Categorias
Justiça

‘Rachadinha’ e Carlos Bolsonaro: peça-chave em esquema que repassou R$ 647 mil, mas vende quentinhas e acumula dívidas

Segundo o MP-RJ, que apura se vereador se beneficiou dos desvios, ex-servidora fez 219 transferências para o chefe de gabinete do filho do ex-presidente.

A ex-servidora Juciara da Conceição Raimundo da Cunha é considerada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) uma das principais peças no suposto esquema de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). Lotada por 11 anos e cinco meses na Câmara do Rio, entre agosto de 2007 e janeiro de 2019, Juciara é a segunda ex-funcionária que mais fez transferências ao chefe do gabinete de Carlos, Jorge Luiz Fernandes, conhecido como Jorge Sapão. Os saques ocorreram entre 2009 e 2018, segundo O Globo.

Ex-moradora de uma comunidade pobre cercada por barricadas do tráfico em Cordovil, na Zona Norte do Rio, Juciara só não fez mais transferências do que a mulher de Jorge, Regina Célia Sobral Fernandes, responsável pelo envio de R$ 814 mil em 304 lançamentos. Postagens nas redes sociais mostram que Regina e Juciara mantêm relação de proximidade.

Hoje, Juciara aparece como proprietária de uma empresa de fornecimento de quentinhas: a Jucilegal. O comércio está registrado no mesmo endereço da residência de Jorge Sapão e Regina Célia, em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Ao longo dos anos em que trabalhou com o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com salário de R$ 10 mil mensais, Juciara participou de um esquema de repasse sistemático de dinheiro. Ao todo, segundo o MP, ela fez 219 transações bancárias para o chefe de gabinete, totalizando R$ 647 mil, e 28 transferências para Regina, o equivalente a R$ 40 mil. Em algumas ocasiões, o casal mandou dinheiro de volta para Juciara: Regina enviou 11 créditos (R$ 17 mil); Jorge, 71 (R$ 110 mil).

Vida simples e dívidas

Os dados foram levantados pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio (MP-RJ), a pedido da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, na investigação sobre suspeita de rachadinha no gabinete de Carlos na Câmara Municipal.

Apesar do bom salário e da alta movimentação em sua conta, a ex-servidora vivia até 2021, segundo vizinhos, em uma casa de tijolo aparente que divide espaço com uma oficina mecânica em Cordovil. Ela também acumula dívidas de R$ 15,4 mil.

Atualmente, supostamente, ela estaria ganhando a vida vendendo quentinhas. Em setembro de 2021, Juciara registrou a Jucilegal. Na Receita Federal, ela cadastrou o “fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar” como atividade principal do microempreendimento.

A empreitada, no entanto, não é citada em suas redes sociais nem tem perfil próprio. O endereço da sede é o apartamento de Jorge Sapão, na praia da Barra. O GLOBO esteve no local. O funcionário do condomínio responsável pela portaria afirmou não conhecer Juciara e disse que se tratava de um “engano”. O número de telefone fixo que consta na Receita Federal não existe.

Apesar de ter trabalhado por quase 12 anos no gabinete de Carlos Bolsonaro, Juciara não segue o ex-chefe nas redes sociais tampouco é seguida por ele. Em seus perfis, não faz menção alguma à política. Apenas foi marcada em publicação com conteúdo antipetista. Para os investigadores, uma das hipóteses cogitadas é que Juciara tenha trabalhado para Jorge e Regina. Em sua carteira de trabalho, no entanto, há o registro de apenas um emprego, o da Câmara do Rio. Ela também declarou a autoridades brasileiras ter ensino superior completo, mas não há especificação de qual seria sua formação.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Áudios revelam Golpe de Estado foi planejado dentro do Planalto

PF encontrou mensagens no celular de Mauro Cid recebidas de Ailton Barros, ambos ex-auxiliares de Jair Bolsonaro que trabalhavam na antessala do gabinete da Presidência da República, informa a Forum.

A situação do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa está cada vez mais complicada. A Polícia Federal (PF) encontrou áudios no telefone celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) enviados por outro auxiliar do ex-presidente, Ailton Barros, nos quais é tramado um golpe de Estado.

A trama teria se desenrolado na antessala do gabinete da Presidência da República, local em que Mauro Cid e Barros atuavam como ajudantes do ex-presidente. A revelação do material foi feita pela jornalista Daniela Lima, da CNN, nesta quinta-feira (4).

