Categorias
Opinião

A direita virou um chulé

Agosto é mesmo o mês do cachorro louco.

Somente isso para explicar a inacreditável tentativa da direita de ressuscitar o mumificado Aécio Neves, aquele mesmo que, logo após sua derrota para Dilma Rousseff, teve todos os microfones e holofotes da grande mídia para babar e, consequentemente, cuspir ódio, ser o ponta de lança do golpe em Dilma para, em seguida, ser declarado politicamente morto com os escândalos de corrupção, gravada em vídeo e áudio em que ele aparece pedindo propina e, depois, seu primo ser pego com malas de dinheiro.

O mesmo primo que Aécio disse a Joesley, da JBS, que o mataria para que não o delatasse.

Ou seja, Aécio é um chulé sabor parmesão.

A direita está muito pior do que julga a nossa vã filosofia. Mas pudera, os candidatos da direita para 2026 que estão sendo colocados no bolão de apostas são, Tarcísio de Freitas, que passou 4 anos como ministro da Infraestrutura ajudando Bolsonaro a não fazer nada. É um portento esse rapaz. O outro candidato a candidato é Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que pode perfeitamente ser chamado de café com leite, tal a importância nenhuma que ostenta na vida nacional.

Nessa lista tríplice da direita, Aécio, Tarcísio e Eduardo Leite, dois são do PSDB que, mesmo não se bicando, defendem o mesmo conteúdo político, sobretudo na economia.

Afinal, quem já foi rei do neoliberalismo, não perde a majestade.

Agora, temos que confessar, ninguém esperava que a mídia bancasse a piada de fazer exumação política de Aécio para ver consegue ao menos transformá-lo numa espécie de Quincas Berro D’água ressignificado

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

Militares abandonam Bolsonaro tardiamente: o estrago já foi feito

Antes de qualquer coisa, temos que lembrar sempre que os militares foram a principal mola propulsora da chegada de Bolsonaro ao poder pelas mãos de Sergio Moro.

Nem vale a pena revisar toa as esbórnia, dentro dos quartéis que Bolsonaro praticou ainda como candidato. É difícil afirmar quem usou quem nessa balbúrdia. Os militares que o apoiaram, fizer questão de ignorar que Bolsonaro foi expulso das Forças Armada, porque, como militar, praticava, de forma recorrente, garimpo ilegal e, na tentativa de desestabilizar o comando do exército, ameaçou praticar terrorismo com bomba fora, mas sobretudo dentro dos quartéis.

Ou seja, não tem bobo nessa história, todos sabiam quem era Bolsonaro. O que talvez eles não imaginassem que o próprio seria tão letal para a imagem das Forças Armadas, como foi nos quatro anos de pode.

O pior de todo esse processo, foi o general da ativa, Eduardo Pazuello, assumir a responsabilidade, como ministro da Saúde, de centenas de milhares de brasileiros, como o próprio general Pazuello disse às gargalhadas dos dois, que Bolsonaro mandava e ele obedecia.

Toda essa patifaria envolvendo seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid e seu pai, o general do espelho, apesar de ser algo vexatório para as Forças Armadas, ainda estão aquém das ações e dos ingredientes que marcaram a gestão do rei, Pazuello, chamado de o rei da logística que, junto com Bolsonaro, produziu o maior morticínio da história da país.

Não dá para enumera as ações criminosas para se chegar à quantidade absurda de vítimas fatais pela covid que o irresponsável comandou da cadeira da presidência da República, tendo um general como seu capacho, que se comportou de forma humilhante.

O fato é que não há como separar uma coisa da outra, e Bolsonaro sempre soube disso. Ele quis associar a imagem das Forças Armadas à imagem do seu governo para dividir responsabilidades e utilizar as mesmas fardas de quem, desde a campanha, ainda embrionária, caminhou de braços dados com o monstro.

Se haverá ou não punição de alguns militares pinçados do alto comando para passar como boi de piranha, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa, a imagem das FFAA nunca foi tão severamente destroçada depois de um verdadeiro filme de terror do qual participaram como coadjuvantes, chamado governo Bolsonaro. Isso jamais será esquecido pela história.

