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Professor denuncia alunos imigrantes nos EUA

Professor disse que “tem alunos que nem falam inglês”

Um professor substituto foi afastado de seu cargo após pedir que agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos), órgão responsável pelas deportações de imigrantes, fossem à escola onde ele trabalha.

Professor disse que “tem alunos que nem falam inglês”. O pedido foi em resposta a uma publicação do ICE que informava sobre a quantidade de imigrantes presos na última quinta-feira (23).

“Vocês deviam vir a Fort Worth, Texas, ao Northside High School. Tenho vários alunos que nem falam inglês e estão na 10ª – 11ª série [equivalente a segundo e terceiro ano do ensino médio]. Eles têm que se comunicar através do tradutor do iPhone comigo. O Departamento de Educação deveria inspecionar totalmente nosso sistema escolar no Texas também”, disse professor da Northside High School, em resposta ao ICE.

Cerca de 65% dos estudantes se identificam como latinos e/ou hispânicos, segundo documento publicado pelo distrito escolar em 2023. Mais de 70 mil estudantes estudam no distrito.

Distrito escolar está investigando o caso. A administradora do distrito de Fort Worth, Roxanne Martinez, afirmou estar ciente da publicação do professor. Em publicação no Facebook, afirmou que estão “conduzindo uma investigação completa para entender as circunstâncias e garantir que as ações apropriadas sejam tomadas”.

Professor foi afastado e fechou conta do X (antigo Twitter). No comunicado, Martinez apontou que as investigações serão realizadas sem que o professor esteja no campus da escola. Depois da retaliação nas redes, o professor fechou sua conta no X.

Agência prendeu 1.179 pessoas somente ontem (27). O número é muito superior à média sob Joe Biden, de cerca de 310 pessoas por dia, no último ano fiscal, encerrado em 30 de setembro de 2024. Na última quinta, sexta e sábado, foram realizadas um total de 1.417 prisões de imigrantes, segundo o ICE.

Governo Trump permitiu prisões de imigrantes em escolas e igrejas. Na semana passada, as autoridades foram autorizadas a prender imigrantes em locais sensíveis, como escolas, templos religiosos, hospitais e outras unidades de saúde. O secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman disse que “[o governo Trump] não amarrará as mãos de nossos corajosos agentes da lei e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso”. Com Notícias ao Minuto.

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Trump tem a segunda derrota na justiça

Juíza bloqueia decreto de Trump que suspende verba pra programas sociais, mostrando que o bolostrô não terá vida fácil no judiciário dos EUA.

Babou a política de exclusão social de Trump que a suspendia trilhões de dólares em subsídios, empréstimos e financiamentos de programas do governo, para revisá-los e garantir que eles estejam de acordo com a agenda de Donald Trump.

A juíza Loren AliKhan, do Distrito de Colúmbia, aceitou uma ação movida pela ONG Democracy Forward, que alegou que a ordem de

Trump violava a Primeira Emenda da Constituição dos EUA

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Trump ameaça a economia dos EUA. Não duvide do estrago que um idiota pode produzir

Os planos do bufão norte-americano contra imigrantes ilegais podem abalar setores cruciais dos EUA, tais como agricultura, alimentação, hotelaria e tecnologia.

Se Trump levar mesmo a ferro e fogo sua promessa de mandar embora até 11 milhões de imigrantes em situação ilegal, o que pode acontecer na maior economia do planeta?

O impacto seria tão brutal que a Bloomberg Economics avalia que a deportação de todos os imigrantes indocumentados reduziria em até 8% o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, avaliado em US$ 27,3 trilhões.

Tem mais

As perdas bilionárias não param por aí.

Segundo o American Immigration Council (AIC), as famílias de imigrantes contribuíram com quase um sexto de todos os dólares arrecadados em impostos no país, cerca de US$ 580 bilhões em 2022.

