tarefa grave: dar suporte ao golpe militar-empresarial que jogou o país em uma ditadura que durou 21 anos.

Hoje, com 74 anos, José Silvio tem convicção de que se tornou naquele momento, mesmo que indiretamente, uma das primeiras pessoas a ter a vida afetada pelo regime de exceção que subjugou a democracia no Brasil. Não pelo acontecimento prosaico de ter o sono interrompido pelos barulhos vindos da cozinha, mas porque a convocação feita naquela madrugada de 1964 mudaria para sempre a rotina de sua casa.

“Chamaram meu pai para que ajudasse na estruturação do SNI (Serviço Nacional de Informações)”, conta.

Trata-se do órgão criado oficialmente em junho daquele ano, destinado à espionagem e ao levantamento de informações sobre os adversários políticos da esquerda, ou mesmo da direita que tivessem boa relação com aqueles que a ditadura considerasse “subversivos”. Ao mesmo tempo, o serviço ajudou a encobrir os crimes dos integrantes do regime.

Chefiado pelo poderoso general Golbery do Couto e Silva, considerado um dos principais articuladores do governo ditatorial, o SNI absorveu o Serviço Federal de Informações e Contrainformação (criado em 1958) e a Junta Coordenadora de Informações (criada em 1959). Era o centro de decisão no qual se decidia quais pessoas, instituições e grupos deveriam ser reprimidos, e de que forma.

O jornal Correio da Manhã o definiu com essas palavras: “É um ministério de polícia política, instituição típica do Estado policial e incompatível com o regime democrático”.

Golbery criou o SNI. Posteriormente foi espionado pelo órgão: “Criei um monstro” (Domínio público / Acervo Arquivo Nacional)

Mesmo que tivesse uma proposta autoritária, tanto o general Castello Branco — o primeiro ditador do regime — quanto Golbery quiseram dar ao SNI uma aparência de legalidade. Essa foi a primeira tarefa do advogado André Fernandes Silva Jacome: ajudar a traçar parâmetros que pudessem dar aspectos “legais” ao trabalho do órgão.

“Em 1965, foi lançado o texto ‘A legislação brasileira e a segurança nacional’, do qual meu pai foi um dos autores (junto com Josias Argons)”, relata José Silvio.

O documento passou a circular no Estado Maior das Forças Armadas com o carimbo de “Reservado”. Em suas páginas, definiu o conceito de “ordem política e social”, que serviria como base ao governo militar, sugeriu o papel do “Conselho de Segurança Nacional” e deu interpretação própria a vários pontos da vida nacional, em capítulos cujos títulos são autoexplicativos: “Crimes de responsabilidade”, “Direito de greve”, “Liberdade de imprensa”, “Partidos políticos e legislação eleitoral” e outros.

A linha de raciocínio dos autores está explícita no tópico “Direito positivo”, em que definem “segurança nacional” como a “sensação de paz e tranquilidade que o governo propicia ao povo”, algo que “ocorre em todos os setores da vida nacional”. Partindo dessa premissa, o Estado deveria criar órgãos indispensáveis à “realização da política de segurança nacional”.

Apesar da participação do pai no regime autoritário, José Silvio, também advogado, se define progressista. Conta que repudiou a ditadura desde quando teve consciência do que estava acontecendo e aos 15 anos, aluno do Colégio Pedro II, começou a participar do movimento estudantil, que fazia manifestações contra o governo. O pai nunca soube.

“Nós não conversávamos sobre ideologia política. A certa altura, ele começou a me relatar os absurdos que aconteciam no SNI, muito desgostoso. Era como se eu fosse o confidente dele”, recorda.

Mesmo com o trabalho do pai tendo contribuído para a formação do órgão de repressão, José Silvio o considera um “democrata”. “Era uma época de uma divisão muito grande da sociedade. Ou você estava de um lado, ou estava de outro, não havia meio termo”, justifica.

Conta que o pai participou da Comição Geral de Investigação que revirou pelo avesso a vida de Leonel Brizola, acusado pelos militares de ser “comunista” e “corrupto”. Em uma das conversas, contou que não encontrara nada que justificasse essa classificação.

“O Brizola pode ser tudo, menos comunista e ladrão, pois é dono de milhares de cabeças de gado e suas fazendas ultrapassam três países e não ia se sujar por dez merrecas”, disse o pai, revoltado.

“Desde então, virei brizolista”, conta José Silvio, que tem votado há muitos anos nos candidatos do PT.