A essa altura dos fatos, não há como devolver a pasta de dente para o tubo.

Até os bolsonaristas, que tinham devoção pela farda, por pneus, pelos militares e por ETs, têm em sua conta que foram traídos pela caserna.

Ou seja, deu tudo errado.

Os militares terão um longo caminho pela frente para ao menos tentar reduzir os danos causados pela própria imprudência dos que fecharam com o genocida, ladrão de joias, corrupto e vagabundo.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

Como se formam as lendas neoliberais no Brasil

Na verdade, num país com tantas lendas, a ilhota dos ricos que fazem do Brasil o seu quintal, criou, lógico, de forma resumida, a lenda do neoliberalismo de resultados. Discutir detalhes, debater ponto a ponto cada uma dessas fórmulas mágicas, ninguém quer.

Quantas conferências de fins de semana, que exploram a ingenuidade alheia, feitas pelo modismo dos coach, acontecem nesse país?

Essa rapaziada, que anda vendendo riqueza com facilidade na internet, que se acha a sala do júri, é materialmente deprimente.

Os muquiranas moldam sua fala a partir de um figurino imaginário funcional. Sim, é uma coisa cósmica e que, de tão lendária, diria mais, poética, desfaz-se e desaparece na poeira.

Mas o que se observa nesses figurões é que suas mentiras saem da alma, fazendo parecer que até acreditam no que falam, pregando num enorme deserto de ideia, onde uma legião de incautos precisa descobrir a pedra de toque para se tornar o Midas.

Porém, a coisa não se resume nisso, esse modismo vigarista não surgiu agora. Do viveiro tucano saíram muitos desses homens dotados de uma visão espacial que não passa de um palmo do nariz, mas que sempre indica o caminho das pedras.

A mídia, que trata Fernando Henrique Cardoso como o próprio Olimpo grego, segue vendendo sonhos vagos que jamais, repito, jamais deu as caras para a realidade brasileira.

A suprema safra de neoliberais no Brasil, detalhe, que não gostam de ser pintados como neoliberais, mas sim, liberais, induz, através da arte do palavrório que, antes mesmo de colocar a bola para rolar, os projetos ou propostas da esquerda para governar o país já chegam cheios de infiltração.

A linguagem diária da grande mídia, todos sabem, é a do monumento chamado mercado. Como sempre, a imensa maior parte da população não tem a mínima ideia desse troço chacoalhado diuturnamente no papel dos jornalões e revistonas e, claro, nas telinhas, como na varinha mágica dos maestros convocados pelas grandes emissoras de TV que, para surpresa de ninguém verborragiam suas teses bichadas.

Porque, na hora de esculpir até o bezerro de ouro, ignora-se a cabeça, o tronco e os membros da gênese grega.

O fato é que ninguém quer discutir as prometidas catedrais dos sonhos depois que ela se realizou e virou pesadelo para o povo. Os autores daquelas defesas calorosas, desaparecem e o bode fica na sala esperando o curso de uma nova eleição para que ele saia de lá ou lá permaneça para uma nova flora de lambanças econômicas que, irremediavelmente, colocam o país à beira do barranco.

Ora, se a forma com que a mídia e os neoliberais tratam a economia de um país fosse minimamente factível, eles sacariam dos bolsos os números maravilhosos que vários governos neoliberais do Brasil adotaram.

Mas, por que preferem, em seus ilusionismos, tirar coelho da cartola do que casar na mesa os triunfos das políticas econômicas neoliberais? Simples, o clero dos abastados não pode falar em números, porque sempre escancarará que tal política arrasou com a vida de milhões para enriquecer os poucos que, numa economia escassa, faturam sem a menor nobreza de pensar a nação.

