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Pesquisa

Muito cuidado com o que dizem as pesquisas eleitorais e ainda mais com as análises sobre elas

Vários fatores como gênero, raça/cor, religião ou local de moradia influenciam nas escolhas eleitorais da população, mas nada é mais determinante que sua condição econômica. Um entendimento mais profundo do rendimento das famílias brasileiras é fundamental para entender melhor como elas pensam e como tendem a votar.

O dado mais robusto disponível para esse entendimento é a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE que avalia as estruturas de consumo, de gastos, de rendimentos e parte da variação patrimonial das famílias e estabelece um perfil bastante detalhado das condições de vida da população a partir da análise dos orçamentos domésticos.

Os Institutos de Pesquisas Eleitorais também utilizam essas segmentações de gênero, raça/cor, religião local de moradia e condição econômica para construir as Amostras Estatísticas que fazem parte das Pesquisa Eleitorais.

Se fizermos um exercício estatístico comparando as Amostras usadas pelos principais Institutos de Pesquisa com os números do IBGE veremos alguns desvios metodológicos importantes porque a maioria desses Institutos estão usando números defasados em suas Pesquisas. Isso que pode explicar alguns resultados aparentemente incoerentes nas sondagens de intenção de voto.

Nas últimas Pesquisas Ipespe e FSB (maio / 2022), por exemplo, o recorte por renda mostra que a faixa de eleitores com renda familiar inferior a 2 Salários-Mínimos representavam 46% e 43% dos entrevistados; os eleitores com renda entre 2 e 5 Salários eram 35% e 39% da Amostra e acima disso, 19% e 17%, respectivamente.

Estou usando esses 2 Institutos porque são os que disponibilizaram os critérios amostrais, mas vale para todos os demais.

Enquanto os Institutos consideram apenas 3 ou 4 faixas de renda, o IBGE considera 7 faixas, sendo:

1) Até 2 Salários-Mínimos – 23,9%;

2) Acima de 2 e até 3 Salários-Mínimos – 18,6%;
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3) Acima de 3 e até 6 Salários-Mínimos – 30,5%;

4) Acima de 6 e até 10 Salários-Mínimos – 14,0%;

5) Acima de 10 e até 15 Salários-Mínimos – 6,4%;

6) Acima de 15 e até 25 Salários-Mínimos – 3,9% e

7) Acima de 25 Salários-Mínimos – 2,7%.

Para facilitar a comparação vou agrupar as faixas do IBGE também em 3 faixas: até 2 Salários-Mínimos, como Baixa Renda; de 2 a 6 Salários-Mínimos como Renda Média e acima de 6 Salário-Mínimo como Alta Renda.

Portanto, enquanto para os Institutos os mais pobres representam cerca de 45% da população para o IBGE são 23,9%. Já a parcela da população com renda média são pouco mais de 1/3 nas Amostras das Pesquisas Eleitorais e 51,1% para o IBGE. E os mais ricos são cerca de 18% para os Institutos e 27% para o IBGE

Portanto, fica claro que os Institutos de Pesquisa trabalham com faixas de renda que nem de longe retratam a estúpida concentração de renda da sociedade brasileira. Antes de mais nada é importante destacar que o motivo dessa distorção é operacional e não ideológico.

Devido a necessidade de apresentar resultados com uma frequência muito alta, muitas vezes quinzenalmente, não seria possível completar as Cotas Amostrais se fossem definidas faixas de renda mais realísticas.

Como as Amostras das Pesquisas, em geral, são compostas por cerca de 2.000 entrevistados, imaginem a dificuldade de encontrar cerca 50 entrevistados, com renda superior a R$ 25 mil que ainda atendam a critérios como raça/cor, religião ou porte da cidade onde moram. Praticamente impossível com amostras tão pequenas ou extremamente oneroso e demorado porque as pesquisas teriam que ser com amostras maiores, bem maiores.

No entanto, apesar de ser uma escolha eminentemente operacional e econômica, isso não impede que os resultados sejam analisados de maneira ideológica e esses desvios metodológicos sequer sejam mencionados para que as pesquisas não sejam desqualificadas na origem.

Em um momento em que a classe dos mais pobres (até 2 salários-mínimos) são os que mais sofrem com desemprego, inflação de alimentos e insegurança alimentar, trabalhar com uma Amostra que considera o dobro da população nessa parcela de renda, por óbvio, está favorecendo o candidato que alinha seu discurso com o combate à pobreza.

