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Estadão ataca o PT, defende reforma trabalhista e a fila do osso

O que tem a ver reforma trabalhista com a farsa do mensalão, protagonizada por Joaquim Barbosa, e a farsa da Lava Jato, protagonizada por Sergio Moro?

A meu ver, não tem nada. O que a perda dos direitos dos trabalhadores que ajudou a detonar a economia, além do próprio mercado de trabalho tem a ver com a marmita requentada, azeda e pútrida dessas duas farsas que colocaram, em medidas diferentes, um monstro no poder que, agora, ataca as crianças brasileiras, monstro esse que mereceu “equidade” do Estadão entre um sujeito colocado no poder máximo do país por um juiz corrupto que prendeu Lula em troca de um ministério.

Nada do que traz a matéria do Estadão deste domingo tem qualquer relevância com o resultado concreto da vida dos brasileiros. Tudo não passa de um grande cozidão feito pelos mancheteiros dos slogans do neoliberalismo.

Realidade? Nenhuma. Daí a substanciosa logotipia das charadas que são, dentro da maçã, o próprio veneno burguês oferecido à população como remédio para as mazelas sociais brasileiras.

O periódico, que traz o escravagismo arraigado em suas porcas linhas, em sua maçaroca editorial não diz nada com nada, porque só tem dois objetivos, atacar o PT e por estar novamente apoiando o genocida que ocupa a cadeira da presidência e que tem por consequência a miséria que avança a passos largos por conta não só da reforma trabalhista, mas das reformas que vendiam um futuro de Alice no Brasil de conto de fadas.

Na vida real, na vida como ela é, ali na batata, não houve qualquer benefício para o povo, para o trabalhador e muito menos para o país, apenas para o 1% dos mais ricos homenageado com mais seis nomes de bilionários incluídos na revista Forbes.

Esse discurso teve como mote a fala de Lula elogiando a retomada dos direitos dos trabalhadores na Espanha.

Lógico que o Estadão, além de não apresentar qualquer avanço com a reforma, com o desemprego recorde e uma precarização generalizada do trabalho, não citou que, com o mesmo PT, com Dilma, o Brasil encerrou 2014 com a menor taxa de desemprego já registrada na nossa história. Mas não só isso, essa ocupação da força de trabalho proporcionou um aumento recorde na capacidade de compra dos trabalhadores, fortalecendo o mercado interno e fazendo o Brasil virar a 6ª maior potência econômica do planeta em que só as classes C, D e E, em 12 anos dos governos Lula e Dilma passassem a ser o 16º balcão de negócios do mundo.

O que o Estadão chama de reforma é a retirada dos direitos e garantias dos trabalhadores que, na verdade, são os grandes consumidores capazes de produzir um mercado interno robusto.

Mas essa mídia de banco, como é o caso do Estadão, não está interessada em mercado interno, em país, em povo brasileiro, ainda mais agora que a taxa de juros anuais chegou a 1000%, coisa que pode ser aferida com um simples teclado de um computador fazendo uma tomada de informação no próprio banco.

Para um jornal que traz em seu DNA a xepa do sangue dos escravocratas, tocado pelo ex-playboy decadente que não amadureceu, mas apodreceu, como é comum nos filhinhos de papai, o que gera desemprego no país, segundo o jornalão é o excesso de direitos.

Mas como o neoliberal é um mero vendedor de fantasias e nunca apresenta números concretos de suas políticas por motivos óbvios, a charanga paulistana, que representa as elites da Faria Lima e congêneres, o Brasil só vai bem se o povo estiver na fila do osso que, aliás, é a imagem mais forte do governo reformista de Bolsonaro ladeada com o genocídio por covid provocado pelo mesmo e os incêndios na Amazônia e no Pantanal sob a mesma batuta do então candidato apoiado pelo Estadão em 2018.

Mas esse editorial remoso que defende uma reforma trabalhista que apenas reduziu renda, não gerou emprego e precarizou o trabalho como boom coletivo que os línguas de trapo neoliberais prometiam na mídia, deixa claro que, diante de fatos tão visceralmente explícitos, não há argumentos cartesianos, concretos para a direita se sustentar no poder depois de dois golpes seguidos, o impeachment em Dilma e o golpe da condenação e prisão de Lula.

E diga-se passagem, para deixar bastante claro, o que a história nos mostrou é que gato escaldado tem medo de água fria, a partir de dois desastres consecutivos que arrasaram com o país e, consequentemente jogaram dezenas milhões de brasileiros na mais absoluta miséria, no governo Collor e no governo FHC.

