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Bolsonaro já estava doente antes da suposta facada, mas seus seguidores insistem na farsa

Joaquim de Carvalho – Bolsonaro tem problemas gastrointestinais que o levam para hospitais desde antes da facada ou suposta facada em Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018. Mas ele e aliados continuam a usar o caso Adélio com um enredo político que não se sustenta nos fatos.

“A turma do ódio do bem ou ódio permitido invade mais uma publicação! Crer que a facada de antigo filiado do PSOL foi um fato isolado não é inocência”, escreveu Carlos Bolsonaro, em resposta à postagem na qual o pai anunciou que foi internado às 3 da madrugada, em São Paulo.

Adélio se filiou ao PSOL em 2007, assim como um dos seguranças de Bolsonaro em Juiz de Fora, o militar da reserva Hugo Ribeiro. Este deixou o partido para se filiar ao PTN e integrar o grupo chamado Direita Minas.

Hugo Ribeiro foi encontrado morto no início do ano passado no edifício onde trabalhava, em Juiz de Fora. Segundo laudo médico, ele foi vitima de enfarte fulminante.

Adélio deixou formalmente o PSOL em 2014, quando era pregador evangélico, mas antes disso já militava com a direita. Participou de manifestações contra Dilma Rousseff em Brasília em 2013 e frequentava o diretório do PSD em Uberaba, no Triângulo Mineiro.

Era tão próximo do partido que acreditava ter sido filiado. Tanto que a Polícia Federal encontrou na pensão onde se hospedou em Juiz de Fora uma carta de janeiro de 2016 com pedido de desfiliação, com o protocolo de recebimento assinado por um representante do PSD.

No âmbito nacional, o PSD é um partido de centro-direita, mas, em Uberaba, está mais à direita, sob a liderança do ex-deputado e médico Marcos Montes. Ele era da bancada ruralista e hoje é secretário-executivo do Ministério da Agricultura.

Nos pertences de Adélio, além da carta ao PSD, foi encontrado um cartão com os telefones de Marcos Montes.

A Polícia Federal em Juiz de Fora tinha essas informações ao elaborar o auto de flagrante de Adélio, mas as omitiu. Registrou, no entanto, sua filiação ao PSOL.

Dois agentes da PF na cidade, que atuaram no esquema de segurança informal de Bolsonaro, foram promovidos depois da eleição. Marcelo Bormevet se tornou chefe de um departamento da Abin e Felipe Arlotta Freitas foi nomeado assessor do diretor-geral, Alexandre Ramagem.

Outros três policiais federais que estavam em Juiz de Fora naquele dia também foram promovidos, dois deles para cargos no exterior da alçada do Itamaraty.

Se efetivamente houve a facada, e não foi autoatentado, hipótese não investigada pela PF, a promoção dos policiais é tão bizarra quanto nomear um médico que comprovadamente falhou numa cirurgia para dirigir um hospital.

E por falar em médico, chama a atenção que a Força Aérea Brasileira tenha deslocado um avião para buscar o cirurgião Antônio Macedo para atender Bolsonaro no hospital Vila Star, em São Paulo.

“Estranho um paciente com complicações gostar tanto do mesmo médico”, disse um cirurgião que prefere não ser identificado.

“A gente atende obstrução quase todo dia. Eu até entendo que ele queira ir para um hospital maior. O que é incomum é um paciente ter tantas complicações, mesmo que sejam complicações conhecidas e descritas na literatura, e gostar tanto do mesmo médico”, acrescentou.

No caso, hospital não é o mais importante, mas efetivamente o médico. Até porque, depois que atendeu Bolsonaro, Antônio Macedo se desligou ou foi desligado do Albert Einstein, mesmo tendo trabalhado lá por muitos anos, e foi para o Vila Nova Star.

O prontuário de Bolsonaro no Albert Einstein não foi entregue à Polícia Federal, apesar de solicitado. Em vez disso, o hospital entregou uma folha que parece ser um boletim médico, que tem a assinatura de Carlos Bolsonaro como recebedor.

