Opinião

Como é tradição, a Globo toma partido do rico Israel contra a pobre Palestina

Quando a decadência do brilho exterior se revela, é porque se acentuou, de forma gradativa, a podridão interna.

Mais desmoralizada que a Globo, no Brasil, só mesmo a Lava Jato e Sergio Moro que não por acaso foi mais um herói criado no departamento de dramaturgia jornalística da Globo. Ou seja, do ponto de vista jornalístico, a emissora não tem qualquer credibilidade, porque utilizou o conceito de jornalismo de balcão de negócios que, de tão lucrativo, a partir da ditadura, transformou-se em um dos maiores impérios da comunicação do mundo.

Portanto, defender os ricos e brancos contra os negros e pobres, faz parte do formato político que segue um padrão ao sabor da cultura da própria emissora.

Na questão que envolve o massacre genocida de crianças e mulheres na Palestina, a restrição sobre o assunto, é total, sublinhando, todavia, que ela tem lado e não fará qualquer crítica ou mostrará qualquer imagem de uma legião de crianças palestinas sendo massacradas, soterradas e despedaçadas pelos ataques dos neonazistas de Israel.

Essa é, entretanto, a feição estética da Globo, que força todos os profissionais a bater bumbo com suas mentiras a favor de Israel e a suposta terra prometida. Nada pode ser mais cafajeste do que isso.

Um país todo degradado em nome de um colonialismo, em que o racismo é elevado ao último grau, é uma paisagem perfeita de civilização quando o assunto é Israel e Palestina.

A Globo que, no Brasil, operou sempre em favor dos norte-americanos, contra o próprio país, como central do império, não denunciaria mesmo o holocausto palestino, imposto pelos soldados de Israel transformados em monstros humanos.

As crianças palestinas, as mulheres, muitas grávidas, os doentes, para a Globo, são anônimos, não têm cara, não têm corpo, não têm alma. Para ela, a Palestina é uma multidão de ninguéns, que abriga um grupo terrorista que ataca um exército superior dentro do Estado de Israel, mesmo que a supremacia militar seja inversamente proporcional à moral civilizatória do Estado terrorista de Israel.

Isso explica as cenas de terror do Hamas contra israelenses exibidas pela Globo e o menosprezo com as maiores vítimas do massacre, as crianças e os bebês palestinos e até aqueles que ainda estão no ventre de suas mães. Estes são absolutamente invisíveis pelo afivelado departamento de jornalismo do império dos Marinho.

Com Bolsonaro e Braga Netto inelegíveis, sobrou somente o pneu para os bolsonaristas

Não dá para mensurar quem é bolsonarista e quem apenas votou em Bolsonaro. Nessas duas figuras, há uma grande diferença correspondente à totalidade de votos de Bolsonaro em 2022, quando seu “governo” chegou ao fim e, junto, a própria carreira política.

A proporção entre o bolsonarismo e os últimos eleitores de Bolsonaro, é confusa, porque, como se sabe, milhões deles foram içados por uma campanha rebaixada ao última grau de vigarice. Nunca se gastou tanto dos cofres públicos para se comprar votos numa reeleição como o que ocorreu com Bolsonaro. Porém, o incompetente, ainda assim perdeu para Lula.

Seja como for, o gado está totalmente órfão, pois o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que, tanto Bolsonaro quanto Braga Netto, pela inelegibilidade dos dois, deixando o mundo da terra plana num mato sem cachorro, sem poder apelar sequer para a antiguidade como, por exemplo, Collor, aonde verdadeiramente nasceu o bolsonarismo, porque este também foi condenado e, assim como Bolsonaro, sua carreira política foi para o brejo.

Como a direita “refinada” não tem qualquer nome para ao menos enganar o estômago, menos ainda os diversos candidatos citados pela extrema direita, têm  qualquer futuro numa disputa eleitoral para a presidência, sobrou mesmo o pneu como o último mito do pacote, pois o gado já o reverenciou.

Como Israel fez um exército assassino de crianças?

Quem é esse soldado israelense que explode crianças na Palestina? Que idade tem? O que carregará dentro dele no futuro quando a história lhe cobrar tantas mortes de civis, sobretudo de mulheres e crianças?

Quem transformou esse futuro trapo humano em monstro, que não se sensibiliza com absolutamente nada? Que técnicas aplicaram para tirar o cérebro de um jovem que ingressa no exército terrorista de Israel?

