Nesta quarta (30), ressoaram os clarins do New York Times para o mundo: “Ninguém desafia Trump como o presidente do Brasil.”
Lula fez das tarifas de Trump que prometia ser um enorme abacaxi, um delicioso suco com gengibre com tudo.
Barba, cabelo e bigode.
Nem Lula cedeu aos desmandos tresloucados do pedófilo americano e muito menos as tarifas passaram de um pulinho diante do sobressalto anunciado por toda a mídia nacional.
Hoje o Estadão, que dispensa comentários sobre seu antilulismo secular, parece até que andou bisbilhotando nossas redes e sapecou no seu editorial o que falamos: A Montanta Pariu um Rato.
Grosso modo, Trump deu uma pernada nos Bolsonaro, apertou as algemas do Jair e vincou a imagem de Eduardo de traidor do Brasil, como estampou hoje em editorial a Folha de SP.
Lula peitou o império, o mundo inteiro viu e o aplaudiu de pé, sobretudo porque o Nobel de economia foi claro e objetivo no apoio ao presidente brasileiro ao dizer que todos os chefes de Estado mundo afora deveriam seguir o exemplo de Lula.
Sim, foi uma forma de Lula pensar o coletivo e exemplificar isso na própria atitude mediante as tiranias de Trump.
A voracidade canibalesca do grandalhão americano não contava com a pimenta ardida que estava na atitude altiva e soberana do presidente Lula.
Em resumo, Trump antecipou a vitória para um 4º mandato de Lula, o grande!
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Lula foi claro e direto, sem piscar, em entrevista ao New York Times: “não aceito ordens de Trump”
Em destaque principal no site do NYT, Lula ganha protagonismo mundial com sua postura firme em favor da soberania brasileira.
Trump quer atingir o BRICS, mas sobretudo, a China por não ter bala comercial para impedir que os chineses tratorem os EUA.
Toda essa fumaça feita contra o Brasil sairá muito mais caro aos EUA do que ao Brasil, tanto que a imprensa mundial, incluindo a americana, dá razão a Lula e critica a falta total de critérios de Trump para tentar, inutilmente, colocar um mata-burro na economia da China.
Na verdade, Bolsonaro, usado como boi de piranha por Trump, por este não ter apreço nenhum com Bolsonaro, só vai complicar ainda mais a vida do criminoso que já se encontra inelegível e de tornozeleira.
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Casa Branca bloqueia bens, cartões e visto do ministro do Supremo; medida inédita é tratada no Brasil como “pena de morte financeira” e alimenta tensão entre Judiciário e governo Trump. STF estuda reação institucional
O governo dos Estados Unidos oficializou nesta quarta-feira (30) a inclusão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na lista de sanções do Office of Foreign Assets Control (OFAC), conhecida como Lei Magnitsky. A decisão, antecipada pelo jornalista Lourival Sant’Anna da CNN Brasil, marca um momento sem precedentes nas relações entre Brasil e Estados Unidos, com potencial para gerar consequências em múltiplas esferas bilaterais.
A Lei Magnitsky, criada originalmente em 2012 durante o governo Obama e ampliada em 2016, permite ao governo estadunidense impor restrições financeiras e de viagem contra indivíduos acusados de violações graves de direitos humanos ou envolvimento em corrupção.
De acordo com o DCM, no caso do ministro brasileiro, as sanções implicam o bloqueio de contas bancárias em instituições vinculadas ao sistema SWIFT, restrições ao uso de cartões de crédito das bandeiras Visa e Mastercard, cancelamento de visto americano e congelamento de quaisquer bens que o magistrado eventualmente possua em território estadunidense.
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“Em nenhum momento o Brasil vai negociar como se fosse um país pequeno diante de um país grande”, disse o presidente em sua primeira entrevista ao jornal americano em 13 anos
Às vésperas da entrada em vigor da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente a decisão do presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Em entrevista ao New York Times, Lula afirmou que o Brasil não teme a medida, mas exige ser tratado com respeito.
“Tenham certeza de que estamos tratando isso com a máxima seriedade. Mas seriedade não exige subserviência”, afirmou, para em seguida completar: “Trato todos com muito respeito. Mas quero ser tratado com respeito”.