A análise do prontuário é importante do ponto de vista de uma investigação médica ou policial a respeito da doença preexistente de Bolsonaro. No dia 7 de fevereiro de 2018, sete meses antes do episódio em Juiz de Fora, ele foi levado para uma clínica particular de Cascavel, onde participava de atos de pré-campanha, porque teve problemas gastrointestinais, segundo divulgado por sua assessoria de imprensa na época.

No dia 13 de abril, Bolsonaro passou mal no aeroporto de Boa Vista, Roraima, e foi levado para o Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro. No dia 29 do mesmo mês, Bolsonaro participou do evento Gideões Missionários da Última hora, em Blumenau, e se levantou quando o pastor pediu oração de cura para as pessoas com doenças no abdômen. Nas imagens registradas em vídeo, Michelle e um homem de terno colocam a mão sobre a barriga de Bolsonaro.

No dia 6 de setembro, Adélio supostamente desferiu um golpe de faca no local que, coincidência ou não, é o mesmo em que os dois colocaram a mão. Digo “supostamente” porque não há nenhuma imagem que mostre a faca penetrando o corpo do então candidato. E havia um drone gravando toda a caminhada. A íntegra dessas gravações, realizadas por uma empresa contratada pelo Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora, desapareceu.

O médico que estranhou o apego de Bolsonaro ao cirurgião Macedo comentou que dificilmente a doença preexistente fosse câncer, já que, se houve facada, o risco de atingir o tumor era grande e, em consequência, as células se espalhariam e tornaria a doença muito mais difícil de ser curada. “Se havia doença preexistente e se houve facada, talvez ele tivesse diverticulite”, afirmou.

Que Bolsonaro estava doente, parece restar poucas dúvidas. Duas horas antes da facada ou suposta facada, ele mesmo se exibiu diante de fotógrafos e cinegrafistas que faziam a cobertura em Juiz de Fora tomando antiácido e ingerindo um comprimido que disse, em tom de galhofa, não ser “viagra”.

Essas dúvidas poderiam ser esclarecidas no inquérito que foi reaberto recentemente pela Polícia Federal, com autorização do Tribunal Regional Federal da 2a. Região. Mas essa possibilidade parece ter ficado mais distante com a transferência do titular da investigação, Rodrigo Morais, para uma força-tarefa nos EUA.

*Publicado no 247

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Avião da FAB ou jato particular? Quem paga para buscar médico de Bolsonaro?

Informações são conflitantes, mas nos dois casos, valor absurdo para atender capricho do presidente buscando profissional nas Bahamas chama a atenção. Não há ninguém para atendê-lo aqui? Veja os custos.

O presidente Jair Bolsonaro interrompeu as férias em Santa Catarina na madrugada desta segunda-feira (3) para ser levado às pressas para o luxuoso hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Segundo o boletim oficial divulgado pela Secretaria de Comunicação do governo federal, ele estaria outra vez com obstrução intestinal, como ocorreu em julho do ano passado, quando o líder extremista precisou ficar quatro dias internado no mesmo local.

Desde as primeiras horas da manhã foi informado que o médico que o operou à época da facada recebida durante a campanha de 2018, Antônio Luiz Macedo, estava a par da situação de saúde do presidente, ainda que o profissional esteja nas Bahamas, uma ilha do Caribe. Também desde cedo circula a informação de que Macedo estaria voltando imediatamente ao Brasil, mesmo não existindo voos regulares e diretos entre os dois países.

A partir daí, veículos de imprensa passaram a divulgar duas versões para o retirada do médico do país paradisíaco até a chegada dele a São Paulo: o uso de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo informou o site O Antagonista, e uso de um jato privado, de acordo com a Folha de S.Paulo, que diz ainda que o custo seria bancado integralmente pelo hospital de ponta da capital paulista.