Seria interessante especialistas nessa área destrincharem como Israel consegue transformar jovens normais em animais selvagens que cumprem o mais brutal genocídio que pode sim ser classificado como o holocausto palestino.

Repetindo, as maiores vítimas desse exército macabro, em plena era digital, em 2023, diante dos olhos do planeta, comete um carnificina em Gaza contra civis absolutamente desarmados, num claro projeto de colonialismo de dizimar do bebê ao velhinho.

Quem chegou a tanto na história da humanidade? De onde vem tanto ódio para ser descarregado contra crianças inocentes?

Pior, aqui no Brasil, por uma atitude leviana, sórdida e mesquinha, muitos brasileiros racistas aplaudem o morticínio provocado por Israel contra os palestinos.

Vídeos: As mulheres do exército terrorista de Israel e o massacre das crianças e mulheres palestinas

É nítido o espírito panfletário na luta dos bufões sionistas para reduzir os danos trágicos da imagem de Israel perante o mundo, depois que seu exército terrorista se revelou o maior especialista da atualidade em promover genocídio contra uma população civil inocente e completamente desarmada, sendo que os ataques, que ganham cada vez dramaticidade, traz um componente ainda mais aterrorizante.

O fato de mais de 70% das vítimas fatais de Gaza serem de crianças de idades diversas, mulheres, muitas, grávidas, o que representa um holocausto ainda mais cruel, pois ele se manifesta no corpo de crianças e mulheres, na grande maioria dos casos.

Diante de um repúdio global em uníssono das populações mundo afora, inclusive de países em que os chefes de Estado apoiam a carnificina, a propaganda sionista está atirando pra todo lado, mesmo de forma chocha, porque o senso comum hoje no mundo é que Israel é definitivamente um Estado terrorista e seus soldados são o principal instrumento do genocídio perpetrado em Gaza.

Mas algo que já comentamos aqui em outra matéria, o que chama a atenção e nos cobra uma imediata reflexão, é a volta massiva de vídeos com mulheres que compõem o exército assassino de Israel.

Como as soldadas estão integradas a esse exército, recebem as mesmas instruções que os soldados que tratam qualquer palestino como animal, alvo de morte nessa indiscutível campanha de limpeza étnica pelos racistas do exército de Israel.

Isso nos força a indagar o que passa na cabeça de uma jovem que se soma a um exército que massacra palestinos, em que a imensa maior parte das vítimas fatais são crianças e mulheres como as soldadas de Israel, e a maioria que, se não é, será mãe num futuro próximo.

Isso nos obriga a fazer uma pergunta inevitável: como ficarão as cabeças dessas soldadas no futuro?

@rsnewss

MULHERES SOLDADOS DE ISRAEL #exercitodeisrael #israel #fy

♬ Sum of Zero (Remastered 2023) – Steve Ralph

@oespecialista01

Mulheres militares israelitas servem com amor o seu país.

♬ Suspense, horror, piano and music box – takaya

https://www.tiktok.com/@anrejimmysapitu02/video/7284259509512555782?is_from_webapp=1&sender_device=pc

Ao vivo, Jornalista da CNN, perde a paciência com oficial do exército de Israel pelo massacre ao campo de refugiados

Jornalista da CNN, em entrevista com um oficial do exército de Israel, pergunta sobre o ataque ao campo de refugiados em Gaza, sem esconder a irritação com o massacre de civis.

O constrangimento está estampado na cara do oficial do exército terrorista de Israel.

Isso deixa claro que a opinião pública mundial, junto com muitos jornalistas, expressa cada vez mais o repúdio ao holocausto contra os palestinos, promovido pelos sionistas e, por outro lado, a escola de desculpas e mentiras, que sempre foi tática dos massacres de Israel, já não convence mais ninguém.

Israel está totalmente desmoralizado.

Para defender o colonialismo de Israel, sua propaganda recorre a séculos antes de Cristo

Para justificar o holocausto em Gaza, Israel recorre ao dia 7 último.

A regra dos defensores da carnificina de Israel na Faixa de Gaza na mais recente incursão do Estado ao território palestino, há uma significativa malandragem entre a ficção e o fato para que sobressaia sempre, de forma favorável, a narrativa do Estado terrorista de Israel.

Ou seja, o contexto se move de acordo com os interesses de Israel, se necessário, apela para exemplos bíblicos, para justificar o esquartejamento de crianças e mulheres.

O fato é que a narrativa dos sionistas é tentar tornar aleatório o banho de sangue de civis inocentes na Palestina, sempre justificado por um ângulo carregado de palavrórios.