O teor das conversas divulgadas é bombástico. Nos áudios, Ailton fala que o golpe precisaria da participação do então comandante do Exército, Freire Gomes, ou de Bolsonaro e que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deveria ser preso.

Teor dos áudios golpistas
A primeira mensagem foi enviada no dia 15 de dezembro por Barros a Mauro Cid.

“É o seguinte, entre hoje e amanhã, sexta-feira, tem que continuar pressionando o Freire Gomes [então comandante do Exército] para que ele faça o que tem que fazer” […] Até amanhã à tarde, ele aderindo… bem, ele faça um pronunciamento, então, se posicionando dessa maneira, para defesa do povo brasileiro. E, se ele não aderir, quem tem que fazer esse pronunciamento é o Bolsonaro, para levantar a moral da tropa. Que você viu, né? Eu não preciso falar. Está abalada em todo o Brasil.”

Barros ressalta a necessidade de Gomes ou Bolsonaro realizarem o pronunciamento comentado na mensagem de voz e destaca que seja, “de preferência, o Freire Gomes. Aí, vai ser tudo dentro das quatro linhas”.

Ele prossegue que seria necessário ter, até o dia seguinte, 16 de dezembro, pela tarde, “todos os atos, todos os decretos da ordem de operações” prontos.

“Pô [sic], não é difícil. O outro lado tem a caneta, nós temos a caneta e a força. Braço forte, mão amiga. Qual é o problema, entendeu? Quem está jogando fora das quatro linhas? Somos nós? Não somos nós. Então nós vamos ficar dentro das quatro linhas a tal ponto ou linha? Mas agora nós estamos o quê? Fadados a nem mais lançar. Vamos dar de passagem perdida?”, indaga.

Barros prossegue a descrição da trama golpista.

“Se for preciso, vai ser fora das quatro linhas”. “Nos decretos e nas portarias que tiverem que ser assinadas, tem que ser dada a missão ao comandante da brigada de operações especiais de Goiânia de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele”, adiciona.

De acordo com a mensagem de Barros para Mauro Cid no áudio, a ideia é que na segunda-feira, 19 de dezembro, fossem lidas as portarias, decretos de garantia da Lei e da Ordem e “botar [sic] as Forças Armadas, cujo Comandante Supremo é o presidente da República, pra agir”.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Fraude em cartões de vacina: servidora diz que foi coagida a dar senha

Em depoimento, servidora de Duque de Caxias relatou pressão para passar senha que permite inserção de vacina no sistema do ministério, diz o Metrópoles.

A investigação da Polícia Federal (PF) que prendeu auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) suspeitos de adulterar cartões de vacina apura a atuação de organização criminosa na cidade de Duque de Caxias (RJ). Entre os presos pela Operação Venire, está o secretário municipal João Carlos de Sousa Brecha, suspeito de compor o esquema de fraudes nos registros de vacinação contra a Covid-19.

De acordo com o g1, uma servidora do município afirmou, em depoimento, que foi coagida a fornecer a sua senha de acesso ao sistema do Ministério da Saúde utilizado para inserir as doses de vacina aplicadas. Os malotes com as investigações conduzidas em Duque de Caxias chegam nesta quinta-feira (4/5) a Brasília para uma nova frente de apuração, que focará no funcionamento do esquema envolvendo a prefeitura e servidores da cidade.

Funcionários da prefeitura do município, de acordo com a PF, foram os responsáveis por inserir nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde os dados falsos de vacinação do ex-presidente, de sua filha Laura, de dois dos seus ex-assessores e do deputado federal Gutemberg Reis (MDB).

Os registros de vacina de Bolsonaro e Laura

Apesar de Bolsonaro afirmar que não foi imunizado contra a Covid, registros de duas doses aplicadas em Duque de Caxias (RJ) constaram para ele e sua filha Laura.

A inserção das duas doses da Pfizer no sistema do Ministério da Saúde foi feita por volta das 19h do dia 21 de dezembro, pelo secretário municipal de governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. Na manhã do dia seguinte, 22 de dezembro, por volta das 8h, o usuário do ex-presidente acessou o ConecteSUS e emitiu o certificado de vacinação contra a Covid-19.

Este acesso, de acordo com a PF, foi feito do Palácio do Planalto. Uma semana depois, no dia 27 de dezembro, um novo acesso foi feito pelo mesmo dispositivo às 14h, e uma nova emissão do comprovante de vacinação de Bolsonaro foi feita.

Poucas horas depois, por volta das 21h, a servidora da Prefeitura de Duque de Caxias Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva excluiu os registros das duas doses que Bolsonaro teria tomado na cidade, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro. No mesmo momento, a servidora apagou também o registro da vacinação da filha do ex-presidente, Laura Bolsonaro.