Independentemente da forma como será transportado do Caribe para o Brasil, se por meio da FAB ou de um táxi aéreo internacional, o custo operacional para trazer o cirurgião é altíssimo e deixa dúvidas no ar: é necessário esse capricho? Não há outro cirurgião do aparelho digestivo consagrado no país para atender Bolsonaro? Quem paga o fretamento do jato até as Bahamas? No caso de um avião da FAB, é lícito esse gasto público para dar atendimento de sultão ao presidente da República?

Jato privado

A reportagem da Fórum apurou que um jato particular para ir às Bahamas e voltar trazendo o cirurgião de Jair Bolsonaro custa entre R$ 1.200.000 e R$ 2.000.000, dependendo do modelo e do conforto da aeronave. São pouco mais de oito horas de voo na ida e mais oito na volta. Se o jato for alugado em Nassau, a capital do país insular, esse valor pode diminuir um pouco.

Uso de aviões da FAB

Usar aviões da Força Aérea é autorizado ao presidente da República e seu vice, assim como para os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF), além de ministros de Estados e outros ocupantes de cargos públicos com prerrogativas de ministro, bem como a comandantes das Forças Armadas. As normativas que regulamentam esse uso estão estabelecidas em quatro decretos presidenciais: 4.244/2002, 6.911/2009, 7.961/2013 e 8.432/2015.

Ainda que a lei preveja a possibilidade de autoridades como Jair Bolsonaro utilizarem essas aeronaves em casos de emergências médicas, o presidente já está num dos hospitais mais caros e respeitados do Brasil, com uma equipe de profissionais super qualificada para atendê-lo, o que faz uma possível missão de busca do médico Antônio Luiz Macedo um capricho luxuoso totalmente desnecessário, a ser pago com o dinheiro do contribuinte. Como mandatário num sistema republicano e democrático, Bolsonaro deve ter bom senso no trato com a coisa pública e não permitir que regalias normalmente disponíveis a sultões do petróleo sejam conferidas a ele.

*Com informações da Forum

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Banqueiros e empresários desembarcam da 3ª via e veem Lula mais capaz de ‘consertar estragos’ na economia

Prévias conturbadas do PSDB e candidatura ‘precoce’ de Moro seriam os principais motivos do enfraquecimento.

Banqueiros, gestores e empresários não acreditam mais na possibilidade do fortalecimento de uma candidatura de terceira via para as eleições presidenciais.

Segundo a Folha de S. Paulo, que conversou com representantes desses grupos s sob condição de anonimato, banqueiros, gestores de fundos de investimentos e líderes do agronegócio, comércio e indústria veem a disputa entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Boa parte do grupo também demonstra favoritismo do petista, reforçando o cenário apontado em diversas pesquisas de diferentes instituições, que mostram Lula em vantagem contra o ex-capitão.

Dois motivos são apontados pelos banqueiros e empresários para ‘desistirem’ da terceira via. O primeiro são as conturbadas prévias do PSDB, que elegeram João Doria vencedor. A expectativa do mercado, no entanto, era que o governador gaúcho Eduardo Leite fosse o escolhido. A troca de ofensas e acusações entre os pré-candidatos do partido teriam causado desgastes irreversíveis para a campanha de Doria, de acordo com os consultados.

Já o segundo motivo apontado pelos representantes é o lançamento da candidatura do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos). O movimento foi considerado ‘precoce’ pelo grupo. Para eles, Moro desistirá antes do pleito e provavelmente buscará uma cadeira no Senado.

Lula é o mais preparado para resolver os problemas do País

O grupo também foi questionado sobre quem seria o melhor candidato para resolver os ‘estragos na Economia’. De acordo com os banqueiros consultados, o ex-presidente Lula ‘estaria mais apto para construir um time no Ministério da Economia capaz de consertar os estragos que Bolsonaro causou’.

Os representantes dos grupos disseram não concordar com políticos como o aumento de benefícios sociais, nem com direcionamentos ‘mais populistas’ em linhas de crédito que possivelmente serão adotadas com Lula. Apesar disso, avaliam que o retorno do ex-presidente ao Poder sinalizaria ao mercado financeiro um ‘compromisso de recuperação fiscal’, considerado positivo.