No total, os ilegais representam cerca de 23% da população de imigrantes, sendo que cerca de 4 milhões (23% do total) são do México, seguidos de Índia (6%), China (5%), Filipinas (4%) e El Salvador (3%), de acordo com dados do Pew Research Center.

A magnitude destes números já preocupa, inclusive, Wall Street, que faz as contas do que isso poderia causar a toda uma economia, que depende bastante desses trabalhadores. Isso porque 13,6% da população americana atualmente é composta por imigrantes. Além disso, cerca de 18,4% da força de trabalho vem dessa imensa massa e 25% das empresas são constituídas por imigrantes, segundo dados do Departamento do Trabalho.

Resultado do estrago com os setores mais afetados

Entre os setores nos EUA que mais sentirão o impacto da deportação em massa estão o hoteleiro, alimentos e construção civil, de acordo com dados do banco de investimento Jefferies. Todos eles são intensivos em mão de obra e devem sentir a pressão em seus custos.

Os restaurantes de fast food, por exemplo, já enfrentam problemas com o mercado de trabalho e os custos dos alimentos, que devem aumentar.

Na construção, os problemas vão desde as varejistas de materiais de construção até os trabalhadores nas obras propriamente ditas, uma vez que em estados como Texas, Califórnia e Flórida mais de 45% dos trabalhadores da construção são imigrantes, segundo dados do Jefferies.

Na Agricultura, estima-se que em todo os Estados Unidos cerca 70% dos trabalhadores agrícolas são imigrantes, muitos deles sem documentos, segundo a Pesquisa Nacional de Trabalhadores Agrícolas do Departamento de Trabalho dos EUA.

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O forte recuo das ações da Nvidia foi apenas um cheiro da China no cangote de Trump. O pior ainda está por vir

Queda histórica da Nvidia é só o começo. Isso é um alerta, um alerta para novos ajustes em ações de tecnologia.

Investidores que seguiram cegamente a euforia de Wall Street, com ações ligadas à inteligência artificial (IA), ainda sentirão um repuxo muito maior e mais profundo na pele.

Futuro assombroso!

Quedas futuras podem ser duas ou até três vezes maiores do que o recuo de 17% registrado pela Nvidia, que perdeu quase US$ 600 bilhões em valor de mercado, isso em um único dia.

Detalhe macabro: Foi a maior perda já registrada para uma empresa.
Par3ece que foi somente o começo, o começo de uma adaptação à realidade.

Agora, é perceptível que não é mais algo infalível.

Há uma pequena rachadura no vidro.

No meio do caminho tinha uma China.
Tinha uma China no meio do caminho.

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Pedidos de socorro em Los Angeles intrigam o mundo

Entenda a verdade perturbadora por trás das mensagens de “HELP” escritas no chão de Los Angeles, que viralizaram e geram especulações sobre tráfico humano, enquanto moradores pedem investigação urgente Mensagens perturbadoras escritas no chão de Los Angeles viralizam na internet, e moradores revelam novos detalhes sobre seu significado. Usuários do Google Earth identificaram várias ocorrências […]

As imagens viralizaram nas redes sociais no fim de semana, levantando temores de que alguém possa estar tentando alertar o público ou as autoridades sobre uma operação de tráfico humano na região.

Um usuário do Reddit comentou: “Parece que alguém ou um grupo está sendo traficado e usou materiais disponíveis para escrever um pedido de socorro. Espero que, se uma pessoa comum notou, as autoridades também tenham notado.”

Outro usuário do X postou: “Todos sabemos há muito tempo que contêineres são usados para tráfico humano”, referindo-se à proximidade do local com o pátio de contêineres.

Observadores preocupados também apontaram o que parecem ser buracos ou entradas de túneis nas proximidades, especulando que atividades criminosas possam estar ocorrendo ali.

Alguns sugeriram que as mensagens podem ser uma brincadeira de crianças da região. No entanto, muitos continuam alarmados, argumentando que uma explicação mais sinistra ainda não pode ser descartada. Eles pediram que os moradores investiguem a situação mais a fundo.

