Categorias
Justiça

Dino determina que PF investigue discursos de evento com Eduardo Bolsonaro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou hoje que determinou que a PF (Polícia Federal) apure os discursos de ontem em um ato armamentista em Brasília, do qual participou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo o Uol.

“Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”, escreveu Dino nas redes sociais.

Eduardo Bolsonaro causou polêmica ao comparar “professores doutrinadores” a traficantes de drogas. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior”, disse.

Fala foi condenada por deputados de oposição. Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que vai entrar com uma representação contra Eduardo no Conselho de Ética da Câmara. “Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune”, escreveu.

Discurso aconteceu em ato do grupo “Pró Armas”, que defende a flexibilização do porte e da posse de armas para cidadãos comuns, na Esplanada dos Ministérios, próximo à sede do Congresso Nacional.

Ao tomar posse, presidente Lula revogou uma série de decretos do antecessor, Jair Bolsonaro, que facilitavam acesso a armas. CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) buscam hoje um entendimento com o governo para reverter as mudanças.

Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos.

— Flávio Dino (@FlavioDino) July 10, 2023
Veja mais reações à fala de Eduardo:

URGENTE! Vamos entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro.

Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!

— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) July 10, 2023
“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas”

Essa fala de Eduardo Bolsonaro deixa clara sua ignorância e mau-caratismo. São falas como essa que contribuem para que o Brasil seja um dos países que menos valoriza seus professores. Nojento! pic.twitter.com/GIH6uhp4uT

— Tabata Amaral (@tabataamaralsp) July 10, 2023
Eduardo Bolsonaro é um covarde! Num país marcado por atentados contra escolas, utilizar palanque de um evento armamentista pra incitar ódio contra professores e os igualar a bandidos é crime! Não vai ficar impune, estou acionando a PGR contra esse fascista agora mesmo!

— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) July 10, 2023
URGENTE! PSOL está entrando com Representação no Conselho de Ética contra o Eduardo Bolsonaro. Inadmissível comparar educadores com criminosos, isso não pode ficar impune. Imunidade parlamentar não é licença pra defender fascismo e estimular violência contra professores.

— Ivan Valente (@IvanValente) July 10, 2023

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

TSE envia provas contra Bolsonaro ao STF, TCU e MPE

O Tribunal Superior Eleitoral encaminhou nesta sexta-feira 7 ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Eleitoral as provas reunidas na ação que levou à condenação de Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade, diz Carta Capital.

O TSE enviou o material para dois inquéritos no STF: um sobre atos antidemocráticos e outro sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia. O TCU, por sua vez, avaliará os autos e poderá adotar novas ações de investigação contra o ex-capitão.

Na Corte de Contas já há uma representação contra Bolsonaro, apresentada pelo Ministério Público junto ao TCU e relatada pelo ministro Jhonatan de Jesus, ex-deputado federal pelo Republicanos.

A peça, assinada pelo subprocurador-geral do órgão, Lucas Rocha Furtado, solicita que o TCU calcule os custos gerados à União pela reunião com embaixadores. Este seria o primeiro passo para que Bolsonaro tenha de devolver aos cofres públicos o dinheiro gasto com o evento.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

TCU conclui que não houve irregularidade em programa da UFSC apurado pela Lava Jato que levou à prisão e suicídio de reitor

Em comunicado encaminhado à reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou ser “improcedente” a representação contra o programa Universidade Aberta do Brasil (UBA), informa a colunista Dagmara Spautz do portal NSC Total.

As denúncias de superfaturamento no aluguel de veículos para a execução do programa levaram o reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo à prisão pela Polícia Federal em 2017, na Operação Ouvidos Moucos — um desdobramento da Lava Jato. Dezoito dias depois de ser detido, o reitor, abalado, cometeu suicídio. Agora, a conclusão das análises informa que não foram comprovadas quaisquer irregularidades e a representação foi arquivada, diz o 247.

O informe do TCU foi assinado por Leandro Santos de Brum, diretor da Unidade de Auditoria Especializada em Educação, Cultura, Esporte e Direitos Humanos.

Em janeiro deste ano, o presidente Lula (PT) homenageou Cancellier durante um encontro com reitores de universidades, afirmando que o caso envolvendo sua morte foi uma “aberração” e que apenas ocorreu “pela pressão de uma polícia de ignorantes, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas que condenaram as pessoas antes de investigar e julgar”.