Assim, o tempo passa a ser um aliado, sobretudo no suposto direito que Israel tem de invadir a Palestina, de forma violenta, há 75 anos e manter sob fogo pesado sua prática terrorista de Estado.

Não tem nada de bíblico e muito menos de Hamas nessa questão. Israel é por si só um Estado neonazista sim que, para roubar as terras e as casas dos palestinos, usa da mais crua e nua violência contra uma população inocente e desarmada, sobretudo contra crianças e mulheres, que representam 75% das vítimas fatais.

Resumindo, não há guerra e nem qualquer justificativa que explique um exército massacrar uma população civil que não tem qualquer proteção militar.

O resto, é conversa mole de sionistas mercenários muito bem pagos para defender os interesses colonialistas do império assassino de Israel.

Não há como defender Israel e EUA no genocídio que, juntos, promovem na Palestina

Israel, tendo EUA como coadjuvante, realiza um verdadeiro holocausto na Palestina.

Os instintos mais primitivos são escancarados na carnificina que ocorre na Palestina, protagonizada por Israel de forma generalizada contra civis absolutamente inocentes e desarmados, por um dos exércitos mais poderosos do mundo, gabado pelos próprios sionistas.

Não é possível traçar um paralelo do que ocorre hoje na Palestina além do holocausto sofrido pelos judeus na Alemanha nazista de Hitler.

É só comparar documentos para entender que os dois, nazismo e sionismo, compartilham o mesmo objetivo, exterminar quem é considerado inimigo.

É bestial a manifestação de Israel que assassina em massa o povo palestino para combater o Hamas.

A jornalista Deborah Srour, num espetáculo macabro de sincericídio, disse repetidas vezes para sublinhar, em alto e bom som, que é sim a favor do extermínio de toda a população da Palestina, o que implica no holocausto das maiores vítimas dessa ensandecida fúria de ódio dos sionistas, as crianças.

O problema é que esse pensamento não é individual, na verdade, é ele que forma a unidade em torno do racismo sionista, que acha que a existência de palestinos tem que ser ceifada.

Em última análise, não há exotismo, malabarismo, charlatanismo ou ficcionismo capazes de justificar a busca pelo extermínio de um povo, por mais manipuladora que seja a narrativa, ela será sempre refugada, execrada nas, cada vez maiores, manifestações que somam multidões mundo afora em defesa da Palestina e contra o belicismo de Israel com o aval dos Estados Unidos.

A sufocante ocupação da Palestina se desdobra em uma série de crimes de guerra

As mortes de civis em Gaza, que já são escandalosamente altas devido ao bombardeio descontrolado de Israel, serão inimagináveis durante a guerra terrestre.

No dia 24 de outubro, tornou-se claro para a Organização das Nações Unidas (ONU) que o bombardeio contínuo de Gaza – que já havia matado 6.500 pessoas (incluindo pelo menos 35 funcionários da ONU) – havia tornado essa parte da Palestina insustentável para a vida humana. Mais de dois milhões de pessoas vivem nessa pequena porção de terra no Mar Mediterrâneo. Desde 1948, os refugiados que vivem aqui contam com a assistência da ONU, que criou uma agência inteira (UNRWA) em 1949 para esse propósito. O Secretário Geral da ONU, António Guterres, disse ao Conselho de Segurança da ONU que dentro de alguns dias a organização ficará sem combustível para seus caminhões, que transportam o mínimo de ajuda que chega a Gaza vindo do Egito para auxiliar os 660 mil palestinos que fugiram de suas casas para chegar aos complexos da ONU em Gaza. Os caminhões transportam “uma gota de ajuda em um oceano de necessidades”, disse Guterres. “O povo de Gaza precisa de ajuda contínua em um nível que corresponda às enormes necessidades. Essa ajuda deve ser entregue sem restrições”.

A declaração de Guterres, feita com uma voz calma, no entanto, se afastou do sentimento de desconsideração que caracteriza as declarações dos líderes europeus e norte-americanos – muitos dos quais correram para Tel Aviv para ficar ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e prometer seu apoio total a Israel. A história é importante. Guterres disse que os problemas que agora afligem os palestinos de Gaza não começaram em 7 de outubro, quando o Hamas e outras facções palestinas romperam a barreira de segurança do apartheid e atacaram os assentamentos que fazem fronteira com Gaza. Sua declaração sobre a situação nas últimas décadas é factual, baseada em milhares de páginas de relatórios e resoluções da ONU: “É importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram em um vácuo. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem constantemente devoradas por assentamentos e assoladas pela violência; sua economia foi sufocada; seu povo foi deslocado e suas casas demolidas. Suas esperanças de uma solução política para sua situação estão desaparecendo”. A imagem da “ocupação sufocante” é totalmente precisa.