“Precisamos encontrar José e garantir que não seja tráfico humano”, postou um usuário do X que diz ser residente de Los Angeles há muito tempo.

Outro respondeu ao vídeo de LAguy: “Cara, entreviste José sobre o que ele pensa do tráfico humano. Eu não iria a nenhum lugar fora do campo de visão das pessoas sem estar armado.”


Tradução: Ok, então aparentemente José está escrevendo todos os sinais de AJUDA e o cachorro se chama SUS… um menino chamado SUS.

ImagemImagem

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Tradução: ÚLTIMAS NOTÍCIAS: Esta mensagem perturbadora foi vista no Google Maps em Los Angeles, Califórnia, com as palavras “Help” e “Traffico” escritas nos escombros, cercadas por contêineres de transporte. Foi confirmado que o lote próximo a este local é um pátio de transporte, o que levou os usuários a temer que isso esteja conectado ao tráfico de pessoas ou pior.

Resposta: 34°03’18.0″N 118°13’30.0″W Vai para o Google Maps.


Tradução: Existe um sistema subterrâneo profundo sob a superfície cujos pontos de acesso são cobertos por contêineres que eles usam guindastes para remover. Há muito mais acontecendo do que o que é visível na superfície.

*O Cafezinho

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Socialismo com Características Chinesas: inteligência artificial de graça e com código aberto

Aquiles Lins

Brasil, que já tem cooperação com a China na área de inteligência Artificial, é um dos países que mais têm a ganhar com a chegada do Deepseek.

O lançamento do Deepseek, modelo avançado de inteligência artificial de código aberto desenvolvido na China, está reconfigurando as bases do mundo tecnológico. Ao contrário do modelo predominante no Ocidente, onde grandes empresas monopolizam a inovação e lucram com acesso restrito às tecnologias, a startup da China aposta em uma abordagem inclusiva e colaborativa. O Deepseek reflete a filosofia do “Socialismo com Características Chinesas”, um modelo político e econômico desenvolvido na China que combina os princípios do socialismo, como a liderança do Partido Comunista, com mecanismos de mercado para impulsionar o crescimento econômico. Ele busca alinhar o planejamento estatal à inovação tecnológica e à abertura econômica, preservando a soberania nacional e adaptando o socialismo às especificidades culturais, históricas e econômicas do país. Esse sistema prioriza o desenvolvimento coletivo, a redução das desigualdades e o fortalecimento da China como potência global, ao mesmo tempo em que promove uma narrativa de modernização com inclusão social.

Ao disponibilizar o Deepseek de forma gratuita e aberta, a China demonstra, na prática, sua política do “ganha-ganha”. Essa estratégia, que guia as relações internacionais chinesas, propõe que a prosperidade de uma nação pode e deve beneficiar outras, criando um ciclo virtuoso de cooperação. Para a China, a inteligência artificial não é apenas uma ferramenta para ganho econômico, mas uma alavanca para a redução das desigualdades globais. Com o Deepseek, pequenos países em desenvolvimento, que muitas vezes ficam à margem das revoluções tecnológicas, agora têm a chance de acessar tecnologia de ponta para resolver problemas locais, como otimização agrícola, saúde pública e educação personalizada.

Internamente, chineses já colhem os frutos dessa visão de inclusão tecnológica. Ao aplicar IA em larga escala, promoveu avanços significativos em áreas como infraestrutura, logística e conectividade digital para comunidades rurais. Esses resultados sustentam sua narrativa de que o Socialismo com Características Chinesas não se limita ao desenvolvimento econômico, mas busca equilibrar inovação tecnológica com justiça social. No cenário global, o Deepseek consolida essa postura ao exportar uma tecnologia que incentiva o compartilhamento de conhecimento e a colaboração entre países, marcando uma ruptura em relação à lógica de competição predatória típica de outras potências tecnológicas.

