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Beirute tem noite ‘mais violenta’ com bombardeios maciços de Israel

Militares israelenses lançaram mais de 30 ataques aéreos nos subúrbios ao sul da capital libanesa, segundo mídia local.

Militares israelenses lançaram mais de 30 bombardeios em diferentes partes dos subúrbios de Dahye, em Beirute, que viveram sua madrugada “mais violenta” em um ano de conflito, informou neste domingo (06/10) a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN).

O Ministério da Saúde do Líbano informou neste domingo que no dia anterior os ataques israelenses mataram 23 pessoas e feriram outras 93 no país.

Os subúrbios ao sul de Beirute registraram sua noite mais violenta desde o início da agressão, sendo alvo de mais de 30 ataques, cujos ecos foram ouvidos em Beirute e cuja fumaça negra cobriu todas as áreas dos subúrbios”, disse a agência de notícias estatal.

O bombardeio atingiu pelo menos cinco bairros residenciais diferentes em Dahye, assim como um posto de gasolina na estrada que liga a capital ao Aeroporto Internacional Rafic Hariri, o único aeroporto operacional do país, onde os voos há semanas têm sido limitados.

Israel diz ter atacado estruturas do Hezbollah
O Exército israelense confirmou ter lançado uma série de ataques noturnos nas proximidades da cidade, alegando ter atingido “depósitos de munição e outras infraestruturas” do grupo libanês, de acordo com uma declaração militar.

Na semana passada, seus caças e drones bombardearam diariamente Dahye, um importante reduto do Hezbollah, que havia sido amplamente poupado de ataques durante a maior parte do conflito que começou em outubro de 2023.

No entanto, como parte da forte escalada lançada por Israel desde meados de setembro, houve vários bombardeios e ataques na área que Israel alega serem “direcionados” contra líderes do Hezbollah, como o que matou há uma semana seu secretário-geral, Sayyed Hassan Nasrallah.

Ao mesmo tempo, as forças israelenses se envolveram em combates terrestres dentro do território libanês, em áreas adjacentes à fronteira, onde registraram a morte de nove soldados, e mantêm uma intensa campanha de bombardeios contra o sul e o leste do país, também feudos do grupo xiita.

Repatriação de brasileiros
Neste sábado (05/10), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Beirute levando 229 brasileiros. Entre eles, há 10 crianças de colo. Também embarcam para o Brasil três animais de estimação.

Aeronave tem chegada ao Brasil prevista para este domingo, após uma “parada técnica” de reabastecimento em Lisboa antes do trajeto final rumo à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos.

Este é o primeiro voo de resgate da Operação Raízes de Cedro. O objetivo é repatriar até 500 pessoas por semana. Mais de 3 mil manifestaram interesse em voltar ao Brasil. Estima-se que cerca de 20 mil brasileiros morem em território libanês.

Ataque a mesquita ao menos mata 19 em Gaza
Um ataque israelense a uma mesquita na Faixa de Gaza na manhã deste domingo matou pelo menos 19 pessoas, disseram fontes palestinas, enquanto Israel intensifica seus bombardeios no norte de Gaza.

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O risco de uma guerra nuclear e de um céu branco

No limite, pode ocorrer um inverno nuclear no qual o céu ficará branco.

Em declarações recentes, Putin com referência à guerra que move contra a Ucrânia que se defende com cada vez mais armas potentes dos USA e da OTAN, declarou: “se houver um perigo existencial para meu país, usarei armas nucleares”.

Certamente não serão as estratégicas com devastador poder de destruição.Provocaria uma retaliação dos USA com o mesmo tipo de armas. Isso, provavelmente, liquidaria grande parte da vida humana e da biosfera.

Mas Putin usaria as táticas, mais limitadas, mas também com efeitos altamente destrutivos. A ameaça não parece ser um blefe, mas uma decisão tomada por todo o corpo de defesa da Confederação Russa.Bem disse o Secretário Geral da ONU António Guterrez,ao abrir em setembro os trabalhos: “Estamos nos aproximando do inimaginável – um barril de pólvora que corre o risco de engolir o mundo”. Se isso vier ocorrer, surge o grave risco de uma escalada perigosíssima para o nosso futuro.