Foi assim com a ditadura militar e a hipertinflação, lembra? O mesmo se deu com Sarney, Collor, FHC, Temer e Bolsonaro, todos, absolutamente todos apresentaram como armas a natureza bruta do neoliberalismo. E o trágico resultado não é preciso lembrar.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

Lula envelhece as manchetes da grande mídia todos os dias

As sucessivas vitórias de Lula, em tão pouco tempo do seu terceiro mandato, tem deixado a mídia brasileira aturdida e, consequentemente, ela não consegue arguir ao menos o que as ações do dia, já que o descompasso entre o governo Lula e as redações anda cada vez mais largo.

Para uma mídia que vive de futricas brejeiras, atestando coisa nenhuma na transposição dos fatos em suas narrativas, Lula tem deixado praticamente nuas as garrafais dos jornalões e revistonas.

Lula tem feito um governo de pulso forte e muitos acertos, desautorizando qualquer crítica fugaz, tola, ou seja, o presidente voa nas alturas e, como é natural na mídia brasileira, herdeira do tucanato, voa baixo e caga mole.

Em ciências naturais, Lula sempre foi um craque. Lúcido como nunca, ele acentua suas direções sem que a cadeia midiática consiga ao menos entender o desenho de sua arquitetura, sobretudo quando se trata da geopolítica internacional e, quando o ataca, Lula já está bailando em outros palcos.

Nada é feito na surdina, nada é feito com sentido pessoal. Seu governo vibra sonoro, verso a verso, e não há malabarista engenhoso que consiga colocar sua pena a serviço de uma “entrelinha”, porque, piscou, Lula já não está mais ali e outros feitos estão em andamento e tantos outros balbuciados numa velocidade e modulação impressionantes.

Esse jornalismo modorrento de colunistas duendes na criação, que sempre busca turvar o ambiente político do país, quando se trata do governo do PT, está todos os dias procurando a bola como quem procura um caipora.

O resultado é que a tolice reina quase que numa calamidade editorial que beira o vazio, o vácuo, o nada.

Não há suprimento possível que dê conta de quem parece não dormir, deflagrando uma guerra contra o tempo como um torpedo inigualável.

Sim, Lula se impôs uma disciplina equilibrada, mas de equivalência bem mais avantajada em que ele alimenta uma solução, trazendo concepções de gestão absolutamente inéditas, mais que isso, elas são ousadas, atrevidas, muito além da imaginação jeca da mídia brasileira.

Lula, em seu terceiro mandato, é a própria evolução de seus mandatos anteriores, já a velha mídia parece perdida em final de carreira, usando um relógio anti-histórico que não consegue provocar um único debate na vida da sociedade brasileira. É um deprimente estado de coisas que mumifica os barões da comunicação diante de uma realidade virtuosa de um Lula que está em outra dimensão, sem dar margem e tempo para a mídia explorar suas ações.

Na verdade, Lula não anuncia nada, faz. Resumo, a velha mídia não consegue digerir o que tem que engolir todos os dias e se transforma num troço mentiroso e atrasado, que fará ter tempo de moldar a modo e gosto um rabisco contra Lula.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

Em nome do combate à corrupção e à inflação, a elite brasileira suga a nação

O Brasil perfumado, que toma decisões dentro de um salão, contribuiu enormemente para esse esperanto arquitetônico chamado fascismo brasileiro.

Essa gente, que adora mentir dentro de algum recinto de cimento armado, estilizado ainda hoje à francesa, promove passeatas chiques que sempre viram saladas completas para sua própria mesa.

São esses “brasileiros” que falam da música brasileira com maracas exóticas nas mãos e entendem o país como um mercado e não como uma nação, com uma peculiaridade, que é o domínio e o assalto às instituições.

Um país, que viveu o golpe contra Dilma, a condenação e prisão de Lula sem prova de crime, produziu um estado de coisas de difícil definição.

Foram quatro anos de governo Bolsonaro derramando sangue, enquanto a elite arregalava os olhos com tanto dinheiro que ganhou, sobretudo o escancarado lucro bilionário dos banqueiros.

Sim, tanto a Lava Jato de Moro quanto o golpe comandado por Cunha, Temer e Aécio, assim como a eleição de Bolsonaro, serviram única e exclusivamente para encher as burras dos podres de ricos desse país.