Entre o empresariado, o apoio a Lula estaria mais dividido , segundo o jornal. Tanto o setor produtivo quanto o agronegócio ainda se mantém ao lado de Bolsonaro, mas teriam sinalizado uma mudança de lado caso o segundo turno seja contra o petista.

*Com informações da Carta Capital

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Servidores do Banco Central começam a entregar cargos de chefia e anunciam greve

Categoria protesta após aprovação de reajuste salarial apenas para policiais federais com apoio de Bolsonaro.

Em ato semelhante ao orquestrado pela Receita Federal nos últimos dias, o sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) iniciou movimento de entrega de cargos de chefia na autarquia nesta segunda-feira (3), informa a Folha.

Segundo a entidade, a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas. Em nota, o Sinal afirmou que será elaborada uma lista nos próximos dias com os nomes de quem aderiu.

Os servidores pedem reajuste salarial após o Congresso aprovar previsão de reposição apenas para policiais federais no Orçamento de 2022, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Estamos começando hoje, a ideia é fazer reuniões virtuais com servidores de todo o Brasil para convencê-los a aderir, até como forma de pressão para conseguir uma reunião com o presidente [do BC] Roberto Campos Neto. A gente acredita que nas próximas duas semanas teremos uma lista grande”, ressaltou Faiad.

Os servidores que eventualmente substituiriam os comissionados também serão convidados a aderir, abrindo mão de cobrirem os titulares.

Além disso, o Sinal anunciou a adesão de trabalhadores do BC à paralisação dos servidores federais de diversos órgãos, que ocorrerá no próximo dia 18, organizada pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

De acordo com o presidente do Sinal, Fábio Faiad, o objetivo da mobilização é reivindicar reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC.

“Vamos inviabilizar a administração porque não está sendo atendido o pleito justo também para servidores do BC”, completou.

O movimento começou com a entrega de comissões na Receita Federal. O Sindifisco (sindicato da categoria) estima que 951 auditores em postos de chefia já abriram mão de cargos comissionados até a última quinta-feira (30). Isso ultrapassa, segundo dados divulgados pela entidade, 90% dos efetivos.

Outras carreiras do Executivo federal e do Judiciário começaram a se queixar do aumento previsto para policiais. Entre elas estão os funcionários do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), peritos médicos e auditores agropecuários.

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O problema de Bolsonaro pode ter tudo, inclusive nada, menos consequência da falsa facada

O que está rolando em Brasília é que as chances de Bolsonaro ser operado são grandes, perto de 100%, o que não significa que a suspeita de obstrução intestinal, que pode definir se ele sofrerá intervenção cirúrgica tenha qualquer relação com a suposta facada.

Lógico que Micheque, a mesma que recebeu um cheque de R$ 89 mil de Queiroz, já abraçou a velha baba de quiabo de que aquela grotesca farsa da facada gerou no mentiroso Bolsonaro sequela para o resto da vida.

Por ora, a informação que se tem é a de que Bolsonaro está estável com um quadro de suboclusão intestinal e sem previsão de alta.

O chefe do executivo, que passou o final de ano na esbórnia em Santa Catarina, gastando dinheiro público, foi internado às pressas durante a madrugada por sentir dores abdominais.

O fato é que aquele homem que sassaricou de jet sky até ontem à tarde, está internado e seu real estado de saúde, ninguém sabe.

O que se sabe é que seu caso pode ser tudo, inclusive nada. Mas uma coisa é indiscutível, não há nada relacionado à facada, simplesmente porque até hoje não ficou provado que Bolsonaro tenha de fato sofrido um atentado, ao contrário, o que está cada vez mais escancarado é que aquilo não serviu sequer para caricatura de facada de tão grotesca que foi a farsa.