O Brasil é um dos países que mais têm a ganhar com a chegada do Deepseek e com a ampliação da cooperação com a China. Durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil em novembro de 2024, foram firmados 37 acordos bilaterais, incluindo o estabelecimento de um Laboratório Conjunto em Mecanização e Inteligência Artificial para Agricultura Familiar. Este laboratório permitirá ao Brasil adaptar soluções do Deepseek às necessidades da agricultura tropical, promovendo produtividade sustentável para pequenos agricultores. Outro acordo, voltado ao fortalecimento de capacidades em IA, prevê o intercâmbio de pesquisadores e a formação de profissionais brasileiros, consolidando a transferência de conhecimento e tecnologia. Com o apoio da China, o Brasil tem a oportunidade de desenvolver algoritmos próprios e avançar em áreas estratégicas como saúde, educação e inclusão digital, ao mesmo tempo em que preserva sua soberania tecnológica.

Essa política de código aberto também é um ato estratégico. Ao disseminar uma tecnologia robusta e acessível, a China se posiciona como líder global em inteligência artificial e influência tecnológica, ampliando seu soft power. Para os países que adotarem o Deepseek, a parceria com a China traz mais do que tecnologia: inclui acesso a infraestrutura, treinamento e financiamento, como demonstram iniciativas já em curso no Brasil. Esse movimento consolida a visão de que a liderança global da China não se baseia na exploração de mercados, mas na construção de redes interdependentes de prosperidade compartilhada.

O impacto do Deepseek é, portanto, mais profundo do que apenas no mundo da tecnologia. Ele simboliza uma alternativa ao modelo hegemônico centrado no lucro e na concentração de poder, oferecendo uma visão de futuro onde a inteligência artificial é uma ferramenta para o bem-estar coletivo. Ao unir tecnologia de ponta com uma política de inclusão global, a China reafirma seu compromisso com um desenvolvimento que prioriza pessoas e comunidades. O Deepseek é mais do que um modelo de IA: é um manifesto do que o Socialismo com Características Chinesas pode oferecer ao mundo no século XXI/247.

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Golfo do México: Google abraça Trump e diz que vai mudar nome

Mais uma gigante da tecnologia aponta para a extrema direita e anuncia mudança no nome do Golfo do México para “Golfo da América” de Trump.

A empresa de tecnologia, uma das maiores big techs do mundo, Google, controlada pela Alphabet, anunciou que vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América” em suas plataformas. A medida está alinhada à postura expansionista do presidente de extrema direita Donald Trump. O político adota uma visão de desprezo pela América Latina. Já do lado da Google, o CEO da empresa, Sundar Pichai, estava na posse de Trump, acompanhado de outros bilionários extremistas como Elon Musk (X) e Mark Zuckerberg (Meta).

O anúncio da mudança veio ontem (27). A big tech anunciou que atualizará seus mapas para refletir a decisão do governo dos Estados Unidos e deve impactar, sobretudo, no Google Maps. A mudança ocorrerá assim que o novo nome for registrado oficialmente no Sistema de Nomes Geográficos dos EUA.

A alteração será visível apenas para usuários nos Estados Unidos, enquanto no México o nome continuará sendo “Golfo do México”. Em outros países, o Google Maps exibirá ambos os nomes lado a lado.

Golfo do Trump
A mudança foi anunciada pelo Departamento do Interior dos EUA na última sexta-feira (24), como parte de uma série de ações executivas assinadas pelo presidente Donald Trump logo após assumir o cargo, em 20 de janeiro.

“Como orientado pelo Presidente, o Golfo do México agora será oficialmente conhecido como Golfo da América e o pico mais alto da América do Norte passará a ter novamente o nome de Monte McKinley”, informou o Departamento em comunicado.

A montanha mencionada, anteriormente conhecida como Denali, no Alasca, também terá seu nome alterado para o antigo título em homenagem ao presidente William McKinley, revertendo uma decisão tomada em 2015 pelo governo Obama.