O presidente brasileiro afirma ainda que Trump “talvez não saiba que aqui no Brasil o Judiciário é independente”, em referência às justificativas apresentadas pelos EUA para aplicar a tarifa de 50% ao Brasil a partir de sexta-feira (dia 1º) — a maior taxa entre todos os países do mundo que receberam retaliações americanas — de que o Supremo Tribunal Federal (STF) estaria fazendo uma “caça às bruxas” ao julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Lula diz ainda que o Brasil “não vai negociar como se fosse um país pequeno diante de um país grande”:
“Sabemos do poder econômico dos Estados Unidos, reconhecemos o poder militar dos Estados Unidos, reconhecemos a dimensão tecnológica dos Estados Unidos. Mas isso não nos dá medo, isso nos causa preocupação”.
O presidente brasileiro destaca ainda, na entrevista, que os consumidores americanos é que vão pagar a conta da tarifa contra o Brasil, com produtos como café, carne suco de laranja e outros ficando mais caros.
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O deputado federal Reginaldo Lopes propôs a criação de uma Frente Parlamentar Mista em Defesa das Terras Raras, Minerais Críticos e Estratégicos
Após a veiculação do interesse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas terras raras brasileiras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou uma política de exploração do segmento, durante a cerimônia da inauguração de usina a gás natural no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (28).
“Ele não acredita na política do país, nas coisas que estão acontecendo no país. Ninguém joga dinheiro fora, muito menos quem tem muito dinheiro”, afirmou Lula. “Inventaram uma coisa nova chamada minerais críticos. Aí o pessoal fala terra rara. Tudo isso é coisa nova. Fiquei sabendo que os EUA vai ajudar a Ucrânia mas quer ter privilégios nos minerais. Li que os EUA tem interesse nos minerais críticos do Brasil. Ora, se é crítico, vou pegar ele pra mim. Porque vou deixar ele pegar? Então estamos construindo uma parceria dentro do governo. Vamos fazer primeiro um levantamento de todo tipo de riqueza que o país tem em todo seu solo e subsolo”, completou.
Aliado a isso, o líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), propôs a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Terras Raras, Minerais Críticos e Estratégicos. A proposta visa articular uma política pública robusta que coloque o Brasil como ator global nas cadeias produtivas de tecnologias limpas, energias renováveis e defesa nacional, tendo em vista que o Brasil é a terceira maior reserva mundial de terras raras.
“Esses minerais são centrais para a transição energética e a quarta revolução industrial. Precisamos parar de exportar matéria-prima bruta e começar a liderar a economia do futuro com inovação e soberania”, afirma Lopes.
Tecnologia, soberania e empregos qualificados O requerimento destaca que os minerais críticos são insubstituíveis na fabricação de produtos estratégicos como turbinas eólicas, motores de alto desempenho, celulares, veículos elétricos, painéis solares e equipamentos de telecomunicação.
A proposta do deputado demonstra que a prospecção mineral no Brasil cobre apenas 29% do território nacional, o que dificulta o planejamento soberano sobre os recursos. A Frente Parlamentar pretende propor políticas para ampliar esse mapeamento, incentivar refino e beneficiamento nacional, e criar polos industriais tecnológicos com foco em sustentabilidade e agregação de valor.
“Esse projeto é sobre disputar o futuro. Não podemos seguir dependentes de commodities tradicionais enquanto o mundo disputa quem lidera a produção de tecnologia verde”, diz Lopes. “A transição energética global já começou. O Brasil tem tudo para liderar esse processo, mas para isso precisa tomar decisões políticas sérias e com visão de futuro”, conclui o parlamentar mineiro. Com Forum.
Eixos da proposta A exploração estratégica das terras raras e minerais críticos, segundo o deputado, pode:
Atrair investimentos públicos e privados para a nova mineração;
Estimular polos industriais e parques tecnológicos;
Gerar empregos qualificados e diversificar a matriz econômica;
Reduzir a dependência de importações de alta tecnologia;
Proteger a soberania nacional em um cenário geopolítico cada vez mais competitivo;
Integrar políticas de sustentabilidade e segurança mineral.
Articulação ampla
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À frente da iniciativa que será realizada neste domingo (27), Soraya Misleh acusa bloqueio israelense e exige que governo brasileiro rompa relações com Tel Aviv
A Frente em Defesa do Povo Palestino organiza uma ação contra a fome em Gaza a ser realizada neste domingo (27/07), na Avenida Paulista, em São Paulo.
Segundo a coordenadora da Frente Paulista Palestina, Soraya Misleh, a ação atende a um “chamado global urgente diante do uso criminoso da fome como arma para o genocídio e limpeza étnica de palestinos na Faixa de Gaza” pelo governo de Israel.