Outro motivo de decepção do pai, segundo conta, foi o resultado do Inquérito Polcial-Militar que cassou o coronel da Aeronáutica Rui Moreira Lima, um herói da Segunda Guerra Mundial, também classificado de subversivo. “Meu pai votou contra a cassação, mas dois generais votaram a favor, e por isso foi derrotado. Ele considerava Rui um homem íntegro, que foi vítima pela disputa de protagonismo entre Exército e Aeronáutica”, lembra.

Na opinião de José Silvio, esses dissabores levaram seu pai a uma tristeza profunda, que colaboraram para que tivesse uma isquemia em 1972. Passou a vegetar, com grandes dificuldades para se locomover e falar: “Passou a viver amarrado em uma cama, já sem raciocinar. Teve uma morte horrível em 1983”.

O filho progressista prefere lembrar do que chama de boas intenções do pai, que classifica como advogado competente e respeitado, traído pelos rumos que o regime militar tomou.

Sobre a reivindicação de volta da ditadura, que voltou a ser bandeira de grupos de uma ala militar, José Silvio sugere uma urgente mudança no currículo da caserna. “O problema é a doutrina. Até hoje há apostilas na academia militar que tratam o golpe de 64 como ‘revolução democrática’”, exemplifica. “É preciso ensinar democracia nessas escolas”.

Pela relação de décadas que manteve com militares, chegou a ser convidado para participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Por causa disso rompi amizades de quase 60 anos. Disse que votei no Lula e que não iria haver golpe. Fiz um relatório para o Xandão (ministro Alexandre de Moraes) relatando as reuniões desses conspiradores”, conta. “Sou anti-ditaduras”.

*Chico Alves/ICL

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Política Tecnologia

Grok, o robô de Elon Musk, disse que votaria em Lula em 2026

O Grok, a inteligência artificial de Elon Musk, afirmou que provavelmente votaria em Lula nas eleições presidenciais de 2026. A resposta foi dada a um usuário do X, que questionou qual seria o voto da IA se fosse um cidadão brasileiro.

“Se eu fosse um cidadão brasileiro, provavelmente votaria em Lula para a presidência em 2026, por sua experiência em reduzir a pobreza com programas como Bolsa Família e seu foco atual na proteção ambiental. Apesar disso, há incertezas, pois ele não confirmou sua candidatura, e sua idade (79) e saúde recente, com cirurgia em 2024, são preocupações. Outros, como Tarcísio de Freitas, têm ideias diferentes, mais voltadas à economia, mas ele desistiu da disputa. Lula parece a melhor escolha por seu histórico e políticas sociais”.

Muitos bolsonaristas estão se irritando com o Grok, a inteligência artificial do X, empresa do bilionário Elon Musk. Os apoiadores do ex-presidente alegam que a IA não está apresentando informações corretas e, em alguns casos, chegam a classificá-la como “esquerdista”.

A polêmica começou quando bolsonaristas passaram a ser refutados pelo Grok. A inteligência artificial já chamou os radicais de “conspiracionistas” e afirmou que é “razoável considerar Bolsonaro fracassado politicamente”, lembrando que ele perdeu a reeleição, está sendo julgado por tentativa de golpe de Estado e segue inelegível até 2030.

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Política

O ‘cagão’ de 64 que virou o primeiro ditador da ditadura

“O Castello Branco disse pro Mourão que ele se precipitou, e o Mourão disse a ele: ‘Castello Branco, você é um medroso, é um…’”.

Por Hugo Souza

Ao telefone com o presidente João Goulart na noite do dia 31 de março de 1964, o general Amaury Kruel, comandante do II Exército, tentou barganhar a mobilização das suas tropas para resistir ao golpe em marcha. Kruel apresentou a Jango as seguinte condições: romper com os “comunistas”, demitir ministros “radicais” e pôr na ilegalidade a intersindical Comando Geral dos Trabalhadores.

Jango respondeu, antes de bater o telefone:

“General, eu não abandono os meus amigos. Se essas são as suas condições, eu não as examino. Prefiro ficar com as minhas origens. O senhor que fique com as suas convicções. Ponha as tropas na rua e traia abertamente.”

Naquela altura, o general Olímpio Mourão já estava com as tropas na rua, ou melhor, na estrada, deixando Juiz de Fora a caminho do Rio de Janeiro. Anos atrás, um coronel da reserva do Exército contou à Comissão da Verdade Vladimir Herzog, da Câmara de São Paulo, que Kruel traiu Jango não exatamente por suas convicções, mas por 1,2 milhão de dólares americanos, recebidos em seis malas, com intermediação de um grão-dirigente da Fiesp, num laboratório do Hospital Geral Militar de São Paulo.

O documentário O dia que durou 21 anos, de Camilo Galli Tavares, é fundamental para entender o papel dos EUA no golpe de 1964 contra o governo João Goulart e na instalação da ditadura civil-militar no Brasil. Dos EUA e do seu embaixador no Brasil na época, Lincoln Gordon.