Reação do México
A decisão de renomear o Golfo do México gerou reações tanto nos Estados Unidos quanto no exterior. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, ironizou a decisão e sugeriu, em tom bem-humorado, que a América do Norte fosse renomeada como América Mexicana, em referência a um antigo mapa histórico da região.

O Google, por sua vez, confirmou que seguirá as diretrizes estabelecidas pelo governo norte-americano e atualizará sua plataforma de mapas. A empresa, que pertence à Alphabet, afirmou em publicação no X (antigo Twitter): “Conforme a atualização do Sistema de Nomes Geográficos dos EUA, o Golfo do México será renomeado como Golfo da América em nossas plataformas nos Estados Unidos. Em outros locais, exibiremos ambas as denominações.”

A mudança no Google Maps também incluirá o Monte McKinley, alinhando a plataforma às novas decisões geográficas oficiais dos EUA.

A decisão de Donald Trump reflete sua visão de reforçar símbolos ultranacionalistas americanos. No entanto, críticos apontam que mudanças como essas podem ser vistas como uma tentativa de apagar ou minimizar influências culturais e históricas de outras nações, especialmente no caso do México, que compartilha uma longa relação histórica com o Golfo. Com TVT.

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A pica do tamanho de um cometa que a China enterrou nos EUA

A IA chinesa DeepSeek detonou o slogan político do bufão Trump, num só corropio.

Desaba o suposto protagonismo dos EUA no setor de tecnologia.
O setor, que deu a Trump a certeza que o mundo estava a seus pés.

O slogan decalcado de Ronald Reagan “Make America Great Again” ou seja “Torne a América Grande Novamente”, virou pó da noite para o dia.

Resultado, o vigarista grandalhão vai descontar sua ira nos coitados dos imigrantes, o que, claro, mostra como esse sujeito com atitudes nazistas sentiu o tranco da IA chinesa DeepSeek.

Com o tombo das ações da gigante norte americana e a lambada de cipó de aroeira que os bilionários dos EUA levaram ontem, o poido slogan de Trump, que também já foi usado por Obama, virou farrapo.

Robô conversador superou rival ChatGPT em downloads nos EUA e fez gigantes de tecnologia perderem US$ 1 trilhão em valor de mercado por se apresentar como uma alternativa mais barata que os modelos de inteligência artificial mais famosos do mundo.

Trocando em miúdos, os chineses colocaram Trump na roda e o bobalhão está procurando a bola até agora.

Ou seja, vale a máxima de Fabricio Queiros, gerente do esquema de peculato do clã Bolsonaro. Os chineses enterraram em Trump uma pica do tamanho de um cometa.

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Musk, Huang, Ellison: veja quanto os bilionários da tecnologia perderam com a onda DeepSeek

Novo modelo de inteligência artificial da startup chinesa motivou a queda de ações de empresas do setor. A gigante norte-americana Nvidia, por exemplo, acumulou perdas de quase US$ 600 bilhões.

O novo modelo de inteligência artificial (IA) produzido pela startup chinesa DeepSeek mexeu com os mercados nesta segunda-feira (27) e fez as fortunas de magnatas da tecnologia caírem bilhões de dólares.

Empresas do setor nos Estados Unidos e na Europa chegaram a atingir perdas de US$ 1 trilhão em valor de mercado, conforme cálculo da agência Bloomberg. Os principais reflexos foram sentidos no bolso de nomes como Jensen Huang, CEO da Nvidia, e Larry Ellison, fundador da Oracle.