“Quero dizer para você, meu caro Luiz Carlos Cancellier, que pode ter morrido a sua carne, mas as suas ideias continuarão no meio de nós a cada momento que a gente pensar em educação, na formação profissional e intelectual do povo brasileiro. Esteja onde você estiver, pode ficar certo que aqui tem muita gente disposta a dar sequência ao trabalho que você fazia e às ideias que você acreditava. Você morreu, mas as suas ideias continuam vivas, e nós haveremos de recuperá-las e trabalhar para que a gente nunca mais permita que aconteça o que aconteceu com aquele reitor em Santa Catarina”, disse Lula na ocasião.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Alinhado a Moro, Ministério Público Federal fez bullying judicial contra Eduardo Appio

MPF protocolou 28 pedidos de suspeição contra o juiz federal em um período de quatro meses, até o seu afastamento da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Os pedidos de suspeição apresentados pelo MPF (Ministério Público Federal) do Paraná contra o juiz federal Eduardo Appio, afastado temporariamente da 13ª Vara de Curitiba no final de maio, ainda serão analisados pela 8ª Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). A 13ª Vara Federal de Curitiba é a responsável pelos processos remanescentes da Operação Lava Jato.

O bullying judicial promovido contra Appio pelo órgão federal apresentava conteúdo semelhante em quase todos os pedidos de suspeição, apontando as críticas do juiz aos métodos da Lava Jato da época em que ela foi comandada por Moro e pelo ex-procurador Deltan Dallagnol, além do apoio de Appio nas redes sociais a publicações de políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) e doações a campanhas eleitorais petistas, diz o 247.

Os pedidos eram enviados ao próprio magistrado, quando estava no comando da 13ª Vara de Curitiba, sendo que ele chegou a julgar um deles em 20 de maio, período em que estava oficialmente de férias. Na ocasião, ele rejeitou a suspeição e não encaminhou a peça à segunda instância, mas os membros do MPF alegam que ele deveria ter encaminhado. Appio não analisou outros pedidos e seguiu movimentando os processos da Lava Jato, e, após isso, o TRF-4 entrou em cena e apresentou recurso contra o juiz.

Mesmo após Appio ter sido afastado do cargo pelo próprio TRF-4, a 8ª Turma do tribunal julgará os pedidos de suspeição. Ainda segundo a coluna Painel, o assunto deve ser colocado na pauta em breve. O juiz chegou a ser intimado pelo desembargador federal Loraci Flores de Lima, na última semana, para que se manifeste sobre os pedidos de suspeição.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Bruno Dantas reage e chama Lava Jato de “bando de pistoleiros de aluguel”

Luis Nassif*

Reação do ministro ocorre depois que GGN divulga diálogos mostrando a articulação dos procuradores.

Depois de tomar conhecimento dos diálogos da Spoofing, divulgados pelo GGN, com a articulação dos procuradores para atacá-lo, o Ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, decidiu pedir ao STF cópias de todos os diálogos.

“Pedirei ao STF cópia de todos os diálogos para avaliar providências legais. Se forem verdadeiros, comprovam o incesto havido na Lava Jato e revelam um bando de pistoleiros de aluguel recebendo uma encomenda de assassinato de reputação”

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Spoofing: Deltan Dallagnol tenta atingir Toffoli através do irmão

Luis Nassif*

Conversa de Deltan com Pelella – chefe de gabinete do PGR Janot – revela uma trama para atingir Toffoli através de seu irmão José Ticiano.

No dia 7 de julho de 2016, uma conversa entre o procurador Deltan Dallagnol e o procurador Eduardo Pelella – chefe de gabinete do então Procurador Geral da República Rodrigo Janot – revela uma trama para tentar atingir o Ministro Dias Toffoli através de seu irmão José Ticiano Dias Toffoli.

19:03:39 Deltan
19:03:39 Deltan 333112.pdf
19:04:39 Kralho
19:11:02 Deltan pesquisa por temer no arquivo
19:12:19 Já vi
19:33:12 Isso tá em sigilo né?
19:54:44 Deltan Sim
19:56:51 Ótimo
22:32:28 Deltan 333303.pdf
22:32:28 Deltan 333304.pdf
22:32:28 Deltan Veja a f. 19 do inquérito
22:37:42 Deltan Vamos aumentar a pressão na empresa como estratégia
22:37:51 Deltan Acabou de se tornar alvo prioritário
22:42:19 Eita
23:04:34 È o irmão
23:04:40 Ticiano
23:06:48 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/José_Ticiano_Dias_Tóffoli
23:08:51 Deltan Vamos ter que manter a linha de ação para descobrir se é mesmo rs

14 Jul 16

01:10:14 Deltan Olha as observações do Julio sobre isso:
01:10:14 Deltan Vimos… Mas, a eleição dele foi em 2008: eleição para prefeito em 2008, para assumir em 2009 e ficar até 2013, sendo que ele era candidato a vice… Não parece ter gabarito para receber doação, sobretudo para figurar em lista em que só estão figurões como Ela, e o G de SP. Acho Q vale apurar mais mesmo