O curioso de assistir a O dia que durou 21 anos, disponível aqui, no aniversário do golpe de 64 é que cada minuto do documentário parece contradizer o seu belo e terrível título; cada minuto do filme parece dizer que aquele 31 de março/1º de abril, de alguma maneira – de muitas -, dura até hoje.

Em telegrama enviado a Washington no dia 14 de março de 1964, Gordon informa Lyndon Johnson que “Goulart está definitivamente engajado numa campanha nacionalista para promover as reformas de base, que vão contra os interesses econômicos dos EUA”.

Exatos 54 anos depois, no dia 14 de março de 2018, Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro sob uma Intervenção Federal comandada por um ex-adido militar junto à embaixada do Brasil em Washington, além de militar saudoso dos 21 anos de ditadura: o general Walter Souza Braga Netto.

Quatro anos depois da execução de Marielle, em março de 2022, o ex-interventor, naquela altura ministro da Defesa do governo Bolsonaro, assinou uma ordem do dia para ser lida nos quartéis dizendo que “o Movimento de 31 de março de 1964 é um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época”.

Filha do general Olympio Mourão, Laurita Mourão diz em O dia que durou 21 anos que seu pai “saiu pela estrada que ia de Juiz de Fora pro Rio de Janeiro disposto a morrer”. E conta que “o Castello Branco disse pro Mourão que ele se precipitou, e o Mourão disse a ele: ‘Castello Branco, você é um medroso, é um…’”.

Cheia de pudores, Laurita Mourão não completou a frase. Caso tenha visto o documentário só recentemente, na TV da sua “cela” de general na 1ª Divisão do Exército, Braga Netto deve ter dado um salto na poltrona, gritando e completando: “Essa eu sei! Essa eu sei! ‘Cagão’!”.

“Omissão e indecisão não cabem a um combatente. Cagão!”, disse o general Braga Netto a um outro integrante da “rataria” no final de 2022, por mensagem de texto, referindo-se ao então comandante do Exército, general Freire Gomes. Braga Netto tinha percebido que Freire Gomes não daria o passo sem volta, ainda que o Exército tenha dado todos os passos anteriores da trama golpista – da campanha de envenenamento da população contra as urnas eletrônicas à manutenção dos acampamentos golpistas na frente dos quartéis.

Quando a eleição de 1965 foi cancelada e o “mandato” do general Castello Branco foi prorrogado até 1967, Lyndon Johnson defendeu a manutenção de Castelo justificando que de outro modo a linha dura tomaria o poder. “Cagão” e suposto obstáculo à “rataria” de outrora, olha que o general Castello Branco poderia ter sido o general Freire Gomes do seu tempo.

Caso a quartelada de 64 tivesse fracassado, se o general Kruel tivesse cruzado baionetas com o general Mourão, o primeiro ditador da ditadura bem que poderia, quem diria, em vez disso, vai que cola, dizer que nunca embarcaria em aventuras, enquanto ao general Mourão restaria murmurar num aposento da 1ª Divisão do Exército: “omissão e indecisão não cabem a um combatente”.

*Come Ananás

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Política

Lula fará evento em Brasília para apresentar feitos do governo

Marcado para a próxima quinta-feira (3) com o nome “O Brasil Dando a Volta por Cima”, ato reúne lideranças para divulgar realizações dos mais de dois anos de mandato.

Na próxima quinta-feira (3) acontece o evento “O Brasil Dando a Volta por Cima”, em Brasília (DF). Nele o presidente Lula irá apresentar as realizações do governo federal nestes poucos mais de dois anos de mandato.

A ideia é mostrar para a população tudo o que tem sido feito pelo governo Lula somado ao projeto de reconstrução do Brasil, depois dos anos de desmonte do Estado pela gestão Bolsonaro. A ação acontece em um momento em que a comunicação busca melhorar a aprovação do governo.

Este pode ser um momento de virara na comunicação, tão criticada por não fazer chegar na população os feitos da gestão Lula. Também será o momento em que o ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, mostrará o que vem articulando como estratégia para reverter o atual quadro desde que assumiu a posição em janeiro. Ele já modificou a linguagem adotada nas redes sociais, tem promovido maior celeridade e transparência nas ações do governo para evitar ruídos, assim como aposta na comparação com de ações com o governo anterior.

