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Um chapéu de cangaceiro para esconder a falta de ideia sobre o Nordeste

Xico Sá – Vestir o chapéu de cangaceiro, como fez o paranaense Sergio Moro, em recente visita ao Recife, é a maneira mais óbvia e folclórica que a maioria dos candidatos à Presidência utiliza para tentar uma conexão política com o Nordeste. Uma conexão discada, digamos assim, de tão batida que é, mas segue em voga, na falta de melhores argumentos sobre a região.

A prova da buchada de bode (ou carneiro) é outro capítulo especial das campanhas eleitorais. Nem todos encaram, embora seja um dos pratos mais saborosos, sofisticados e artesanais da culinária nordestina — não há estudioso que arrisque uma origem, mas Portugal, Líbano e Escócia têm receitas bem parecidas, com a mesma técnica e apresentação, variando apenas detalhes do recheio das bolsas.

Nas eleições de 1994, o ex-presidente FHC, em visita ao sertão potiguar, provou a sustança e disse que já havia degustado algo semelhante em Paris. Estava se referindo a uma comida chamada tripes à la mode de Caen, à base de tripa, porém diferente. Durante àquela campanha, em crônica na Folha de S. Paulo, resolvi afrancesar de vez a parada, com biquinho na pronúncia e tudo: buchadá de bodê.

A indumentária do cangaço, a gastronomia sertaneja e a visita à estátua do Padre Cícero em Juazeiro são itens obrigatórios no Instagram eleitoral dos visitantes aos “paraíbas” — só para lembrar, de leve, a forma como o presidente Bolsonaro se referiu aos nascidos nos nove e distintos Estados da região.

Moro com chapéu de cangaceiro

Não careço repetir aqui o excelente desabafo que fez o colega alagoano Carlos Madeiro, em artigo para o UOL: “Caro político, já passou da hora de tirar esse chapéu de couro no Nordeste”. É preciso, porém, deixar algumas dicas de cenários e símbolos para outras possibilidades representativas do Nordeste.

No mesmo Recife em que o ex-juiz posou como dublê de cangaceiro, por que não uma visita ao Porto Digital, um dos mais importantes centros de invenções e tecnologias da América Latina?

Os candidatos também podem incrementar o Instagram com fotos sob os moinhos de ventos das pás gigantes da energia eólica espalhada no litoral do Rio Grande do Norte ou Ceará. Energia limpa, quixotesca. No mesmo ramo do futuro, estão chegando as usinas de hidrogênio verde nos arredores de Fortaleza.

Mostrar as escolas públicas de excelência, seja em Oeiras (PI), Sobral ou Brejo Santo (CE), também pode ser uma boa forma de dialogar com o Nordeste contemporâneo. E você, leitor, leitora, o que sugere como nova simbologia da região?

*Publicado no Diário do Nordeste

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Política

Verba indicada por líder de Bolsonaro vira asfalto que derrete e benefício a aliado

Entre os bolsonaristas, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é conhecido como “Tarcisão do Asfalto”, mas outro aliado de primeira hora do presidente da República também poderia receber reconhecimento semelhante, informa a Folha.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), foi responsável por direcionar nos anos de 2019 e 2020 ao menos R$ 200 milhões para obras de pavimentação à região de Petrolina, município de Pernambuco a 713 km do Recife administrado por seu filho, o prefeito Miguel Coelho (DEM).

Grande parte desses recursos foi destinada por meio das chamadas emendas de relator, a peça-chave do jogo político em Brasília responsável pela sustentação da base aliada de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso.

A verba sai de Brasília e entra no caixa da unidade local da Codevasf, órgão federal loteado por indicados dos partidos e líder em projetos usados como moeda de troca política.

Em Petrolina, o asfalto pago com verbas direcionadas pelo líder de Bolsonaro ganhou até apelidos. É chamado de farofa ou sonrisal, em referência ao esfarelamento dos trechos pavimentados.

O pavimento usado derrete com o forte calor e gruda nos calçados dos moradores e, quando ele se quebra em pedaços, começa a esfarelar.

Asfalto derretido com o calor na rua 35 da área do Km 25 da localidade Maria Tereza, em Petrolina (PE)Asfalto derretido com o calor na rua 35 da área do Km 25 da localidade Maria Tereza, em Petrolina (PE) – Karime Xavier/Folhapress

Em outros trechos, com pouco mais de um ano de entrega, a má qualidade das obras de pavimentação já dá sinais, com abertura de buracos e falhas nas vias.

