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Em caminhada com o povo baiano, Lula atrai multidão

O ex-presidente Lula está em Salvador para uma série de encontros com o povo e lideranças locais e nacionais.

Pela manhã, o petista participou do tradicional cortejo pelo bairro da Lapinha, juntamente com sua esposa, Janja, o governador Rui Costa, o pré-candidato ao governo pelo PT, Jerônimo Rodrigues. e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

“Eu acho que seria importante que o povo brasileiro conhecesse o que é o 2 de Julho na Bahia. Aqui, a Independência foi feita com sangue, com morte de negros, indígenas, padres, freiras e o povo trabalhador que lutou para expulsar os portugueses. Então é isso que você vê, não é um desfile militar, é um desfile do povo, isso que significa independência”, disse Lula durante a caminhada na Lapinha.

Lula participará do Grande Ato pela Independência no estacionamento da Arena Fonte Nova, com horário de início previsto para as 11h00. O evento celebra a luta de independência na Bahia –iniciada em 19 de fevereiro de 1822 e durou até a expulsão definitiva dos portugueses em 2 de julho de 1823.

Os pré-candidatos Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Simone Tebet também estão em Salvador neste sábado, 2. O chefe de governo participou de um passeio de moto na capital baiana.

Ciro e Tebet se encontraram durante a caminhada. O pedetista publicou uma foto do momento, afirmando que democracia é “convivência harmônica e respeitosa”.

A senadora também compartilhou o momento em seu Instagram. “Adversário não é inimigo. O Brasil precisa de tolerância e respeito”, disse ela.

*Com 247

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Governo e prefeitura do Rio patrocinam evento evangélico com Bolsonaro

O governo e a prefeitura do Rio vão patrocinar um evento evangélico com a participação de Jair Bolsonaro. O Louvorzão 93 FM será realizado neste sábado, na Praça da Apoteose. O Planalto confirmou a presença do presidente, que está em campanha à reeleição.

A maior cota de patrocínio, de R$ 1,03 milhão, foi liberada pelo governo do estado. O governador Cláudio Castro, que também é aguardado no evento, concorre ao segundo mandato com apoio da família Bolsonaro.

Nesta quarta, a prefeitura liberou mais R$ 500 mil para ajudar a bancar o evento. O dinheiro será repassado sem licitação — no Diário Oficial, a gestão de Eduardo Paes alegou “inviabilidade de competição”.

O Louvorzão é organizado pela gravadora gospel MK Music e pela rádio 93 FM. As duas empresas pertencem à família do ex-senador bolsonarista Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que morreu de Covid em outubro de 2020.
A emissora tem apresentado o evento como “a festa mais esperada de todos os tempos”. “Vamos nos reunir na praça da Apoteose para cantar e declarar que o Rio de Janeiro é do Senhor Jesus”, diz o site da 93 FM.
Para atrair os fiéis, os organizadores prometem shows de artistas gospel como Aline Barros, Sophia Vitória e Cassiane. Alguns dos convidados já participaram de eventos recentes com a presença de Bolsonaro.

Em nota, a Secretaria estadual de Cultura defendeu a liberação de recursos públicos para o evento de cunho religioso. “O Louvorzão, assim como outras manifestações culturais e religiosas, faz parte do calendário de eventos do Estado do Rio”, afirmou.

O órgão sustentou que a Lei de Incentivo à Cultura é destinada a “todas as manifestações culturais”, o que incluiria “a música gospel e a música de matriz africana, por exemplo”.

“Outras atividades de cunho religioso já foram patrocinadas pela secretaria neste ano, como a 9ª edição do Festival Halleluya”, acrescentou.

Em desvantagem nas pesquisas, Bolsonaro tem ampliado a presença em eventos e cultos evangélicos ao lado de pastores que o apoiam. Nos discursos, ele investe na chamada agenda de costumes e descreve a eleição presidencial como uma “luta do bem contra o mal”.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Pesquisa

Datafolha: Lula está na frente no Rio, tem 41% contra 34% de Bolsonaro no 1º turno

O ex-presidente Lula (PT) lidera as intenções de voto para a Presidência da República no estado do Rio de Janeiro, base eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (1º) pelo Datafolha.