Veja abaixo as principais perdas desta segunda, segundo o ranking de bilionários da revista Forbes:

  • Larry Ellison – Oracle: US$ 27,6 bilhões (R$ 163 bilhões)
  • Jensen Huang – Nvidia: US$ 20,8 bilhões (R$ 123 bilhões)
  • Michael Dell – Dell: US$ 12,5 bilhões (R$ 74 bilhões)
  • Larry Page – Alphabet (Google): US$ 6,4 bilhões (R$ 37,9 bilhões)
  • Sergey Brin – Alphabet (Google): US$ 6 bilhões (R$ 35,5 bilhões)
  • Elon Musk – Tesla, xAI: US$ 5,3 bilhões (R$ 31 bilhões)

Musk, Huang, Ellison: veja quanto os bilionários da tecnologia perderam com a onda DeepSeek
Novo modelo de inteligência artificial da startup chinesa motivou a queda de ações de empresas do setor. A gigante norte-americana Nvidia, por exemplo, acumulou perdas de quase US$ 600 bilhões.
Por André Catto — São Paulo

27/01/2025 19h17 Atualizado há 11 horas

Larry Ellison, Jensen Huang e Elon Musk estão entre os bilionários que perderam dinheiro com onda da IA chinesa. — Foto: Reprodução
Larry Ellison, Jensen Huang e Elon Musk estão entre os bilionários que perderam dinheiro com onda da IA chinesa. — Foto: Reprodução

O novo modelo de inteligência artificial (IA) produzido pela startup chinesa DeepSeek mexeu com os mercados nesta segunda-feira (27) e fez as fortunas de magnatas da tecnologia caírem bilhões de dólares.

Empresas do setor nos Estados Unidos e na Europa chegaram a atingir perdas de US$ 1 trilhão em valor de mercado, conforme cálculo da agência Bloomberg. Os principais reflexos foram sentidos no bolso de nomes como Jensen Huang, CEO da Nvidia, e Larry Ellison, fundador da Oracle.

Veja abaixo as principais perdas desta segunda, segundo o ranking de bilionários da revista Forbes:

Larry Ellison – Oracle: US$ 27,6 bilhões (R$ 163 bilhões)
Jensen Huang – Nvidia: US$ 20,8 bilhões (R$ 123 bilhões)
Michael Dell – Dell: US$ 12,5 bilhões (R$ 74 bilhões)
Larry Page – Alphabet (Google): US$ 6,4 bilhões (R$ 37,9 bilhões)
Sergey Brin – Alphabet (Google): US$ 6 bilhões (R$ 35,5 bilhões)
Elon Musk – Tesla, xAI: US$ 5,3 bilhões (R$ 31 bilhões)

Entenda o ‘efeito DeepSeek’
O novo modelo de inteligência artificial da DeepSeek fez empresas de tecnologia perderem cerca de US$ 1 trilhão em valor de mercado em um único dia.

As perdas aconteceram diante da disparada de downloads do assistente de IA da DeepSeek, que superou seu rival norte-americano ChatGPT na App Store. O aplicativo gratuito se tornou também o mais bem avaliado disponível na loja da Apple nos EUA.

O modelo de IA apresentado pela startup chinesa se destaca por ser uma alternativa viável e mais barata de inteligência artificial. (leia mais abaixo)

Isso fez investidores questionarem sobre a sustentabilidade de gastos e investimentos no setor por empresas dos Estados Unidos— incluindo a Microsoft, a Meta e a Alphabet. Também colocou em dúvida o domínio ocidental no setor.

Em outras palavras: o mercado se animou com o fato de a DeepSeek possivelmente igualar as capacidades dos modelos de IA dos EUA, mas com um orçamento muito menor.

Diante do cenário, o maior prejuízo do dia ficou com a companhia norte-americana Nvidia. A fabricante de chips e semicondutores para IA chegou a perder US$ 620 bilhões em valor de mercado nesta segunda-feira — um recuo de quase 18% —, informou o jornal britânico Financial Times.  Com g1.

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Brasileiros trans nos EUA reagem à era Trump: ‘Vamos desmantelar o ódio’

Pessoas trans que vivem nos EUA têm camada maior de preocupações com decisões de Trump que vão além da imigração.

Crises de choro, ataques de pânico e uma sensação de tristeza profunda. Essas foram algumas das reações relatadas por brasileiros transgênero residentes nos EUA ouvidos pela Agência Pública após o início do segundo mandato do republicano Donald Trump à frente da Casa Branca.