Moradores também reclamam de asfaltamentos realizados sem o acompanhamento de serviços de drenagem ou da construção de meio-fio, o que abre espaço para alagamentos.

A Folha esteve em Petrolina há duas semanas e constatou esse cenário em áreas distantes do centro da cidade, principalmente em vilas ligadas a projetos de irrigação.

A precariedade nas vias pode ser explicada também por meio de um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) de fevereiro deste ano e que lista dez irregularidades no processo de contratação e execução das pavimentações pagas com verba federal direcionada pelo líder do governo.

Destaca-se no relatório a falta de planejamento prévio e de projeto básico para as obras. Procurada pela reportagem, a CGU afirmou que até o fim de novembro os problemas apontados no relatório ainda não tinham sido resolvidos.

Uma das contratadas para esse pacote viário tem ligação com o clã Bezerra Coelho. Trata-se da construtora Liga Engenharia, que tem como um de seus sócios Pedro Garcez de Souza, que é cunhado de um primo do prefeito e sobrinho do senador.

Segundo o relatório da CGU, o que causa estranheza é o fato de a Liga Engenharia somente participar de licitações promovidas pela Codevasf.

“Tal preferência exclusiva pode indicar falha nos controles internos das licitações”, segundo o levantamento da controladoria, em um capítulo em que relata a “ausência de procedimentos formais para coibir e identificar práticas ilegais entre as empresas participantes de pregões eletrônicos.”

Em Petrolina, a principal precariedade encontrada pela reportagem foi na rua 35 da área do km 25 da localidade Maria Tereza, na qual o asfalto derretia ao sol forte do meio-dia e grudava nos calçados das pessoas, dificultando até a sua locomoção.

Morador desta rua, o agricultor Cícero Silva, 66, lamenta a situação da pavimentação. “Quando está quente, o asfalto afunda, a sandália fica pregada no pé. É um desperdício um dinheiro desse”, diz.

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Política

Fome e abandono estão do outro lado do Auxílio Brasil

O novo programa teve início no mês passado e já começou com inúmeras incertezas e falhas de implementação.

O Governo Federal definiu a regulamentação de um novo programa social, o Auxílio Brasil. Ele substitui o Bolsa Família, regulamentado por lei em 2004 e extinto pela Medida Provisória nº 1.061, de 9 de agosto deste ano, a mesma que criou o novo benefício.

O novo programa teve início no mês passado e já começou com inúmeras incertezas e falhas de implementação, impondo condições ao Congresso Nacional e não oferecendo nenhuma segurança para as famílias beneficiadas.

O pagamento em novembro começa com grandes decepções, muitas pessoas frustradas e milhões de famílias sem qualquer atendimento. A MP nº 1.061 ainda tramita no Congresso Nacional, mas já apresenta alguns avanços na Câmara dos Deputados, como a promessa de ter a fila de espera zerada –um problema crônico que mantinha mais de 2 milhões de famílias aguardando pelo Bolsa Família antes da pandemia. E mais: promete ainda que os valores dos benefícios sejam reajustados pelo INPC e prevê que serão elegíveis as famílias em situação de pobreza, cuja renda familiar per capita mensal esteja entre R$ 105,01 e R$ 210; e as famílias em situação de extrema pobreza, com renda familiar per capita mensal igual ou inferior a R$ 105,00.

Esses valores votados na Câmara foram diferentes do previsto no decreto que regulamentou a MP, que fixou a renda da extrema pobreza até R$ 100,00 e da pobreza entre R$ 100,01 e R$ 200,00. O efeito prático da mudança é ampliar o universo de elegíveis.

Qual o tamanho dessa ampliação? Se pensarmos nas 39 milhões de famílias que estavam sendo atendidas pelo auxílio emergencial, o quadro que temos hoje é: 29 milhões ficaram completamente desassistidos e 10 milhões, que já faziam parte do Bolsa Família e recebiam também o auxílio emergencial, migraram automaticamente para o Auxílio Brasil.

Outros 24 milhões de brasileiros que estavam inscritos pelo aplicativo foram automaticamente excluídos e há 5,3 milhões que estão no cadastro único e, mesmo tendo chance de serem chamados, não foram incluídos. De certo até agora, apenas os graves problemas que persistem: pessoas com direito que não foram incluídas, pessoas que estão recebendo menos do que deveriam, pessoas excluídas sem qualquer critério, mesmo fazendo parte do bloco de brasileiros que mais precisam.