24 Jul 16

13:35:07 Deltan Pelella, conseguiu falar com Henrique?
13:36:12 Deltan Vc tem considerado outra solução? Pergunto pq nada impede mais de uma… essa pode estar fácil aí (se ele aceitar)… às vezes o ótimo é inimigo do bom

27 Jul 16

22:16:07 Deltan Pelella, segundo informações, Toffoli é sócio oculto do primo, Beto, no Tayaya Aqua Park Resort. Este Resort situa.se em Ribeirão Claro.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

André Valadão pode ser extraditado e impedido de pregar, diz advogada

Alvo de investigação do Ministério Público Federal por homofobia, o pastor André Valadão poderá sofrer punições pesadas da Justiça.

André Valadão é alvo de investigação do Ministério Público Federal por homofobia e poderá sofrer punições graves na Justiça. Ele pode pegar cinco anos de prisão pelo crime e também pode ser extraditado.

Durante a pregação, o pastor afirmou: “Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês.”

Como o caso aconteceu nos Estados Unidos, em um culto de igreja no YouTube, a advogada e mestre em Direito Penal Jacqueline Valles afirma que ele também pode ser enquadrado por incitação ao crime. Ela integra a Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abacrim) e falou sobre o caso ao Estadão.

Para Jacqueline, “se houver uma convenção com o país onde o crime foi cometido, o brasileiro pode ser extraditado para a aplicação das leis nacionais”. Caso a investigação aponte o crime de homofobia, André Valadão poderá ser mandado para o Brasil para cumprir a pena, diz o Metrópoles.

Caso na Justiça
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta segunda-feira, 3, um procedimento para apurar possível prática de homofobia praticada pelo líder religioso durante transmissão de um culto pelo YouTube.

O procedimento é de autoria do procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre, Lucas Costa Almeida Dias. Na terça-feira (4/7), o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o pastor responderá legalmente por “propagar ódio contra as pessoas”.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Coaf identificou 42 movimentações financeiras suspeitas do coach bolsonarista Pablo Marçal

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou 42 movimentações financeiras consideradas suspeitas nas contas de Pablo Marçal, coach que se candidatou a deputado federal nas eleições de 2022, mas teve sua candidatura posteriormente indeferida pela Justiça Eleitoral. Marçal foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, no âmbito de um inquérito que apura a ocorrência de crimes eleitorais e lavagem de dinheiro.

O inquérito tramita em sigilo na 1ª Vara Eleitoral de São Paulo. De acordo com documentos a que o GLOBO teve acesso, Marçal começou a ser investigado pela PF após o recebimento, pelo Coaf, de um relatório de inteligência financeira que verificou as movimentações financeiras suspeitas.

Ao instaurar o inquérito, a PF destacou que Marçal é sócio de mais de 20 empresas, a maioria criada em 2021, e três dessas empresas teriam supostamente sido “utilizadas para trânsito de valores com a finalidade de ocultar a sua real destinação”, ou seja, foi identificada um repasse de dinheiro entre as campanhas presidencial e para deputado às empresas do coach. O Ministério Público Eleitoral concordou com a abertura da investigação.

Pablo Marçal era inicialmente candidato à presidência da República pelo PROS, mas o partido decidiu apoiar Lula (PT) e o coach passou a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ele foi eleito, mas teve sua candidatura indeferida.

O juiz Antônio Maria Patiño Zorz autorizou a busca e apreensão com a finalidade de apreender aparelhos celulares, documentos e mídias eletrônicas que pudessem conter informações sobre as movimentações financeiras na casa de Marçal e mais três pessoas e na sede de suas três empresas, todas em Barueri e Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.

De acordo com as receitas e despesas declaradas na Justiça Eleitoral, a campanha de Marçal para presidente recebeu ao todo R$ 1,4 milhões em doações, sendo que a maior parte (R$ 968 mil) foi doada por ele mesmo. Depois, o coach transferiu dinheiro da campanha presidencial para a campanha de deputado.

A PF apontou, porém, que há suspeitas em como este dinheiro foi gasto, já que na declaração de despesas da campanha presidencial há diversos pagamentos feitos para empresas em que o próprio candidato era sócio. O inquérito destaca a contratação, por sete vezes, da Marçal Participações LTDA, da qual é dono junto com a esposa Ana Carolina Carvalho, pelo valor de R$ 288 mil, para prestar serviços de locação de veículos, auditórios, aeronaves e helicópteros.