No limite, pode ocorrer um inverno nuclear no qual o céu ficará branco (na expressão de Elizabeth Kolbert:O céu branco: a natureza de nosso futuro,2020) por causa das partículas radioativas. As árvores mal poderiam fazer a fotossíntese, garantindo-nos o necessário oxigênio e a produção de alimentos seria altamente afetada. Tal catástrofe poria em risco a vida humana e a biosfera.

O assunto é por demais ameaçador para não lhe darmos importância. Toby Ord,filósofo australiano lecionando em Oxford, escreveu um livro minucioso sobre os riscos presentes:Precipice:Existencial Risk and the Future of Humanity (2020). Isso não é alarmismo nem catastrofismo.Mas devemos ser realistas esperançosos e eticamente responsáveis. Já temos a experiência do que tem sido o maior ato terrorista da história, quando os USA sob Truman lançaram duas bombas nucleares simples sobre Hiroshima e Nagasaki que dizimaram em minutos duzentas mil pessoas.

Depois criamos armas muito mais devastadoras e ainda o princípio de autodestruição como o chamou o falecido e eminente cosmólogo Carl Sagan. O Papa Francisco em sua alocução na ONU no dia 25 de setembro de 2020, advertiu por duas vezes da eventualidade do desaparecimento da vida humana como consequência da irresponsabilidade em nosso trato com a Mãe Terra e com a natureza superexploradas. Na encíclica Fratelli tutti (2020) afirma com severidade:”estamos todos no mesmo barco,ou nos salvamos todos ou ninguém se salva(n.32).

O prêmio Nobel, Christian de Duve, em seu conhecido Poeira Vital (1997) atesta que “de certa forma, nosso tempo lembra uma daquelas importantes rupturas na evolução, assinaladas por extinções maciças”(p.355). Antigamente eram os meteoros rasantes que ameaçavam a Terra; hoje o meteoro rasante se chama ser humano dando origem a uma nova era geológica,o antropoceno e na sua fase mais aguda, o atual piroceno (as grande queimadas).

Théodore Monod, talvez o último grande naturalista moderno, deixou como testamento um texto de reflexão com esse título: E se a aventura humana vier a falhar (2000)? Assevera: “somos capazes de uma conduta insensata e demente; pode-se a partir de agora temer tudo, tudo mesmo, inclusive a aniquilação da raça humana” (p. 246). E acrescenta: “seria o justo preço de nossas loucuras e de nossas crueldades”(p.248).

Se tomarmos a sério o drama mundial, sanitário, social e o aquecimento crescente, na era do piroceno, esse cenário de horror não é impensável.

Edward Wilson, grande biólogo, atesta em seu instigante livro O futuro da vida (2002): “O homem até hoje tem desempenhado o papel de assassino planetário…a ética da conservação, na forma de tabu, totemismo ou ciência, quase sempre chegou tarde demais (121).

Vale ainda citar um nome de grande respeitabilidade James Lovelock, o formulador da hipótese/teoria da Terra como Super-organismo vivo, Gaia,com um título que diz tudo: A vingança de Gaia (2006). Em sua passagem pelo Brasil declarou à Veja:” até o fim do século 80% da população humana desaparecerá. Os 20% restantes vão viver no Ártico e em alguns poucos oásis em outros continentes, onde as temperaturas forem mais baixas e houver um pouco de chuva…quase todo o território brasileiro será demasiadamente quente e seco para ser habitado ” (Paginas Amarelas de 25 de outubro de 2006).

Bem ponderou o maior pensador do século XX Martin Heidegger,num texto publicado 15 anos após sua morte, consciente do risco planetário:”Só um Deus nos pode salvar”(Nur noch ein Gott kann uns retten).

Não basta esperar em Deus, pois ele não é um tapa-buraco face às irresponsabilidades humanas, mas sim, cuidar do ser humano enlouquecido, pôr limites a uma razão que virou irracional a ponto de forjar meios de se autodestruir. Confiamos que face à esta catástrofe, haja um mínimo de sabedoria e de contenção nos tomadores de decisões.

Depois que matamos o Filho de Deus que se fez homem, nada é impossível. Mas Deus, não os detentores de armas de destruição em massa é o senhor da história e do destino humano.Ele pode das ruínas criar um novo céu e uma nova Terra, habitada por seres humanos transfigurados, cuidadores e amigos de toda vida.É a nossa fé e esperança.