São tantas famílias. Nathalia da Silva, do Rio de Janeiro, que é mãe solo, depende da transferência de renda e teve o benefício suspenso; Suelen Feitosa, de São Gonçalo (RJ), mesmo tendo direito não está recebendo e foi suspensa do Bolsa Família na virada para Auxílio Brasil; Gardenha Cleofas, de São Sebastião (SP), que não está com o Cadastro Único atualizado porque o prazo de atualização está suspenso até março de 2022; Arlete Silva, de São Paulo, que recebia o Bolsa Família até outubro, mas em novembro foi excluída do Auxílio Brasil.

Esses são apenas alguns na multidão de excluídos. E são os que procuram diariamente a Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB) para terem suas histórias ouvidas, na esperança de que a entidade seja sua interlocutora junto ao Ministério da Cidadania.

Para o Governo Federal, eles continuam invisíveis. Esse mesmo governo poderia ter mantido o Bolsa Família como programa de Estado, com recursos garantidos, critérios e valores mais amplos, com menos burocracia para fortalecer-se como um Estado protetor de fato.

Mas não! O Governo Federal preferiu uma saída eleitoreira, mesmo correndo o risco de não ter a PEC dos Precatórios aprovada. Dessa forma, delegou ao Parlamento fazer as adequações para o projeto passar. Enquanto isso, infelizmente, mais pessoas vivem a insegurança, a fome e o desgaste de não ter o nome entre os beneficiários.

Vale lembrar que, no Brasil, uma em cada quatro pessoas não sabe se vai fazer a próxima refeição e já são mais de 50 milhões que vivem em situação de insegurança alimentar. O povo tem pressa porque a fome não dá trégua. Até quando?

*Paola Carvalho/El País

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Política

Movimento Federação Partidária deve fortalecer Lula em 2022

O PT já busca consolidar uma grande federação de partidos para apoiar a candidatura de Lula, incluindo o PCdoB e o PSB.

Além das tradicionais regras eleitorais, o ano de 2022 contará com um mecanismo novo de apoio e organização de partidos em torno dos candidatos: a federação partidária. Com o mecanismo, o PT já busca consolidar uma grande federação de partidos para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, informa o GGN.

A federação partidária permitirá que partidos se agremiem em grandes alianças por um período maior de tempo do que a simples votação eleitoral, obtendo mais apoio em torno das mobilizações de campanhas, mas principalmente unindo forças de partidos em torno a bandeiras programáticas em comum.

As federações duram, pelo menos, 4 anos e valem para os mandatos, por exemplo, de deputado estadual, distrital e federal. Assim como os próprios partidos, as federações terão estatutos próprios, regras e punições.

No Congresso, as federações também são comparadas a partidos, então contabilizam na proporcionalidade partidária, fazendo com que partidos pequenos ganhem maior representatividade em comissões e bancadas.

Com base neste novo formato de consolidação partidária, que valerá já para o ano que vem, o ex-presidente Lula busca o apoio permanente de partidos não somente para coligações no momento eleitoral, ao votar, mas para formar essa aliança da federação partidária, reunida no nome de Lula.

Entre os partidos buscados, estão o PSB e o PCdoB. O primeiro já iniciou, inclusive, uma consulta a todos os diretórios estaduais da legenda para verificar se as lideranças regionais concordam com uma federação junto ao PT.

Do total de 23 presidentes regionais do PSB que participaram da reunião, iniciada nesta quarta (08), 18 disseram ser a favor da federação com partidos de esquerda, incluindo ainda o PCdoB, o PSOL e o PV. Já 4 estados não concordaram com uma federação junto ao PT.

Caso angarie apoio suficiente das outras siglas, como o PCdoB, a federação daria um peso político ainda maior ao candidato Lula.

O movimento das federações é novo e outros presidenciáveis, inicialmente contrários à ideia, como Ciro Gomes (PDT) começam também a discutir internamente a formação dessas alianças.

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Política

PoderData: Bolsonaro é rejeitado por 60% da população

De acordo com o levantamento, 54% do eleitorado avaliam o desempenho de Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo.

O governo Jair Bolsonaro é desaprovado por 60% dos brasileiros, aponta pesquisa PoderData divulgada nesta quinta-feira (9). No levantamento anterior, feito há 15 dias, este índice era de 56%. Ainda conforme o estudo, 31% do eleitorado aprova a atual gestão, uma ligeira queda em relação à pesquisa anterior, quando 33% disseram apoiar o governo.