De acordo com o levantamento, o petista tem 41% da preferência do eleitorado, contra 34% do atual presidente. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 8%.

Na sequência aparecem Simone Tebet (MDB), com 2%, e, com 1% cada, Vera Lúcia (PSTU), André Janones (Avante), Sofia Manzano (PCB) e Felipe d’Avila (Novo). Foram citados, mas não alcançaram um ponto percentual Eymael (DC), Pablo Marçal (Pros), Leonardo Péricles (UP) e Luciano Bivar (União Brasil). O general Santos Cruz (Podemos) não foi citado.

Uma parcela de 7% declarou que pretende votar branco ou nulo e de 3% disse estar indecisa.

O estado do Rio de Janeiro é o terceiro colégio eleitoral do país, com 12,8 milhões de eleitores, o que representa 8,2% do eleitorado nacional.

Em Minas, Lula tem 48% contra 28% de Bolsonaro no 1º turno.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi realizado entre quarta (29) e esta sexta-feira (1º), e entrevistou 1.218 eleitores no estado. Ele está registrado no TSE sob o número RJ-00260/2022 e BR-03991/2022.

Cerca de metade dos entrevistados (52%) declarou que não votaria de jeito nenhum em Bolsonaro. A rejeição ao presidente é mais alta entre os eleitores de 16 e 24 anos (62%) e os assalariados sem registro (66%).

Lula, contudo, apresenta no Rio de Janeiro rejeição maior do que os 35% detectados no cenário nacional. Segundo o instituto, 42% dos eleitores fluminenses disseram não votar no petista de jeito nenhum, tendo atingido o maior nível entre empresários (79%), eleitores com renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (59%) e evangélicos (56%).

Lula tem como principal palanque no estado o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato ao governo. Com 22% das intenções de voto, Freixo está em empate técnico com o governador Cláudio Castro (PL), com 23%. Segundo a pesquisa Datafolha, 75% dos eleitores de Freixo optam por Lula.

Bolsonaro, por sua vez, é apoiado por Castro, que também tenta a reeleição. Embora declare apoio ao presidente, ele vem evitando se associar a algumas das bandeiras de inclinação golpista apresentadas pelo aliado.

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Matéria

Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro, é exonerado por não aparecer para trabalhar

Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, foi exonerado do cargo de assessor da liderança do PL (Partido Liberal) no Senado nesta semana. A demissão ocorreu depois que a coluna revelou, no último domingo, que ele não aparecia no Senado nos horários de expediente desde a primeira semana de março. Ele estava lotado nessa função desde dezembro de 2021. Na página da transparência do Senado, a situação dele consta como “desligado”, segundo Juliana Dal Piva/Uol.

Léo Índio é sobrinho do presidente Jair Bolsonaro e primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. O cargo de Léo no Senado era de auxiliar administrativo júnior e recebia um salário de R$ 5.735,93. A coluna procurou o sobrinho de Jair Bolsonaro na quinta e e sexta-feira da última semana e não obteve resposta.

Procurado, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), responsável pelo gabinete da liderança do partido até 10 de junho, informou, por nota, que Leonardo era “responsável pelo setor de relações institucionais da liderança com ministérios e demais órgãos de governo” e que atendia as demandas “tanto de forma presencial, como remota”.

Segundo os relatos ouvidos pela coluna, já no ano passado Léo Índio frequentava pouco o Senado. No entanto, no breve período de trabalho, ele chegou a levar para sua mesa uma caneca com a inscrição “cloroquina”.

Ele é pré-candidato a deputado distrital pelo PL. Em março, estava no Movimento Filia Brasil com o presidente e contou sobre a decisão de disputar um cargo no Legislativo do Distrito Federal.

Ele veio para Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca.

Antes dos cargos no Senado, Carlos Bolsonaro tentou emplacar Léo no Planalto. A ideia era que ele ocupasse algum cargo na Secretaria de Governo da Presidência da República. No entanto, o sobrinho do presidente foi barrado pelo então ministro da pasta, o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz.