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Procedimento cirúrgico em Bolsonaro tem probabilidade de mais 90%. Há risco, podendo ser intubado

Por Luís Costa Pinto – Enquanto aguarda a chegada do seu cirurgião particular Antônio Luiz de Macedo, que interrompeu as férias nas Bahamas (país caribenho localizado num arquipélago de ilhas de corais e que é um paraíso fiscal) para atendê-lo, o presidente Jair Bolsonaro submete-se a tentativas ainda não bem-sucedidas de desobstrução da suboclusão intestinal por meios não cirúrgicos. Um cirurgião do Distrito Federal que já atendeu o presidente e outras personalidades da política e mantém linha de consulta direta com médicos da Presidência contou que a chance de nova cirurgia em Bolsonaro é de “mais de 9 em 10” possibilidades de ocorrer. Ou seja, superior a 90%. “Os médicos do presidente trabalham com esse cenário”, diz a fonte.

Absolutamente todos os pacientes com obstrução intestinal, exceto os que acabaram de ser submetidos a uma cirurgia, devem ser operados para dar seguimento à desobstrução. Há cinco categorias de manobras cirúrgicas possíveis para quadros como o de Bolsonaro: extraluminares, enterotomia para retirada de corpos estranhos da luz, ressecção intestinal, operações de desvio de trânsito e operações de descompressão. Em razão de se tratar de intervenção cirúrgica de urgência, as complicações pós-operatórias são frequentes. As mais observadas em casos semelhantes aos do presidente da República são: infecção de parede (do intestino), íleo prolongado (disfunção transitória do trato intestinal), sepse (infecção em diversos órgãos por disseminação sobretudo de bactérias), complicações pulmonares e infecção urinária (também decorrente das bactérias que podem contaminar a cavidade abdominal durante a cirurgia).

Bolsonaro, segundo ele mesmo, começou a passar mal desde a hora do almoço de domingo. Pouco antes de 1h da manhã desta segunda-feira, 3 de janeiro, decidiu enfim interromper suas intermináveis “férias de fim de ano” para ser levado de emergência ao hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele só aceitou encerrar o recesso de réveillon ao qual se impôs para cuidar da própria saúde – durante a última semana do ano Bolsonaro foi intensamente criticado e cobrado por não ter demonstrado solidariedade nem empatia com as vítimas das enchentes e desabamentos ocorridas sobretudo no sul da Bahia e em Minas Gerais.

O intestino delgado do presidente brasileiro tem perdido paulatinamente a capacidade de processar alimentos. Não é a primeira vez que ele padece dessa “suboclusão intestinal” no curso de seu mandato. Há acúmulo de fezes e gases no sistema digestório presidencial e ele perdeu a capacidade de evacuá-las com regularidade.

Na manhã desta segunda-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que é cardiologista e tem se afastado rotineiramente dos ditames da Ciência para avalizar teses negacionistas em relação à pandemia por coronavírus e à eficácia da vacinação, politizou o tema da saúde presidencial. “Bolsonaro, graças a Deus, está bem. Tenho informações que ele teve dores abdominais por conta daquele atentado contra ele, em 2018, e ainda hoje ele tem consequências, mas graças a Deus, ele está bem”, disse Queiroga esta manhã.

Mourão de prontidão. Se houver intubação, assume

Como aguarda o desembarque de volta ao Brasil do médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo no início desta tarde, Bolsonaro não deve ser intubado antes da cirurgia. Porém, como há risco real de complicações pós-operatórias conforme descrito acima, todo o centro cirúrgico do Hospital Vila Nova Star está preparado para uma eventual intubação presidencial. Caso isso ocorra, e em razão de o titular do mandato ter de ficar transitoriamente incapacitado de tomar decisões, o cargo de presidente da República terá de ser interinamente transmitido ao vice-presidente Hamilton Mourão. Até a madrugada de hoje ninguém imaginava que isso pudesse acontecer no primeiro dia útil de 2022. Mourão foi informado por militares da Presidência, ainda de madrugada, da internação de Bolsonaro.

O vice-presidente da República tem guardado distância das polêmicas e das grosserias políticas promovidas por Jair Bolsonaro contra adversários e aliados. Tendo mantido apenas nove despachos oficiais com o presidente em 2021, Mourão fez questão de acentuar nos últimos meses as evidentes discordâncias administrativas com seu companheiro de chapa em 2018. Bolsonaro, por sua vez, nunca deixou de explicitar a vontade de trocar o vice para a disputa eleitoral de 2022.

A reeleição é um cenário cada vez mais difícil para ele. O ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto (ex-interventor no Rio de Janeiro no período de Michel Temer na presidência, quando se tornou o detentor dos segredos das investigações em torno do assassinato da vereadora Marielle Franco) tem feito campanha interna no Palácio do Planalto para se viabilizar candidato a vice, deslocando Mourão da chapa. PP e PRB, partidos que pretendem apoiar a tentativa de reeleição de Bolsonaro, não o querem como filiado. Os presidentes das duas siglas, respectivamente Ciro Nogueira (ministro da Casa Civil) e Marcos Pereira (deputado), já disseram ao presidente que se a opção dele for por Braga Netto, apoiam-no, mas, preferem que ele se filie ao PL.

A ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, pastora evangélica, tenta vencer a corrida pela indicação como vice de Bolsonaro no pleito de outubro. O PRB poderia, nesse caso, “engravidar” da filiação de Damares. Correndo por fora na disputa, o ministro das Comunicação, Fábio Faria, que está sem partido e deve se filiar ao PP, tenta ser o escolhido argumentando que seu diferencial competitivo é ser nordestino. Ele é do Rio Grande do Norte, porém, é desconhecido na região e só passou a visitar o estado com maior frequência nesse período pré-eleitoral.

Especulações com eventual posse de Mourão

Em se tratando de Bolsonaro, do bolsonarismo e dos planetas que giram com satélites em torno da figura presidencial, sempre há especulações e teorias conspiratórias. esta manhã, não foi diferente no Palácio do Planalto, no Palácio do Jaburu (residência oficial do vice) e até mesmo nas “fazendas de likes” e nas “chocadeiras de robôs” administradas pelo vereador Carlos Bolsonaro a partir do Rio de Janeiro. Nos roteiros traçados a partir dessas fábricas de intrigas, a nova internação e a provável nova cirurgia de Jair Bolsonaro podem ser o argumento-chave para fazer o presidente da República começar a admitir a hipótese de não disputar novo mandato e acomodar-se numa candidatura ao Senado pelo Rio ou por Santa Catarina.

A situação de sucesso eleitoral de Jair Bolsonaro é cada vez mais difícil no pleito presidencial. Ele já deslocou seu núcleo duro de votos “certos” da faixa de 25%-28% para a faixa de 15%-18%. Ainda é muito para quem comanda um governo ruinoso e devastador do ponto de vista social e econômico. Porém, é um patamar que não tem permitido o florescimento de candidatos alternativos no campo da direita e da extrema-direita. O ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro, considerado parcial pelo Supremo Tribunal Federal, não vingou como candidato e acendeu um arsenal de rejeições contra si e contra suas práticas políticas – sobretudo pelo uso das instituições judiciárias para fazer jogo político. Caso tenha de assumir a presidência num impedimento de Bolsonaro por razões de saúde, e já agora nesse início de ano, Mourão poderia se converter na nova aposta de quem tenta buscar um nome que derrote o ex-presidente Lula (PT), favoritíssimo até aqui, e que não se chame “Jair Bolsonaro” nem leve à campanha todo o rol de rejeições e repulsas que o nome do atual presidente já provoca.