O levantamento também destaca que 54% dos entrevistados avaliam o trabalho do chefe do Executivo como “ruim” ou “péssimo”, ante 57% do estudo anterior.

Ainda assim, o índice confirma que a avaliação negativa do governo segue em alta. Mais da metade da população não vê o presidente como um bom gestor e a percepção positiva sobre Bolsonaro ficou estagnada em 22%, repetindo os menores resultados registrados pela PoderData.

Os que disseram considerar o desempenho de Bolsonaro “regular” totalizam 20%, contra 16% na última pesquisa. Os que não souberam responder são 4%. Ainda de acordo com a pesquisa, a diferença entre os que acham Bolsonaro “ótimo” ou “bom” e “ruim” ou “péssimo” foi de 32 pontos percentuais, ante o recorde de 35 pontos apontado há 15 dias.

Os números dão fortes indícios de que as motivações da avaliação negativa de Bolsonaro estão relacionadas a questões econômicas. Em setembro do ano passado, quando o grupo que considerava seu governo bom ou ótimo era maior do que aquele que o considerava ruim ou péssimo, a maior parte dos brasileiros também apontava melhora na vida com o presidente. Naquele momento, 37% dizia ter sua vida alavancada por Bolsonaro, enquanto 28% indicava piora desde que o ex-capitão assumiu. Foi neste período parcela considerável da população recebeu o Auxílio Emergencial.

No gráfico, é possível ver que as curvas entre os dois grupos se invertem ainda antes de janeiro. É neste mesmo momento que Bolsonaro também passa a ter avaliação negativa superando a avaliação positiva pela primeira vez.

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 8 de dezembro de 2021 por meio de 3 mil entrevistas em 489 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos.

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Política

Vídeo: Premiada do Multishow sobe ao palco com camiseta “picanha cerveja & lula 2022”

De maneira não prevista, a grande estrela da festa do Prêmio Multishow na noite desta quarta-feira (8) foi Lula. Vencedora na categoria “Canção do Ano” com a música “Crash”, Juçara Marçal e sua empresária, Mariana Mansur, deram o recado. A empresária subiu no palco vestida toda de vermelho e, na camiseta, a mensagem: “Picanha & Cerveja & Lula 2022”. Mansur foi a produtora do disco “Delta Estácio Blues” da cantora fluminense, que também venceu como “Álbum do Ano” na categoria superjuri.

“Tô em uma turnê na Europa, por isso tô mandando esse vídeo pra agradecer a esse prêmio do superjurí”, disse Juçara em um vídeo projetado no telão do prêmio. Ao final, a cantora fez um “L” com os dedos, símbolo de Lula.

Não foi apenas isso. A compositora e cantora IZA (Isabela Cristina Correia de Lima Lima), uma das apresentadora da premiação, ainda fez questão de convidar Mariana Mansur pra que saísse de trás do púlpito e fosse ao centro do palco: “não dá pra te ver, vem mais pra cá”.

Confira:

*Com informações do 247

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Alckmin estuda suspender filiação ao PSB para facilitar aliança com Lula

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin pode se desfiliar do PSDB e ficar sem partido —adiando a decisão de entrar no PSB.

Alckmin está sendo aconselhado a seguir esse caminho para que sua candidatura a vice na chapa de Lula não fique atrelada a disputas regionais da legenda com o PT, informa Mônica Bergamo, na Folha.

Mesmo com Alckmin fora do PSDB, Lula sinalizaria de forma ainda mais clara que deseja ter o ex-governador como vice em sua chapa, independentemente da legenda à qual ele vai se filiar.

Definido que o ex-governador será o candidato a vice-presidente, no PSB ou fora dele, as negociações do PT com os socialistas não envolveriam mais o nome dele em tentativas de acertos regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Uma eventual filiação de Geraldo Alckmin à legenda não poderia mais, portanto, ser usada como trunfo por integrantes do PSB, ficando desvinculada das ambições de suas lideranças regionais. A aliança entre os dois seria facilitada.

Parte dos socialistas —entre eles o próprio presidente da legenda, Carlos Siqueira— tenta condicionar a filiação de Alckmin ao compromisso do PT de, em troca, apoiar candidatos do PSB aos governos estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O estado de São Paulo é o mais difícil de equacionar, já que o PT não pretende abrir mão da candidatura de Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes para apoiar o ex-vice-governador Mário França, do PSB, que também pretende se candidatar ao governo.