Auxiliares do ministro, à época, avaliaram que o currículo do sobrinho do presidente não tinha as qualificações necessárias para o cargo no ministério. Léo não possui ensino superior e sua experiência profissional prévia era como vendedor, além de assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na época da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

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Irritado, Bolsonaro cancela encontro com presidente de Portugal, por ter se reunido com Lula

Jair Bolsonaro (PL) cancelou reunião prevista para a próxima segunda-feira (4) com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, no Palácio do Planalto. A razão para o cancelamento é que Rebelo, que chega ao Brasil neste sábado, tem encontro marcado com o ex-presidente Lula (PT) no domingo. A informação é da coluna do Lauro Jardim do jornal O Globo.

O atual chefe do executivo brasileiro ficou irritado ao descobrir sobre o encontro do presidente português com o petista. Assim, ordenou ao Itamaraty que suspendesse a reunião em Brasília.

Marcelo Rebelo agora apenas terá compromissos em São Paulo e no Rio de Janeiro em sua passagem pelo Brasil. Além de Lula, ele também se encontrará com Michel Temer (MDB).

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Braga Netto deixa o governo para ser vice e secretário exonerado por usar avião da FAB o substituirá

O general aposentado Walter Braga Netto deixou nesta sexta-feira, 1, o cargo de Assessor Especial do Gabinete Pessoal do Presidente da República. A exoneração “a pedido” foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta, informa o 247.

Jair Bolsonaro (PL) já confirmou Braga Netto como vice na sua chapa. Braga Netto também será um dos coordenadores da campanha do chefe de governo.

Quem fica no lugar do militar é José Vicente Santini, ex-secretário Nacional de Justiça e amigo pessoal dos filhos de Bolsonaro. Ele foi exonerado em janeiro de 2020 do cargo de secretário-adjunto da Casa Civil após ter usado um voo da FAB, não comercial, para acompanhar a comitiva presidencial em viagem oficial à Índia.

A saída de Braga Netto do cargo cumpre o prazo que o permite concorrer a cargo público nas eleições de outubro. Ele deixou o comando do Ministério da Defesa em 31 de março, também para cumprir a legislação eleitoral.

A convenção partidária do PL que deve confirmar a chapa Bolsonaro-Braga Netto está marcada para o dia 23 de julho, em Brasília.

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Governo federal tem uma denúncia de assédio sexual por dia

Segundo dados da CGU, houve 214 casos no primeiro semestre de 2022. No ano passado, foram 251, alta de 65% em relação a 2020, segundo O Globo.

As denúncias de assédio sexual que levaram à queda do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, vão além do banco estatal e cresceram 65,1% no governo federal em 2021, atingindo um volume recorde com 251 denúncias, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU) dos últimos sete anos. Somente em 2022 houve, em média, um caso por dia, o dobro do ano anterior.

Registradas nas ouvidorias federais da administração federal, as denúncias são compiladas por auditores da CGU em um sistema que monitora cada procedimento aberto. Os canais de contatos para as vítimas vão desde ministérios a órgãos subsidiários, como universidades federais.

Mas, não são computados informações de estatais como a Caixa ou a Petrobras. Para proteger as vítimas, os nomes envolvidos no caso são preservados sob sigilo.

Nos últimos três anos, as denúncias de assédio sexual registradas no governo federal deram um salto, passando de 155, em 2019, para 251, em 2021. Neste ano, somente no primeiro semestre, os casos somaram 214.

Procurados para explicar o aumento do número de denúncias de abuso sexual no governo, o Palácio do Planalto preferiu não se manifestar e disse que a resposta ficaria a cargo da CGU — que, por sua vez, não respondeu até o fechamento desta reportagem.

12,5% de casos arquivados

Do total de denúncias de assédio sexual registradas em ministérios, segundo a CGU, 31 foram feitas por funcionários da pasta da Justiça e Segurança Pública. O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos vem em segundo lugar, com 23 denúncias, seguido pela Educação, com 18. A ouvidoria da Presidência da República também recebeu denúncias de assédio sexual: quatro no total.