*Publicado no 247

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Moro, à francesa, inicia sua saída da disputa presidencial fracassada

Com 9% das intenções de voto nas pesquisas de intenção de votos para presidente da República, o ex-juiz Sergio Moro ainda não decidiu se vai concorrer ao Palácio do Planalto, ou se lança mão do plano B: disputar uma cadeira no Senado. Interlocutores próximos de Moro afirmam que, se ele não chegar a 15% nas enquetes até fevereiro, vai abandonar a intenção de assumir o lugar de Jair Bolsonaro e abraçará a meta de ser senador em 2023, informa Carolina Brígido, do Uol.

No entorno de Moro, a avaliação é de que o ex-magistrado precisará ter um mandato no próximo ano, seja ele qual for. A ideia teria se cristalizado depois que o ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), mandou a consultoria americana Alvarez & Marsal revelar os serviços prestados e os valores pagos a Moro.

Em nota enviada à coluna pela assessoria de imprensa, Moro afirmou: “Sou pré-candidato à Presidência, não ao Senado”. Ele também esclareceu que sempre foi contra o foro privilegiado e que não precisa de mandato. E completou: “Não tenho receio de qualquer investigação, muito menos a de Ministro do TCU sobre fato inexistente”.

O ex-juiz foi contratado pela empresa em abril, logo depois de deixar o Ministério da Justiça. Em outubro, ele largou o emprego para se lançar pré-candidato. Alvarez & Marsal é o escritório que atuou como administrador judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato – e, portanto, alvo de decisões de Moro na época que conduzia os processos em Curitiba.

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, que pediu a Dantas para adotar a medida, suspeita que Moro tenha atuado em um cenário de “conflitos de interesses, favorecimentos, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas”.

O TCU, vale lembrar, não integra o Judiciário. É um órgão administrativo autônomo. Mas as informações prestadas pela consultoria americana podem servir como base para a abertura de uma investigação judicial contra Moro. Daí a urgência de se obter um mandato. Como senador ou presidente da República, Moro responderia perante o STF (Supremo Tribunal Federal).

Em tempo: o entendimento do tribunal é de que o foro privilegiado existe para crimes cometidos durante o mandato e em razão do cargo ocupado. Logo, o caso da consultoria não seria analisado no Supremo. A menos que a interpretação sobre a regra do foro mude. E o STF tem um julgamento agendado para fevereiro sobre essa questão.

Interlocutores de Moro acreditam que, neste primeiro momento, a suspeita levantada contra Moro tem muito mais consequência política do que jurídica. Seria o primeiro movimento para derrubar as intenções do ex-juiz de ser eleito presidente da República em outubro. A depender do desempenho de Moro na campanha, a ofensiva pode crescer e chegar ao Judiciário.

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Com dores abdominais, Bolsonaro é internado às pressas em São Paulo. Suspeita de obstrução intestinal

Debaixo de enxurrada de críticas por não socorrer o povo baiano diante das fortes chuvas que deixaram 25 mortos e mais de 471 mil desabrigados e 136 cidades declararam estado de emergência, Bolsonaro foi obrigado a interromper as férias em Santa Catarina por sentir dores abdominais e, consequentemente, ser internado às pressas em São Paulo onde desembarcou por volta da meia-noite desta segunda-feira.

Bolsonaro, que passava férias em Santa Catarina, desembarcou em São Paulo, na madrugada desta segunda-feira, e seguiu direto para o Hospital Nova Star, na Vila Nova Conceição, Zona Sul da capital paulista.

Bolsonaro sentiu deu entrada no hospital devido a um um “desconforto adbominal”, de acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, mas “passa bem”.

Segundo o colunista Lauro Jardim, Bolsonaro será assistido pelo médico Antônio Macedo, que o operou após a facada que levou na campanha eleitoral de 2018. Macedo está no exterior e deve desembarcar ainda hoje em São Paulo.

A informação foi confirmada pelo médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro em setembro de 2018 e o acompanha clinicamente.

Macedo, que está em viagem nas Bahamas, afirmou que voará à capital paulista na manhã desta segunda-feira e que deve desembarcar em São Paulo na parte da tarde.