Duas horas antes da viagem de Bolsonaro a Orlando, em 30 de dezembro, um novo acesso ao ConecteSUS do ex-presidente foi feito. Desta vez, pelo celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ele emitiu um terceiro certificado de vacinação em nome de Bolsonaro, desta vez constando apenas uma dose de vacina contra a Covid-19, da Janssen.

O relatório da PF detalha, ainda, que o e-mail vinculado à conta de Bolsonaro foi alterado neste período. O endereço eletrônico inserido, de acordo com a corporação, pertence ao também assessor Marcelo Costa Camara, que acompanhou Bolsonaro nos Estados Unidos.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

PF diz ao STF que Mauro Cid é elo entre Bolsonaro e milicianos

Preso nesta quarta-feira (3) por integrar um esquema de falsificação de cartões de vacina que funcionaria no Palácio do Planalto, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid é tratado pela Polícia Federal – em justificativa admitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes – como o elo entre Jair Bolsonaro (PL) e milícias em uma conspiração política.

Na investigação sobre fraudes em atestados de vacinação, relatou a Polícia Federal ao ministro, segundo a Veja, surgiram evidências de “tratativas para execução de um golpe de estado” e “tentativa de abolição violenta” do regime democrático.

Os trechos transcritos por Moraes no mandado de prisão de Mauro Cid, por fraude em documentos do Sistema Único de Saúde, não detalham quais seriam os indícios ou provas disponíveis sobre o envolvimento dele e de Bolsonaro num plano para golpe de estado.

Indica apenas que ambos contavam com a colaboração de milícias digitais e, também, mantinham laços com uma fração do crime organizado de Duque de Caxias

(RJ), na Baixada Fluminense, “no planejamento de um golpe de Estado”.

Neste caso, Mauro Cid estaria atuando com um militar da reserva, Ailton Gonçalves Moraes Barros, “e pessoas ainda não identificadas”.

Para a polícia, “seja nas redes sociais, seja na realização de inserções de dados falsos de vacinação contra a Covid-19, ou no planejamento de um golpe de Estado, o elemento que une seus integrantes está sempre presente, qual seja, a atuação no sentido de proteger e garantir a permanência no poder”.

Acrescenta: “A milícia digital reverberou e amplificou por multicanais a ideia de que as eleições presidenciais foram fraudadas, estimulando aos seus seguidores ‘resistirem’ na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para uma intervenção federal comandada pelas forças militares, sob o pretexto de aturarem como um Poder Moderador, com base em uma interpretação peculiar do art. 142 da Constituição Federal.”

“Os arquivos de áudio e capturas de tela de mensagens trocadas no aplicativo WhatsApp” — prossegue — “evidenciaram a arquitetura do plano criminoso pelo grupo investigado. Apesar de não terem obtido êxito na tentativa de golpe de Estado, sua atuação, possivelmente, foi um dos elementos que contribuíram para os atos criminosos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023.”

O relato policial foi aceito pelo juiz, que deu prazo até a segunda-feira 3 de julho para apresentação das evidências.

Ao impedir a ascensão de Mauro Cid ao comando do Primeiro Batalhão de Ações de Comando, Lula e o ministro José Múcio, no mínimo, livraram o Exército de um grande constrangimento.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Amigos de Bolsonaro temem que tenha em breve um pedido de prisão para Carluxo

Pego de surpresa com a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira em sua residência, em Brasília, Jair Bolsonaro tem outra investigação que está tirando seu sono: o caso que envolve o filho Carlos Bolsonaro.

Segundo Bela Megale, O Globo, Já havia chegado ao ex-presidente e à cúpula do PL, seu partido, a informação de que “está se fechando o cerco” da investigação que o Ministério Público do Rio de Janeiro conduz sobre o vereador, que comprova que existiu a prática de ‘rachadinha’ no gabinete do filho 02 na Câmara do Rio. Um eventual pedido de prisão de Carlos, inclusive, não é descartado pelos correligionários da sigla.

Jair Bolsonaro vem confidenciando ao seu círculo mais próximo de aliados a preocupação com o tema. Segundo pessoas próximas ao ex-presidente, o fato de ter sido alvo de buscas ontem aumentou sua perturbação em relação ao filho.