A convocação vem em meio a mais um anúncio da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a fome no enclave: 85% da população em Gaza encontra-se às portas do estágio 5 de desnutrição, em que os danos à saúde são potencialmente irreversíveis.
Misleh explica que a fome causada por Israel no enclave palestino não é de agora. “Diante do bloqueio criminoso de Israel à Faixa de Gaza há 18 anos, a situação já era grave: 80% da população em Gaza já dependia de ajuda humanitária e os palestinos já eram submetidos a uma “dieta forçada”, com restrições de água, alimentos e condições de subsistência”, lembra.
Mas a partir de outubro de 2023, quando a mais recente ofensiva de Israel contra Gaza começou, o governo Netanyahu “avalizado pelo imperialismo dos EUA e potências europeias para buscar a solução final na contínua Nakba (a catástrofe palestina)”.
De acordo com a representante da Frente em Defesa do Povo Palestino, Israel usa a fome com objetivo de exterminar o povo palestino. “Eles falam declaradamente em substituir dois milhões de palestinos por judeus sionistas, ou seja, limpeza étnica, e fome é a arma fundamental”.
“Desde que retomou diretamente o genocídio, em março último, o bloqueio criminoso é total, impedindo a entrada de alimentos, água, medicamentos, tudo. Os palestinos sequer podem pescar, porque estão proibidos de acessar o mar de Gaza. Bombardeios destruíram tudo e contaminaram as terras agricultáveis”, detalha.
A questão da fome em Gaza não representa falta de alimentos, explica a organização. “A vida de um milhão de crianças está ameaçada pelo bloqueio israelense, palestinos estão desmaiando de fome e morrendo à espera de alimentos. Enquanto isso, a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) tem o suficiente em seus armazéns, inclusive em al-Arish, no Egito, para alimentar toda a população de Gaza”.
“A ajuda humanitária entraria pela fronteira de Rafah, sul de Gaza, com o Egito. Há fila de caminhões com alimentos apodrecendo na fronteira com o Egito impedidos de entrar, e colonos sionistas criminosos têm saqueado e queimado toda essa ajuda que impediria a morte da população palestina em Gaza”, lamenta Misleh. A UNRWA está proibida de atuar no enclave palestino por Israel. Quem está fazendo esta função é a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelo governo norte-americano e israelense.
Contudo, a Frente em Defesa do Povo Palestino lembra que mais de mil pessoas foram assassinados tentando obter os alimentos da GHF. “É uma armadilha mortal, o contrário de humanitário”, insta Misleh.
Diante deste cenário, a ação exige um cessar-fogo imediato em Gaza, o fim do bloqueio, e também que o governo brasileiro sancione Israel, com embargos energéticos referente ao petróleo que exporta, além de ruptura de todas as relações.
*Opera Mundi
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Patrocinados por Trump, ataques israelenses matam pelo menos 25 palestinos que buscavam ajuda em Gaza.
Um monstro desses tem na violência um dogma religioso, somado aos psicopatas de Israel cada dia piores e mais espalhados no território sionista tomado dos palestinos.
Ou seja, na prática, estamos falando de gente bandida como qualquer bandido armado que mata para roubar a vítima. Assim, diante de uma desordem capitalista, o projeto neofascista de
Trump não tem qualquer pudor moral ou humano.
O apogeu financeiro do capitalismo findou-se. Junto o próprio apogeu dos EUA.
De Reagan até então, não faltaram “ordens mundiais” que deitaram falação da volta dos anos dourados nos EUA, mas a coisa só piorou.
O mundo capotou nessas últimas três décadas.
A China contingenciou o mercado global de tal forma que acabou dando um mata-leão nos EUA e seus parceiros comerciais, sobretudo os europeus.
Detalhe: tudo com previsões, planejamentos e decisões tomadas anteriormente.
Ao contrário do pega para capar de Trump, também conhecido como barata voa, o sujeito nem sabia que, para tarifar um país que dá vantagens na balança comercial para os EUA, como é o caso do Brasil, é absolutamente ilegal uma marmota dessas de 50% ou mais de tarifas.
Essa caduquice saiu da caixola de quem não tem a mínima ideia ou planejamento para lidar com a hecatombe que se aproxima ano após ano do império decadente dos EUA.
Para piorar, ou melhor, isolar ainda mais os EUA, os BRICS chegaram chegando e já macetaram os EUA no comercio mundial que não tem pernas para segurar o repuxo.