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Racismo

Empresário rompe contrato milionário após ser chamado de ‘negão’ em reunião; ‘Escapou inconscientemente’, diz autor da ofensa

Juliano Pereira dos Santos, diretor de tecnologia da Proz Educação, encerrou um contrato milionário com a Optat Consulting depois que o representante da empresa Matheus Mason Adorno o chamou de “negão” durante uma reunião por videoconferência.

Além do encerramento do contrato, Juliano entrou com um processo na 5ª Vara Cível da Comarca de Campinas (SP) contra Matheus, com um pedido de indenização por danos morais. A ação foi protocolada na última sexta-feira (24).

A reunião entre as empresas aconteceu em outubro do ano passado para tratar do desenvolvimento de um novo software para a Oracle, multinacional norte-americana de tecnologia, e reuniu representantes das duas companhias credenciadas, a Proz Educação e a Optat Consulting, que fariam a produção do dispositivo.

‘Pô, negão, aí você me f…’

Segundo relato de Juliano ao g1, a reunião era para debater uma série de desacordos e descumprimento de prazos no contrato com a Oracle por parte das duas empresas. Durante um momento da conversa, Matheus afirmou: “Pô, negão, aí você me f…”.

No mesmo momento, o diretor encerrou a videoconferência e decidiu romper o contrato, que teve o apoio dos outros sócios da Proz Educação.

“O sentimento foi de revolta. Isso não pode mais ser tolerado. A decisão foi imediata, durante a reunião, eu falei que o contrato estava rescindido, porque tenho autonomia para isso. Conversei com meus sócios, que entenderam, e isso foi imediatamente acordado. A gente não teve dúvida. Isso fala muito da cultura da empresa, a gente não vai permitir que isso aconteça nem uma, nem duas, nem mil vezes”, pontuou Juliano.

Ação por injúria racial

Juliano também processou a própria Oracle por suposta omissão. Segundo ele, a empresa manteve o contrato com a Optat, mesmo após o caso ter vindo à tona. À época, o diretor também registrou um boletim de ocorrência pela internet por injúria e difamação.

Um dos advogados de Juliano, Diogo de Lima dos Santos, afirmou que a reunião era formal e Juliano e Matheus não tinham intimidade para que o termo usado não fosse de maneira ofensiva. “Parece simples, mas não é fácil você ser negro no Brasil e, depois de já ter muita dificuldade para chegar a um cargo de diretor, ser chamado de ‘negão’ em uma reunião”, disse.

Cada uma das ações, contra Matheus e Oracle, tem valor de indenização de R$ 50 mil. “Se trata de um caso de injúria racial. Não podemos mostrar que o racismo no Brasil vale a pena, que as pessoas podem falar e não vai acontecer nada”, explicou o defensor.

‘Escapou inconscientemente’

Ao g1, Matheus Mason Adorno, que também é presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da região de Campinas (Abrasel), disse que a palavra “escapou inconscientemente” e que no mesmo momento ele pediu desculpa. Além disso, o empresário ressaltou que ficou surpreso com a demora entre a data da reunião e a entrada do processo na Justiça, e reforçou que o racismo no Brasil deve ser combatido.

“Naquele momento escapou inconscientemente ali a palavra, que foi inadequada sim, mas eu me retratei na hora, e acho que ele mesmo entendeu isso. Ele entendeu que não foi um crime, até porque se fosse um crime o processo deveria ser na esfera criminal e não cível. Eu não tenho interesse nenhum em brigar, mas eu me retratei. Foi uma figura de linguagem. Sou antirracista e acho que o Brasil tem sim um racismo estrutural que precisa ser combatido”, afirmou.

O que dizem as empresas

A Optat Consulting disse, em nota, que o contrato foi rescindido por justa causa após a quebra feita por parte da empresa de Juliano. Além disso, a companhia afirmou que suspendeu Matheus logo após o ocorrido, por meio do programa de compliance. No entanto, testemunhas afirmaram não ter havido o crime e provam que os fatos narrados no processo estão “distorcidos da realidade” e tentam encobrir o real motivo da rescisão de contrato. Veja na íntegra:

Com relação as alegações proferidas pelo Sr. Juliano temos a informar que o contrato foi rescindido pela Optat Consulting por justa causa por quebra de contrato por parte da empresa Proz.