E como o povo respondeu a isso? Exorcizando por quatro vezes consecutivas a direita brasileira nas urnas comandada pelo PSDB, hoje mais decadente que o Estadão e dando ao PT quatro vitórias consecutivas e só não emplacando a quinta por conta de um ex-juiz tucano corrupto e ladrão, assim classificado pela Suprema Corte ou teríamos o PT governando esse país e o povo brasileiro vivendo uma realidade totalmente inversa à que vive hoje.

Em síntese, o rame-rame do Estadão não citou um único avanço com a retirada dos direitos dos trabalhadores além do ganho monumental dos banqueiros, rentistas e o grande empresariado que ficaram ainda mais bilionários, enquanto pequenos e médios negócios, por atacado, entram em falência porque não há poder de consumos dos trabalhadores.

É esse Brasil de poucos que o Estadão exalta, é essa carroça do império escravocrata que o jornalão faz seu ataque ao Partido dos Trabalhadores, mostrando que, além de não ter projeto, não ter resultado nenhum para mostrar, tem que imitar Bolsonaro quando requenta a farsa da facada ao requentar as farsas do mensalão e da Lava Jato.

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Verbas do orçamento secreto privilegia aliados de Bolsonaro e gera conflitos no Planalto e Congresso

Ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, e Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, disputam controle do destino de cerca de R$ 5,7 bilhões; parte da verba compõe o chamado orçamento secreto.

A distribuição de recursos da União nos últimos dias de 2021 fomentou um conflito no Congresso e alimentou uma intriga entre os ministros responsáveis pela articulação política do governo de Jair Bolsonaro: Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo). Parte dessa verba, cerca de R$ 5,7 bilhões, foi empenhada na reta final do ano passado e compõe o chamado orçamento secreto, um instrumento pelo qual o governo destina dinheiro por indicação de parlamentares sem que eles sejam identificados publicamente, segundo O Globo.

O volume reservado para gasto no apagar das luzes de dezembro supera o montante liberado nos oito primeiros meses de 2021 e, em sua maior parte, foi distribuído a prefeituras comandadas por aliados do Centrão e caciques do Congresso. Por meio de um cruzamento feito por especialistas do gabinete do senador Alessandro Vieira (Cidadania-RE) e dos deputados Filipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PSB-SP), foi possível verificar como a distribuição do orçamento secreto continua privilegiando aliados do governo — e gerando disputas internas no Palácio do Planalto e no Congresso.

A fatia das emendas de relator (outra alcunha do que se conhece por orçamento secreto) garantida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional dá a medida da diferença de tratamento para amigos e adversários do governo: em todo o país, 186 prefeitos do PL, partido do presidente da República e de Flávia Arruda, foram contemplados nas últimas semanas de 2021. No mesmo período, o PP, sigla de Ciro Nogueira e do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), teve 180 prefeitos agraciados. A efeito de comparação, o PT, que faz oposição ao governo e tem a maior bancada da Câmara, teve 68 mandatários beneficiados por esses recursos da pasta.

O maior volume das verbas destinadas no final 2021 é proveniente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), que empenhou R$ 2 bilhões, recursos fragmentados e distribuídos para diferentes cidades. A principal beneficiada foi Jequiá da Praia, no litoral de Alagoas, com um convênio de R$ 10 milhões assinado em 31 de dezembro para a construção de um sistema de coleta e tratamento de esgoto. Segundo os documentos divulgados no Portal da Transparência, o valor foi destravado mediante emenda de relator. O nome do autor da verba, porém, não foi divulgado.

Com 12 mil habitantes e o status de cidade mais jovem do estado, Jequiá da Praia é governada por um prefeito aliado do presidente da Câmara Arthur Lira. Em julho do ano passado, em uma rodada de viagens pelo interior de Alagoas, Lira anunciou que o saneamento básico alcançaria 100% da cidade. O município é vizinho de Barra de São Miguel (AL), cujo prefeito é Benedito Lira, pai do presidente da Câmara. Procurado por meio de sua assessoria, Arthur Lira não comentou sobre os valores empenhados. A prefeitura de Jequiá, a Funasa e o Ministério da Saúde também não responderam.

O segundo maior volume de repasses de emendas de relator foi feito por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que empenhou R$ 1,91 bilhão. A maior fatia, de R$ 153 milhões, foi destinada ao Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), estado natal do relator do Orçamento de 2021, o senador Márcio Bittar (PSL). O presidente do órgão, Petronio Aparecido Chaves Antunes, confirmou ao GLOBO que a emenda foi uma indicação de Bittar.