Lula deverá apresentar, no sentido do slogan do evento “dar a volta por cima”, dados que mostram como a economia melhorou em seu governo, o que permitiu o retorno para o grupo das 10 maiores do mundo. Além disso, deverá destacar o compromisso com reformas e a retomada de programas importantes. Dentre as ações que podem ser destacadas constam:

  • crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acima de 3% por dois anos consecutivos;
  • aumento real do salário mínimo;
  • geração de empregos com a mínima histórica na taxa de desemprego;
  • aprovação da reforma tributária;
  • renegociação da dívida dos estados;
  • envio para o Congresso de projeto que isenta de Imposto de Renda quem recebe até R$5 mil;
  • investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);
  • retomada e ampliação do Minha Casa Minha Vida;
    ampliação do Bolsa Família;
  • recorde de investimentos em ciência e tecnologia;
  • retomada do status de ministério e de políticas para o setor Cultural;
  • revogação da privatização de estatais como Petrobras, Correios e EBC além de decretos para fortalecê-las;
  • retomada de Conselhos participativos da sociedade como o de Segurança Alimentar, de Ciência e Tecnologia, de Política
  • Indigenista, do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, dentre outros;
  • retomada de medidas na área da saúde, como o Brasil Sorridente,
  • Mais Médicos, entrega de 789 novas ambulâncias ao Samu; lançamento da produção de vacina contra a dengue; gratuidade total no Farmácia Popular, retomada de quase 500 obras de Saúde que estavam paralisadas, ampliação da vacinação e incorporação de
  • 62 remédios e tratamentos ao SUS;
  • lançamento da Nova Política Industrial (NIB), fortalecimento da indústria naval, e atração de investimentos bilionários da indústria automotiva;
  • investimentos na educação com o anúncio de novos 100 Institutos Federais com novas 12 mil novas vagas, lançamento do Pé-de-Meia,
  • reajuste do Piso salarial dos professores e o lançamento do Programa Mais Professores com bolsas para estudantes e docentes;
  • medidas para a proteção dos indígenas, em especial dos yanomamis, com a Casa de Governo em Boa Vista (RR) e demarcação de novas terras indígenas;
  • retomada do protagonismo global ao presidir o G20 e o BRICs, conclusão das bases do Acordo Mercosul-União Europeia, inserção do país no debate pela reforma do multilateralismo global com a reforma da ONU e de seu Conselho de Segurança;
  • medidas de combate à fome, como a Ação Global contra a Fome e a aprovação do 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;
  • medidas de combate à inadimplência como o Desenrola Brasil e de ampliação de empréstimo com juros baixos com o Crédito do
  • Trabalhador;
    auxílio ao crescimento da agroindústria e realização do maior Plano
  • Safra da história da agricultura empresarial;
    avanços na reforma agrária com a entrega de 12 mil lotes para
  • famílias acampadas e regularização de terras para o interesse social;
    retomada do Programa de Aquisição de Alimentos, recriação do Cozinhas Solidárias e Plano Safra da Agricultura Familiar com recorde de R$76 bi;
  • medidas de preservação ambiental, redução no desmatamento, lançamento do Programa de Aceleração da Transição Energética, e a realização da COP30, em Belém (PA).

O ato está marcado para acontecer às 10 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e contará com a presença de ministros, parlamentares, autoridades e integrantes da sociedade civil.

*Com Vermelho

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Política

Ao falar sobre sua trama golpista na Folha, Bolsonaro confessa que apertou, acendeu, mas não fumou

Que tal o próprio criminoso adicionar contra si umas coisinhas a mais na variedade de crimes da qual foi acusado pela PGR?

Pois foi isso que essa besta fez em entrevista concedida à Folha.

Tem gente que diz que Bolsonaro tem um parafuso a menos, pois eu acho que nem parafuso o animal tem. Foi montado na base do durepoxi. Isso se não tiver sido feito na farinha com saliva ou bosta.

Vai ser burro assim lá na casa do c…!

O sujeito diz que tentou impor Estado de sítio, ou seja, golpe de Estado com o comando das Forças Armadas.

E seguiu afirmando que “só chegou” até aí.

Ele não disse que só um comandante das tropas aceitou dar o golpe, como acusa a PGR

Dizem os linguarudos que os seus advogados infartaram na hora em que o estúpido confessou isso.

E exclamaram, está morto!

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Mundo

Israel já matou mais de mil palestinos em Gaza após retomada do genocídio

Número total de mortos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, é de 50.357 pessoas.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse na segunda-feira (31) que 1.001 pessoas foram mortas no território e 2.359 feridas no território palestino desde que Israel retomou os ataques em larga escala em 18 de março. De acordo com o comunicado do ministério, o número inclui 80 pessoas mortas nas últimas 48 horas, elevando o número total de mortos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, para 50.357 pessoas.