Depois que Guterres fez essas observações, as autoridades israelenses – como que por impulso – exigiram a renúncia do Secretário-Geral da ONU. O representante permanente de Israel na ONU, Gilad Erdan, acusou Guterres – de forma absurda – de “justificar o terrorismo”. Dizendo que Guterres “mais uma vez distorce e distorce a realidade”, Erdan observou que seu governo não permitiria que o chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, cruzasse a fronteira de Rafah com Gaza para supervisionar a distribuição de auxílio. “Em que mundo você vive?”, perguntou o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, a Guterres. Enquanto isso, no Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos vetaram resoluções para um cessar-fogo, enquanto a China e a Rússia vetaram uma resolução dos EUA que dizia que Israel tinha o direito de se defender e que o Irã deveria interromper suas exportações de armas. Os Estados Unidos politizaram profundamente a atmosfera na ONU, usando suas próprias resoluções para angariar apoio – sem sucesso – para Israel, enquanto atacavam os palestinos (e, de maneira bizarra, o Irã) no processo.

Não há nada de neutro nos Estados Unidos
Os Estados Unidos nunca foram um árbitro imparcial na região, dada a sua estreita ligação com Israel desde, pelo menos, a década de 1960. Bilhões de dólares em armas vendidas a Israel, bilhões de dólares em ajuda a Israel e declarações esporádicas a favor de Israel definiram o relacionamento entre Washington e Tel Aviv. Durante todas as negociações entre palestinos e israelenses, os Estados Unidos fizeram um jogo de duplicidade: fingiram ser neutros, mas, na verdade, usaram seu imenso poder para neutralizar os palestinos e fortalecer Israel. Os Acordos de Oslo, que levaram à criação de um bantustão impotente administrado pela Autoridade Palestina, foram negociados com os Estados Unidos com suas mãos na caneta. Oslo levou à criação de um processo que resultou no desgaste do controle palestino sobre Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, bem como no estrangulamento dos palestinos em Gaza – tudo isso combinado é a “ocupação sufocante” de que Guterres falou.

Desde 2007, quando as tropas israelenses deixaram Gaza e depois a cercaram com muros terrestres e marítimos que transformaram o território na maior prisão a céu aberto do mundo, Israel bombardeia rotineiramente os palestinos que vivem lá. Cada vez que há um bombardeio, um pior do que o outro, o governo dos Estados Unidos dá total apoio a Israel e o reequipa durante o bombardeio. Os pedidos de cessar-fogo foram bloqueados por Washington no Conselho de Segurança da ONU desde o destrutivo bombardeio de Gaza chamado Operação Chumbo Fundido (2008-09). Desta vez, na hora certa, os Estados Unidos deram apoio diplomático a Israel, com o presidente americano Joe Biden indo a Tel Aviv e com os Estados Unidos chegando ao ponto de adotar uma mentira flagrante de que Israel não bombardeou o Hospital Árabe al-Ahli na Cidade de Gaza em 17 de outubro. Antes de Biden chegar a Israel, os Estados Unidos enviaram dois grandes grupos de batalha naval para o leste do Mediterrâneo – dois porta-aviões, o USS Dwight D. Eisenhower e o USS Gerald Ford, com suas embarcações de apoio em dois grupos de ataque. Desde então, os EUA transferiram sistemas de defesa antimísseis para a região para fortalecer as forças armadas israelenses. O deslocamento dessas forças vem acompanhado de bilhões de dólares gastos anualmente pelos EUA para armar Israel, incluindo 15 bilhões de dólares em assistência militar extra durante esse período recente. Essas guerras não são apenas as guerras de Israel. São as guerras de Israel e dos Estados Unidos, com seus aliados ocidentais a reboque.