A velha malandragem de sempre é que comandou o espetáculo, combate à corrupção e combate à inflação. Em síntese, uma escumalha curitibana chamada Lava Jato, herdeira da farsa do mensalão e comandada pelos piores pilantras do sistema de justiça, que protagonizou uma espécie de fascismo rococó que, se não fosse a PGR, Raquel Dodge e o ministro Alexandre de Moraes, os espertos teriam abocanhado R$ 2,5 bilhões da Petrobrás para uma eloquente fundação privada.

É uma piada velha, encapada com uma nova forma de mentir, de roubar. Sim, o que essa gente sempre aspirou foi engrossar seus ganhos milionários roubando no ofício do combate à corrupção.

O que ocorre agora com o Banco Central independente, que assim se tornou quando o sabotador Temer entregou aos banqueiros o leme da economia, deu no que deu, os maiores juros reais do planeta para menos de meia-dúzia de agiotas se fartarem com o mesmo ramerrão que Collor utilizou para sequestrar a poupança dos brasileiros, combate à inflação. O tiro no tigre que comia o salário dos brasileiros.

A pergunta é simples, que banqueiro perdeu alguma coisa na era Collor? Nenhum.

É preciso perguntar a Campos Neto quem ganha com sua política de juros pornográficos, em nome do combate à inflação?

Então, consagramos, de tempos em tempos, o que é decidido a portas fechadas de um grande salão ao qual o povo não tem acesso para que os ricos cristalizem ainda mais a já cristalizada fortuna que a “moral” contra a corrupção e a tecnicalidade contra a inflação lhes permitem seguir roubando a nação.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

Moro pode hackear a presidência da República, mas Delgatti hackear a República de Curitiba, é crime

Por mais que a unidade corporativista do judiciário seja uma cosa nostra tropical, fica difícil explicar questões latentes na vida nacional.

Sergio Moro, de forma criminosa, hackeou o telefone da presidenta Dilma, editando a gravação de sua conversa com Lula para, de maneira ainda mais criminosa, repassá-la à Rede Globo de Televisão para ser exibida no Jornal Nacional.

Ou seja, a ação do então juiz da 13ª Vara de Curitiba foi 100% delinquente, fora da lei e criminosa, no entanto, Moro seguiu cumprindo à risca sua obstinada caça a Lula, com sua vigarista Lava Jato, sem ser incomodado, mantendo-se impune e intocável.

Não falamos teoricamente do bandido, mas do juiz nessa lógica civilizatória, porém o juiz agiu como tal, sem que um único procurador lhe incomodasse, menos ainda o judiciário.

Teori Zavaski deu, no máximo, um pito em Moro e, lógico, o juiz mau-caráter pediu escusas e tudo voltou a zero a zero, mas ajudou os golpistas a derrubarem a presidenta Dilma.

Vamos colocar um lente nesse episódio que foi desnatado pela mídia para parecer que o crime de Moro, na verdade, foi um ato heroico, assim como a condenação e prisão de Lula, sem nunca apresentar um cisco de prova de seus crimes.

Imagina se fosse Lula e não Moro e Dallagnol que quisesse surrupiar R$ 2,5 bilhões da Petrobrás para a criação de uma suposta fundação privada em que os próprios lavajatistas administrariam em nome, claro, do combate à corrupção.

Se não fosse a então PGR Raquel Dodge e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, que tiraram deles o pão da boca, os gatunos de Curitiba teriam abocanhado a grana pública bilionária que não se sabe aquilatar.

Mas eles jamais responderam criminalmente pela tentativa de uma espécie de trem pagador do século XXI.

É difícil entender por que Delgatti, por ter hackeado os hackeadores de Dilma, foi condenado a 20 anos de prisão, enquanto os demais seguem arrotando combate à corrupção e outras comédias mais.

Obs. aqui não se teve a intenção, para não abrir demais o leque, falar do que foi revelado na trama macabra entre o juiz Sergio Moro e seu ajudante de ordens, chefe da Força-tarefa, Deltan Dallagnol.