Procurado, o MDR não explicou por que Bittar ficou com a maior fatia do orçamento secreto da pasta. “Os empenhos obedecem aos critérios previstos no decreto 10.426/2020, nos manuais das ações orçamentárias, transferências voluntárias e na Política Nacional do Desenvolvimento Regional”, disse a pasta em nota.

O terceiro maior repasse do orçamento secreto liberado no fim de 2021 foi realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), comandada por políticos do PP e do DEM. A estatal distribuiu R$ 954 milhões de emendas de relator nas últimas três semanas de dezembro. Comandada por Isnaldo Pereira Neto, apadrinhado de Ciro Nogueira, a superintendência da Codevasf do Piauí empenhou pelo menos R$ 60 milhões por meio de 118 transferências bancárias, realizadas entre 14 e 30 de dezembro, a prefeitos do estado — a maior parte deles, do próprio PP.

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Política

Presidente da Anvisa reage a críticas de Bolsonaro e quer retratação

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção, não perca tempo nem prevarique”, disse Antônio Barra Torres.

Após duras críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, cobrou, em nota divulgada neste sábado (8/1), um pedido de retratação ou a investigação caso haja indícios de corrupção, segundo o Metrópoles.

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar. Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate”, cobrou Barra Torres.

Tarados por vacinas

Na última quinta (6/1), Bolsonaro disparou contra a agência e seus diretores e servidores devido à aprovação da vacinação de crianças contra a Covid-19 e ao pedido pela suspensão dos cruzeiros marítimos no país.

“O que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse daquelas pessoas taradas por vacina? É pela sua vida, pela sua saúde?”, questionou o chefe do Executivo federal.

“Anvisa agora virou… Não vou comparar com um Poder aqui no Brasil, mas virou outro Poder. É a dona da verdade em tudo“, disse o presidente no mesmo dia, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

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Vídeo: Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, aparece em evento conservador em Orlando

O blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira desde o início de outubro, depois de ter sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, reapareceu ontem num evento voltado para conservadores em Orlando, Florida, promovido pelo pastor André Valadão, informa Lauro Jardim.

Allan não estava inscrito, convidado e nem anunciado para ser um dos oradores do evento. Surgiu de surpresa e foi colocado na mesa principal. Não discursou, mas respondeu a duas perguntas do público, nenhuma delas relacionadas ao STF.

Entre os presentes, estava o ministro Fabio Faria, que inclusive discursou. Faria, alvo costumeiro do blogueiro olavista, diz:

“Fui convidado para discursar num evento de um pastor de uma igreja que eu e minha família frequentamos quando estamos em Orlando. Não havia nenhuma indicação que entre os presentes estaria alguém com problemas com a Justiça brasileira. Se eu soubesse que ele iria, eu não teria comparecido.”

Líder da igreja em Orlando e responsável pelo evento “GOVERNE CONFERENCE”, o pastor André Valadão tem apoiado o presidente Bolsonaro no Brasil e conversado com figuras importantes do cenário conservador brasileiro.

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Política

Quando as diferenças aparecem

Será em debates como a reforma trabalhista que as diferenças entre os presidenciáveis começarão a aparecer.

Até o presente momento, o desastroso governo de Bolsonaro tem permitido alguma unidade, ainda que superficial, entre diferentes setores da política brasileira. As possíveis práticas criminosas e a incapacidade do governo de gerir questões cotidianas têm produzido um certo consenso sobre a necessidade de derrotar o atual presidente nas próximas eleições.

Entretanto, à medida que se aproximam as eleições, as alternativas ao atual governo se veem forçadas a se apresentar com mais nitidez, e é então que as diferenças aparecem. Não se reergue um país arrasado apenas com o slogan “Fora Bolsonaro”. Começa a não ser mais possível aos presidenciáveis se esconder no emaranhado de frases feitas como “pacificar o Brasil”, “desenvolver a economia”, “modernizar o país”, “respeitar os direitos humanos”, “valorizar a democracia”.

Aproxima-se a hora de dizer o que seria um país pós-Bolsonaro para além da falação. E só quando as diferenças se apresentarem é que ficará evidente quem quer de fato romper com as mazelas que levaram ao bolsonarismo ou quem quer simplesmente dar sequencia à destruição que o atual governo não conseguiu ultimar, seja pela força da contingência histórica, seja por pura incompetência.