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Chega a Beirute o voo da FAB que trará o primeiro grupo de brasileiros que fogem do conflito no Oriente Médio

Segundo lista informada pela Globonews, 229 brasileiros e familiares voltarão ao Brasil nessa primeira viagem..

Pousou às 11h22 (horário de Brasília) deste sábado (5), no aeroporto de Beirute, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que vai repatriar brasileiros e seus familiares que fogem do conflito entre Israel e o Hezbollah. A capital libanesa vem sendo alvo de bombardeios das forças israelenses, o que levou os brasileiros a pedirem seu resgate. Entre os passageiro, há dez crianças de colo. A lista divulgada pela Globonews é de 229 passageiros que retornarão ao Brasil.

A operação, que faz parte da missão Raízes do Cedro, estava prevista para ocorrer na sexta-feira (4), mas foi adiada por razões de segurança, devido aos bombardeios realizados por Israel na região, em meio ao conflito com o grupo extremista Hezbollah.

A aeronave KC-30 partiu da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (2), chegou a Portugal no mesmo dia e decolou para Beirute às 6h55 (horário de Brasília) deste sábado.

Cerca de 3 mil brasileiros querem deixar o Líbano

A operação foi organizada pelo governo brasileiro após conversas entre o presidente Lula e o chanceler Mauro Vieira, que estavam no México para a posse da presidente Claudia Sheinbaum. Desde a semana passada, a embaixada brasileira em Beirute tem intensificado os contatos com a comunidade local para identificar os cidadãos interessados em retornar ao Brasil.

Aproximadamente 3 mil brasileiros demonstraram interesse em deixar o Líbano, muitos dos quais são residentes da capital e do Vale do Bekaa, regiões diretamente afetadas pelos conflitos.

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Tensões no Oriente Médio: EUA e Reino Unido lançam ataques aéreos e navais contra Houthis no Iêmen

Bombardeios atingem capital Sanaã e bases militares do grupo, intensificando tensões na região.

Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma série de ataques aéreos e navais contra o grupo Houthi em três cidades sob seu controle no Iêmen, incluindo a capital Sanaã e o porto estratégico de Hodeida. De acordo com informações divulgadas pelo Metrópoles, as ofensivas teriam atingido sistemas de armas, bases e outros equipamentos militares pertencentes ao grupo, que é apoiado pelo Irã.

Os bombardeios, confirmados por fontes militares dos EUA, focaram em alvos estratégicos, como o aeroporto de Hodeida e a base militar de Katheib, controlada pelos Houthis. No total, mais de 12 locais foram atingidos, com relatos de três ataques na província de Bayda e quatro em áreas da capital, Sanaã.

Nas últimas semanas, os Houthis realizaram cerca de 60 ataques a embarcações no Mar Vermelho, alegando apoio à causa palestina, intensificando a tensão no Oriente Médio.

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Estrangeiros fogem do Líbano com intensificação de ofensiva israelense

Alguns países providenciaram retiradas aéreas, enquanto em outros lugares centenas de pessoas embarcavam em balsas lotadas ou em embarcações menores.

Reuters – Estrangeiros da Europa, da Ásia e do Oriente Médio fugiram do Líbano nesta quinta-feira, em meio à intensificação dos bombardeios de Israel contra a capital Beirute e com os governos de todo o mundo recomendando que seus cidadãos saiam do país.

Alguns países providenciaram retiradas aéreas, enquanto em outros lugares centenas de pessoas embarcavam em balsas lotadas ou em embarcações menores enquanto bombas caíam no coração da cidade.

Israel pediu nesta quinta-feira aos moradores que se retirassem de mais de 20 cidades no sul do Líbano, em um conflito crescente que atraiu o Irã e corre o risco de atrair os Estados Unidos.

Dezenas de gregos e cipriotas gregos embarcaram em um avião militar da Grécia no aeroporto de Beirute, muitos deles crianças com brinquedos de pelúcia e mochilas escolares. Apertadas a bordo, algumas brincavam com bastões luminosos, enquanto outras dormiam no colo dos pais enquanto o avião deixava para trás a cidade fumegante.