O que se pode dizer, sem medo de errar, é que há uma podridão institucional nesse país de igual monta entre Bolsonaro e seus generais e Moro e seus juízes.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

Sou responsável pelas 700 mil mortes de brasileiros sim, qual o problema?

Em última análise, Bolsonaro deixou claro que não acredita que será punido por seus incontáveis crimes, pior, ele tem razão quando diz “mandei, qual o problema?” Em resposta à pergunta da Folha se ele havia mandado fake news para o empresário sem escrúpulos Meyer Nigri, com o pedido de “espalhe ao máximo”.

Ora, não é a mesma Folha que, dia desses, contestou sua possível prisão?

A Folha suprimiu qualquer lembrança recente de um sujeito responsável pelo morticínio criminoso de mais de 700 mil brasileiros, como se as vidas ceifadas de centenas de milhares de pessoas não tivessem qualquer importância, como se ninguém chorasse a perda de seus entes queridos, por culpa exclusiva de um presidente que fez tudo o que podia para não só desdenhar da vacina, como vender aos quatros cantos do país a ideia de que medicamentos ineficazes, como a Cloroquina, curariam as pessoas e, portanto, elas não precisariam tomar vacinas, usarem máscaras e manterem o distanciamento social.

E o que vimos? uma multidão de zumbis verde e amarelo seguir à risca o que um irresponsável, que fazia questão de aglomerar para disseminar e potencializar a contaminação do coronavírus nBrasil como um todo.

Essa irresponsabilidade chegou a matar mais 4 mil pessoas por dia, num país que tem o melhor sistema de vacinação do mundo, tragédia que jamais aconteceria se o Brasil tivesse um presidente responsável, os brasileiros teriam a vacina na hora certa, o que reduziria as mortes a 5%., o que não é pouco. Acontece que Bolsonaro é que banalizou os números para dizer, em outras palavras, que a preocupação com os brasileiros vitimadas pela covid era uma tolice e que isso não tinha a menor importância.

Bolsonaro, não satisfeito, usou bilhões em verba pública para patrocinar canais na internet e no sistema de comunicação do país, como a Jovem Pan, para que seus asseclas reforçassem todas as fake news cretinas e criminosas que Bolsonaro mandava, e ainda diz, “mandei sim, qual o problema?”

Debochou das pessoas com covid e falta de ar sim, era essa a ideia, foi para isso que os bolsonaristas votaram nele, qual o problema?

Pelo jeito, nenhum, porque até hoje não foi responsabilizado por qualquer morte, o que não faz sentido e não tem a menor explicação.

Bolsonaro é bicho, corrupto. Seu clã comprou e exibiu na cara dos brasileiros quatro mansões hollywoodianas, verdadeiros castelos de ostentação que, na compra mais escandalosa de uma delas, a de Flávio, foi justificada dizendo que havia comprado a mansão, avaliada em R$ 16 milhões com os lucros de uma lojinha de chocolates de 30 metros quadrados. O cínico, arrogante, ainda chamou o hacker Delgatti de criminoso, assim como agrediu Renan Calheiros na CPI do genocídio.

Tudo isso se dá porque o clã inteiro carrega com ele a certeza que ficará impune sim, qual o problema? Afinal, a mídia e a justiça brasileiras não veem qualquer problema nos incontáveis crimes praticados por esse selvagem que deveria estar enjaulado há muito tempo, mas ainda esperam provas de que Bolsonaro é um criminoso sim, qual o problema?

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

 

Categorias
Opinião

As pedaladas da mídia

Às vezes fico imaginando esses momentos de catarses midiáticas como são as reuniões nas redações da grande mídia para se discutir a pauta do dia, digo aquela pauta político-partidária até o último fio de cabelo.

Imediatamente vem-me a frase do grande Tom Jobim, “o Brasil não é para amadores”.

Tom Jobim, um dos nossos grandes gênios da música, era também um poeta, dos grandes. Lógico, com seu carisma, fez com que essa frase ganhasse conotação relativamente suave, mas não contemporizadora, muito menos derrotista.