Por outro lado, no outro extremo a distorção também é importante. Para os Institutos os mais ricos são as pessoas que recebem pouco mais de R$ 5.000, que convenhamos, está longe proporcionar a quem quer que seja alguma tranquilidade financeira.

Identificar essas diferenças nos ajudam a entender as prioridades políticas e o processo ideológico de cada eleitor e de sua classe. As prioridades de um funcionário público que receba o piso da maioria das carreiras de nível superior são completamente diferentes de um empresário que recebe 5 vezes esse valor por mês.

Não é necessária uma Pesquisa muito aprofundada para saber que funcionários públicos com renda de 5 Salários-Mínimos tende a ser um eleitor do ex-presidente Lula, enquanto os empresários com renda acima de 25 salários estão muito mais propensos a votar em Bolsonaro.

Outros cortes também contribuem para uma maior imprecisão nesse tipo de Pesquisa. Os Evangélicos em todas as suas denominações, por exemplo, tiveram um crescimento espantoso nas últimas décadas. De apenas 6,6% em 1980 chegaram a 22,2% da população no Censo de 2010, mas os Institutos de Pesquisa trabalham com Amostras que se aproximam dos 30%.

Como não há dados oficiais recentes, o dado mais utilizado é uma Pesquisa do Datafolha de 2020 que aponta que os Evangélico Missionários, Pentecostais e Não-determinados chegam a 31%, mas como considera uma Amostra de pouco mais de 2 mil entrevistados também pode haver um desvio considerável e esse número ser até maior, mas não se pode afirmar isso sem o risco de reforçar o erro e o viés metodológico.

Esse desvio é bastante importante porque os Evangélicos, em sua maioria vindos dos estratos com condições indicativas de pobreza e com pouca instrução formal, demonstram ter afinidades e identificação com o discurso da direita no espectro ideológico, ou o contrário, e sua filiação religiosa tende a se traduzir em lealdades políticas quase que automáticas, traduzida por “irmão vota em irmão”. Em uma Pesquisa Eleitoral esse desvio é bastante crítico.

Posições tradicionalistas dos evangélicos em relação ao aborto e ao homossexualismo, por exemplo, foram incorporadas no discurso da extrema direita o que seduziu ainda mais esse eleitorado que, via de regra, são pouco expostos aos meios de comunicação de massa, ao mesmo tempo em que, diferentemente de qualquer grupo religioso, têm um grau bastante elevado de exposição e alinhamento às autoridades religiosas de seus respectivos cultos.

O crescimento desse eleitorado fiel à orientação religiosa somado a um discurso alinhado aos posicionamentos de candidatos mais conservadores, fizeram aumentar a representação política institucional, tanto nos Executivos quanto nos Legislativos de todas as esferas de Governo.

Associe-se a isso que, por diversos motivos, neste mesmo período houve um brutal afastamento (ou rejeição) da Igreja Católica e dos Movimentos Sociais nas periferias das grandes cidades e dos interiores mais distantes e temos o caldo de cultura necessário para formação dessa onda conservadora, política e religiosa.

Ou seja, mais Evangélicos na população gerou mais representantes políticos que alinharam seus discursos para um público específico. Isso levou a uma mobilização popular que elegeu um governo e um congresso ainda mais conservadores, contrários a um Estado Laico. O resto é apenas consequência, mas as Pesquisas Eleitorais podem não estar capturando essas dinâmicas religiosas.

Outro viés importante diz respeito a natureza dos municípios selecionados para as Amostras. Em geral são considerados 3 categorias: Capitais, Outros municípios da Região Metropolitana e Interior.

Isso, por exemplo, coloca na mesma categoria municípios como São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília, todos com mais de 3 milhões de habitantes e Rio Branco, Vitória e Palmas todos com população entre de 300 e 400 mil habitantes.

Por outro lado, municípios como São José do Campos, Feira de Santana ou Joinville com população entre 600 e 730 mil habitantes são considerados municípios do Interior, embora sejam polos regionais e ficam na mesma categoria de quase 5.000 outros municípios com menos de 60 mil habitantes.

Claro que, como já foi dito, a logística para chegar a um dos cerca de 1.200 municípios de fato pequenos, com menos de 5 mil habitantes, e lá encontrar um eleitor que atenda aos requisitos das cotas amostrais é muito maior do que ir a um município como Dracena ou Jales no Interior de São Paulo ou Capão da Canoa e Tramandaí no litoral do Rio Grande do Sul, todos com população abaixo de 60 mil habitantes.

Também de acordo com esses critérios a Pesquisa de intenção de votos mostra que Bolsonaro e Lula performam de modo diferente.