O avião transportou 38 cipriotas para o aeroporto de Larnaca, no Chipre, cerca de 200 km a oeste do Líbano, e seguiu para Atenas, onde 22 cidadãos gregos desembarcaram.

Os que estavam a bordo, como muitos que fugiram por outros meios, falaram sobre o caos e o terror crescentes causados pela campanha de bombardeio desta semana.

“Estávamos presos, não havia outra maneira de sair porque os aviões do Oriente Médio estão lotados e o primeiro voo que se consegue é em 10 dias”, disse Giorgos Seib à Reuters na pista do aeroporto de Larnaca após o pouso.

“A cada dia a situação piora e não sabemos o que acontecerá amanhã.”

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Guerra terrestre no Líbano impõe várias baixas ao exército de Israel

O Exército de Defesa de Israel (IDF) anunciou nesta quarta-feira a perda de oito de seus soldados, mortos durante confrontos intensos com operativos do Hezbollah no sul do Líbano. Esses óbitos representam as primeiras baixas confirmadas na operação terrestre que Israel lançou na região, e foram reportados pelo Times of Israel.

Entre os mortos, seis pertenciam à unidade de comando Egoz, uma força de elite especializada em operações de infiltração e combate em terrenos complexos. Eles foram identificados como: o Capitão Eitan Itzhak Oster, de 22 anos, o Capitão Harel Etinger, de 23 anos, o Capitão Itai Ariel Giat, de 23 anos, o Sargento Noam Barzilay, de 22 anos, o Sargento Or Mantzur, de 21 anos, e o Sargento Nazar Itkin, de 21 anos. Outros dois soldados, pertencentes à unidade de reconhecimento da Brigada Golani, também perderam a vida em uma ação separada.

Os combates ocorreram quando as forças israelenses tentavam tomar uma posição fortificada do Hezbollah em uma vila próxima à fronteira. Durante a retirada dos feridos após o embate, os soldados foram alvo de fogo de morteiros, intensificando o número de baixas. Além dos mortos, outros cinco soldados foram gravemente feridos e estão sendo tratados.

Em pronunciamento oficial, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou suas condolências às famílias dos soldados mortos: “Gostaria de enviar minhas mais profundas condolências às famílias de nossos heróis que caíram hoje no Líbano. Que a memória deles seja uma bênção. Estamos no meio de uma guerra difícil contra o eixo do mal liderado pelo Irã, que busca nossa destruição. Isso não acontecerá, pois estaremos unidos e, com a ajuda de Deus, venceremos juntos.”

As Forças de Defesa de Israel continuam a intensificar sua ofensiva, com o objetivo declarado de eliminar a infraestrutura militar do Hezbollah e garantir o retorno seguro dos cidadãos israelenses evacuados no norte do país. Helicópteros e tanques israelenses também participaram da operação, enquanto o Hezbollah retaliou com mísseis antitanque e morteiros.

O IDF estima que, ao longo dos combates, mais de 20 operativos do Hezbollah foram mortos. A operação, que teve início na segunda-feira, está concentrada em desmantelar bases de lançamento de foguetes e outras infraestruturas do grupo xiita libanês. A IDF também alertou os civis do sul do Líbano para que evacuassem suas casas, uma vez que qualquer local usado pelo Hezbollah para fins militares seria considerado alvo.

A troca de fogo continua, com o Hezbollah afirmando ter destruído três tanques Merkava israelenses e lançado mais de 100 foguetes em direção ao norte de Israel. Sirenes de alerta seguem soando na região, mas até o momento, não há relatos de novos feridos entre civis israelenses.

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Guerra se alastra por sete frentes diferentes no Oriente Médio

Ataque massivo do Irã amplia ainda mais o conflito e levará a nova retaliação de Israel, muito provavelmente com o apoio dos Estados Unidos.

O que era um temor passou a ser realidade: o sangrento conflito no Oriente Médio já é uma guerra regional com sete frentes diferentes de combate.

A última delas foi aberta de fato na terça-feira (1º) com os ataques do Irã, que lançou cerca de 200 mísseis balísticos e de cruzeiro contra o território de Israel.

A maior parte dos mísseis foi interceptada ainda no ar, com ajuda dos militares dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países (inclusive árabes) que ajudaram mais uma vez a defender os israelenses.