Um exemplo de como estas diferenças estão aparecendo no debate público pré-eleitoral é na discussão sobre a reforma trabalhista, esta iniciada no governo Temer e aprofundada pelo governo Bolsonaro. Sejamos diretos: a reforma trabalhista é uma tragédia. Não criou empregos, não modernizou o país (seja lá o que for isso) e só fez prejudicar trabalhadores, sindicatos e pequenos empresários; deprimiu ainda mais a economia, fragilizou o sistema de proteção social, criou medo e insegurança, além de ter aumentado a desigualdade, quesito no qual tradicionalmente estamos entre os campeões mundiais.

Nesta semana, quando os pré-candidatos se viram instados a tratar de questões econômicas de modo mais objetivo, o tema da reforma trabalhista voltou à baila. Em entrevista a esta Folha, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia criticou a sinalização dada pelo Partido dos Trabalhadores de que iria seguir os rumos da Espanha e propor a revogação da reforma trabalhista. Para Maia, o resultado da revogação seria o “engessamento” do mercado de trabalho.

Assim, a solução para o desemprego, nas palavras do deputado, estaria em “uma melhor qualificação dos trabalhadores”. E ao final diz que o foco deveria ser a igualdade de gênero no mercado de trabalho e a qualificação formal da população negra, de tal sorte que o problema do Brasil não está no que ele considera a “boa reforma” trabalhista, mas “na questão estrutural”.

Maia, um opositor ao governo Bolsonaro é, ao mesmo tempo, um defensor de uma das reformas mais caras ao núcleo que dá suporte ao atual governo. Sua defesa da reforma tenta driblar dados de pesquisa que demonstram uma progressiva degradação das condições de trabalho e emprego no Brasil, e ainda apela a termos retoricamente vazios como “engessamento” e “falta de qualificação”, este último usado estrategicamente para colocar na conta do trabalhador o seu próprio desemprego. Porém, a parte mais curiosa da fala do deputado é a que propõe um olhar atento às minorias a fim de resolver o problema do desemprego.

Se de fato negros e mulheres forem levados em consideração no campo econômico, a fala do deputado Rodrigo Maia perde totalmente o sentido. A inegável dimensão racial e de gênero da economia política não é um problema que se resolve com compaixão. O que mais dificulta a vida de negros e mulheres no mercado de trabalho é justamente a precarização, a informalidade e o desemprego, tudo que a reforma potencializou.

Negros e mulheres formam o grande contingente de trabalhadores desempregados, informais, terceirizados e sem proteção social neste país. Se há de fato uma preocupação com a situação “estrutural” da economia, como disse o deputado, este grande monumento ao fracasso nacional denominado reforma trabalhista precisa ser revisto. É por aí que será possível ver quem de fato quer se diferenciar da arquitetura da destruição bolsonarista não apenas na aparência, mas especialmente no conteúdo.

*Silvio Almeida/Folha

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Vídeo: Paredão de cânion em Capitólio (MG) desmorona sobre lanchas; 1 morte confirmada e 15 feridos com gravidade

Uma estrutura rochosa desabou na região dos cânions de Capitólio, em Minas Gerais, a 293 km de Belo Horizonte, neste sábado (8), atingindo lanchas com turistas que visitavam o local.

O Corpo de Bombeiros informou que o acidente teria relação com uma tromba d’água e que três lanchas teriam sido atingidas.

Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros de MG, Pedro Aihara, há informações preliminares de 15 feridos e um óbito, ‘podendo evoluir para dois’.

*Com informações do 247

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Sindicalista: “Governo só beneficia servidores pró-Bolsonaro”

Funcionalismo está irritado com o Palácio do Planalto após concessão de reajuste salarial restrito a categorias que apoiam o presidente.

O ano começa com uma crescente tensão entre o funcionalismo público e o governo. O congelamento de salários e a falta de disposição do Ministério da Economia em negociar inflamaram, ainda mais, os ânimos. Não está descartada uma greve geral nas próximas semanas, segundo o Metrópoles.

O secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, adianta ao Metrópoles que será realizada na próxima sexta-feira (14/1) uma reunião de lideranças do funcionalismo para decidir os próximos passos da reação da categoria. A tendência é de recrudescimento.

“Entramos em 2022 com a determinação de que vamos construir um processo de mobilização para que o governo não faça uma seleção dos servidores, como ocorreu em 2019 com reestruturação somente para militares. O governo só beneficia servidores da base pró-Bolsonaro”, declara o sindicalista.