Trump está dando soco no ar sem direção e muito menos pontaria. Ele está chutando para onde o nariz aponta na tentativa de acertar alguma coisa relacionada ao avanço da China e nada para a China e BRICS. A coisa ganhou uma hipertrofia anabolizada ainda mais potente em explosão e força concêntrica.
Trump é um pedófilo moloide, ou seja, alguém com sérios problemas com a justiça americana, assim como com seu eleitorado, já que não entregou nada no 1º mandato e menos ainda agora. Usar o Brasil como boi de piranha do BRICS, com certeza, vai dar ruim.
O Brasil está com os pés fincados em fundamentos que garantem trancos muito maiores que 0,2 do PIB, como é o caso da tarifa do perdido.
Querer usar o Lula para tentar chegar no pescoço da China, é não saber nada da China e menos ainda de Lula, que já usa a burrice de Trump como bandeira política de sua campanha para reeleição em 2026.
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As cortinas da história nem sempre se abrem para que todos possam enxergar a realidade dentro de cada época.
Sempre tive como desenho desse momento de dura realidade que os EUA enfrentam na disputa comercial com a China, a 25 de Março, de São Paulo.
A caricatura sagrada do livre mercado que o liberalismo norte-americano sempre pregou para transformar nações mundo afora em novo desenho colonialista, revelava-se estupenda.
Mas o fator China mudou completamente esse cenário, paisagem e, sobretudo, a prática.
Basta que qualquer pessoa perambule pelas ruas de 25 de Março, para se embrenhar num mar de produtos chineses.
Quando se olha ao redor desse centro de compras de atacado, é incontável o número de ônibus, carros e caminhões abarrotados de mercadorias destinadas à origem desse mar de ônibus e outros meios de transporte dos quatro cantos do Brasil.
A movimentação é gigantesca, é mercadoria saindo pelo ladrão, numa explicita comparação com a total ausência de mercadoria dos EUA na mesma rua, símbolo do atacado no Brasil.
Pode pegar como exemplo um único ônibus daquelas centenas de milhares que orbitam 24 horas por dia a 25 de Março, que não encontrará uma agulha produzida ou patenteada pelos EUA.
E aqui estamos falando da estética visual. No total geral desse universo gigantesco de comércio chinês no Brasil, não tem graça comentar o placar da guerra comercial entre os EUA e China.
Por isso, Trump taxou a 25 de Março como inimiga dos interesses americanos e partiu para a retaliação.
Se esse ataque de Trump vai dar em alguma coisa, sinceramente, duvido. Puxar o carro da aurora americana via 25 de Março é, no mínimo, acreditar em conto de fadas enfeitado de valentias, que não terão a menor importância para quem está levando, de braçadas, essa guerra inútil dos EUA com a China no Brasil.
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Tarifa de 50% anunciado por Trump sobre todos os produtos brasileiros, incluindo café, entra em vigor a partir de 1º de agosto, coincidindo precisamente com o pico de exportações de café do Brasil para os Estados Unidos. O café figura como um dos produtos mais importantes na pauta brasileira e representa item estratégico na lista dos principais bens que os americanos importam do país. Com os Estados Unidos sendo o principal comprador do café brasileiro, o timing das tarifas torna-se particularmente crítico.
A sazonalidade da colheita agrava o cenário. O grão colhido a partir de maio precisa ser secado e preparado, concentrando os embarques entre setembro e janeiro – justamente quando as tarifas estarão vigentes. Caso Trump não recue, essa dificuldade pode abrir oportunidade histórica para a China, onde preços mais competitivos e fretes vantajosos podem atrair os exportadores brasileiros, criando condições ideais para uma mudança estratégica de mercados.
Devastação na cadeia americana de café O impacto das tarifas sobre a cadeia cafeeira americana será devastador. A cadeia completa do café movimenta US$ 343,2 bilhões na economia americana – valor que inclui desde a importação do grão verde até a venda final nas cafeterias e supermercados. Este montante representa toda a transformação e agregação de valor que acontece em solo americano: torrefação, distribuição, varejo e serviços.
O setor emprega 2,2 milhões de pessoas, representando 1,2% do PIB americano. Para cada dólar de café importado, são gerados US$ 43 na economia interna, demonstrando o poderoso efeito multiplicador da cadeia cafeeira. Esse valor elevado explica por que a cadeia americana (US$ 343 bilhões) supera até mesmo o mercado mundial de café como commodity (US$ 269 bilhões), já que inclui toda a transformação e serviços agregados.