O Gabinete de Mídia do governo de Gaza detalhou os ataques israelenses contra profissionais da área médica e de emergência, bem como seus locais de trabalho e veículos desde o início da ofensiva israelense em 2023. Ao todo 1.402 profissionais da área médica foram mortos, sendo 111 trabalhadores de emergência. Ao todo, 362 trabalhadores da área de saúde foram presos, 26 trabalhadores de emergência presos, 34 hospitais queimados, atacados ou colocados fora de serviço e 142 ambulâncias bombardeadas.

Um dirigente do Hamas pediu, nesta segunda-feira (31), aos seus simpatizantes em todo o mundo que peguem em armas para lutar contra o projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocar os habitantes de Gaza em países vizinhos.”Diante deste plano sinistro, que combina massacres com fome, qualquer pessoa que possa portar armas, em qualquer parte do mundo, deve entrar em ação”, afirmou Sami Abu Zuhri em um comunicado.”Não retenham um explosivo, uma bala, uma faca ou uma pedra. Que todo mundo rompa seu silêncio”, acrescentou.

No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que permitiria que os líderes do Hamas abandonassem Gaza, se o movimento islamista palestino aceitar entregar as armas. Netanyahu também disse que Israel está trabalhando na ideia de Trump de deslocar os moradores de Gaza para outros países.

O primeiro-ministro disse que, após a guerra, Israel garantiria a segurança geral em Gaza e “permitiria a implementação do plano de Trump”. Alguns dias após sua chegada à Casa Branca, no final de janeiro, Trump propôs um deslocamento em massa das 2,4 milhões de pessoas que vivem no território palestino, sem que elas que possam retornar.

Em sua primeira entrevista desde que foi libertado da Faixa de Gaza, em fevereiro, em meio ao primeiro acordo de trégua, um ex-prisioneiro israelense em Gaza afirmou que a recente retomada das operações militares de Israel este mês não ajudaria a libertar as dezenas de reféns ainda mantidos no território palestino.

O Hamas afirmou, em novembro de 2023, que os três morreram em um ataque aéreo israelense que atingiu o local onde estavam detidos. Os corpos foram devolvidos em fevereiro, após a libertação do pai. O prisioneiro entrevistado, Yarden Bibas, disse que não acredita que a retomada dos combates em Gaza encorajaria o Hamas a libertar os reféns.

*Com AFP e Al Jazeera/BdF

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Política

Golpe de 31 de março de 1964: 61 anos depois

O Brasil de março de 1964 revisto em perspectiva do Brasil de março de 2025.

Concomitantemente a essa celebração, chegam-nos notícias diárias acerca do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da denúncia da Procuradoria Geral da República, tornando réus, até o momento, oito homens envolvidos nos atos golpistas de 08 de janeiro de 2023, dentre os quais, um ex-presidente abertamente defensor de modelos autoritários de governo.

Nos 61 anos do golpe de 31 de março, o historiador Demetrius Ricco Ávila traz olhar para aquele março de 64 a partir deste março de 2025, para provocar indagações, confrontar o senso comum e indicar leituras sobre a trama conspiratória.

Março na história brasileira
O mês de março de 2025, no Brasil, vem sendo assinalado por extraordinárias articulações entre efemérides – isto é, datas que demarcam acontecimentos importantes do passado – e eventos do presente, que o país acompanha atento, conquanto se mantenha significativamente dividido.

No decorrer deste mês de março, no último dia 15, celebramos os quarenta anos da redemocratização que se seguiu após um longo período de ditadura militar – em 15 de março de 1985, José Sarney, primeiro presidente civil eleito, ainda que de forma indireta, depois de uma sequência de cinco militares, é empossado presidente da República.

Concomitantemente a essa celebração, chegam-nos notícias diárias acerca do julgamento, pelo Suprem

As instituições democráticas resistiram àqueles atos e, aparentemente, seus mentores intelectuais virão a ser punidos com as penas da lei. A Carta Magna de 1988, “Constituição Cidadã”, conforme alcunha a ela atribuída por Ulysses Guimarães, segue vigente (março também carrega uma efeméride ligada a constituições, mas à Constituição autoritária de D. Pedro I, a primeira de nossa história, outorgada a 25 de março de 1824), e as articulações entre passado e presente bem podem levar a pensar que estamos vivendo um ponto alto da história.

Oficiais militares réus por tentativa de golpe de Estado acaso sugeririam que começamos a realizar, com quarenta anos de atraso, uma “purga” que a Lei da Anistia, de 1979, ao se fazer “ampla, geral e irrestrita”, obstou?

Ainda no escopo do corrente mês, na esteira do reconhecimento internacional demonstrado pela obtenção de uma inédita premiação no Oscar, no último dia 02, por Ainda Estou Aqui, filme brasileiro que aborda prisão, tortura, morte, ocultação de cadáver e, especialmente, o sofrimento inflingido por uma ditadura a uma família por ela devassada e mutilada, deve-se recordar outra efeméride, diametralmente oposta à do dia 15: o último dia de março, 31, é indelevelemente lembrado como o do golpe de 1964.