Em relação ao suposto crime de injuria racial alegado pelo Sr. Juliano a Optat Consulting tomou conhecimento do ocorrido na reunião e tomou todas as medidas cabíveis para averiguação dos reais fatos suspendendo de imediato o Sr. Matheus Mason, tudo em conformidade com o programa de Complice da empresa.

Ocorre que, após a averiguação as testemunhas ouvidas disseram não ter havido o suposto crime, bem como provam que os fatos narrados pelo Sr. Juliano estão destorcidos da realidade e na verdade tentam encobrir o real motivo da rescisão do contrato.

A Optat Consulting responderá ao processo para o restabelecimento da verdade dos fatos e ingressará com as medidas judiciais cabíveis.

Lamentamos o ocorrido, vez que a Optat Consulting tem por compromisso promover o tratamento entre as pessoas sem preconceitos e discriminações de qualquer natureza, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, deficiência, classe social, idade ou aparência.

A Oracle informou, também em nota, que ofereceu apoio a Juliano e é contra qualquer tipo de discriminação. Confira:

A Oracle do Brasil Sistemas Ltda. reafirma seu compromisso inegociável com a Diversidade e a Inclusão e contra todas as formas de discriminação. A Oracle prontamente ofereceu apoio à pessoa diretamente atingida pelos fatos descritos e tem lhe oferecido o suporte necessário. Ademais, a Oracle se colocou à disposição para colaborar com as autoridades competentes em quaisquer investigações e, em março de 2022, informou à empresa envolvida nos fatos que descontinuaria a relação contratual.

A Proz Educação informou, em nota, que não tolera qualquer natureza de discriminação e que assim que soube do episódio, tomou a decisão de rescindir o contrato e adotar medidas cabíveis. Confira:

“A Proz não tolera qualquer natureza de discriminação e reitera seu compromisso com o pleno cumprimento da lei e adoção de práticas organizacionais éticas e honestas.

No referido caso, a Proz Educação, assim que recebeu o relato do episódio de preconceito, tomou a de decisão de rescisão do contrato com o prestador de serviço, notificando a organização e tomando as medidas cabíveis.

Apoiamos e apoiaremos sempre nossos colaboradores em qualquer situação de discriminação vivida no ambiente empresarial.”

*Com G1

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Empreiteira Líder sob Bolsonaro vence licitações com preços perto do dobro de concorrentes

Engefort obteve contratos com valores superiores aos de estados vizinhos; empreiteira e estatal dizem seguir lei.

A empreiteira Engefort, campeã de contratos com a estatal Codevasf sob o governo Jair Bolsonaro (PL), ganhou concorrências de pavimentação em 2021 com valores quase o dobro maiores que os de licitações em estados vizinhos vencidas por outras empresas, segundo levantamento feito pela reportagem.

A Folha encontrou discrepâncias de 87% no Tocantins, 71% na Bahia e 31% em Minas Gerais. ​​​​

Como a Folha revelou em abril, a Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios.

A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) é a estatal federal entregue por Bolsonaro ao centrão em troca de apoio político.

Turbinada por bilhões de reais em emendas parlamentares no atual governo, a Codevasf mudou sua vocação histórica de promover projetos de irrigação no semiárido para se transformar em uma estatal entregadora de obras de pavimentação e máquinas até em regiões metropolitanas.

As grandes disparidades têm como ponto de partida os próprios preços mínimos das licitações fixados pela Codevasf. As diferenças de valores indicam que a estatal não buscou aproveitar preços de suas próprias concorrências em estados vizinhos ou não fez cotações locais para buscar pagar menos.

Procurada pela reportagem, a Codevasf alega que usou um índice oficial de preços de insumos elaborado pela Caixa Econômica Federal chamado Sinapi, que é adotado em larga escala pela administração federal e recomendado pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

A estatal citou uma decisão do TCU de 2019 segundo a qual “o Sinapi deve ter primazia em relação às cotações efetuadas diretamente ao mercado”.