Em outros estados, a aliança é mais provável —e vital. Em Pernambuco, por exemplo, o partido necessitaria do apoio do PT para garantir a permanência no poder. No Rio de Janeiro, o candidato ao governo Marcelo Freixo conta com um acordo com os petistas e Lula em seu palanque para ficar mais perto da vitória.

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Lava Jato foi um dos piores momentos do jornalismo, diz Mário Magalhães

O jornalista e escritor Mário Magalhães disse, em entrevista ao “Jornalistas e Etc”, que a cobertura da Operação Lava Jato foi um dos piores momentos da imprensa brasileira.

“Acho que foi feito pouco jornalismo e muita propaganda. Um dos piores momentos do jornalismo brasileiro, que veio sucedido de um grande momento, a cobertura da pandemia, contra um governo de comensais da morte [nome dado aos seguidores de Lord Voldemort, vilão da série Harry Potter]”, analisou

Para o jornalista, a imprensa brasileira deve se comportar mais uma vez como propagandista, agora em relação à possível candidatura do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro à Presidência em 2022: “Quanto mais propaganda se dispuser a fazer, pior para a sociedade, que precisa de informação para que possa, autonomamente, tomar seu próprio juízo.”

Filme de Marighella

Mário Magalhães é autor da biografia “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo”, lançado em 2012. O escritor contou ao “Jornalistas e Etc” que ficou muito satisfeito com a adaptação do livro para os cinemas, dirigido por Wagner Moura, lançado no Brasil mês passado.

“Estou felicíssimo com o filme do Wagner. Ele teve a sapiência e sorte de contar com uma equipe de luxo; o elenco é assombroso”, elogiou o jornalista. Ele garantiu que não mudaria nada no longa-metragem.

Rodado em 2017, o filme sobre Marighella passou por uma série de imbróglios com a Ancine (Agência Nacional do Cinema) – órgão ligado ao governo federal -, e estreou mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2019, sob fortes aplausos dos presentes na sessão.

*Com informações do Uol

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Anvisa falta reunião com governo e aguarda portaria sobre entrada de viajantes

Após não comparecer em uma reunião com membros do governo federal para definir regras da quarentena que será imposta para viajantes não vacinados na entrada do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quarta-feira (8/12), que aguarda a publicação da portaria para que atue conforme as regras decididas pelo governo federal. Ontem, o governo recusou a recomendação do órgão regulador de adotar a exigência de um comprovante de vacinação para entrada no país.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na terça-feira (7) que exigirá de turistas não vacinados uma quarentena de cinco dias, para que só possam circular no país após um teste de resultado negativo feito a partir do quinto dia.

Diante da negativa do governo em exigir o comprovante de vacinação, a agência faltou a reunião prevista para a manhã de hoje no Ministério da Saúde. “A elaboração da Portaria que trata das regras de fronteiras e entrada no país não está na competência da Anvisa. Esta atividade é do escopo da Casa Civil e dos ministérios da Saúde, da Justiça, e da Infraestrutura”, justificou a agência em nota.

Mais tarde, durante a 19ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada, o diretor-presidente, Antonio Barra Torres, disse que o órgão apenas aguarda a promulgação da portaria para que a Anvisa atue consoante ao que for decidido pelo governo.

“A Anvisa precisa aguardar a promulgação da portaria, que vem daqueles que tem autoridade para fazê-la, os ministros da Casa Civil, Saúde, Infraestrutura e Justiça. Aguardamos que venha a público através do Diário Oficial da União para que possamos nortear nossas ações nesse campo específico”, disse em pronunciamento oficial na reunião.

Ainda na fala, Barra Torres lembrou que a pandemia da covid-19 não acabou e declarou que a importância da vacina já é “inconteste” perante a população brasileira. “Voluntariamente, mais de 70% de nossa população buscou e recebeu a primeira dose e mais de 60% buscou e recebeu a segunda dose”, ressaltou.

*Com informações do Correio Braziliense

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Ministro do TCU reconhece irregularidades em licitação para promover governo Bolsonaro no exterior

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Walton Alencar abriu um procedimento para apurar indícios de irregularidades no edital de licitação para a escolha de uma assessoria de imprensa que promoveria o governo Jair Bolsonaro no exterior em ano eleitoral ao custo de R$ 60 milhões. O caso foi revelado pela equipe do blog em novembro e se tornou alvo de uma representação do subprocurador-geral do tribunal, Lucas Furtado, informa Malu Gaspar, de O Globo.