Em seu discurso de posse, na segunda-feira (20), Trump reafirmou promessas de campanha e, em tom incisivo, reiterou que, dali em diante, a “política oficial do governo dos Estados Unidos reconheceria apenas dois gêneros, feminino e masculino”. Já nas primeiras horas de governo, o republicano assinou e revogou ordens executivas, incluindo algumas que visavam proteger a população LGBTQIA+, como medidas que garantiam proteção contra discriminação e ampliavam direitos de pessoas trans nas Forças Armadas.

No mesmo dia, Trump decretou que agências do governo passassem a usar o termo “sexo”, em vez de “gênero”. A alteração vale para passaportes e outros documentos federais de identificação –- Marco Rubio, novo chefe de diplomacia do governo norte-americano mandou suspender os pedidos de passaportes que tinham “X” como marcador de sexo, em vez de “masculino” ou “feminino”, segundo o The Guardian. O governo decidiu também que detentas trans sob custódia federal sejam colocadas em celas masculinas. A ordem inclui, ainda, uma orientação para que todas as agências “acabem com o financiamento federal da ideologia de gênero”, sem deixar claro como isso seria posto em prática.

Trump pôs fim também aos programas e políticas conhecidos sob a sigla “DEI” (Diversidade, Igualdade e Inclusão, na sigla em inglês), voltados a grupos que historicamente foram sub-representados ou enfrentam discriminação. A ordem é que todos os funcionários públicos federais de setores de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade sejam colocados em “licença administrativa remunerada” – enquanto as agências federais tomam medidas para encerrar os programas.

Nascida em Fortaleza, Klas Gomes, de 21 anos, mora em Nova Iorque desde os 12 anos e teme que o segundo mandato de Trump seja pior que o primeiro. O receio não se deve só aos decretos, mas ao fato de que a postura do presidente passaria “a mensagem de que está tudo bem ser transfóbico”.

Ela conta que há um sentimento de tristeza desde o dia 6 de novembro de 2024, quando Trump foi declarado vitorioso. “Passei o dia inteiro acompanhando a apuração. Quando vi que ele havia ganhado, foram lágrimas e lágrimas — não só minhas, mas de todos os meus amigos”, relata a jovem, que se descobriu mulher trans apenas aos 18 anos, no início da faculdade — ela estuda inglês e quer se tornar professora ou tradutora.

Klas confessa que, inicialmente, chegou a cogitar deixar os Estados Unidos, tamanho foi o choque após a vitória eleitoral de Trump. Hoje, está convencida a ficar e se diz privilegiada por viver em uma das cidades mais cosmopolitas e diversas do mundo, onde, segundo ela, o preconceito não seria tão explícito. “Precisamos usar a nossa voz e gritar o mais alto possível que não concordamos com o que está sendo imposto. Somos reais e temos um lugar nesse país, mesmo que nos digam o contrário.”

Manter-se nos EUA é uma opção que não vem sem preocupações, não apenas para quem é atingido pelas mudanças, mas para quem vê nas ações de Trump um incentivo para crimes de ódio contra a população LGBTQIA+. “Não sou a favor de armas. Apesar disso, estou pensando seriamente em pegar uma licença e andar com uma arma sempre comigo”, afirma Luca Lima, homem trans brasileiro de 25 anos que mora em Nova Jersey. “Não dá para ficar vivendo a vida com medo de entrar em um banheiro e nunca mais sair”, completou.

EUA: “Tive até que tomar remédio para ansiedade”
Luca está entre o 1,6 milhão de pessoas trans nos Estados Unidos, segundo estimativa de 2022 do Instituto Williams, líder em pesquisas sobre leis e políticas de orientação sexual e identidade de gênero, e vê seus direitos ameaçados diante da volta de Trump ao poder. “No dia da posse, tive até que tomar remédio para ansiedade porque não estava bem. Infelizmente, já está ruim e só vai piorar”, conta.