Porém, há outras decisões do próprio TCU que apontam a necessidade de priorizar a economia para os cofres públicos.

Em um caso da Codevasf de 2019, em que houve superfaturamento de 70% nos orçamentos nas obras com paralelepípedos em vias do Piauí, o TCU afirmou que o Sinapi deve ser afastado quando não estiver condizente com a realidade local.

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Testemunha conta que colegas se escondiam no banheiro e pulavam por cima de mesas para se esconder do assédio de Pedro Guimarães

Novas denúncias de assédio do agora ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães continuam aparecendo. Uma ex-funcionária do banco, deu rosto ao grupo de mulheres que passaram por abusos e constrangimentos em encontros com Guimarães.

Guimarães deixou a presidência da Caixa nesta quarta-feira (29), após se tornarem públicas denúncias de que ele cometeu assédio sexual contra funcionárias. O Ministério Público Federal investiga o caso. Nesta quinta-feira (30) áudios que mostram assédio moral dele com funcionários do banco foram divulgados pelo portal “Metrópoles”.

A denúncia é de uma ex-assessora de diretoria da Caixa que não trabalhava diretamente com Guimarães, mas que encontrou com ele no prédio do banco. Ela relatou que a intenção de gravar o vídeo é para “dar uma cara para essas mulheres”.

“Era comum a mulherada se esconder no banheiro quando ouvia a voz dele chegando no corredor, fazendo estardalhaço, aquela confusão toda. Ele saia catando o celular na mesa [das pessoas] para tirar fotos. E, para a gente não ser abraçada de novo e tirar foto de novo, a gente se escondia no banheiro”.

Ela conta que era comum o povo correr. “Uma colega contou que já pulou uma mesa para evitar um abraço”.

Ele ainda perguntava de onde a funcionária era e o motivo de ela ainda não ter foto com ele. “Falou que eu tinha cara de brava”. Ao tirar a foto, agarrava a gente e não soltava, passava a mão no lado do seio e pegava forte na cintura, o que causava desconforto, segundo a ex-funcionária. “Mas quem iria falar?”

Guimarães é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncias feitas por funcionárias do banco. Ele é um dos nomes mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, a quem costuma acompanhar em viagens e em “lives” na internet. Ele estava na presidência da Caixa desde o início do governo e deixou o cargo nesta quarta-feira (29).

Ex-funcionária da Caixa Econômica Federal, Carolina Lacerda denunciou em sua página no Instagram que também foi vítima do assédio sexual cometida pelo então presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, que deixou o cargo nesta quarta-feira (29) após a divulgação de que o Ministério Público Federal (MPF) investiga uma série de denúncias de crimes que teriam sido cometidos por ele.

“Durante meus 13 anos de exercício na CAIXA, nunca tinha vivido nenhum tipo de assédio. Dei sorte de trabalhar com superiores éticos e profissionais. Um dia, esse grande filho de uma puta, me “abraçou” à força e não me soltava! Estavam presentes alguns colegas homens que viram meu sufoco, meu olhar pedindo socorro, mas não puderam/quiseram se manifestar… eles testemunharam meu desconforto… e em casa, chorei… graças a Deus, nunca precisei ficar sozinha ou trabalhar diretamente com essa criatura nojenta, que conseguiu destruir o clima organizacional da empresa”, escreveu.

Na rede, Carolina fez uma publicação se despedindo dos colegas do banco em novembro de 2021. Segundo ela, além do assédio, Guimarães e o comando da Caixa imposto por Jair Bolsonaro (PL) promovia as mulheres que se rendiam aos achaques.

“Grande dia para as empregadas CAIXA! Para aquelas que tiveram coragem de denunciar, meus sinceros cumprimentos e solidariedade… pras que têm um cursinho pixulé de Adm na “Uniskinas” e foram promovidas num piscar de olhos durante essa gestão podre, tenho pena e vergonha de você… sua marmitinha…”, relatou.

G1/Forum

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