O clima azedou após o Executivo insistir, às vésperas da aprovação do Orçamento de 2022, para que fossem alocados R$ 2,9 bilhões destinados, exclusivamente, a reposições salariais de policiais federais, rodoviários federais e agentes do Departamento Penitenciário.

Para Sérgio Ronaldo da Silva, a política do governo está criando uma segregação no funcionalismo público. “O governo tem agido com seletividade, deixando mais de 90% do funcionalismo com a remuneração congelada”, explica.

O secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva

Nas últimas semanas, a temperatura na relação funcionalismo-governo aumentou. Servidores entregaram cargos de chefia, fizeram paralisações e interromperam serviços. Tudo para alertar o Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes, e o Palácio do Planalto sobre a insatisfação.

“A relação com o Guedes é muito ruim. Ele tem o funcionalismo como inimigo do Estado. Desde 2019 mandamos ofícios para o ministro e ele desconsidera, menospreza. Queremos discutir reajuste, concurso público. Só sabemos das decisões pela imprensa. Um desrespeito esdrúxulo”, salienta.

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Brasil

Cientistas projetam que Brasil pode ter 1 milhão de casos diários de Covid em duas semanas

Estimativa da Universidade de Washington aponta que números atuais já são muito superiores aos oficiais.

Em duas semanas, o Brasil pode chegar a um milhão de pessoas infectadas por dia com Covid. A projeção, feita pela Universidade de Washington (EUA), considera que os casos são muito superiores aos dados oficiais e devem mais do que dobrar em 15 dias, informa a Folha.

O país vive um apagão de números sobre a doença, portanto não se sabe o tamanho da onda de contaminações impulsionada pela variante ômicron atualmente. Isso porque os sistemas de notificação do Ministério da Saúde estão instáveis há um mês, após ataques hackers, e não há uma política ampla de testagem.

A universidade estima que 468 mil pessoas tenham sido infectadas no Brasil apenas nesta sexta (7), incluindo aquelas que não fizeram exames. A quantidade é quase nove vezes superior aos testes positivos registrados pelos estados nas últimas 24 horas (53.419, segundo o consórcio de veículos de imprensa).

Seguindo a projeção, o país deve chegar a 1 milhão de infectados no dia 23 de janeiro e a um pico de 1,3 milhão em meados de fevereiro.

A estimativa é dez vezes maior do que o número registrado no auge da doença no Brasil, em março do ano passado, quando foram quase 100 mil casos positivos por dia.

Segundo a epidemiologista Fátima Marinho, integrante da rede de pesquisadores que envia os dados brasileiros à Universidade de Washington, a projeção é baseada num cálculo complexo, considerando vários fatores de cada país, e é bastante confiável a curto prazo.

“Esse aumento para 1 milhão em duas semanas é plausível, porque o modelo aplica o que já se sabe da doença nos EUA e na Europa, por exemplo, que têm números muito apurados. Na Inglaterra o teste é gratuito em qualquer farmácia e vai direto para o sistema do governo”, diz.

De acordo com ela, é esperado que a doença siga neste ano o mesmo caminho dos últimos dois anos: um aumento durante o inverno no hemisfério norte, depois uma alta nas transmissões no Brasil em janeiro e fevereiro, com um pico em março.

“Vamos repetir, como temos repetido todo ano. Não tem por que o cenário ser diferente dos outros anos e dos outros países. É impressionante que o governo não faça nada, sabendo antecipadamente o que vai acontecer”, critica a professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

O ritmo de crescimento projetado para as mortes, porém, é muito inferior. Os cálculos indicam que o país pode chegar a 313 óbitos diários por Covid em duas semanas, apenas 12% a mais do que as 279 mortes estimadas para esta sexta. Ainda assim, a projeção é bastante superior ao registro oficial dos estados, que foi de 148 nas últimas 24 horas.

Segundo especialistas, a menor letalidade da doença está ligada à menor gravidade da variante ômicron e ao avanço da cobertura vacinal no país. O Brasil tem 78% da população com ao menos uma dose da vacina, 68% com o primeiro ciclo de imunização completo e 13,4% com o reforço.

Os dados registrados pelos estados indicam que, enquanto a média móvel de casos cresceu 639% em relação aos dados de duas semanas atrás, a média de mortes continua estável, ou seja, não teve variações superiores a 15% nesse período.