Para Luca Lima, situação ‘infelizmente, já está ruim e só vai piorar.’ (Foto: Arquivo pessoal)

O brasileiro nasceu no Rio de Janeiro e mora em Nova Jersey há dois anos, após se mudar de Connecticut, onde vivia desde os 13 anos. Aos 16, descobriu ser uma pessoa trans. “Eu pensava: ‘Não tenho problema em me ver no espelho, mas, se eu pudesse ter um corpo diferente, eu teria’. Um dia, meus amigos me perguntaram se eu queria que eles me tratassem no masculino para eu ver como me sentia. Depois, começamos a pensar em nomes. Esse foi um dos finais de semana mais felizes da minha vida”, lembra.

Para Luca, ser uma pessoa trans é difícil, mas ele se sente privilegiado em comparação a outras pessoas da comunidade. Além de ter o apoio da família, ele é percebido como um homem cisgênero e, por esse motivo, não sofre tanto preconceito, mas o receio ainda é grande em situações específicas, como ao usar banheiros públicos ou ao praticar artes marciais — que ele decidiu aprender justamente para se sentir mais seguro, segundo o ICL.

“Certa vez, estava no vestiário e ouvi alguns homens conversando. No meio da conversa, um deles soltou: ‘Isso é muito gay’. Não sei qual foi o contexto, mas deu para perceber que não são pessoas de mente aberta”, afirma. “Imagina se esses caras descobrem que eu estava rolando no chão com eles. O que aconteceria?”

Luca já tem o chamado green card — visto de residência permanente concedido a imigrantes –- e está prestes a obter a versão do documento para estrangeiros que moram no país há pelo menos dez anos, por isso não considera a ideia de voltar ao Brasil. Sua carteira de habilitação e cartão do Seguro Social, equivalente à importância do CPF no Brasil, foram emitidos em seu novo nome e apresentam o gênero “masculino”. O green card ainda não. E para a nova versão do documento, a questão do gênero ainda é incerta.

“O green card não é um documento que eu uso no dia a dia. Eu o deixo guardado em casa e é algo que ninguém vê”, conta.

‘Um passo de cada vez’
A goiana Sara Wagner York, mulher trans de 49 anos que mora em Pittsburgh, na Pensilvânia, desde agosto de 2024, já enfrentou uma série de dificuldades e situações discriminatórias por se entender trans desde os 12 anos, em um meio –- e época –- em que havia pouca informação sobre o assunto. Ela foi expulsa de casa quando se assumiu.

Sara Wagner York destaca: ‘Nossas vidas são válidas, nossas existências são dignas.’ (Foto: Arquivo pessoal)

Sara chegou a morar na rua e conta que apanhou diversas vezes – da mãe, de colegas de escola e da polícia. Aos 15, membro de uma igreja evangélica e encampando uma tentativa de “virar homem”, engravidou uma mulher -– o filho tem hoje 32 anos.

Colecionando experiências desafiadoras, Sara não encara o novo mandato de Trump com tanto medo e o enxerga como mais um obstáculo a ser enfrentado. Pesquisadora na área de educação e saúde e estudante de doutorado na Universidade de Pittsburgh, ela diz que “o que Trump está propondo é um retrocesso aos direitos humanos, uma tentativa de apagar nossa identidade e, mais do que isso, deslegitimar nossa existência. Precisamos nos manter organizados e unidos para garantir que a voz da comunidade seja ouvida”.

“Esses ataques, em vez de nos silenciarem, só nos fortalecem. Continuaremos a existir, a lutar e a exigir respeito, independentemente de ameaças. Nossas vidas são válidas, nossas existências são dignas e vamos continuar a desmantelar o ódio, um passo de cada vez”, acrescenta.

Sara nunca cogitou deixar os Estados Unidos. “Entendi que existem formas mais incisivas de luta, e uma delas é o enfrentamento. Então não, não penso em voltar”, diz. “O ato de ‘abandonar’ não faz mais parte da minha vida. Tenho metas a cumprir e estou focada nisso.”