Enquanto Bolsonaro tem maior intenção de votos nas Capitais e nas Regiões Metropolitanas, Lula tem um desempenho melhor nas cidades do Interior que, como demonstrado acima, são sub representadas. Por óbvio, isso também distorce o resultado geral da Pesquisa.

Por fim, mas não menos importante, há um importante viés nas Pesquisas eleitorais no que se refere à construção das Amostras pelo corte do nível de escolaridade.

Os percentuais da Amostra das Pesquisas eleitorais por Faixa de Escolaridade em geral são distribuídos da seguinte forma: Ensino Fundamental – 39%, Ensino Médio – 40% e Ensino Superior 22%.

Já a mesma divisão do total da população brasileira segundo a última PNAD do IBGE nos dá os seguintes percentuais. Ensino Fundamental – 46,6%, Ensino Médio – 27,4% e Ensino Superior 17,4%.

As Amostras das Pesquisas não consideram o percentual da população de analfabetos que está em torno de 6,6% da população total (2019). Ou seja, como são considerados analfabetos as pessoas com idade acima de 25 anos, as Pesquisas simplesmente não consideram 14 milhões de eleitores, ou cerca de 10,7% do eleitorado.

Considerando que nas Amostras das Pesquisas há um percentual maior para as Faixas de Escolaridade de Nível Superior e Médio e menor para o Nível Fundamental e Analfabetos em relação ao total da população e que Bolsonaro tem seu melhor desempenho entre eleitores com nível de Escolaridade Superior e Médio e Lula tem seu melhor desempenho entre os que tem até Nível de Escolaridade Fundamental, o viés e a distorção metodológica são evidentes: os índices de intenção de votos de Bolsonaro podem estar super dimensionado e os de Lula podem estar sub dimensionados, sugerindo que a diferença de pode ser maior, mas não se pode afirmar sem considerar todas as outras distorções já apontadas.

Portanto, muito cuidado com as “verdades” apontadas pelas Pesquisas Eleitorais e ainda mais com as “análises” sem critérios técnicos que estão sendo feitas à Direita e à Esquerda.

*Roberto Xavier – Cientista Político, Mestre em Gestão de Políticas Públicas/247

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Política

Áudio: Bolsonaro confessa estar “ameaçado de cadeia” e prevê mesmo fim da ditadora presa na Bolívia

Áudio de conversa de Bolsonaro com pastores, obtido pelo portal Metrópoles, comprova que o presidente, de fato, teme ser preso quando deixar o governo.

Os relatos que dão conta do medo de Jair Bolsonaro (PL) de ser preso quando deixar a presidência foram comprovados por um áudio do presidente obtido pela jornalista Flávia Said, do portal Metrópoles.

Em conversa com pastores evangélicos nesta quinta-feira (4), em São Paulo, Bolsonaro disse que está “ameaçado de cadeia” e ainda prevê que pode ter o mesmo destino de Jeanine Añez, ditadora da Bolívia que assumiu o poder após encampar um golpe contra o ex-presidente Evo Morales em 2019. Em 2022, ela foi condenada a 10 anos de prisão.

“É muito mais fácil estar do outro lado, e não estar sendo ameaçado de cadeia quando deixar o governo. E qual é a acusação? Qual é o crime? O mesmo que foi acusada de cometer uma senhora de nome Jeanine Añez, ex-presidente da Bolívia. Condenada a 10 anos. Qual acusação? Atos antidemocráticos. Alguém lembrou de um inquérito no Brasil com esse nome?”, disparou o titular do Palácio do Planalto.

“Tem pessoas que o tempo todo ficam falando: ‘Olha o teu futuro, você tem que fazer isso’, ‘Eu não quero esse nome para o STJ, tem que ser aquele outro, porque é lista tríplice, ou lista quádrupla’. Para o Supremo, a pressão que eu sofri”, disse ainda.

Na mesma conversa, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral, mais uma vez deixando exposto seu medo de sair derrotado no pleito de outubro, ao afirmar que quer “impor” transparência “via Forças Armadas”.

Ouça:

Áudio de conversa de Bolsonaro com pastores, obtido pelo portal Metrópoles, comprova que o presidente, de fato, teme ser preso quando deixar o governo.

Os relatos que dão conta do medo de Jair Bolsonaro (PL) de ser preso quando deixar a presidência foram comprovados por um áudio do presidente obtido pela jornalista Flávia Said, do portal Metrópoles.