Enquanto isso, os Estados Unidos enviaram oficiais militares de alto escalão para trabalhar em estreita colaboração com os generais israelenses. Um desses oficiais é o tenente-general de três estrelas da Marinha, James Glynn, que foi enviado para “ajudar os israelenses com os desafios de lutar em uma guerra urbana”. Glynn e outros estão na cadeia de comando militar israelense não para tomar decisões por Israel, mas para auxiliá-los. Glynn fez parte da Operação Inherent Resolve dos EUA contra o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) nos anos que se seguiram a 2014, quando os Estados Unidos bombardearam Mosul e Raqqa (Iraque) para expulsar o ISIS dessas cidades. Como que para ressaltar a experiência de Glynn em Mosul e Raqqa, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que ele próprio havia participado da Operação Inherent Resolve em 2016-2017, quando Austin chefiava o Comando Central dos EUA. Os comentários de Austin e o destacamento de Glynn para Israel são uma antecipação da guerra terrestre que se espera contra Gaza. “A primeira coisa que todos devem saber”, disse Austin à ABC News, “e acho que todos sabem, é que o combate urbano é extremamente difícil”.

De fato, o comentário de Austin sobre a dificuldade do combate urbano, especialmente tendo em mente as experiências de Mosul e Raqqa, é apropriado. Em 2017, a Associated Press (AP) informou que o ataque dos EUA a Mosul havia causado entre 9 mil e 11 mil mortes de civis. Pouquíssimas pessoas se lembram da brutalidade daquela guerra e o número de civis mortos quase não é lembrado. Se Mossul é o exemplo que os Estados Unidos e Israel têm diante de si para a guerra terrestre que ocorrerá em Gaza, há algumas diferenças que devem ser levadas em conta. O ISIS teve apenas dois anos para cavar suas defesas, enquanto as facções palestinas vêm se preparando para essa eventualidade desde pelo menos 2005 e, portanto, estão mais bem preparadas para lutar contra o exército israelense em uma rua em ruínas após a outra. De acordo com todos os relatos, o moral das facções palestinas é muito maior do que o do exército israelense, o que significa que as facções palestinas lutarão com muito mais força e com muito menos a perder do que o ISIS (cujos combatentes escaparam da cidade e fugiram para o interior).

Tanto em Mosul quanto em Raqqa, quando o bombardeio aéreo dos EUA começou, dezenas de milhares de civis fugiram das cidades para o campo, juntamente com alguns combatentes do ISIS, para esperar que a destruição começasse e depois terminasse. Se eles tivessem permanecido em Mosul e Raqqa, o número de vítimas civis teria sido o dobro do relatado pela AP. A população de Mosul era de apenas 1,6 milhão, menor do que os 2,3 milhões de habitantes de Gaza – portanto, o número de vítimas civis teria de ser ajustado para cima. Os palestinos em Gaza estão encurralados e não podem fugir para o campo, ao contrário dos residentes de Mosul e Raqqa. Eles não podem ir a lugar algum enquanto os tanques israelenses entram em Gaza com seus canhões em pleno fogo. As mortes de civis em Gaza, que já são escandalosamente altas devido ao bombardeio descontrolado de Israel, serão inimagináveis durante essa guerra terrestre que começou em 27 de outubro. Gaza, que já é uma ruína, será reduzida a um cemitério.

(*) Vijay Prashad é um historiador, editor e jornalista indiano. É redator e correspondente principal da Globetrotter. É editor da LeftWord Books e diretor do Tricontinental: Institute for Social Research. Escreveu mais de 20 livros, incluindo The Darker Nations e The Poorer Nations. Os seus últimos livros são Struggle Makes Us Human: Learning from Movements for Socialism e (com Noam Chomsky) The Withdrawal: Iraq, Libya, Afghanistan, and the Fragility of U.S. Power.

*Opera Mundi

Fantástico, da Globo, superou tudo o que já se viu de manipulação sobre o holocausto de Israel na Palestina

A Globo adotou a mesma linha de ação adotadas pelos sionistas de Israel que reproduzem a célebre frase de Nelson Rodrigues, “Se os fatos são contra mim, pior para os fatos”.

Israel matou 9 mil palestinos, metade deles é de crianças, este é o fato. Para justificar esse morticínio, Israel panfleta que matou 200 membros do Hamas, com um detalhe, não há qualquer prova dessas mortes. Além da desproporção entre as mortes de membros do Hamas e civis inocentes e desarmados. Sem fala dos corpos de palestinos soterrados pelos bombardeios criminosos de Israel, que devem somar uma quantidade ainda maior de vítimas fatais.

Nada disso foi dito pelo Fantástico.

Mas a coisa não para aí. Na construção de sua narrativa, o Fantástico mostra cidades inteiras da Palestina devastadas, como se sabe, pelos sistemáticos bombardeios do exército terrorista de Israel. Mas na sua forma simples de manipulação, a Globo mostra a cena dramática sem dizer quem produziu tal tragédia.