Aliás, Tom foi um dos grandes frasistas brasileiros. Outra frase lapidar, que cabe bem neste assunto é “No Brasil, sucesso é ofensa pessoal” e define melhor a relação invejosa da classe dominante com o sucesso nacional e internacional dos governos Lula.

Somente isso justifica tanto ódio dessa parcela privilegiada da sociedade a Lula.

Lula, quando governou o Brasil em dois mandatos, mostrou que não só os pobres poderiam viver uma outra realidade, como transformaria essa outra realidade na mola mestra do desenvolvimento e soberania do país.

Fazer o quê? A classe dominante brasileira é medíocre, pusilânime, intelectualmente chulé, mas sobretudo cativa de um pensamento civilizatório herdado da escravidão.

Por isso, atacar Lula não satisfaz por completo os “donos da terra”, é preciso, em quantidade e ferocidade, atacar seu entorno, seus aliados, seus parceiros e, sobretudo, sua sucessora.

No caso de Dilma Roussef, para se criar uma onda, mais do que isso, a pior, a mais sórdida campanha contra uma mulher da história do Brasil, a mídia não economizou munição, o que tivesse nas mãos, de pedra a bomba atômica, teria que ser jogado nela, principalmente depois que ela baixou os juros a patamares nunca vistos no Brasil.

Ou seja, Dilma era tudo de pior para essa mídia que atende aos interesses dos banqueiros e rentistas. E Dilma estava bulindo na sua galinha de ovos de ouro.

Então, era preciso execrar, matar, enterrar e salgar seu túmulo político, o que, lógico, deu errado. Hoje Dilma brilha, uma estrela técnica irretocável no comando do Banco dos BRICS, o mais importante do planeta.

Já as Miriams, os Sardenbergs e outras figuras de igual monta no colunismo econômico da mídia, seguem marcando os mesmos passos, utilizando os mesmos chavões neoliberais que mantêm o emprego dos pobres diabos.

Agora, o TRF-1 confirma, não houve pedaladas, as tais pedaladas que deram a Eduardo Cunha, imagina isso, em parceira com Aécio e Temer, a possibilidade de, em irmandade com a mídia, construir e decretar o golpe de Estado contra a primeira mulher presidente do Brasil. Foi uma fraude, um crime contra a constituição e, logicamente, contra a própria democracia, no momento em que um juiz de 1ª instância condenou Walter Delgatti por ter hackeado e divulgado o jogo de manipulação jurídica comandado por Sergio Moro e Dallagnol, o mesmo Moro, que segue impune, apesar de tet hackeado criminosamente o telefone da presidência da República ocupada por Dilma e ainda divulgar na Globo em horário nobre.

As poucas famílias que controlam o sistema financeiro no Brasil, a grande mídia e o entorno desse mundo de poucos, deixam claro que a frase de Tom Jobim é uma tradição “o Brasil não é para amadores”, que evidencia uma civilização rude e bárbara, medieval e, acima de tudo, patriarcal.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

A condenação de Delgatti confirma tudo o que ele contra Moro e Dallagnol

Sergio Moro ficou enfezado com Delgatti na CPI do 8 de janeiro, esta em que Moro defende não só Bolsonaro, mas os terroristas bolsonaristas que atacaram as sedes dos três poderes.

Moro sempre se mostrou uma figura tosca, desprovido de inteligência, até mesmo para o padrão dos neurônios de Bolsonaro e, por isso, sua esposa, a deputada Rosângela Moro disse que via Moro e Bolsonaro como uma só pessoa.

Na verdade, Delgatti, em outras palavras, disse o mesmo, mas referindo-se aos crimes de Moro e Bolsonaro, quando acusou o ex-juiz de “criminoso contumaz”, a partir das revelações repassadas ao Intercept Brasil e outras que, certamente, só ele e Moro sabem.

Pois bem, assim que publicado aquele mar de lama do cangaço jurídico de Curitiba, tanto Moro quanto Dallagnol, negaram veementemente a veracidade das mensagens reveladas.

O juiz que condenou Delgatti a 20 anos de prisão, em seu despacho, foi claro, jamais Delgatti mentiu sobre as mensagens trocadas entre a gangue de procuradores da Lava Jato e Dallagnol e este com Moro.