Em conversa com pastores evangélicos nesta quinta-feira (4), em São Paulo, Bolsonaro disse que está “ameaçado de cadeia” e ainda prevê que pode ter o mesmo destino de Jeanine Añez, ditadora da Bolívia que assumiu o poder após encampar um golpe contra o ex-presidente Evo Morales em 2019. Em 2022, ela foi condenada a 10 anos de prisão.

“É muito mais fácil estar do outro lado, e não estar sendo ameaçado de cadeia quando deixar o governo. E qual é a acusação? Qual é o crime? O mesmo que foi acusada de cometer uma senhora de nome Jeanine Añez, ex-presidente da Bolívia. Condenada a 10 anos. Qual acusação? Atos antidemocráticos. Alguém lembrou de um inquérito no Brasil com esse nome?”, disparou o titular do Palácio do Planalto.

“Tem pessoas que o tempo todo ficam falando: ‘Olha o teu futuro, você tem que fazer isso’, ‘Eu não quero esse nome para o STJ, tem que ser aquele outro, porque é lista tríplice, ou lista quádrupla’. Para o Supremo, a pressão que eu sofri”, disse ainda.

Na mesma conversa, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral, mais uma vez deixando exposto seu medo de sair derrotado no pleito de outubro, ao afirmar que quer “impor” transparência “via Forças Armadas”.

Ouça:

*Com Forum

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Petrobras corta investimento e vende patrimônio para fazer pagamento recorde a acionista

Petrobras vendeu R$ 280 bilhões em bens para aumentar lucro de investidores. População paga a conta no preço dos combustíveis.

Brasil de Fato – Dividendos são, por definição, uma parcela de lucros que uma empresa distribui a seus acionistas. No caso da Petrobras, porém, essa palavra ganhou um novo significado desde a eleição de Jair Bolsonaro (PL).

Durante este governo, a Petrobras já não repassa a investidores uma parte do que ganha. A empresa atualmente paga aos seus acionistas mais do que ela lucra e incorpora nesses pagamentos inclusive parte do que ela arrecada com a venda de seus bens.

Só no primeiro semestre deste ano, por exemplo, a Petrobras já lucrou R$ 98 bilhões. Esse valor é altíssimo para o histórico da empresa, apenas 7% abaixo dos R$ 106 bilhões que ela lucrou durante todo o ano passado – recorde para a estatal.

Ainda assim, a companhia decidiu repassar a seus acionistas mais do que isso. Foram R$ 136 bilhões em dividendos referentes à sua atividade no primeiro semestre, ou seja, 138% do lucro líquido da empresa. Isso quer dizer que a cada R$ 1 que a Petrobras lucrou, R$ 1,38 foram distribuídos aos donos de suas ações.

Levando em conta só o resultado do segundo trimestre deste ano, a relação entre o lucro e os dividendos distribuídos pela Petrobras é ainda mais radical. A cada R$ 1 que a empresa lucrou, R$ 1,62 – 162% – foram distribuídos a acionistas.

De acordo com monitoramento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), isso nunca havia acontecido antes. De 1995 a 2019, primeiro ano da gestão Bolsonaro, a Petrobras tinha repassado a seus acionistas, em média, 30% do seu lucro num ano, chegando a no máximo 54%, em 1996.

Em 2020, contudo, esse percentual atingiu 145%. Baixou a 95% em 2021. Agora, ruma para uma nova porcentagem recorde graças a executivos indicados pelo presidente. “Essa é uma gestão que, como nunca, prioriza o lucro revertido ao acionista”, afirmou o economista economista Cloviomar Cararine Pereira, do Dieese.

Essa forma de administrar a Petrobras até colabora com as contas públicas, já que a União tem cerca de 36% das ações da Petrobras. Beneficia principalmente, entretanto, investidores, na sua maioria estrangeiros, que detêm os 64% restante das ações da companhia. Eles já têm R$ 87 bilhões em dividendos garantidos só em 2022.

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Crescem chances de autogolpe e atentados como Riocentro à medida que Bolsonaro “desaba”, diz analista

Auxílio Brasil não faz Bolsonaro crescer significativamente nas pesquisas e o bolsonarismo pode reagir com excessos.

O jornalista, escritor e pesquisador da extrema-direita Cesar Calejon, em entrevista ao GGN, disse que ainda não vê crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas com a distribuição turbinada do Auxílio Brasil, a ser paga a partir de agosto para 20,2 milhões de brasileiros.

Segundo a nova pesquisa Genial/Quaest, o anúncio do benefício majorado reduziu a intenção de voto em Lula em 10 pontos percentuais entre os que recebem o Auxílio Brasil.