Carlos Bolsonaro é suspeito de ser o chefe de um esquema de peculato na Câmara Municipal do Rio, por meio de ‘rachadinha’, ou seja, a retenção ilegal de parte do salário pago a funcionários públicos ligados a ele. Seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, já foi alvo de uma investigação sobre o mesmo crime quando foi deputado estadual fluminense, mas as provas acabaram sendo anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Embaixada dos EUA recebe pedido para suspender vistos de Bolsonaro e Michelle

Ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado pela PF por suposta falsificação de registros de vacina para garantir entrada nos EUA.

A embaixada dos Estados Unidos (EUA) recebeu um ofício pedindo que a diplomacia norte-americana abra uma investigação e avalie suspender os vistos de entrada em território norte-americano do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da esposa, Michelle, bem como do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.

O documento foi enviado à embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, nessa quarta-feira (3/5), pela deputada federal Erika Hilton (PSol-SP). No texto, a parlamentar solicita que a embaixada reavalie e a permissão com base nas suspeitas de fraude em comprovantes de vacinação contra a Covid-19, investigados em operação da Polícia Federal (PF).

“Eu encaminhei um ofício para a Embaixada dos EUA suspenda os vistos de Bolsonaro, Michelle e assessores, se confirmando que apresentaram o comprovante de vacinação falso para entrada nos EUA”, diz a deputada.

“Além das mortes pela sua inação e mentiras durante a pandemia, Bolsonaro e assessores podem também ter espalhado o coronavírus deliberadamente, enquanto fingiam estar vacinados”, prosseguiu Erika.

Além de Erika Hilton, outra deputada federal do mesmo partido, Luciene Cavalcante (PSol-SP) questionou a representação diplomática do país no Brasil sobre a apresentação do comprovante de vacina ao ingressar no território, como revelado pela coluna Guilherme Amado, do Metrópoles.

Nessa quarta (3), Bolsonaro foi alvo da Operação Venire, que apura o envolvimento do ex-presidente com uma associação criminosa acusada de fraudar dados de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. O cartão de imunização dele e da filha, Laura, teriam sido alterados.

Bolsonaro relatou que a busca e apreensão na residência teve como alvo os cartões de vacina dele e da esposa. Ele afirmou que seu celular foi levado pelos investigadores, mas disse não temer o resultado das investigações, pois não teria tomado a vacina contra o coronavírus nem fraudado informações.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Moraes determina apreensão de armas e passaporte de Bolsonaro

Na operação que mirou Bolsonaro e aliados hoje, Alexandre de Moraes determinou que a PF apreenda armas e passaporte de Jair Bolsonaro, diz o Metrópoles.

Diz trecho do despacho:

“Busca e apreensão de armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos”.

A apreensão do passaporte leva Bolsonaro a cancelar a participação que faria em evento conservador em Portugal neste mês.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Dados do celular de Bolsonaro podem ser usados como provas em outros inquéritos

Jurista explica que provas que vierem a ser encontradas no aparelho podem subsidiar investigações em andamento.

Informações extraídas do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro podem ser usadas como provas em outros inquéritos em andamento pela Polícia Federal. A apreensão do aparelho foi feita durante a Operação Venire, que investiga a suspeita de fraude em cartões de vacinação e prendeu preventivamente o tenente-coronel Mauro Cid; o PM Max Guilherme Machado de Moura; o capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro; o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara; o ex-major Ailton Gonçalves Moraes de Barrose o secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, na manhã desta quarta-feira (3/5).

Segundo a jurista e mestre em Direito Penal Jacqueline Valles, quando é feito um mandado de busca e apreensão, ele delimita os objetos a serem apreendidos. “A lei determina que sejam especificados no mandado o que se busca. E se o material apreendido legalmente contiver indícios de outros crimes, eles podem, sim, ser usados em outras investigações. Se a Polícia Federal encontrar nesse celular informações que vinculem Bolsonaro a outros crimes investigados, a prova é válida, sim”, afirma.

A jurista explica que há um princípio no Direito que permite, ainda, usar provas obtidas nessa ação para iniciar outras investigações. “A Teoria da Serendipidade é muito aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na legalidade do encontro de provas de crimes diferentes aos que se investiga. Isso é muito comum nas interceptações telefônicas. A polícia está investigando, por exemplo, um crime de tráfico e descobre, por meio daquelas escutas, outros crimes. Segundo essa teoria, caso a polícia descubra novos crimes ao analisar o conteúdo do celular, isso também pode motivar a abertura de novos inquéritos policiais”, comenta Jacqueline.

Operação Venire

Policiais federais cumpriram os mandados de busca e apreensão e prisão preventiva no âmbito do inquérito das “milícias digitais”, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo comunicado da PF, a operação tem como objetivo “esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde”.