Ou seja, para o Fantástico, quem bombardeia a Faixa de Gaza é um inimigo invisível, ninguém sabe, ninguém viu. Tudo seguindo a lógica e método de manipulação da Globo. Isso revela que ela é mais sionista do que o próprio sionismo.

Na verdade, não é que o Fantástico não tenha mostrado uma multidão de crianças assassinadas pelo exército terrorista de Israel, a Globo simplesmente sequer vez menção a uma única vítima fatal do lado palestino, apenas as vítimas de Israel mortas pelo Hamas no dia 7 de outubro.

Conhecemos bem a emissora, sabemos dos resultados de sua política e ódio. Está aí um país conflagrado que se divide em dois, o dos manipulados, que passaram a vida toda sendo catequisados pelo Jornal Nacional, que deu nesses estúpidos, chamados bolsonaristas e daqueles que, por uma questão cultural no sentido mais amplo da palavra, jamais se renderam a uma grotesca fórmula de manipulação, que sempre teve um único objetivo, o de construir no Brasil uma corrente fascista que a própria Globo chama de anti-PT que, na realidade é uma corrente antipobre, antipreto que dá nesse caldo pastoso de fascismo midiático.

Neste domingo, no Fantástico, a Globo seguiu a mesma regra pró-sionista absolutamente, como é de hábito em décadas.

O melhor dessa história é a extensão da visão que Israel tem sobre a ONU que simplesmente ignora qualquer resolução, como é comum nas milícias, a uma representação institucional.

A Globo, que arrota institucionalidade, quando ataca movimentos sociais, ignora a ONU, que classificou Israel como Estado criminoso de guerra.

Na verdade, essa manipulação de grotesca ação inédita, tal seu fundamentalismo reacionário, traz uma mensagem dura e seca contra a própria mídia hegemônica ocidental.

A globalização das pessoas em todo o mundo, começa a ter uma única pulsação a partir dos fatos concretos e dolorosos do holocausto que Israel promove na Palestina, deixando claro que a era da manipulação dos maiores barões da comunicação de massa e congêneres está chegando ao fim.

A doutrina sionista que transformou soldados de Israel em monstros, já perdeu a guerra da narrativa

Foi-se o tempo em que os rótulos e slogans substituíam a realidade.

A internet, em inúmeros exemplos, escancarou que, em poucos dias, Israel matou mais de 2 mil crianças em Gaza.

Essa monstruosidade enfrenta o repúdio mundial, porque vale a máxima “em todo o planeta que criança é criança em qualquer lugar”.

O problema é que o ódio racista do Estado sioni8sta, cega não só os doutrinados, como soldados e soldadas de Israel, que promovem o massacre em Gaza, mas os próprios doutrinadores que acham que explodir uma criança, um bebê, uma mulher, uma grávida, é ato heroico.

Qualquer pesquisa que se faça hoje no mundo, por impulso natural, as pessoas normais repudiam a guerra do exército terrorista de Israel contra a população desarmada em Gaza.

A consciência humana é muito mais profunda e, sobretudo, mas complexa do que julgam os sionistas e não há um ser humano, verdadeiramente humano que, vendo crianças em meio da fome, da sede, das bombas jogadas por Israel, que termina em genocídio, que não repudie Israel.

O que Netanyahu e sua legião de neonazistas ainda não entenderam é que seus slogans contra os palestinos, cheira a mofo e já deu bolor. Nada adianta tentar renovar a ideia de um Israel vítima do Hamas se este não é justificado por ninguém, principalmente suas ações em Israel.

É certo que cada civilização tem no momento suas exigências especiais e específicas, no entanto, não há a mais vaga ideia dessas mesmas civilizações se manifestarem em favor do holocausto, sobretudo de crianças em Gaza.

Não há bem em nada disso, tudo é fruto do mal, seja o ataque do Hamas a Israel, seja o ataque mil vezes mais potente contra a população civil da Palestina que sofre um cerco de campo de concentração, não tendo para onde fugir do bombardeio criminoso de Israel, comandado pelas celebridades do sionismo.

Israel miseravelmente perdeu essa guerra, praticando contra os palestinos exatamente tudo aquilo que os judeus sofreram na Alemanha nazista.

Na verdade, quem está sendo derrotada pelas próprias armas é a existência do Estado de Israel.