Ou seja, somente um sujeito desprovido de inteligência comemora essa condenação do seu algoz. Aliás, é o comentário que mais se lê no Twitter de Moro, gerando mensagens de críticas a ele.

Categorias
Opinião

Falta de aviso não foi

Ora, foi no próprio território militar que Bolsonaro promoveu uma guerra interna contra o comando do exército há três décadas, o que lhe custou a saída compulsória das Forças Armadas.

Aquele episódio, que se deu depois da descoberta de sua cobiça quando praticava garimpo ilegal, foi algo extremamente grave, e o desfecho não poderia ser outro.

No relatório das Forças Armadas, que acabou por se transformar em boletim interno, dizia claramente que queria Bolsonaro longe dos quartéis, não simplesmente pela tentativa terrorista, com uso de bombas, dentro e fora do quartel para desestabilizar o comando, mas simplesmente porque Bolsonaro era tóxico e com risco de contaminação generalizada.

Bolsonaro inventou um certo direito de promover uma guerra interna contra os oficias do comando, porque se sentiu proprietário das Forças Armadas.

Ou seja, é o mesmo estilo de ação ao qual ele não viu limites para bradar, “minhas Forças Armadas” quando, num vivo contraste a outros presidentes da República, quis deixar transparecer para a população que o comando as FFAA, em sua gestão, comia em suas mãos e, lógico, tentava organizar a tropa a modo e gosto, inclusive para golpe militar.

Foram praticamente 30 anos em que essa tentação de impor sua vontade às FFAA ficou hibernada não dando a ele qualquer iniciativa de asfixiar os comandos militares que se sucederam após sua expulsão do exército, até que aconteceu o cataclisma de sua eleição em 2018, em parceria com Sergio Moro, já num primeiro golpe contra a democracia, fato que custou caro ao Brasil, causando inacreditáveis 700 mil vidas perdidas por covid, por exclusiva culpa de Bolsonaro, que se aliou ao vírus para ceifar a vida de idosos, jovens, adultos e crianças sem que tivessem o direito de serem vacinados por uma sórdida campanha pró-morte dentro de seu governo.

Na verdade, Boslonaro se armou contra os brasileiros e não contra o vírus.

Não resta a menor dúvida de que, se não fosse por sua culpa, não morreriam 5% dos 700 mil brasileiros.

Ou seja, Bolsonaro se colocou, em todos os sentidos, um onipotente. Na realidade, não era Deus acima de todos, mas o próprio Bolsonaro com sua sinistra ideia de hierarquia.

Os escândalos que agora jorram são combustíveis líquidos para a sua implosão. À sombra desses escândalos, muitos militares, que esquecendo as orientações das FFAA há 30 anos, converteram-se a bolsonaristas e, logicamente, ficaram presos numa teia em que Bolsonaro se cercava de todo tipo de gente, de milicianos a militares para, em seguida, sentir-se cercado e protegido por essa horda messiânica.

Cedo ou tarde o desgaste na imagem das FFAA aconteceria, é o que mostra a pesquisa Quaest, que o desastre é muito maior do que se imaginava, porque, em nome de um centralismo tosco, inquisitorial, um grosseiro inconstitucionalista, transformou tudo, inclusive a imagem das FFAA em interesses do clã Bolsonaro.

Ou seja, um governo pessimamente avaliado, que registra os piores índices e que devastou o país com o mar de corrupção, acabou por arrastar com ele os seus mais fieis aliados.

Certamente dentro dos quadros das FFAA, a repugnância ao nome de Bolsonaro sempre existiu, porém ele conseguiu, de cima para baixo, com um telefonema aqui, outro acolá, sem qualquer pudor, calar essas vozes.

Bolsonaro não governou o país, todos sabem, mas quis governar seu poder de forma sabida e esperta, e o desfecho disso foi sua derrota na eleição de 2022, seguida da descoberta de que ele não manda em mais nada, porém trouxe com ele a degradação da imagem de quem a ele se aliou de maneira integral, parcial ou residual.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos o seu apoio