“Felizmente, temos a vacina para evitar uma tragédia como a que vimos no ano passado, em relação às mortes. Mas, se quisermos o controle da situação e evitar que novos óbitos ocorram, precisamos saber a quantidade de casos. Com a política atual de testagem, não teremos esse controle”, diz Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

Para os especialistas, exatamente pela falta de testagem no país, os dados oficiais não devem alcançar os da projeção. No entanto, eles dizem que, mesmo com a subnotificação, o registro de casos confirmados deve dobrar até a próxima semana.

“O dado oficial nunca vai chegar nem perto do número real de infectados porque não testamos. As informações que teremos nos próximos dias serão apenas daquelas pessoas que se infectaram e tiveram sintomas mais graves e, por isso, foram testadas”, diz Wallace Casaca, coordenador do Infotracker, projeto da USP e Unifesp que monitora a pandemia.

Os especialistas explicam que a subnotificação ocorre principalmente pela falta de testagem em massa, o que leva, em geral, à contabilização apenas dos sintomáticos moderados a graves, e a um atraso, ou, muitas vezes, à ausência completa do registro dos casos.

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Decisão do presidente do STJ em favor da ex-mulher de Wassef causa revolta em ministros

Decisão do presidente do STJ, Humberto Martins, causa polêmica entre outros membros do Tribunal.

Causou polêmica no STJ uma decisão tomada no plantão de fim de ano do Judiciário pelo presidente da Corte, Humberto Martins. Trata-se de um habeas corpus que beneficiou Maria Cristina Bonner, ex-mulher do advogado preferido da família Bolsonaro, Frederick Wassef, informa Lauro Jardim, no Globo.

Martins usou na opinião de outros ministros um fundamento tido como absurdo para sua decisão. Mais ainda, não era um caso de urgência para ser julgado no recesso.

O presidente do STJ trancou a ação penal a que Maria Cristina responde. Ela é acusada de corrupção ou, mais especificamente, de ter pago propina para obter contratos na área de informática durante o governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal.

Wassef chegou a ser sócio de Cristina Bonner nas empresas de tecnologia dela, agora beneficiadas pela decisão de Martins que revolta os demais ministros do STJ.

Este é um dos dois assuntos que esta semana movimentaram as conversas dos ministros do STJ.

O outro tema é a escolha dos dois novos ministros da Corte. São 16 candidatos disputando as duas vagas. E, a propósito, Martins, trabalha por um dos pretendentes, o desembargador Cid Marconi.

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A ordem é negacionismo: Bolsonaro se irrita com recomendação de vacinação de militares

Diretriz assinada pelo comandante do Exército sobre imunização segue teor de portaria do Ministério da Defesa.

Coisas do Brasil

A recomendação do Comando do Exército para que militares se vacinem para o retorno ao trabalho presencial e a proibição sobre a disseminação de fake news irritaram o presidente Jair Bolsonaro. Diante da reação, o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, em uma reunião na tarde desta sexta-feira com representantes das três Forças expôs a contrariedade com a repercussão da diretriz assinada pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que se choca com posicionamentos do presidente. Bolsonaro não se vacinou e é contrário à exigência do comprovante de imunização.

Na reunião foi discutida a divulgação de uma nota do Exército pontuando que a imunização não é uma obrigação nem condição para retornar ao trabalho. A expectativa no governo é que o comunicado seja publicado ainda hoje.

O documento de oito páginas, assinado pelo comandante no último dia 3, reconhece que o avanço da vacinação permite a possibilidade da normalização das atividades. Entre os 52 itens do texto, o Exército destaca que o retorno ao trabalho deve ser avaliado desde que respeitado o período de 15 dias após a imunização. “Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP (Departamento Geral do Pessoal), para adoção de procedimentos específicos”, diz o texto.

Apesar da irritação do Planalto, a diretriz do Exército segue uma portaria de 29 de novembro do próprio Ministério da Defesa. Assinada pelo general Braga Netto para entrar em vigor no dia 3 de janeiro, a portaria, no parágrafo 3, destaca que os servidores e militares da administração central do Ministério da Defesa, com exceção de pessoas com comorbidades e outros casos específicos, “retornarão às atividades presenciais quinze dias após terem se imunizado contra a COVID-19″.

Outro ponto que incomodou o governo é o trecho em que trata sobre a disseminação de fake news. O documento destaca que “a prestação de informação falsa sujeitará o militar ou o servidor às sanções penais e administrativas previstas em Lei”. A recomendação do Exército é que familiares também sejam orientados a checarem a veracidade das informações.

“Não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação. Além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta”, diz o texto.

*Com informações de O Globo

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