Entrementes, antes que se passe a discorrer a respeito do golpe, fazem-se necessárias algumas palavras explicativas, concernentes ao próprio texto. A despeito de ser redigido com rigor, procurará este fugir ao academicismo e construir-se por meio de uma prosa ágil e acessível, com vistas a alargar seu alcance em termos de público leitor.

Por outro lado, de limites físicos relativamente exíguos, não pretende aprofundar discussões, nem se arroga capaz de oferecer explicações definitivas sobre o tema que se dispõe a tratar, quanto menos esgotá-lo.

Deseja, antes, provocar indagações capazes de confrontar o discurso do senso comum sobre o golpe de 31 de março de 1964 e da ditadura de mais de vinte anos por ele implantada. E, como consequência dessa confrontação, o texto objetiva inequivocamente despertar o interesse de quem venha a apreciá-lo para outras e mais abrangentes leituras relativas à história política do Brasil nas últimas seis ou sete décadas, em virtude do que, as linhas a seguir passam de pronto a exibir algumas sugestões.

Relatos e historiografia do golpe de 31 de março
A cadeia dos acontecimentos que resultaram no golpe de 31 de março de 1964 é extensa e intrincada em muitos dos pontos que nela se enlaçam.

Praticamente desde a primeira hora de instauração do regime discricionário implantado pelo golpe, imprimiram-se milhares de páginas contendo relatos de pessoas que participaram dessa cadeia, mais ou menos de perto, em um ou mais de seus pontos.

Dentre esses relatos, muitos dos quais elaborados em terras estrangeiras pela imposição do exílio compulsório a seus enunciadores, podem ser citados, a título de exemplo:

O Tribunal Federal, da denúncia da Procuradoria Geral da República, tornando réus, até o momento, oito homens envolvidos nos atos golpistas de 08 de janeiro de 2023, dentre os quais, um ex-presidente abertamente defensor de modelos autoritários de governo.

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  • o de Abelardo Jurema (Sexta-feira 13 – os últimos dias do governo João Goulart), ex-ministro da Justiça do governo João Goulart;
  • o de Paulo Schilling (Como se coloca a direita no poder, em dois volumes), economista iracundo, que fora assessor de Leonel Brizola no governo do Rio Grande do Sul, secretário-executivo da Frente de Mobilização Popular e diretor do jornal brizolista Panfleto;
  • o de Miguel Arraes (Brasil, o povo e o poder), governador de Pernambuco deposto pelo golpe; e muitíssimos mais.
    Para além desses relatos, no mais das vezes carregados de uma densidade existencial, a boa historiografia brasileira produziu e segue produzindo obras de relevo para a elucidação, seja das razões, seja do modus operandi dos que derrubaram um governo constitucionalmente estabelecido e desencadearam uma repressão que se estenderia por mais de dois decênios.

Também a título de exemplo, nessa direção, recorde-se um livro de Luiz Alberto Moniz Bandeira chamado O Governo João Goulart e as lutas sociais no Brasil, um dos trabalhos pioneiros no que tange à historiografia do golpe, uma vez que veio à luz no final da década de 1970, época em que a ditadura dava sinais de arrefecimento.

Trama conspiratória do golpe militar
Tanto nos relatos vívidos de lideranças sociais e políticas e de participantes diretos do governo deposto, quanto nos trabalhos historiográficos de que se possa lançar mão, salta aos olhos o fato de que o golpe de 31 de março de 1964 é filho da conspiração; de uma trama de conspirações, melhor dito, que envolveu:

  • elementos endógenos – latifundiários, industriais, imprensa e jornalistas de grande expressão, setores conservadores da Igreja, falsos institutos de pesquisa e fomento à democracia (como IPES e IBAD), parlamentares, governadores e outros elementos da classe política, partidos, militares…
  • e exógenos, sobremaneira, o governo dos Estados Unidos da América, cuja ingerência sobre a política brasileira, coroada pelo golpe de 1964, está competentemente descrita e documentada em O dia que durou 21 anos (Brasil, 2012), dirigido por Camilo Galli Tavares.
    A trama conspiratória, espargida em bombardeios midiáticos diários, capturou a consciência da classe média, temerosa da “ameaça comunista” que supostamente vinha rondando o Brasil, temor acirrado pelo sucesso da Revolução Cubana desde 1959.

Parte dessa classe média vai às ruas marchar, “em família”, “com Deus e pela liberdade”, para se contrapor ao Comício da Central do Brasil, de 13 de março de 1964, no qual João Goulart subira o tom na pugna por suas Reformas de Base.