Ainda de acordo com a PF, as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19.

Segundo a PF, o objetivo do grupo “seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.

*Com GGN

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

PF: preso em operação diz saber quem é o mandante da morte de Marielle

Declaração sobre Marielle foi revelada pela Polícia Federal durante operação contra esquema de fraudes de vacinação nesta quarta (3/5).

Em mensagens reveladas pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (3/5), o candidato a deputado estadual nas eleições de 2022 pelo PL-RJ Ailton Barros afirma conhecer o mandante da morte da vereadora e ativista Marielle Franco, no Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo G1 e confirmada pelo Metrópoles.

Ailton acabou preso no âmbito da operação da PF que investiga esquema de falsificação de dados de vacinação contra Covid-19 envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

O ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, preso na manhã desta quarta-feira (3/5) pela Polícia Federal, concorreu pelo PL a uma vaga como deputado estadual no Rio de Janeiro em 2022. Ele se apresentava como “01 do Bolsonaro” na campanha.

Eleito suplente, Barros tem diversas fotos em rede social ao lado do ex-presidente. Ele foi oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas seguia carreira civil nos últimos anos. Em 2020, foi candidato a vereador pelo PRTB.

Em março de 2022, Barros foi exonerado de um cargo de assessor que ocupava na Casa Civil do governo do Rio de Janeiro.

Barros foi preso por suspeita de participação na adulteração de vacinas de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Mauro Cid Barbosa. O esquema de registros falsos envolvia postos de saúde no município de Duque de Caixas (RJ).

Caso Marielle

Cinco anos após a morte da vereadora, o caso segue em aberto. Em uma das últimas atualizações sobre o episódio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou, por unanimidade, o recurso em que as famílias da parlamentar e do motorista Anderson Gomes pedem acesso aos autos da investigação sobre os mandantes do crime.

Até o momento, as investigações levaram à prisão do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Elcio de Queiroz pela execução do crime. Os motivos e os mentores do atentado, porém, permanecem desconhecidos.

Operação contra fraudes

Nesta quarta-feira (3/5), a Polícia Federal deflagrou a Operação Venire para investigar um grupo suspeito de inserir falsos dados de vacinação para o coronavírus no sistema do SUS.

Segundo a PF, as inserções de dados falsos ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e adulteraram a condição de imunização da Covid-19 no cartão de Bolsonaro. As suspeitas de falsificação também recaem sobre a filha mais nova dele, Laura, 12 anos, além de Mauro Cid, a esposa e a filha dele.

Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, a investigação decretou mandado de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Em tom de ameaça, assessor de Bolsonaro diz à PF: “estão brincando com fogo”

“Estão querendo incendiar o Brasil”, afirmou o auxiliar do ex-mandatário, sob condição de anonimato.

Advogados e auxiliares buscam voos comerciais e até jatos particulares para irem a Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro disparou telefonemas a políticos, advogados, apoiadores e auxiliares assim que a Polícia Federal entrou em sua casa em Brasília para uma operação de busca e apreensão, diz Mônica Bergamo, Folha.

Bolsonaro estava tenso e pediu que todos se reunissem com ele em Brasília assim que possível.

Bolsonaro e sua mulher, Michelle Bolsonaro, tiveram os celulares apreendidos e o ex-presidente foi intimado para depor ainda nesta manhã.

Assessores e ex-auxiliares que moram em outros estados já estão tentando providenciar lugares em aviões e até mesmo jatos particulares que possam levá-los à capital federal.

O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, também está voando para Brasília. Ele diz que não quer ainda se manifestar antes de conhecer os detalhes do que ocorreu na casa do ex-presidente.

A operação surpreendeu a todos, já que Bolsonaro tinha um depoimento marcado na manhã desta quarta (3), na própria Polícia Federal, para depor na investigação sobre as joias que recebeu de presente da Arábia Saudita.

“Estão brincando com fogo”, diz um dos principais auxiliares de Bolsonaro, que pretende ainda falar sob a condição de anonimato.

“Estão fazendo coisas sem a menor justificativa e explicação, verdadeiros absurdos, estão querendo incendiar o Brasil”, segue o auxiliar.

A PF prendeu também o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o que é considerado grave pelo mesmo auxiliar. “A PF entrou em uma vila militar, onde o Cid vive, para prendê-lo”, segue.

A operação visa combater um grupo que teria inserido dados falsos no cartão de vacina de Bolsonaro.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição