Seu plantel nas forças armadas lhe rendeu o status de uma santíssima trindade as avessas.
Como soldado, foi um Recruta Zero., como sabotador da própria instituição, um terrorista que andava com um croqui debaixo do braço, de atentado para explodir o Guandu.
Terminou preso e expulso da forças armadas proibido de ter qualquer contato com as tropas por conta de sua toxicidade.
No legislativo, foi sempre uma espécie de carregador de chuteiras do baixo clero.
Nunca aprovou nada em quase trinta anos de mandato parlamentar. Como presidente, não tem graça comentar.
Será preso por tentativa de golpe, roubo de joias e muitas, mas muitas artimanhas corruptas para sorver o melhor dos néctars do poder.
Mas se não é a mula do Bolsonaro o cabeça da direita no Brasil. a direita é uma mula sem cabeça.
Mas o que isso quer dizer?
Que haverá uma guerra intestina dentro do inferno para decidir quem será o cabeça da, cada dia mais apodrecida, direita brasileira e seus restos mortais.
Uma gestão republicana, não pode caminhar no executivo sem uma desparasitação aguda do congresso nacional, enfestado dos mais ardis protozoários.
A coisa é tão séria que não dá para listar quais são os vermes e protozoários.
Os mais famosos dispensam apresentações e comentários.
Até a pedra mais profunda do oceano, sabe quem são e como operam seus mecanismos de sangue suga da nação.
Trocando em miúdos, os progressistas tem que buscar unidade estratégica para multiplicar seus quadros no legislativo.
Isso é para já. 2026 é logo ali.
O executivo não opera de olho no horóscopo do dia. Nem os astros seguram o repuxo contra um congresso de boca nervosa como o atual de Liras e os muitos centrões.
O tranco da extrema direita, somado ao fisiologismo do centrão, é forte e de jogo baixo no congresso.
Sem ilusões, portanto. Lula,
Lula chegará forte para a disputa da reeleição em 2026, mas tem que governar com o congresso que herdará junto com seu 4º mandato à presidência da República.
‘Ninguém vai marcar a hora para ele assumir sua candidatura. Lula tem a precedência no PT e no campo progressista’.
Estreando uma fórmula de relacionamento direto e mais frequente com a imprensa, o presidente Lula concedeu nesta quinta-feira uma longa entrevista coletiva informal em que abordou questões de governos diversas e mandou um aviso político-eleitoral, embora evitando declarar-se candidato: o de que está pronto, em todos os sentidos, para enfrentar a disputa eleitoral de 2026.
Antecipando-se a uma eventual exploração de problemas de saúde e idade, pontuou: “eu tive um acidente, não uma doença. Estou com 79 anos de idade e energia de 30”.
Lula respondeu a perguntas sobre os temas mais variados, como reforma ministerial, juros, déficit fiscal, relação com o Congresso, relação com Trump, e outros assuntos da conjuntura, mas o recado que ele parece ter dado com mais gosto, embora de forma indireta, foi para aqueles que, como fez o presidente do PSD, Gilberto Kassab, colocam em dúvida suas chances de reeleição.
Lula respondeu a perguntas sobre os temas mais variados, como reforma ministerial, juros, déficit fiscal, relação com o Congresso, relação com Trump, e outros assuntos da conjuntura, mas o recado que ele parece ter dado com mais gosto, embora de forma indireta, foi para aqueles que, como fez o presidente do PSD, Gilberto Kassab, colocam em dúvida suas chances de reeleição.
Lula respondeu a perguntas sobre os temas mais variados, como reforma ministerial, juros, déficit fiscal, relação com o Congresso, relação com Trump, e outros assuntos da conjuntura, mas o recado que ele parece ter dado com mais gosto, embora de forma indireta, foi para aqueles que, como fez o presidente do PSD, Gilberto Kassab, colocam em dúvida suas chances de reeleição.
Bem no início, antes mesmo que o nome de Kassab viesse à tona, ele afirmou: “Quem quiser derrotar meu governo terá que travar luta de rua, e não apenas na Internet, onde mentir é fácil”, disse ele ao recordar o crescimento do PIB nos dois primeiros anos do atual mandato, contra todas as previsões, feito que ele promete repetir.
Lula, segundo uma fonte petistas, estava engasgado com a declaração de Kassab, de que ele não se reelegeria se a eleição fosse hoje, seguida de um comentário desairoso sobre Fernando Haddad, que chamou de “ministro fraco”.
O presidente disse que começou a rir ao saber da frase de Kassab, pois ainda faltam dois anos para o pleito. Por isso não estaria nem um pouco preocupado com pesquisas eleitorais feitas hoje. Tomou as dores de Haddad, lembrando que, como ministro, ele negociou e aprovou a PEC da transição antes mesmo da posse do governo, elaborou e conseguiu aprovar no Congresso o arcabouço fiscal, e também negociou a aprovação de uma reforma tributária que parecia impossível e trará muitos benefícios ao país.
Ao confirmar a reforma ministerial, não informou quem sairá ou entrará no governo, mas fez questão de elogiar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que deve ir para a Secretaria-Geral da Presidência da República, definindo-a como “um dos quadros políticos mais refinados do partido”.
Mais adiante, Lula voltou a falar indiretamente de sua candidatura, perguntando:
– Vocês acham que eu voltaria à presidência da República se não fosse para fazer mais? Passei dois anos plantando e agora vamos começar a colher e a entregar resultados.
E aproveitou para falar de suas condições físicas, depois do susto do acidente: “Estou com 79 anos de idade e energia de 30. Duvido que vocês, jornalistas, aguentem uma agenda diária como a minha”.
O aviso foi dado, mas ninguém marcará hora para ele assumir sua candidatura à reeleição. Lembro-me de que, em 2005, o ano da grande crise do mensalão, diante das pressões para que se definisse, ele costumava dizer: só farei isso quando eu concluir que posso vencer a eleição. E assim foi.
Acho que ele continua seguindo este preceito, e ontem tratou de estabelecer que ele tem a precedência, no PT e no campo progressista que o apoia. Até que ele tome sua decisão, não se fala em outra candidatura. Até mesmo porque não existe outro nome, até onde a vista alcança.
A entrevista desta quinta-feira foi a fórmula acertada entre o ministro Sidônio e o Secretário de Imprensa Laércio Portela, diante da necessidade de expor mais o presidente, tirando-o da redoma protetora em que se isolou nos últimos tempos.
Neste primeiro teste, Lula passou. Falou sobre tudo o que lhe foi perguntado e não escorregou em cascas de banana. Não haverá, entretanto, segundo Laércio, periodicidade fixa para a entrevista, para que ela não se banalize. Veremos.
Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal no fim de 2023.
Jair Bolsonaro já se prepara para o dia em que será preso, mas, por enquanto, ainda dorme tranquilamente nas noites que antecedem a chegada da Polícia Federal.
“Eu durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h: ‘É a PF!’”, disse Bolsonaro à agência Bloomberg.
Bolsonaro foi indiciado pela PF no fim de 2023 no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
A mais recente das acusações ocorreu em novembro de 2024, quando a PF o indiciou por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Não é a primeira vez que Bolsonaro comenta sobre a possibilidade de ser acordado pela PF. No dia 22, o ex-presidente afirmou que acorda todos os dias com a sensação de ter agentes na porta de sua casa.
Durante a entrevista, o ex-presidente se comparou a Donald Trump, que voltou ao comando dos Estados Unidos neste mês. “Eu fui esfaqueado aqui. Ele levou um tiro aí”, disse, referindo-se aos ataques sofridos pelos dois durante campanhas eleitorais.
Ele também traçou um paralelo entre os ataques golpistas ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e a invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. “Ele teve o 6 de janeiro, eu, o 8 de janeiro. Eu fiquei muito feliz com a anistia que ele deu. Eu espero que não precisemos esperar eleger um conservador em 2026 para fazer o mesmo aqui”, afirmou.
Taí uma unanimidade, não da votação, mas dos eleitores. Carla Zambelli não é benquista nem entre os bolsonaristas.
Essa gente tosca apenas atura essa deputada de forma estatutária por ser também mais uma bolsonarista tosca.
Abuso de poder. Foi esse motivo que levou o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo cassar, na tarde desta quinta-feira (30), o mandato da deputada federal Carla Zambelli
Votação: Decisão teve 5 votos a favor e 2 contra.
Não para aí.
Além da cassação de mandato, a parlamentar deve ficar inelegível por oito anos.
Zambelli é acusada de abusar de meios de comunicação nas eleições de 2022.
No TRE-SP, prevaleceu o entendimento de que a deputada divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022 e montou uma “teia de desinformação”, utilizando as redes sociais e sites para abusar dos meios de comunicação.
Em sessão realziada nesta quinta (30/1), a Justiça Eleitoral de São Paulo cassou o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL).
São Paulo — Em sessão realizada nesta quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concluiu o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Carla Zambelli (PL) e cassou seu diploma de deputada federal, por maioria de votos (5×2).
A decisão, que também a tornou inelegível por oito anos a partir do pleito de 2022, reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi proposta pela também deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), alegando que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022.
É hora de Lula expor o apoio do bolsonarismo e da grande mídia ao imperialismo, o principal responsável pela pressão econômica que asfixia e atrasa o Brasil.
O presidente Lula foi eleito graças a uma grande mobilização popular, ainda que se tenha tentado convertê-la em uma frente ampla institucional e declarado que foi isto que o levou à vitória. As massas que o elegeram esperavam um enfrentamento com a direita a partir do novo governo. A burguesia, contudo, temerosa dessa radicalização, tratou de cortar as asinhas desse movimento nos primeiros dias.
Uma ala mais à direita forjou e a outra ala, mais ao centro, manejou o destino do 8 de janeiro para colocar em Lula uma camisa de força da qual ele ainda não conseguiu se livrar. O 8 de janeiro serviu como a grande chantagem para que Lula cedesse praticamente todo o seu poder ao centrão e foi capturado pelos seus diversos mecanismos de coação (Congresso, “mercado”, Judiciário, frente ampla, ONGs, imprensa, etc).
Muitos pensaram que a eleição de Lula foi a derrota definitiva do regime golpista instalado em 2016. Ledo engano. O golpe significou um rompimento pela burguesia do pacto firmado com a esquerda ao final da ditadura militar. Todas as conquistas alcançadas até então foram arruinadas por Temer e Bolsonaro. Sem anular as reformas trabalhista, previdenciária, o teto de gastos e as privatizações, será impossível implementar uma política que beneficie os trabalhadores e o povo. O regime neoliberal que deu um salto qualitativo na destruição do país em 2016 fez com que aquilo que Lula e Dilma aplicaram anteriormente já não funcione mais.
O PT tentava governar dando dois passos para a frente e um para trás. Mas a burguesia jogou o Brasil 100 passos para trás. E ela já nem aceita mais dois passos para frente: o máximo que permite a Lula é dar um passo para a frente em troca de outro para trás, em um cenário em que já estamos 100 passos atrasados. Isso fica nítido em uma nota da Folha de S.Paulo, que informa que, na metade de seu mandato, Lula cumpriu apenas 28% de suas promessas, sem erradicar a pobreza, fazer a reforma agrária, reestatizar a Eletrobrás e reerguer o SUS.
Oportunidade de ouro para Lula As lideranças dos movimentos sociais e partidos da esquerda que devolveram Lula ao governo negam-se a enxergar essa realidade. Elas são as maiores culpadas por Lula não ter conseguido se livrar da camisa de força imposta pela burguesia. Quando o time está perdendo o jogo, é dever da torcida empurrá-lo. Mas a torcida nem está no estádio, e sim sentada no sofá e comendo pipoca em frente à TV – e assistindo ao jogo errado, ainda por cima.
Os prognósticos para a segunda metade do governo Lula não são alentadores. Porém, contraditoriamente, a eleição de Trump nos EUA se tornou uma oportunidade de ouro para Lula mudar essa situação. Apoiado por parcelas crescentes da burguesia americana e internacional, o republicano está acirrando exponencialmente a polarização com os países da América Latina e o próprio Brasil.
Os instrumentos de dominação do imperialismo no Brasil não conseguem esconder as atrocidades e as sérias ameaças feitas pelo presidente americano contra os brasileiros e os nossos vizinhos. À medida que Trump estica a corda, ele desnuda para o mundo todo o que é o imperialismo americano. Mesmo invadindo Iraque e Afeganistão, George Bush demorou oito anos para rebaixar o índice de aprovação dos EUA na opinião pública mundial ao nível mais baixo.
Trump demorou apenas três meses para fazer o mesmo em seu primeiro mandato. Na América Latina, com as ameaças de invasão e as deportações desumanas, o sentimento antiamericano (e, como consequência, anti-imperialista), tende a aumentar rapidamente.
Décadas de pressão Esse sentimento tradicionalmente é maior entre a esquerda. Mas qualquer cidadão fica indignado quando vê um poderoso governo estrangeiro com um líder prepotente e arrogante maltratar seus compatriotas, seus conhecidos, seus amigos e familiares. Até mesmo setores da base bolsonarista certamente começam a se revoltar com a forma como os brasileiros e latino-americanos estão sendo tratados.
Ainda que o imperialismo tente individualizar as medidas de Trump, como se o intervencionismo e o supremacismo fossem exclusividade do novo governo, muitas pessoas começam a perceber que trata-se de uma política sistemática, tradicional e generalizada do imperialismo americano.
E é esse mesmo imperialismo que subjuga o Brasil há décadas. Ainda são as companhias americanas de indústria, tecnologia, informação, comércio e cultura que controlam grande parte da economia brasileira. A destruição da indústria nacional nos anos 90 e de novo a partir de 2016 beneficiou majoritariamente as empresas americanas.
A doutrina do neoliberalismo foi concebida e disseminada pelos EUA e é de lá que o FMI, o Banco Mundial e o tão endeusado “mercado” (o capital financeiro, isto é, o imperialismo em si) impõem o desmonte do Estado e as privatizações. É para eles que pagamos os juros criminosos da dívida externa criminosa, e que para isso temos de cortar gastos com o povo brasileiro. São as instituições do Estado norte-americano, como o FBI, a CIA, o Departamento de Justiça e os seus apêndices na “sociedade civil”, como os canais de TV e ONGs, que comandam a Polícia Federal, o Poder Judiciário, os partidos e a imprensa brasileiros. Temos quinze anos consecutivos de déficit comercial com os EUA, exportando matérias-primas e importando bens industrializados.
Fechados com o imperialismo Finalmente, a pressão econômica e política às quais o povo brasileiro e o governo estão sendo submetidos vem precisamente do imperialismo americano, através de seu preposto, a burguesia brasileira – e seus órgãos institucionais, de imprensa e da quinta-coluna dentro do governo e na oposição.
Nós temos, por um lado, uma oposição aberta dos políticos bolsonaristas que defendem e justificam as agressões que o Brasil sofre dos EUA, e, por outro, um centro que, por meio dos editoriais da imprensa, prega um pretenso pragmatismo que não é nada senão permitir que tais agressões se perpetuem.
Hugo Motta é o atual favorito para comandar a Câmara dos Deputados.
Episódios descritos em investigações da Polícia Federal reforçaram os indícios de atuação combinada no Congresso entre o atual favorito para comandar a Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e o antigo presidente da Casa Eduardo Cunha.
Diálogos analisados pela polícia indicam que Hugo Motta (atualmente no Republicanos-PB) agia no Congresso a favor de seu antigo aliado de modo que omitia quem era o verdadeiro interessado nas demandas.
As mensagens foram anexadas em inquéritos nos anos da Operação Lava Jato, que prendeu e condenou Cunha por corrupção. As sentenças foram anuladas posteriormente, e o ex-parlamentar sempre negou ter cometido irregularidades. Naquela época, os dois congressistas eram filiados ao PMDB, hoje chamado MDB.
Uma dessas mensagens foi reproduzida em denúncia de 2017 contra o então presidente Michel Temer, Cunha e outros emedebistas, em caso de grande repercussão à época.
Procurado por meio da assessoria, Hugo Motta afirmou que não iria comentar sobre as menções nas investigações.
“Vou por uma emenda para você assinar que e do veto da 561”, dizia mensagem de Cunha a Hugo Motta, em referência a uma medida provisória.
O diálogo ocorreu em agosto de 2012, quando o paraibano ainda estava em seu primeiro mandato na Câmara, e Cunha era uma das principais lideranças do PMDB.
O então procurador-geral Rodrigo Janot citou essa mensagem em trecho da acusação que fala sobre o modo de operação do grupo político de Cunha na Câmara naquela época. O ex-presidente da Câmara perdeu o mandato em 2016 e ficou mais de três anos preso.
A MP citada tratava de vários temas, como financiamentos do BNDES e parcelamento de dívidas de estados e municípios. A então presidente Dilma Rousseff vetou dois trechos em julho de 2012, quando isso ocorre, o Congresso pode derrubar o veto. Hugo Motta foi relator dessa medida provisória.
As conversas constam em um relatório da PF feito após o ex-presidente da Câmara ser alvo de busca e apreensão em 2015, na chamada Operação Catilinárias, um desdobramento da Lava Jato.
Mais adiante, esse mesmo relatório cita uma outra ocasião em que “a utilização do deputado Hugo Motta como ferramenta legislativa por Eduardo Cunha foi identificada”.
O documento narra episódio em que uma assessora de Cunha, também em 2012, envia a ele um email com uma minuta de requerimento afirmando: “Posso mandar para o Hugo Motta assinar???”
Segundo o policial responsável pela análise, o requerimento solicitava ao Ministério de Minas e Energia informações sobre contratos entre um braço da Petrobras e uma empresa de biocombustíveis. O pedido seria protocolado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
“Hugo Motta recebe email com minuta de requerimento, contendo seu nome como autor, enviado por assessora de Eduardo Cunha”, diz o relatório policial.
Na época da Lava Jato, uma ex-colega de Cunha chegou a ser processada por supostamente apresentar requerimentos a pedido de Cunha contra uma empresa. Solange Almeida (então no PMDB-RJ) virou ré junto com o aliado em ação penal, mas acabou absolvida.
No relatório policial da Operação Catilinárias, houve ainda uma citação dos investigadores ao que seria uma mensagem de Hugo Motta a Cunha sobre repasses financeiros para o partido.
“Uma mensagem do contato ‘Hugo mota’ afirma a Eduardo Cunha que havia conseguido 100 para o PMDB e que no mês subsequente conseguiria igual montante. Acredita-se que ‘Hugo mota’ esteja expressando os valores em milhares”, diz o documento.
Atualmente em seu quarto mandato, Hugo Motta foi retirado do chamado baixo clero da Câmara (o grupo sem expressão política nacional) quando Cunha assumiu a liderança do PMDB, em 2013.
Hugo Motta e Eduardo Cunha A proximidade com Cunha sempre foi pública. O próprio ex-deputado, em seu livro de memórias “Tchau, Querida”, descreve o então correligionário como “um bom quadro, cumpridor de compromissos”.
Ainda hoje, o ex-presidente ainda participa de eventos com o seu antigo afilhado político. Na noite de terça-feira (28), Cunha esteve em um jantar da bancada do Rio de Janeiro para Hugo Motta, acompanhado da filha, a deputada federal Dani Cunha (União Brasil-RJ).
Em 2015, quando tinha 25 anos, Motta foi alçado por Cunha à presidência da CPI da Petrobras, constituída naquele ano para apurar no Congresso as revelações surgidas na Lava Jato.
À época, a Lava Jato, ainda em um período anterior aos inquéritos sobre o hoje presidente Lula, mirava nomes de vários grandes partidos e provocava contínua tensão em Brasília.
Em sua fracassada tentativa de fechar um acordo de delação premiada, em meados de 2017, Cunha também afirmou ter comprado votos para tentar eleger Hugo Motta à liderança do PMDB na Câmara em 2016.
Segundo o ex-presidente da Câmara, a disputa entre Leonardo Picciani e Hugo Motta em 2016 foi a mais cara devido a negociações relacionadas à composição da Comissão de Impeachment de Dilma. O parlamentar da Paraíba acabou perdendo a disputa.
Cunha disse que não reconhece a delação como verdadeira e que os fatos que estão na proposta da colaboração não existiram.
A tentativa de delação foi compartilhada entre procuradores em um chat do aplicativo Telegram, em julho de 2017, no material obtido pelo site The Intercept Brasil e também analisado pela Folha de S.Paulo.
No entanto, o próprio Cunha já havia falado publicamente sobre a negociação de delação, em mais de uma ocasião. Com ICL.
Bolsonaristas pediram e conseguiram reembolso através da cota parlamentar; Kicis ficou sete dias sem agenda na Flórida, denuncia o DCM.
Os deputados bolsonaristas Bia Kicis (PL-DF), Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Rodrigo Valadares (União-SE) — utilizaram R$ 47.241,25 de recursos públicos para participar de um evento da campanha de Donald Trump nos EUA em novembro de 2024, revela uma reportagem do Diário do Centro do Mundo.
A matéria do DCM revela que as despesas, incluindo hospedagem em hotéis e spa, foram registradas como “missão oficial” na Câmara dos Deputados, sem agendas comprovadas.
Segundo uma reportagem da Gazeta do Povo, eles participaram do evento “Election Night Livestream Watch Party”, uma festa realizada na Flórida pela campanha de Trump para acompanhar os resultados eleitorais que deram vitória ao republicano.
Bia Kicis declarou que seu objetivo era “acompanhar as eleições norte-americanas”. Ela chegou a Miami no dia 4 de novembro, mas só teve compromissos oficiais a partir do dia 11. Foram sete dias na Flórida sem custos justificados.
Entre os eventos justificados estão a comemoração do Dia do Veterano, com a presença da Banda Oficial da Casa Branca, um encontro com o embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) e com a embaixadora do Brasil em Washington, além de uma reunião com um apoiador do grupo parlamentar de amizade Brasil-Texas.
A justificativa final — uma reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos — foi ignorada pela deputada, que alegou “comemoração do aniversário de sua mãe”. O custo total: R$ 19.789,23.
Os deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Rodrigo Valadares (União-SE) utilizaram, respectivamente, R$ 9.202 e R$ 18.249 de recursos públicos em viagens aos EUA para o evento da campanha de Trump em novembro de 2024.
Bilynskyj passou cinco dias em um hotel da rede Marriott na Flórida, com voos e alimentação custeados pela Câmara, sem apresentar agendas oficiais.
Valadares ficou oito dias no Ette Luxury Hotel & Spa, em Orlando, também sem justificativas. Ambos omitiram o uso do dinheiro público ao divulgar a participação no evento.
Os documentos obtidos pelo DCM mostram que os parlamentares ocultaram o uso de dinheiro público ao divulgar a viagem nas redes sociais. Todos os valores foram reembolsados pela Casa Legislativa.
Entre os eventos justificados estão a comemoração do Dia do Veterano, com a presença da Banda Oficial da Casa Branca, um encontro com o embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) e com a embaixadora do Brasil em Washington, além de uma reunião com um apoiador do grupo parlamentar de amizade Brasil-Texas.
A justificativa final — uma reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos — foi ignorada pela deputada, que alegou “comemoração do aniversário de sua mãe”. O custo total: R$ 19.789,23.