Mas a intenção do governo iraniano era clara: causar o máximo de danos possíveis para vingar as mortes dos líderes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh – este último morto em julho em plena Teerã, a capital do Irã.

A resposta de Israel, com ataques contra o território e interesses iranianos, é inevitável.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que os líderes iranianos cometeram “um grande erro” e já confirmou que vai revidar.

Sete linhas de frente
Com o conflito aberto com o Irã, Israel passa agora a combater em sete linhas de frente – o chamado “círculo de fogo”, composto não apenas pela República Islâmica mas também por grupos e milícias financiadas e armadas por Teerã.

As outras seis frentes são dominadas por vários inimigos de Israel:

  • Hamas, na Faixa de Gaza
  • Hezbollah, no sul do Líbano
  • O governo e milícias na Síria
  • Rebeldes Houthis que controlam boa parte do Iêmen
  • Grupos paramilitares xiitas no Iraque
  • Militantes de vários grupos na Cisjordânia

O exército israelense está combatendo no terreno em três desses territórios: a Faixa de Gaza (área original da guerra, iniciada com os bárbaros ataques dos militantes do Hamas contra civis no sul de Israel, no dia 7 de outubro do ano passado); o sul do Líbano, invadido no início da semana; e a Cisjordânia, onde as Forças de Defesa de Israel vêm atacando vários grupos militantes nas últimas semanas.

Nos outros territórios, o envolvimento dos israelenses se dá através de bombardeios de sua força aérea.

Agora, os militares israelenses estão planejando a resposta ao Irã – a cabeça desse polvo com vários tentáculos militares.

Os alvos dos israelenses poderão ser instalações de petróleo do Irã ou até mesmo os locais onde o regime tenta enriquecer urânio para a fabricação de uma bomba nuclear.

É muito provável que os militares dos Estados Unidos não apenas apoiem o revide mas também ajudem os israelenses de alguma forma nos ataques –especialmente com logística e informações de inteligência.

A forma desse revide bem como a extensão da participação americana nele vão definir se o conflito vai se ampliar ainda mais, tendo impactos de fato globais ou não.

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Expectativa é que Israel ataque alvos no Irã nos próximos dias

Netanyahu afirmou que o Irã cometeu um “grande erro” com o ataque e que “pagará” o preço.

Fontes do governo iraquiano avaliaram à coluna que a expectativa é de que Israel ataque alvos estratégicos no Irã já nos próximos dias, o que seria uma ação inédita. Segundo eles, a possibilidade é de que o governo de Benjamin Netanyahu possa ter como alvo instalações elétricas ou até nucleares do Irã.

Netanyahu afirmou que o Irã cometeu um “grande erro” com o ataque e que “pagará” o preço.

Na avaliação dos iraquianos, o ataque do Irã foi uma mensagem devido à pressão que o governo iraniano sofria pelos ataques de Israel ao Hezbollah e da morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo.

Os iraquianos também estão atentos para a possibilidade de os ataques chegarem ao sul do Iraque e, eventualmente, as milícias locais apoiarem os iranianos. Circularam, nesta terça-feira (1), imagens dos iraquianos, que vivem no sul do país, comemorando o ataque dos mísseis iranianos contra Israel.

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Biden confirma: Netanyahu vai levar genocídio nazisionista ao Oriente Médio, com apoio da Otan

Discurso orwelliano de Biden na ONU é luz verde para Netanyahu massacrar milhares de crianças com mísseis, balas, tanques e a cruel morte por fome.

O octogenário presidente estadunidense Joe Biden levou quase um ano para dizer que deve-se evitar uma guerra total no Oriente Médio, depois de vários dias de brutais ataques israelenses contra o Líbano, a Síria e o Iêmen, e quase um ano depois que Israel lançou uma operação de extermínio contra a população palestina de Gaza.

Tudo isso deixa dolorosamente claro que Israel está decidido a levar a barbárie até suas últimas consequências, inclusive a uma guerra total com um potencial arrasador de destruição material e humana, com o apoio de Washington e disso que chamam de Ocidente. E parece também indubitável que ninguém o deterá.