No placar geral, Lula segue liderando com 44% contra 32% de Bolsonaro e tem chances de vencer no primeiro turno. Ambos oscilaram dentro da margem de erro, mas a distância de 12 pontos percentuais é a menor da série histórica. Além disso, a rejeição ao governo Bolsonaro está caindo lentamente.

Na análise de Calejon, o aumento do Auxílio Brasil e a PEC Kamizake podem não ser suficientes para Bolsonaro conseguir virar o jogo sobre Lula. Desesperado, o bolsonarismo pode recorrer a estratégias desonestas e perigosas para tentar reverter a derrota iminente.
Novo Riocentro

Com eventual derrota nas urnas em outubro, Calejon acredita não ser provável que “o bolsonarismo passe a faixa presidencial”. Ainda, ele vê a possibilidade de um autogolpe nos próximos dois meses, à medida que a campanha de Bolsonaro “desaba”.

Envolve em algum nível as Forças Armadas brasileiras. Existe materialidade histórica. Desde Plano Cohen, tanto por 1964, passando pela própria Lava Jato, Riocentro, o caso do Abílio Diniz, que foi usado para minar a candidatura do Lula (em 1989).

Riocentro foi um atentado praticado pela Ditadura Militar em 1981, com objetivo de incriminar grupos de esquerda. Já o Plano Cohen foi um documento forjado por Getúlio Vargas para instaurar a Ditadura do Estado Novo, em 1937.

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Marcelle, ativista, que fez vídeo com críticas a Bolsonaro, tem filha desaparecida: “Colocaram no carro preto”

Em postagem no Twitter, Marcelle pede ajuda para encontrar a garota, que teria sido “colocada em um carro preto”. “Gente, a minha filha sumiu. Me ajudem compartilhando qualquer informação, é muito importante”.

https://twitter.com/MarcelleBolive1/status/1554977556771766275?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1554977556771766275%7Ctwgr%5E241aebaa389e9955dc30fa141f153ce795ca436a%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.apostagem.com.br%2Fwp-admin%2Fpost-new.php

https://twitter.com/AnarcoFino/status/1555024709279948800?s=20&t=dD5nG3REp8oDGxpSsb2o2w

Segundo o antropólogo Orlando Calheiros, Emanuelle desapareceu na região da Carobinha, no bairro Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, por volta das 19h. Ela estava usando uma saia jeans e um cropped preto.

A família pede para que, caso alguém tenha informações, entre em contato através dos números 21 98059-2420 ou 21 96915-7949.

https://twitter.com/AnarcoFino/status/1555024709279948800?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1555024709279948800%7Ctwgr%5E74b48e7c2f0c47636520947b1fc5068986168b88%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.apostagem.com.br%2Fwp-admin%2Fpost-new.php

*Com Forum

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Política

Bolsonaro quer pastores convocando fiéis para 7 de Setembro

Lideranças evangélicas pediram para pastores gravarem vídeos convocando fiéis para atos do Dia da Independência convocados pelo presidente.

Segundo o Metrópoles, lideranças evangélicas aliadas de Jair Bolsonaro estão pedindo a pastores para gravar vídeos convocando seus fiéis a participarem dos atos de 7 de Setembro deste ano convocados pelo presidente.

Segundo integrantes da Frente Parlamentar Evangélica, o objetivo é usar o poder de mobilização dos pastores para engrossar os protestos, que terão tom eleitoral pró-Bolsonaro, durante o feriado.

A intenção é convocar esses fiéis a participarem dos atos não só em Brasília e no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro estará presente, como em outras cidades brasileiras.

A convocação para os protestos no feriado do Dia da Independência foi feita pelo próprio presidente na convenção do PL que formalizou sua candidatura, em 24 de julho.

Na ocasião, Bolsonaro pediu a seus apoiadores para “irem as ruas uma última vez” para que “estes poucos surdos de toga”(referência a ministros do STF) entendam “o que é a voz do povo”.

O evento, entretanto, está sendo considerado pelo PL, partido do presidente, como a grande mobilização do eleitorado do presidente no primeiro turno das eleições.

A expectativa de lideranças da legenda, como mostrou a coluna, é de que o presidente da República baixe o tom contra o Supremo, graças a um possível crescimento nas pesquisas eleitorais.

Em 2021, o presidente esteve em protestos em Brasília e em São Paulo no Dia de Independência. Na ocasião, o presidente atacou o ministro Alexandre de Moraes, que assume a presidência do TSE em dia 16 de agosto.