Em outras duas ocasiões, ele declarou como gasto de campanha (no total de R$ 112 mil) a locação de aviões da empresa Aviation Participações LTDA, da qual Marçal é sócio junto com Marcos Paulo — que foi o maior doador de sua campanha para deputado federal.

Outro problema apontado pela PF é que, na campanha para o Congresso, foi declarado como receita um valor de R$ 407 mil, que seria doação da campanha presidencial de Pablo Marçal à sua campanha de deputado federal. Entretanto, o mesmo valor também consta no campo de despesas, como repasse da campanha de deputado à campanha presidencial. Há ainda divergências entre valores doados de uma campanha para a outra, em que a candidatura presidencial declarou ter doado R$ 387 mil para a candidatura a deputado, valor que não consta da mesma forma como receita na segunda campanha.

Em um trecho do inquérito, a PF destaca que o relatório do Coaf identificou que uma “movimentação milionária entre as empresas administradas por Pablo, sua pessoa física e sua campanha presidencial”. Entre 1º de agosto e 9 de outubro de 2022, durante o período eleitoral, a empresa Marçal Holding LTDA enviou à conta física de Pablo, por meio de Pix, um total de R$ 3,6 milhões. No mesmo período, Pablo enviou à Marçal Participações LTDA um total de R$ 1,6 milhões. A Aviation Participações LTDA, que recebeu R$ 112 mil da campanha presidencial, enviou a Pablo R$ 154 mil entre agosto e outubro.

As suspeitas da Polícia Federal ainda pairam sobre outras pessoas ligadas a Pablo. Isso porque o administrador financeiro da campanha, Silas Carvalho, recebeu R$ 78 mil de Pablo via Pix, segundo o relatório do Coaf. Mas a prestação de conta eleitoral de Marçal informa que ele recebeu R$ 8.450 pelos “serviços de administração financeira” das campanhas presidencial e de deputado federal.

“Observa-se que o montante efetivamente declarado é bem menor ao valor detectado no Relatório de Inteligência Financeira do Coaf. Essa divergência entre os valores recebidos em conta e o valor constante nas prestações de contas são indícios de que pode ter havido o pagamento de despesas de campanha não contabilizadas nas prestações de contas eleitorais”, destacou o juiz Antônio Maria Patiño Zorz, que autorizou as buscas contra Pablo Marçal, segundo O Globo.

A reportagem contatou a advogada de Marçal, mas ela informou que não irá se manifestar no momento.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Moro passa a ser investigado e Toffoli dá 30 dias de prazo para PF ouvir Tony Garcia

Ministro atende a pedido da PGR para requisitar informações da 13a. Vara e tomar depoimento do ex-agente infiltrado do ex-juiz e atual senador.

Pela primeira vez, Sergio Moro será investigado pelos crimes aparentemente cometidos como juiz federal. Em despacho encaminhado para a Polícia Federal e à 13a. Vara Federal de Curitiba, o ministro Dias Toffoli determinou três providências:

1) oitiva do senhor Antônio Celso Garcia (Tony Garcia) pelo Delegado de Polícia Federal Rafael Fernandes Souza Dantas, para que possa esclarecer, em detalhes e com apresentação dos respectivos documentos, as denúncias por ele formuladas, bem como para que possa indicar eventuais encontros e conversas com o então Juiz Federal Sérgio Moro e demais membros do Ministério Público Federal que tenham culminado no eventual direcionamento de acordos de colaboração premiada;

2) autorização para requisição de informações à 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e à Polícia Federal sobre a eventual existência de decisões autorizando o afastamento dos sigilos telefônicos-telemáticos em desfavor de Antônio Celso Garcia;

3) autorização de compartilhamento das informações referentes a eventuais afastamentos dos sigilos telefônicos e telemáticos em desfavor de Antônio Celso Garcia com os autos desta Petição nº 11.450/DF.

A requisição de informações sobre a quebra do sigilo de Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, está ligada à denúncia de Tony Garcia de que ele sofreu interceptações telefônicas por longos períodos, como isca para Moro e o Ministério Público Federal em Curitiba incriminarem outras pessoas, o que é ilegal.

O pedido da Procuradoria Geral da República foi encaminhado a Dias Toffoli depois que Tony Garcia deu entrevista à TV 247, em 5 de junho. O ministro do STF atendeu aos três pedidos da Procuradoria, que pediu que fosse comunicada para tomar as providências.

“Por fim, após o deferimento das diligências preliminares acima pleiteadas, requer-se o retorno dos autos desta Petição nº 11450/DF à Procuradoria-Geral da República, que, diretamente, tomará as providências necessárias à realização de tais diligências”, pleiteou a Procuradoria da República, já atendida por Toffoli.