*Com informações de O Globo

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Estadão dá a 3ª via como letra morta e quer juntar essa massa falida para engrossar o caldo do genocida

Usando a velha malandragem do, se não tem tu, vai tu mesmo”, o velho periódico escravocrata nascido das cartolas felpudas dos cafeicultores paulistas do século XIX, a tradição é quem manda.

Como a imensa maior parte de pobres e miseráveis do Brasil é formada por negros, ou seja, descendentes de negros escravizados pelo baronato que pariu o Estadão, tanto faz um candidato como Lula, que tirou o Brasil do mapa da fome, quanto Bolsonaro, que devolveu o Brasil ao mesmo mapa da fome.

Dito isso, o Estadão, diante da realidade de uma terceira via touro sentado, já dá como massa falida as candidaturas de Moro, Dória, Tebet e Pacheco, mas quer que eles engrossem a requentada sopa de morcego que levou Bolsonaro à vitória em 2018, com o apoio nada disfarçado da mídia nativa e com o entusiasmo especial do Estadão, que sempre teve uma afinidade cultural siamesa com Bolsonaro, seja na questão dos índios, dos negros, das terras, da ditadura militar, seja do sistema financeiro.

Assim, o Estadão teve uma ideia genial, a de reunir essa xepa eleitoral chamada terceira via, misturá-la com o genocida que dizimou 620 mil brasileiros por covid, para transformar o monstro em algo mais palatável à classe média, como se essa gente que apoiou Bolsonaro em 2018 não fosse o próprio espelho da criatura.

O “tudo, menos Lula” e o “vale-tudo” contra o PT produzem esse tipo de pensamento trevoso. Para o Estadão, o importante é que os trabalhadores continuem perdendo direitos, o empresariado, os rentistas e a banca sigam ganhando como nunca.

A inflação, o aumento da gasolina, os 30 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza passando fome, não têm qualquer importância para o jornalão do século XIX. O que importa é manter a hegemonia de classe para que a oligarquia cafeeira permaneça em riste produzindo miséria e miseráveis à pencas, enquanto o clero dos abastados paulistas gargalham em seus regabofes comunitários.

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Estadão trata os pobres como sub-raça, o que explica como um fascista como Bolsonaro chegou ao poder

Pouco importa o plágio de si mesmo que o Estadão faz do editorial cretino de Vera Magalhães em 2018, “Uma escolha difícil”.

O ponto central aqui é uma cópia de um antigo discurso de Bolsonaro que dizia que “pobre, no Brasil, só servia para votar em quem lhe desse esmolas”.

Ou seja, ninguém fabrica um fascista como Bolsonaro de improviso. Esse monstro universal é um produto conjugado feito por muitas mãos da escória da classe dominante desse país.

O Estadão, o mais genuíno herdeiro da imprensa escravocrata, jamais perdeu seu pedigree. Por isso trata os pobres como resíduo da sociedade brasileira, mesmo sendo eles a maioria no Brasil, maioria, diga-se de passagem, de explorados pelos pares do Estadão.

Não há nada de novo e nem de autêntico nessa maçaroca de clichês do jornalão, apenas a posição assumida de um jornal secularmente preconceituoso, racista e que, agora, com esse “artigo” assume sua aporofobia que mostra que, muito mais que ódio a Lula e ao PT, o Estadão representa uma parcela da sociedade que tem verdadeira ojeriza de pobres, quando deveria ter da pobreza que ele, em defesa secular da oligarquia, ajudou a construir.

Pode-se fazer todas as críticas a Bolsonaro, mas uma coisa tem que se reconhecer, sobretudo quando o Estadão vem com a velha malandragem de construir uma falsa simetria entre Lula e o genocida.

As atitudes perversas de Bolsonaro contra o povo brasileiro são fidedignas à imagem da nossa classe economicamente dominante. Nunca essa imagem foi tão materializada de forma tão esculpida e escarrada como a que Bolsonaro se apresenta.

O que também explica o apoio do Estadão ao fascista em 2018 e, agora, em 2022.

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