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Lula: ‘Bolsonaro acha que o dinheiro vai comprar voto, mas esse genocida vai cair fora da governança’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (3), em Teresina (PI), criticou a iniciativa do governo Jair Bolsonaro (PL) de fazer uma mudança na Constituição para distribuir benefícios a pessoas mais pobres em ano eleitoral.

“Bolsonaro faz mudança na Constituição distribuindo quarenta bilhões de reais até dezembro. Ele acha que o povo é gado. Coloque o dinheiro na nossa conta que vamos comprar o que comer, o que vestir. Ele pensa que o dinheiro vai comprar voto. No dia dois de outubro temos que dar uma banana para Bolsonaro para que ele saiba que vai cair fora da governança”, disse Lula.

“Ele não tem respeito pelo povo, diz que a urna não é honesta. Vocês não podem acreditar na fanfarrice dele. Estou preparado para recuperar este País. Vamos fazer universidades, escolas técnicas, aprimorando a qualidade profissional do povo trabalhador. O país hoje não merece o respeito de ninguém. Ninguém quer vir aqui”, acrescentou.

A PEC eleitoreira aumenta o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, prevê um reajuste do vale-gás, com um botijão a cada dois meses para 5 milhões de famílias, e uma ajuda de R$ 1.000 para caminhoneiros autônomos e voucher para taxistas.

De acordo com o ex-presidente, “um genocida que não derramou uma lágrima por quase 700 mil que morreram (da Covid), que não se preocupa em conversa com sindicato, quilombola, indígena, que quer desmatar a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, não pode se apoderar da bandeira brasileira porque ela é do povo”. “Não se preocupem com os meus setenta e seis anos de idade. As pessoas envelhecem quando não têm uma causa”, disse.

“A minha causa é provar ao mundo e à elite brasileira que o povo vai comer três vezes ao dia, que vai trabalhar, ter aumento de salário, levar uma vida digna que está na Constituição, na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, na Bíblia. Neste país não vai mais morrer criança de desnutrição. Geramos 22 milhões de empregos, conseguimos provar que a agricultura familiar e o pequeno produtor dão conta de sustentar o País quando tem financiamento para melhorar sua capacidade produtiva, vamos fazer assentamento de reforma agrária, fazendo financiamento do pequeno produtor. As prefeituras vão comprar 30% da merenda escolar dos agricultores”, continuou.

*Com 247

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Deltan Dallagnol é suspeito de desviar verbas do Fundo Partidário através de ex-estagiário

Deltan Dallagnol é suspeito de desviar verbas do Fundo Partidário através de ex-estagiário.

Federação de partidos entrou com ação na Justiça Eleitoral para apurar supostas irregularidades.

Joaquim de Carvalho – Deltan Dallagnol foi denunciado na tarde desta quarta-feira ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná por suspeita de desvio de recursos do Fundo Partidário.

O autor da denúncia é a Federação Brasil da Esperança no Paraná, composta por PT, PCdoB e PV, que reuniu documentos sobres gastos de pré-campanha do candidato Deltan Dallagnol (Podemos)

“Suspeita-se que Deltan esteja utilizando um escritório de advocacia recém-constituído por seu ex-estagiário, Matheus Rios do Carmo, para pagamento das despesas pessoais do ex-procurador com recursos públicos do fundo partidário”, dizem os autores da ação, chamada ação cautelar de produção antecipada de provas com pedido de liminar.

Na nota divulgada esta tarde, os partidos informam: “Foi apurado que o referido escritório não tinha praticamente nenhuma atuação judicial, nenhuma especialidade ou experiência com direito eleitoral e mesmo assim recebeu cerca de R$ 100 mil do partido, quando este já tinha advogados constituídos. Deltan Dallagnol é também o vice-presidente do partido no estado.

A ação aponta ainda que o site pessoal de Deltan pertence a uma empresa de som automotivo do irmão do advogado Matheus Rios do Carmo, com sede em Curitiba.

“Assim, o objetivo da ação, neste momento, é que Deltan, o Podemos e o advogado em questão apresentem todos os documentos em notas fiscais que demonstrem a regularidade de sua movimentação financeira. Se esta regularidade não for constatada, novas medidas serão tomadas para a devida apuração do ocorrido e punição dos envolvidos”, informam os partidos que representaram contra Deltan Dallagnol.

Veja o documento no link abaixo:

https://www.yumpu.com/pt/document/read/67122707/0600466-2320226160000

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