Tony Garcia disse que poderá provar todas as denúncias que fez na entrevista à TV 247 e também no depoimento de 2021 para a juíza Gabriela Hardt e para a procuradora da república Elena Urbanavicius Marques. Nenhuma das duas tomou providência para apurar os graves fatos relatados pelo ex-agente infiltrado.

Depois de assumir a 13a. Vara Federal de Curitiba, no início deste ano, Eduardo Appio encontrou o depoimento de Tony Garcia e, diante da gravidade das declarações, encaminhou para o Supremo Tribunal Federal, por conta do foro por prerrogativa de função de Sergio Moro.

Um mês e meio depois de tomar essa providência, Appio foi afastado pela corte administrativa do TRF-4, sem direito à defesa, e Gabriela Hardt assumiu em seu lugar.

Uma das primeiras providências de Gabriela Hardt foi revogar essa decisão de Appio e marcar nova audiência com Tony Garcia, em que provavelmente ele seria preso. Foi quando Tony Garcia decidiu quebrar o silêncio e dar a entrevista para a TV 247.

Tony disse que estava solto, mas preso pela organização de Sergio Moro, com a faca no pescoço, como esteve durante mais de quinze anos. Sua entrevista foi uma declaração de liberdade a seus algozes: acabou, Moro.

*Joaquim de Carvalho/247

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Tony Garcia é intimado por Toffoli e deve implodir Moro em depoimento no STF

Agente infiltrado do ex-juiz é informado pelos advogados de que magistrado auxiliar do ministro do STF os procurou para agendar depoimento.

O empresário Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, será ouvido por um juiz auxiliar designado pelo ministro Dias Toffoli para apurar as denúncias que ele relatou à juíza Gabriela Hardt em 2021 e que incriminam Sergio Moro e integrantes do Ministério Público Federal, principalmente Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo.

Tony Garcia postou a notícia em sua rede social e confirmou ao Brasil 247 que seus advogados foram contatados pelo gabinete do ministro Dias Toffoli. A data do depoimento ainda não foi definida.

No depoimento que Gabriela Hardt escondeu, Tony Garcia conta que foi agente infiltrado de Moro, a partir de 2005, e que combinava ações ilegais diretamente com ele e com dois procuradores da república ligados ao então juiz.

Uma das tarefas era gravar conversas com pessoas com foro por prerrogativa de função, como desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado.

Ele também ajudava um agente da PF ou Abin – ele não sabe ao certo – a interceptar telefonemas ilegalmente, a partir de orientação de Moro.

Tony Garcia contou ao 247 que, pressionado e orientado por Moro, deu entrevistas mentirosas e cometeu o crime de falso testemunha, para que Moro pudesse processar adversários. O empresários diz ter provas de suas declarações, mas espera o foro certo para apresentá-los.

“Esse foro será o juiz auxiliar de Toffoli”, afirmou.

Gabriela Hardt tomou o depoimento no processo em que tentava anular a colaboração premiada de Tony Garcia, 15 anos depois. O acordo envolvia o caso do consórcio Garibaldi, que foi intervenção do Banco Central em 1994.

Ameaçado de voltar à prisão, Tony decidiu, então, partir para o ataque, internamente, no depoimento tomado sob sigilo por Gabriela Hardt.

Dois anos depois, quando assumiu a 13a. Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba, no início do ano, Eduardo Appio encontrou o depoimento e remeteu ao STF, por envolver o senador Sergio Moro, que tem foro por prerrogativa de função.

Um mês e meio depois, Appio foi afastado, e Gabriela Hardt, que era substituta, revogou o envio do depoimento ao STF, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal, numa decisão, ao que tudo indica, ilegal.

No dia 5 de junho, às vésperas de prestar novo depoimento a Gabriela Hardt, em que talvez fosse preso ilegalmente, Tony Garcia quebrou o silêncio, na entrevista exclusiva que deu ao 247.

Depois disso, Toffoli revogou a decisão de Gabriela Hardt, que agora é investigada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e poderá ser aposentada e responder por crimes. Toffoli decidiu também atrair para sua jurisdição os processos que envolvem Tony Garcia.

Tony Garcia é o homem-bomba de Moro e suas revelações poderão colocar o ex-juiz na prisão.

O ex-agente infiltrado de Moro já gravou mais de dez horas de entrevistas para o 247, no documentário que realizo, “Um juiz fora da lei – os crimes de Moro e a Máfia de Curitiba”. As declarações de Tony não deixam margem à dúvida: Moro agia como chefe mafioso.

*Joaquim de Carvalho/247

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição