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Ao vivo: A qualquer momento sairá a fumaça da escolha do novo Papa

Uma multidão aguarda primeira fumaça do conclave; acompanhe;

O conclave, processo de escolha do novo papa da Igreja Católica, começou por volta das 17h45 no horário local (12h45 , horário de Brasília), na Capela Sistina, nesta quarta-feira (7).

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Israel: após plano para expansão do genocídio, ministros defendem limpeza étnica dos palestinos

Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, ameaçaram ‘destruição total’ da Faixa de Gaza e ‘migração’ da população palestina.

Um dia após Israel aprovar um plano para a expansão da operação militar e ocupação da Faixa de Gaza, o ministro das Finanças do premiê Benjamin Netanyahu, Bezalel Smotrich, declarou, nesta terça-feira (06/05), que o enclave será “totalmente destruído” e a população palestina “partirá em grande número para outros países”.

Anteriormente o político de extrema direita disse que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não se retirarão de Gaza. “Estamos ocupando Gaza para ficar. Deixaremos de ter medo da palavra ‘ocupação’”, disse Smotrich ao Canal 13 de Israel.

Já o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, reafirmou sua insistência em usar a fome como arma de guerra contra os palestinos em Gaza. De acordo com o Canal 14 de Israel, Ben-Gvir disse que “a única ajuda que deve entrar em Gaza é para fins de migração voluntária”, em apoio ao deslocamento forçado dos palestinos.

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“Enquanto [os prisioneiros israelenses] estiverem presos nos túneis, nenhuma ajuda deverá entrar lá, nem do exército israelense, nem de organizações humanitárias”, acrescentou.

As falas dos ministros vão ao encontro da medida aprovada pelo gabinete de segurança de Israel, que prevê a ocupação do enclave e a manutenção territorial, o deslocamento da população palestina para o sul, além de negar ao Hamas a distribuição de suprimentos humanitários.

O plano também permite ataques violentos contra militantes árabes locais, o que segundo o governo do país, ajudará a garantir sua vitória na região.

A declaração de Smotrich e o plano aprovado pelo governo de Tel Aviv ocorrem após o presidente dos Estados Unidos e aliado de Israel, Donald Trump, já ter defendido, ao lado de Netanyahu, o deslocamento forçado dos palestinos.

“A Faixa de Gaza é uma incrível e importante propriedade imobiliária. Se você mover os palestino para diferentes países, você realmente tem uma ‘zona de liberdade’”, disse na ocasião.

*Opera Mundi

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Rússia repele ataque de drones da Ucrânia às vésperas da chegada de Lula

O Ministério da Defesa russo informou nesta segunda-feira (5) que 26 drones foram interceptados e destruídos durante a última madrugada em uma tentativa de ataque da Ucrânia em diversas regiões russas, inclusive em Moscou. Anteriormente, a Ucrânia rejeitou a proposta russa de um cessar-fogo de três dias para as comemorações do Dia da Vitória, que contarão com a presença do presidente Lula.

“Durante o período das 23h, horário de Moscou, em 4 de maio, até 2h30, horário de Moscou, em 5 de maio, os sistemas de defesa aérea em serviço interceptaram e destruíram 26 veículos aéreos não tripulados ucranianos”, diz o comunicado do ministério.

De acordo com a pasta, 17 drones de ataque foram interceptados sobre o território da região de Bryansk, cinco sobre o território da região de Kaluga e quatro sobre o território da região de Moscou.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, tambémas declarou que forças de defesa aérea do Ministério da Defesa repeliram um ataque de quatro drones que voavam na direção de Moscou. De acordo com o prefeito, os drones foram interceptados ao sul da capital, na região de Podolsk.

“De acordo com dados preliminares, não há danos ou vítimas no local da queda dos destroços. Especialistas dos serviços de emergência estão trabalhando no local do incidente”, declarou Sobyanin.

A atuação da defesa aérea russa para repelir ataques de drones passou a ser uma constante após a Ucrânia intensificar o uso de veículos não tripulados para buscar atacar a Rússia, em particular após um ataque em 3 de maio de 2023, justamente às vésperas do Dia da Vitória. Na ocasião, dois drones foram lançados em direção ao Palácio do Senado, dentro do Kremlin. Os projéteis foram repelidos, mas um dos domos do prédio chegou a ser atingido, causando uma pequena explosão.

O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma Estatal, Yuri Shvytkin, declarou no último domingo (4) que as Forças Armadas Russas e o Ministério da Defesa estão fazendo todos os esforços para garantir a segurança completa dos participantes do Desfile da Vitória e dos convidados de Moscou no feriado de 9 de maio.

Anteriormente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que Kiev não pode garantir a segurança dos líderes estrangeiros que virão a Moscou para a parada militar do Dia da Vitória.

“Nossa posição é muito simples: não podemos ser responsabilizados pelo que está acontecendo no território da Federação Russa. Eles [os russos] estão garantindo a segurança de vocês, e não daremos nenhuma garantia, porque não sabemos o que a Rússia fará nessas datas”, disse Zelensky.

Yuri Shvytkin afirmou que Kiev está fazendo todo o possível para minimizar a presença de líderes internacionais no Dia da Vitória, em Moscou. Segundo ele, o número de líderes de outros países que visitarão a Rússia em 9 de maio a convite do presidente Vladimir Putin será “uma evidência da importância do feriado”.

“Para manter a segurança, serão envidados esforços pelas agências de segurança pública e pelo Ministério da Defesa, sistemas de defesa aérea e outras diversas forças e meios. Medidas operacionais preventivas serão executadas na véspera de 9 de maio, além de garantir diretamente a ordem pública, a segurança e concentrar as forças de defesa aérea em possíveis direções de ataque à nossa capital”, disse Shvytkin.

Lula à caminho de Moscou
A Rússia recebe nesta semana delegações de 19 países para as comemorações do Dia da Vitória, em 9 de maio, que marca os 80 anos da vitória soviética contra o nazismo na Segunda Guerra Mundial. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chega a Moscou na quarta-feira (7) é um dos principais nomes dos convidados internacionais.

A primeira-dama Janja já está no país para cumprir agenda de promoção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pela presidência rotativa do Brasil à frente do G20. A comitiva do presidente Lula também contará com a presença presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)

Além do presidente brasileiro, o líder da China, Xi Jinping, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, também estão entre as presenças confirmadas no 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial. Líderes da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) – bloco de países da antiga União Soviética -, Vietnã, Sérvia, Eslováquia, Palestina, Burkina Faso completam a lista.

Após a visita à Rússia, o presidente Lula segue para a China, onde participará da Cúpula China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que será realizada nos dias 12 e 13 de maio. Lula também terá uma reunião bilateral com o líder chinês, Xi Jinping.

*BdF

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OMS denuncia Israel: “Estamos matando as crianças de Gaza de fome”

Após dois meses de bloqueio, fome e sede atingem 2,4 milhões de pessoas. Para o diretor Mike Ryan situação em Gaza é “uma abominação”; ONU alerta para catástrofe humanitária

A Faixa de Gaza está à beira do colapso — e Israel tem responsabilidade direta, denunciam autoridades internacionais. Na última quinta-feira (1º/5), Michael Ryan, diretor-geral adjunto do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi incisivo ao dizer a jornalistas que “estamos destroçando o corpo e a alma das crianças de Gaza. Estamos matando as crianças de fome. Se não agirmos, seremos cúmplices do que ocorre diante dos nossos olhos”.

Israel bloqueia há dois meses toda entrada de alimentos, medicamentos e combustível no enclave, agravando um quadro de fome generalizada que já atinge 2,4 milhões de pessoas. A justificativa do governo israelense é pressionar o Hamas para que libertem 58 reféns, dos 251 ainda detidos desde 7 de outubro de 2023. Porém, os efeitos atingem de forma desproporcional a população civil, especialmente as crianças, diz o Vermelho.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, “2 milhões de pessoas estão sofrendo enquanto 116 mil toneladas de alimentos estão bloqueadas na fronteira, a poucos minutos de distância”. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) declarou que suas últimas reservas acabaram no final de abril, obrigando o fechamento de 25 padarias e cozinhas populares que atendiam metade da população — ainda assim fornecendo apenas 25% das necessidades alimentares diárias. Sem comida, sem combustível e sem água potável, os palestinos agora buscam itens para queimar e cozinhar, enquanto os preços dos alimentos dispararam em 1.400%.

Um massacre de crianças

Desde a retomada da ofensiva israelense, em 18 de março, quase 500 crianças palestinas foram mortas, informou o Hamas. Só nas últimas semanas, 1.350 civis morreram em Gaza, elevando o saldo total do conflito a mais de 50 mil mortos desde outubro, segundo números locais. A Defesa Civil de Gaza relatou que, em apenas um dia, 19 civis, sendo a maioria mulheres e crianças, foram mortos em bombardeios israelenses no norte do território.

A ONU denuncia uma situação inédita de catástrofe humanitária. O bloqueio imposto por Israel já é o mais longo da história recente de Gaza, com cerca de 4 mil caminhões de ajuda humanitária parados, impedidos de entrar. “O nível atual de desnutrição está causando um colapso na imunidade”, alertou Ryan. Ele reforçou que doenças como pneumonia e meningite estão em alta, matando os mais vulneráveis.

Israel insiste que há comida suficiente no território e acusa o Hamas de desviar a ajuda, algo que o grupo nega veementemente. Além disso, o governo Netanyahu anunciou planos para expandir a ofensiva militar genocida, com o objetivo de “conquistar Gaza” e, segundo palavras do próprio premiê, promover a “saída voluntária dos habitantes”, um plano inspirado nas propostas de Donald Trump de transformar Gaza em uma espécie de “Riviera do Oriente Médio”.

Entre territórios e vidas humanas

As críticas internacionais aumentam, não apenas pelas ações militares, mas também pela dimensão das mortes civis. Para o Fórum de Famílias de Reféns, que reúne parentes dos sequestrados israelenses, o governo de Netanyahu “está escolhendo território em vez de reféns, contrariando a vontade de mais de 70% da população israelense”.

Organizações humanitárias alertam: mais de 1 milhão de crianças em Gaza estão em risco iminente de morte ou sequelas irreversíveis por desnutrição severa. Sem entrada imediata de ajuda, essas mortes serão diretamente atribuídas às decisões políticas do governo israelense.

Enquanto o gabinete de segurança de Israel anuncia expansão militar e recrutamento de reservistas, comunidades inteiras em Gaza enfrentam o apagamento completo com milhares de famílias dizimadas, crianças enterradas sob escombros, escolas e hospitais destruídos.

“Como médico, estou furioso. É uma abominação”, enfatizou Ryan. “Devemos nos perguntar: quanto sangue é suficiente para satisfazer os objetivos políticos de ambos os lados?”

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Expulsos: Portugal vai notificar milhares de imigrantes, incluindo brasileiros, para que deixem o país

Imigrantes terão 20 dias para se retirarem do território de Portugal. Aqueles que não cumprirem o prazo, serão submetidos a “afastamento coercivo”, segundo o governo.

O governo de Portugal vai notificar 18 mil imigrantes em situação ilegal para que deixem o país. De acordo com o g1, a Embaixada do Brasil em Portugal acompanha o tema de perto e está em contato com as autoridades portuguesas para obter informações sobre o número exato de brasileiros afetados.

O ministro da Presidência do governo português, António Leitão Amaro, afirmou no último sábado (3) que os imigrantes que deverão deixar o país tiveram os seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima), depois de um período de análise, por não cumprirem as regras locais.

Eles terão 20 dias para se retirarem do território de Portugal. “Quem não cumprir a ordem terá de ser afastado coercivamente”, disse Amaro.

Ainda segundo o ministro, 4.574 imigrantes serão notificados já na próxima semana. “As regras têm de ser cumpridas, e o incumprimento tem de ter as consequências da lei”, afirmou.

Amaro afirmou também que boa parte das 18 mil pessoas afetadas já tinham ordens de saída da Europa emitidas por outros países ou tiveram sua autorização de residência negada por “situações criminais” que tornaram a concessão inviável.

A expectativa do ministro da Presidência de Portugal é de que o número de notificações aumente ainda mais. Isso porque o país acumula uma fila de cerca de 110 mil pedidos de residência que aguardam análise.

A Embaixada do Brasil em Portugal acompanha o tema de perto, em contato direto com as autoridades locais, segundo o Ministério de Relações Exteriores.

O cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Alessandro Candeas, afirmou em entrevista ao jornal local “Público” que está em contato com as autoridades portuguesas para obter mais informações sobre o número exato de brasileiros que podem ser afetados pela medida.

O embaixador brasileiro, Raimundo Carreiro, também afirmou estar acompanhando o caso.

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Lula criticou Zelensky e bolsonaristas atacaram Lula. Trump criticou o mesmo Zelenski e bolsonaristas atacaram o presidente da Ucrânia

A mudança apatetada de postura dos bolsonaristas reflete um alinhamento ideológico com Trump em detrimento de consistência que, na verdade, nunca tiveram.

Antes do debate Trump-Zelensky, o ucraniano foi útil para atacar Lula, a quem eles acusaram de ser pró-Rússia, por sua neutralidade e defesa de negociações de paz.

Após a crítica de Trump a Zelensky, os bolsonaristas, como o gado de sempre, seguiram o novo roteiro guiado por Bolsonaro, atacando o presidente ucraniano para manter a lealdade ao líder americano do mito dos tolos,

Postagens nas redes de maio de 2025 reforçam essa cômica atitude, descrevendo bolsonaristas como “ridículos” por passarem de defensores de Zelensky a críticos dele apenas por causa de Trump via Bolsonaro.

Lula, por sua vez, manteve uma postura coerente e consistente de crítica à guerra e defesa da diplomacia, condenando a invasão russa desde 2022, mas evitando o alinhamento automático com os EUA ou  com a OTAN.

Ele criticou tanto Putin quanto Zelensky, além da UE e dos EUA, por prolongar o conflito.

Após o bate-boca Trump-Zelensky, Lula defendeu a inclusão de Zelensky nas negociações, destacando que a paz exige a participação de ambos os lados, o que foi interpretado por bolsonaristas burros como uma defesa do presidente ucraniano.

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Trump diz que não sabe se precisa defender a constituição dos EUA

O bufão laranja se recusa a apoiar o devido processo legal enquanto seus esforços para deportar imigrantes indocumentados são bloqueados pelos juízes

O apogeu financeiro do capitalismo em nosso tempo, motor da globalização neoliberal, foi para o saco.

Só sobrou o neofascismo de Trump.

Os “EUA grande outra vez”, com já bufava a Nova Ordem Mundial de Reagan e Thatcher deu merda.

Na mão inversa é usado como slogan de Trump foi de vez para as picas.

O nome certo para essa distopia atual, é aarata aoa no mercado global.

É cômico ver o Infomoney, da XP Investimentos, fazendo resenha de um jogo perdido por 7 x 0, tentando explicar o próprio caldo que o mercado está levando com o cavalo de pau trumpista.

Alguém precisa falar alguma coisa.

Se depender da gloriosa mídia americanófila, sobretudo do império Globo, os EUA não fazem mais parte do planeta.

Acionaram a “tecla mudo” e, literalmente não se fala mais nisso.

O troço tensionou de tal forma no ambiente do capitalismo extremo chamado de neoliberalismo, que hoje essa inversão de Trump só se “sustenta” pela anteposta ‘ordem’ fascistizante.

Está uma zona globalizada.

A verdade é que a desordem capitalista é um fato consumado. Desemprego, fome, desamparo, desesperança, colapso generalizado, são as paisagens dos EUA. O país está com os portos vazios pela forra que a China está dando nos ex-donos do planeta.

Há uma saturação sistêmica que evoca as milícias do racismo, da misoginia, da homofobia, da desinformação, do fanatismo e do obscurantismo para dissimular o paradoxal apogeu da riqueza e da iniquidade em nosso tempo.

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Zelensky ameaça líderes mundiais que visitarem Moscou no Dia da Vitória; Lula está entre eles

‘Se houver uma provocação real, ninguém garante que Kiev chegará a 10 de maio’, responde Medvedev.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ameaçou a segurança dos líderes mundiais que estarão em Moscou, no próximo dia 9, para celebrar o 80º aniversário do Dia da Vitória.

Delegações estrangeiras e 20 líderes mundiais já confirmaram presença no desfile que celebrará a histórica vitória russa contra os nazistas, que deu fim à II Guerra Mundial.

Entre eles estão o presidente Lula e os chefes de Estado da China, Xi Jinping; da Venezuela, Nicolás Maduro; de Cuba, Miguel Díaz-Canel; da Sérvia, Aleksandar Vucic; da Eslováquia, Robert Fico.

“Para todos os países que viajaram ou estão viajando em 9 de maio, nossa posição é muito simples: não podemos ser responsabilizados pelo que acontece no território da Federação Russa. Eles fornecem segurança e, portanto, não daremos nenhuma garantia”, disse Zelensky.

Ameaças
“Acredito, como presidente, e disse isso ao ministro das Relações Exteriores, que devemos dizer às pessoas que nos procuram: ‘Do ponto de vista [de segurança], não recomendamos que vocês visitem a Federação Russa. E se o fizerem, não nos peçam. A decisão é pessoal de vocês’”, complementou.

Zelensky afirmou que líderes de alguns países que visitarão Moscou entraram em contato com autoridades ucranianas para “dizer que estão viajando para a Rússia e gostariam de estar seguros”.

Suas declarações foram agravadas pelo secretário do Comitê de Segurança, Defesa e Inteligência do Parlamento Ucraniano, Roman Kostenko.

*Opera Mundi

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Acionistas da Scania alemã pedem investigação sobre colaboração da empresa com ditadura brasileira

Exigência será reforçada no próximo dia 14 de maio durante a assembleia dos acionistas da empresa na Alemanha.

Em moção publicada no site da Traton SE (Grupo Traton), subsidiária da Volkswagen, acionistas da Scania alemã exigem uma investigação sobre a colaboração da empresa com a ditadura militar do Brasil.

A exigência será reforçada no próximo dia 14 de maio, quando acontecerá a reunião de acionistas do grupo.

Sem os devidos esclarecimentos, eles afirmam que não poderão aprovar as ações dos Conselho de Supervisão da Traton SE, relativos ao ano fiscal de 2024.

Os acionistas pertencem à Associação de Acionistas Éticos da Alemanha e alegam que o Conselho de Supervisão da Traton SE não cumpriu sua responsabilidade de reconhecer totalmente as violações de direitos humanos na história da empresa.

Confira a íntegra da moção:

O Conselho de Supervisão da Traton SE não cumpriu sua responsabilidade de reconhecer totalmente as violações de direitos humanos na história da empresa.

No ano passado, a Associação de Acionistas Éticos da Alemanha pediu à TRATON SE que finalmente assumisse sua responsabilidade histórica e investigasse a colaboração de sua atual subsidiária Scania Brasil com a ditadura militar brasileira.