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Note-se que, naquele contexto de Guerra Fria, e em conta de idiossincrasias da sociedade brasileira – que por certo perduram, anacronicamente, nos dias de hoje -, a alusão a reformas era prontamente entendida como demonstração de alinhamento com Moscou. Meras reformas, propostas dentro da ordem constitucional, em que pese o tom mais elevado de Goulart no Comício.

O programa das Reformas de Base, portanto, nem de longe, significava revolução. João Goulart era gaúcho e herdeiro político de Getúlio Vargas, que, por sua vez, era produto do meio castilhista e borgista do Rio Grande do Sul dos tempos da República Velha. Júlio de Castilhos, que seria sucedido e teria sua política continuada por Borges de Medeiros no governo do Estado natal de Vargas, fora o materializador, em termos políticos e institucionais, nas plagas sul-rio-grandenses, do positivismo do pensador francês Auguste Comte (1798-1857), doutrina francamente reformista e avessa à ideia de revolução. O trabalhismo brasileiro, ao menos no que toca a Getúlio Vargas e João Goulart, praticamente em nada se assemelhava ao comunismo.

*TVTNews

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Vídeo: Descontrolado e raivoso, Marcos do Val ataca Bolsa Família

Em mais um de seus vídeos virulentos, parlamentar capixaba chama política social de compra de votos e propaga mentiras sobre universidades públicas.

Marcos do Val (Podemos-ES) ataca novamente. Em outra de suas já conhecidas publicações totalmente “sem noção”, com olhos arregalados e frases desconexas, cheias de palavrões, o senador de extrema-direita postou vídeo atacando universidades públicas e programas sociais do governo, como o Bolsa Família.

“Fazer por você o c…, , não é o Estado que tem que fazer por você, é você que tem que fazer pelo Estado, trabalhar, gerar renda pro teu filho, pro teu neto”, grita Do Val. Repetindo ataques conhecidos dos bolsonaristas contra as universidades públicas dizendo que são “um lixo, pichadas, com gente nua e fazendo sexo com crianças e fumando baseado”, o extremista destila aporofobia (ódio e prenconceito contra os pobres).

“Um dos projetos que eu sonho em fazer é o seguinte: quem recebe Bolsa-Família não pode votar”, sustenta Marcos do Val, conhecido por sempre se envolver em polêmicas e defender as posições mais extremistas, até mesmo para padrões bolsonaristas.

A Polícia Federal já havia apreendido os aparelhos eletrônicos do senador capixaba em operação realizada em junho de 2023. Posteriormente, p ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu devolver os equipamentos O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu devolver os equipamentos eletrônicos do senador Marcos do Val (Podemos), mas manteve retida uma arma e acessórios do armamento dele.

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Expulsão, honra, pensões: o que acontece com militares se condenados pelo golpe?

Por Caio de Freitas – A Pública

O início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da tentativa de golpe revela diferenças no tratamento a civis e militares envolvidos no caso.

Além do risco de prisão, os oficiais das Forças Armadas denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) podem ter de enfrentar um tribunal de honra militar que os penaliza com a chamada “morte ficta”, “morte fictícia” dos militares que os exclui das Forças Armadas. Até aqui, 24 oficiais da ativa e da reserva do Exército e da Marinha foram denunciados por suposto envolvimento na trama.

Mas, mesmo em caso da imposição da “morte ficta”, familiares dos militares ainda receberão pensões do governo – calculadas com base nos vencimentos de cada oficial condenado e considerado “indigno” para as Forças.

Atualmente, as pensões nos casos de morte ficta se restringem a 70% do valor integral recebido pelo militar antes de sua expulsão das Forças Armadas – dinheiro esse a ser repassado aos familiares.

Tome-se como exemplo o caso do general Estevam Cals Theophilo, ex-comandante de Operações Terrestres e ex-membro do Alto-Comando, um dos “kids pretos” denunciados na trama do golpe: segundo o Portal da Transparência, ele recebeu R$ 24,7 mil de salário após deduções em janeiro passado. Se condenado à morte ficta, seus familiares receberiam, em tese, R$ 17,3 mil de pensão.

Obtida pela Agência Pública, uma representação do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União Lucas Furtado aponta que as Forças Armadas gastam R$ 43 milhões por ano com pensões desse tipo para familiares de militares. O gasto foi revelado inicialmente em dezembro de 2024 pelo portal Metrópoles.

Expulsão de militares depende do procurador-geral da Justiça Militar
Cabe apenas à Justiça Militar, por meio do Superior Tribunal Militar (STM), julgar a exclusão de oficiais dos quadros das Forças Armadas. Em recente entrevista à Pública, a presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha, explicou como funciona esse tipo de processo.