 

Nos últimos dias, Israel lançou sua campanha de extermínio contra lideranças de governos e grupos islâmicos que apoiam o povo palestino em sua tentativa de sobreviver ao genocídio. Em um bombardeio que deixou danos em 30 km ao redor de Beirute, suas forças armadas assassinaram Hassan Nasrallah, secretário-geral do partido-grupo chiita libanês Hezbollah. No mesmo ataque morreram outros comandantes deste grupo, assim como um general da Guarda Revolucionária do Irã.

Netanyahu ordenou a carnificina justo antes de dirigir-se à Assembleia Geral da ONU, onde mostrou sua arrogância e a lógica fascista que guia seus atos. Disse que não se deterá diante de nada para consumar seus objetivos de dominação e advertiu o mundo de que não há lugar que os recursos militares israelenses não possam alcançar.

Nenhum líder ocidental abandonou a sala enquanto Netanyahu se jactava de que assassina e seguirá assassinando quem quiser. Washington, a União Europeia, seus aliados e satélites, aplaudem o delírio bélico de Israel, como fez o presidente Joe Biden ao declarar que o assassinato de Nasrallah foi um ato de justiça.

Netanyahu voltou a comprovar que tem luz verde dos “faróis da democracia e dos direitos humanos” do Ocidente para massacrar milhares de crianças com mísseis, balas, tanques e a cruel morte por fome.

Desde que iniciou a destruição de Gaza, morreram 52 israelenses em mãos do Hezbollah e mais de 1.500 libaneses em mãos de Tel Aviv. Em um só dia, 23 de setembro, Israel massacrou dez vezes mais pessoas das que perderam em 12 meses, além das décadas de bombardeios arbitrários e crimes de guerra atrozes como sua participação nos atos genocidas de Sabra e Shatila.

Embora ambos os lados estejam armados, a pavorosa desproporção entre seu poder de fogo e o número de baixas torna impossível caracterizar como uma guerra o que é um massacre.

O nazisionismo apoiado por Biden

Cada dia parecem mais alucinantes as semelhanças entre a Alemanha nazista e o governo de Israel. Seus cidadãos são doutrinados desde a primeira infância no ódio racial e na desumanização do povo que decidiram exterminar; mantêm milhões de pessoas em campos de concentração que depois convertem em centros de extermínio, impõem castigos coletivos, disparam deliberadamente contra civis inermes, ignoram de maneira flagrante a soberania de outros países.

E, assim como a Alemanha nazista em seu caminho para a barbárie, Israel conta com a cumplicidade do Ocidente. Ninguém espera que os Estados Unidos deem passos para o restabelecimento da paz: a declaração é preparatória para seu próximo encontro com o genocida Netanyahu, chefe do regime nazisionista israelense, depois que o governo de Washington apoiou o assassinato de alguns dos mais altos dirigentes do grupo chiita libanês Hezbollah mediante bombardeios da força aérea israelense.

Biden não parece preocupado pelo fato de o Líbano ter alcançado em poucos dias cerca de um milhão de deslocados internos pelos intensos bombardeios israelenses, no que o primeiro-ministro Najib Mikati considerou “a maior” onda de deslocamentos na história do pequeno país mediterrâneo.

Os Estados Unidos foram o principal instigador histórico – e muitas vezes perpetrador direto – das guerras no Oriente Médio, para sustentar com todos os recursos bélicos, econômicos, políticos e diplomáticos, as atrocidades que as forças de Israel cometem na região, começando pelo genocídio em curso da população de Gaza.

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Mais de 20 caças F-35 israelenses são destruídos e plataformas de gás atingidas em ataque do Irã

Até o momento, não houve vítimas fatais no ataque de mísseis do Irã contra Israel, exceto por ferimentos leves, informou o serviço de ambulâncias.

O ataque com mísseis do Irã a Israel destruiu mais de 20 caças israelenses nesta terça-feira (1), informou a agência de notícias Shafaqna.

Mais cedo, o The Jerusalem Post relatou que o Irã lançou cerca de 400 mísseis em direção a Israel. O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã afirmou que mirou em instalações militares e de segurança importantes em Israel.

O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã atingiu plataformas de gás próximas à cidade israelense de Ashkelon em um ataque com mísseis, informou a agência de notícias estatal iraniana Tasnim nesta terça-feira.