Os pequenos estabelecimentos serão os mais prejudicados. Enquanto grandes redes como Starbucks, com faturamento de US$ 27,5 bilhões, têm margem para absorver custos adicionais, as cafeterias especializadas e estabelecimentos independentes operam com margens menores. O setor de cafés especiais, que representa 55% do valor do mercado americano, será particularmente vulnerável por depender de grãos de alta qualidade, frequentemente brasileiros.
Oportunidade chinesa em expansão A China emerge como a alternativa estratégica para o café brasileiro. As exportações brasileiras para o mercado chinês registraram crescimento explosivo de 867% entre 2021 e 2025, com aceleração de 75% apenas no último ano. O Brasil já conquistou a posição de maior fornecedor de café para a China, com 24% de participação nas importações chinesas.
O mercado chinês de café atingiu US$ 43,29 bilhões em 2024, com crescimento anual robusto de 18,1%. O consumo chinês cresceu 38,9% entre 2019 e 2023, superando qualquer outro grande país consumidor do mundo. Essa expansão é impulsionada pelas principais cadeias de cafeterias: a Luckin Coffee lidera com mais de 20 mil pontos de venda, enquanto a Starbucks mantém 7,3 mil lojas no país.
A Luckin Coffee representa o novo modelo de consumo chinês, oferecendo preços 30% menores que a Starbucks e focando na conveniência digital. Essa abordagem democratiza o acesso ao café e acelera a adoção de novos hábitos de consumo, especialmente entre consumidores de 25 a 44 anos, que formam o maior grupo de bebedores de café na China.
O cenário transformador: China com padrão americano Se a China atingisse o consumo per capita de café dos Estados Unidos, o país asiático consumiria 114,1 milhões de sacas por ano – equivalente a 64,8% de toda a produção mundial atual. Os números revelam uma oportunidade de dimensões históricas que poderia revolucionar o mercado global de café.
A diferença de consumo per capita é abissal: cada americano consome 4,7 kg de café por ano, enquanto cada chinês consome apenas 0,15 kg – uma diferença de 31 vezes. Combinada com a população de 1,4 bilhão de chineses, essa disparidade cria um potencial sem precedentes. Para comparação, países escandinavos como Finlândia (12 kg) e Noruega (9,9 kg) lideram o consumo mundial, seguidos por Islândia (9 kg) e Dinamarca (8,7 kg).
Vantagens estratégicas para o Brasil Instrumentos de resiliência O Brasil possui ferramentas robustas para superar o impacto das tarifas americanas. O setor cafeeiro conta com o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que oferece financiamento específico para produtores e exportadores. O Banco do Brasil mantém linhas de crédito especializadas, garantindo liquidez em momentos de crise.
O governo Lula, através do ministro Fernando Haddad, já sinalizou apoio aos setores atingidos pelas tarifas americanas. Essa promessa de suporte governamental adiciona proteção extra ao setor produtivo brasileiro, complementando os instrumentos financeiros já disponíveis.
*O Cafezinho
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O Brasil criticou as tarifas impostas pelos Estados Unidos, sem citar diretamente Donald Trump, durante a principal reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra, em 23 de julho de 2025.
O embaixador Philip Fox-Drummond Gough, Secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, denunciou o uso de tarifas como ferramenta de coerção política, apontando que medidas unilaterais, como as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, violam os princípios da OMC, desestabilizam cadeias globais de valor e ameaçam a economia mundial com inflação e estagnação.
Ele alertou que tais ações representam um “atalho perigoso para a instabilidade e a guerra” e defendeu o multilateralismo e a reforma da OMC para fortalecer o sistema de comércio global.
A posição brasileira recebeu apoio de cerca de 40 países, incluindo membros do BRICS (como China, Rússia e Índia), a União Europeia e o Canadá. Esses países compartilharam preocupações sobre o uso de tarifas como pressão política, especialmente após Trump vincular as sanções comerciais à situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A delegação dos EUA rebateu, alegando que outros países descumprem as regras da OMC e que suas ações visam corrigir desequilíbrios comerciais.
O Brasil enfatizou a priorização de soluções negociadas, mas não descartou recorrer a mecanismos legais da OMC, apesar do sistema de solução de disputas estar paralisado devido a um boicote americano.
A União Europeia, que planeja tarifas retaliatórias de 30% sobre produtos dos EUA, e o Canadá, que também ameaçou retaliação, alinharam-se ao Brasil na defesa das regras multilaterais de comércio.
*Jamil Chade/Uol
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