O objetivo principal da assessoria de imprensa a ser contratada no ano da eleição é apresentar uma imagem positiva da gestão Bolsonaro no exterior. É o que informa o edital divulgado pelo Ministério das Comunicações. O briefing diz que a missão da empresa escolhida será “apresentar ao mundo” o modelo de gestão de Bolsonaro, destacando “o zelo pela democracia e pela institucionalidade”.

Em despacho do final de novembro disponibilizado na noite de terça-feira no sistema do TCU, Alencar determinou que o tribunal ouvisse a Secretaria de Comunicação do governo federal responsáveis pela licitação e solicitasse informações para esclarecer uma série de problemas encontrados nas regras da concorrência pelo Ministério Público de Contas, em petição do procurador Júlio Marcelo de Oliveira.

O prazo para a realização de oitivas já terminou, mas o prazo para Secom fornecer as informações pedidas ainda está aberto. Em sua decisão, o ministro afirma que a Secom não é obrigada a entregar os documentos, mas a verificação deve prosseguir mesmo que o governo não se pronuncie.

O procurador Lucas Furtado tinha pedido também a suspensão do edital, mas, como as propostas ainda não foram entregues, o ministro entendeu que não havia materialidade que consistisse em um risco grave ao erário.

O primeiro problema reconhecido pelo ministro Alencar é a falta de justificativa para o preço estimado para os serviços. Além de ser o maior contrato da história da Esplanada para assessoria de imprensa, – R$ 60 milhões só em 2022 –, seu valor é pelo menos o dobro do que foi pago nos anos anteriores pelo Ministério do Turismo (Embratur) e o da Cidadania, exemplos usados pelo próprio governo no estudo técnico preliminar que acompanha o edital.

Walton Alencar também concluiu que não há no edital fundamentação quanto os locais onde a empresa escolhida terá que montar escritórios de representação internacional. Washington, nos Estados Unidos; pela América do Sul, Bogotá, na Colômbia; na Europa, Londres, na Inglaterra e Paris, na França: no Oriente Médio e na África, Tel Aviv ou Jerusalém, em Israel; e pela Ásia e Oceania, Sidney ou Camberra, na Austrália. “Chama a atenção a preferência por Bogotá em vez de Buenos Aires e a exigência de duas cidades na Austrália e nenhuma na Ásia. Não há razões fundamentadas para essas escolhas”, escreveu o procurador Oliveira em sua decisão.

Além de apontar a falta de lastro técnico para a escolha dos locais, o MP de Contas também afirma que a “definição taxativa do rol de cidades” restringe a competitividade da licitação, “pois o pode direcionar para empresa que já possua escritórios nessas localidades em razão de contrato anterior com algum órgão ou entidade do governo, como, por exemplo, a Embratur, o que reduz seu custo em comparação com concorrentes que não tenham escritórios já estabelecidos nessas praças”.

Outra questão crucial sobre a qual a Secom terá que se justificar ao TCU é o conteúdo do briefing em que o governo federal descreve o conteúdo das informações a serem divulgadas ao público.

A entrega das propostas está prevista para a próxima segunda-feira. O edital foi publicado no início de setembro pelo Ministério das Comunicações, ao qual está subordinada a Secom. A estratégia faz parte de um escopo de ações coordenadas pelo governo federal para promover a gestão de Bolsonaro contra o que chamam de “desinformação na mídia” às vésperas do pleito de 2022. Ao todo, as campanhas somam R$ 510 milhões.

Com base na petição de Oliveira, Walton Alencar reconheceu inconsistências nas informações que seriam divulgadas pela empresa que vencer a licitação. Além do “zelo de Bolsonaro pela democracia”, a empresa contratada também deverá “apresentar ao mundo” uma suposta coordenação bem-sucedida do combate à pandemia pelo governo federal, e a queda dos índices de desmatamento e queimadas na Floresta Amazônica.

Tudo isso, claro, a despeito das diversas manifestações antidemocráticas convocadas pelo próprio presidente, o desastre sanitário vivido pelo país e as próprias estatísticas oficiais que apontam uma devastação recorde na Amazônia.

Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro cancelou iniciativa similar, de R$ 30 milhões, sob a justificativa de que a licitação representaria “uma das muitas fontes de ações escusas” de grupos no poder. Desta vez, aposta em uma concorrência que custará o dobro aos cofres públicos no momento em que seu governo vive altos índices de rejeição no Brasil e no exterior.

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