Para esse fim, a Associação se referiu a várias evidências históricas, apresentadas em sua contribuição verbal durante a AGM HV 2024, durante a qual solicitou à TRATON SE que tomasse providências.

Em sua resposta, o Presidente do Conselho de Supervisão da TRATON SE, Hans Dieter Pötsch, concordou em realizar uma investigação histórica. A Associação de Acionistas Éticos da Alemanha espera que os resultados dessa investigação sejam apresentados na AGM 2025 deste ano.

Em 2020, após anos de persistentes apelos por parte da Associação de Acionistas Éticos da Alemanha, entre outros, a Volkswagen do Brasil concordou em pagar uma combinação de reparação individual e coletiva para as vítimas da colaboração entre a VW do Brasil e a ditadura militar brasileira.

A mesma ação deve ser tomada pela Scania.

As provas apresentadas pela Associação de Acionistas Éticos da Alemanha mostram como os funcionários foram espionados e confirmam a demissão ilegal de funcionários dissidentes, a preparação e a distribuição das chamadas listas “sujas”, com base nas quais os trabalhadores em questão foram demitidos e, como seus nomes apareciam nessas listas, não conseguiram encontrar emprego em outras empresas.

A acusação mais grave diz respeito ao papel histórico do diretor-presidente de longa data da Scania Brasil, João Baptista Leopoldo Figueiredo, que, de acordo com uma reportagem do jornal conservador O GLOBO, esteve pessoalmente envolvido na arrecadação de fundos para o centro de tortura OBAN (mais tarde conhecido pelo nome DOI-CODI) e que supostamente ajudou a organizar essas campanhas de arrecadação de fundos no Clube Paulistano.

Investigações realizadas por historiadores renomados indicam que 66 pessoas foram assassinadas na OBAN/DOI-CODI, 39 das quais morreram em decorrência das terríveis torturas.

A última notícia que se teve de outras 19 pessoas foi que estavam sendo presas e levadas para o DOI-CODI. Desde que foram sequestradas à força, elas continuam desaparecidas.

Há muito tempo a TRATON SE deveria assumir total responsabilidade histórica por esse assunto e não se permitir mais uma vez invocar erroneamente o argumento de um perpetrador individual, como no caso da Volkswagen do Brasil (essa postura também foi criticada pelo Prof. Christopher Kopper).

Em vez disso, é uma questão de reconhecer a participação sistêmica da Scania na repressão e sua colaboração explícita nos crimes contra a humanidade cometidos pela ditadura militar brasileira.

www.kritischeaktionaere.de

Colônia, 29 de abril de 2025.

*Opera Mundi

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OMS alerta para destruição de “corpos e mentes” de crianças em Gaza

Reuters – Os corpos e as mentes das crianças em Gaza estão sendo destruídos após dois meses de bloqueio de ajuda e novos ataques, disse nesta quinta-feira o diretor executivo do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde 2 de março, Israel bloqueia a entrada de suprimentos médicos, combustíveis e alimentos em Gaza.

“Estamos destruindo os corpos e as mentes das crianças de Gaza. Estamos matando as crianças de Gaza de fome. Somos cúmplices”, disse o diretor executivo do programa, Michael Ryan, a repórteres na sede da OMS.

“Como médico, estou furioso. É uma abominação”, acrescentou.

Israel diz que a decisão de bloquear os suprimentos teve como objetivo pressionar o Hamas a libertar os reféns, já que o acordo de cessar-fogo estava estagnado.

“O nível atual de desnutrição está causando um colapso na imunidade”, disse Ryan, alertando que os casos de pneumonia e meningite em mulheres e crianças podem aumentar.

Israel negou anteriormente que Gaza esteja enfrentando uma crise de fome. O país não deixou claro quando e como a ajuda será retomada.

Os militares israelenses acusam o Hamas de desviar ajuda, o que o grupo nega.

As Nações Unidas alertaram esta semana que a desnutrição aguda entre as crianças de Gaza estava piorando.