“Se a pena à qual o oficial for condenado superar dois anos, cabe uma representação de indignidade para com o oficialato. Se for inferior a dois anos, cabe a instalação de um Conselho de Justificação. São tribunais de honra. Ao fim, decidem se o oficial tem condições de permanecer nas fileiras do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Caso decida-se que não, o oficial é excluído da Força, perde seu posto e a sua patente”, disse a presidente do STM.

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No caso dos oficiais ligados à trama golpista, são esperadas representações de indignidade contra os que forem condenados, pois as penas dos crimes em julgamento no STF superam dois anos de prisão.

Tais ações devem ser propostas pela Procuradoria-Geral da Justiça Militar (PGJM), atualmente sob o comando do procurador-geral Clauro Roberto de Bortolli. A PGJM não tem investigado crimes militares ligados à trama golpista, aguardando o resultado dos julgamentos no STF – como já destacado pela reportagem anteriormente.

À Pública, a PGJM disse que “toma ciência das condenações dos oficiais por notificações dos tribunais ou mesmo pelas próprias Forças”, sendo um “pressuposto constitucional dessa medida a existência de condenação a pena privativa de liberdade superior a dois anos transitada em julgado”.

A PGJM afirmou também que toda representação de indignidade deve ser instaurada em menos de seis anos após o trânsito em julgado. Caso contrário, o processo de exclusão do oficial das Forças Armadas perde a validade, segundo decisão do próprio STM em 2021.

Tribunal de honra
Por outro lado, se houver militares condenados a penas inferiores a dois anos, serão abertos Conselhos de Justificação para avaliar sua expulsão das Forças Armadas. Regulamentados desde 1972, os conselhos são uma espécie de “tribunal de honra e corte moral”, como define o ministro do STM Péricles Aurélio Lima de Queiroz.

Os comandantes das Forças às quais os condenados pertencem são responsáveis por nomear os Conselhos de Justificação, que são formados por três militares de patente superior à de quem está sendo julgado.

No caso de generais da ativa, a lei ordena que devem ser nomeados outros oficiais-generais, “da ativa ou na inatividade, mais antigos” que aquele sob julgamento.

Já nos casos de oficiais “da reserva remunerada ou reformado”, como o general da reserva Augusto Heleno, o ex-presidente e capitão da reserva Jair Bolsonaro e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, ao menos “um dos membros do Conselho de Justificação também pode ser da reserva” da respectiva Força.

Ou seja: nos casos em que as penas forem menores que dois anos de prisão, caberá ao general Tomás Miné Paiva, na condição de atual comandante, nomear os membros de Conselhos de Justificação para analisar os casos de militares do Exército. No caso do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, se ele for condenado a uma pena menor que dois anos, sua expulsão deve ser analisada por um conselho nomeado pelo atual comandante da Força, o almirante Marcos Sampaio Olsen.

Julgamento no STF em andamento 
A 1ª Turma do STF formada por cinco ministros do colegiado — Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino — vão analisar os argumentos preliminares das defesas sobre o recebimento da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) para decidir se há indícios de crime para justificar o início de uma ação penal contra 33 pessoas — 24 são oficiais da ativa e da reserva do Exército e da Marinha foram denunciados pela PGR.

A denúncia envolve os crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, liderança de organização criminosa armada; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, essas duas últimas relacionadas à invasão de Brasília em 8 de janeiro. Ela é baseada na investigação da Polícia Federal (PF) que apontou uma trama golpista envolvendo o ex-presidente e militares após a vitória de Lula nas eleições de 2022.

 

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Trump diz que não está brincando sobre terceiro mandato presidencial

“Não, não estou brincando. Não estou brincando”, disse Trump, mas “é muito cedo para pensar nisso”, diz Trump.

Reuters – O presidente norte-americano, Donald Trump, disse neste domingo que não estava brincando sobre considerar buscar um terceiro mandato presidencial, o que é proibido pela Constituição dos Estados Unidos, mas que ainda era cedo para pensar nisso.

Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro para seu segundo mandato não consecutivo na Casa Branca, tem feito alusões vagas à busca por um terceiro mandato, mas abordou diretamente o assunto em uma entrevista à NBC News por telefone neste domingo.

“Não, não estou brincando. Não estou brincando”, disse Trump, mas “é muito cedo para pensar nisso”.

“Existem métodos pelos quais você poderia fazer isso, como você sabe”, afirmou. O republicano se recusou a elaborar sobre qualquer método específico.

Os presidentes dos EUA são limitados a dois mandatos de quatro anos, consecutivos ou não, conforme a 22ª Emenda da Constituição dos EUA.