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Varejo, que apoiou maciçamente o golpe em Dilma e a eleição de Bolsonaro, tem a maior queda em 20 anos

Patrocinou o banquete e ficou do lado de fora. Esta é a mais pura realidade que os comerciantes brasileiros vivem sob o governo de Bolsonaro.

Provavelmente, agora, os comerciantes entendam que não mandam absolutamente em nada e que são meros garçons dos gafanhotos do sistema financeiro.

Eles que, de forma maciça, apoiaram o golpe em Dilma e a eleição de Bolsonaro, sentem a derrocada bater em suas portas, muitas já fechadas.

A grande maioria dos comerciantes do varejo acreditou que o problema deles era o salário dos trabalhadores que, na verdade, são os seus consumidores. Agora, eles estão aí consumidos pelas cabeças neoliberais que comandam o Brasil e o levam ao caos.

É o preço que estão pagando pela mentalidade tacanha do neoliberalismo voraz representado por FHC, Collor, Temer e, agora, por Bolsonaro, com Paulo Guedes, que sempre tiveram o apoio do comércio em geral. Hoje, esses comerciantes veem secar o leite de suas vaquinhas.

Mas o preconceito e a total falta de preparo intelectual e, consequentemente, de discernimento político e, portanto, incapazes de pensar um metro à frente, tomam uma bofetada na cara. Quem sabe assim não acordam do sonho de que fazem parte da elite.

*Da redação

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Entregar o Banco Central aos rentistas é o mesmo que entregar os presídios ao PCC

Que fique evidente que o retorno a condição neocolonial a que o golpe de 2016 impôs ao Brasil, esvaziando com Temer e Bolsonaro a soberania nacional, tem apoio no parlamento. A votação que autoriza o banco central ser transformado no sindicato dos rentistas é a comprovação disso. (Marcio Pochmann)

Se for mesmo aprovada a independência do Banco Central, quem governará o Brasil, independente de quem seja o presidente da República, serão os banqueiros.

E se já mandam no país para saquear a população, produzindo miséria e fome, podem multiplicar isso por dez.

Outro fato que precisa ficar registrado, é que a entrega do Banco Central ao sistema financeiro num governo militar, acaba de vez com a balela de que os militares são patriotas.

A entrega do BC à agiotagem é, como bem disse Pochmann, a coroação do golpe em Dilma e a condenação e prisão de Lula pelas forças que estavam por trás dessa trama macabra contra o povo brasileiro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Gilmar usa uma espingarda de dois canos para, num tiro só, acertar as farsas do triplex e do sítio, montadas pela Lava Jato

Em seu voto, Gilmar Mendes foi curto e grosso.

Cortou as asinhas de quem quer dividir a mesma farsa em duas ao dizer que a do triplex, Lula ganha, e a do sítio, Lula perde e, assim, continua inelegível.

Foi mais longe quando disse que nada disso estaria ocorrendo se a imprensa brasileira não se associasse aos bandidos.

Daí que Gilmar aproveita e azeda o leite da própria mídia que vinha tentando separar falsamente o joio do trigo, como se os procuradores do caso do triplex não fossem os mesmos imundos que operaram a farsa-2, a do sítio, inclusive, com a participação definitiva de Moro com a sua vigarice jurídica.

Gilmar, num tiro só, acertou os dois alvos, porque simplesmente mirou no todo, no que ele, por inúmeras vezes disse, “naquilo que importa”.

E o que importa, ele deixou bem claro, é que a Lava Jato como um todo é uma grande farsa, a maior farsa jurídica da história da humanidade.

Assim, não há espaço especulativo para separar o triplex do sítio, é tudo uma coisa só, é tudo um podre só.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Com um voto extremamente duro de Gilmar Mendes, STF joga uma pá de cal em Moro e Lava Jato

Toda a tentativa feita nos últimos dias de se produzir fumaça retórica em torno das mensagens trocadas entre Moro e procuradores, que estarreceram até o New York Times, a maldição da Lava Jato se volta contra os procuradores.

Quase todos os ministros da Segunda Turma do STF votaram pela manutenção da liberação das conversas pornográficas entre Moro, Dallagnol e demais procuradores da Força-tarefa de Curitiba, somente Fachin, que parece ter mesmo um pacto de sangue paranaense com os lavajatistas, votou no sentido oposto.

Lewandowski, Kassio Nunes, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes votaram pelo prosseguimento da revelação das conversas indecorosas entre os procuradores da República e Moro para caçar Lula custasse o que custasse, mas não sem antes Gilmar Mendes mostrar a dupla natureza da Lava Jato que, de um lado, vendia para a sociedade a ideia de que era uma operação de combate à corrupção e, por outro, na sua forma clandestina, era uma operação absolutamente corrupta que Gilmar compara com o fundo do poço jurídico chamando-os de nazistas, a ponto de dizer que só faltou eles enfiarem agulha na unha de vítimas de torturas psicológicas para que arrancassem a delação queriam contra Lula.

Gilmar Mendes fez uma belíssima exposição passando um filme de horror para que fosse apreciado pela Corte, mas também para quem assistiu ao julgamento.

Detalhe, Gilmar trouxe à baila o ponto principal, nada disso teria acontecido, como ele bem disse, sem o apoio incondicional da imprensa. Todas as ilegalidades, toda a perversão de Moro, Dallagnol e cia., tiveram aval estratégico da imprensa brasileira em total e irrestrito apoio aos crimes cometidos pela república de Curitiba, o que dá à fala de Gilmar em seu voto, um sentido de documento histórico para que, num futuro próximo, o direito brasileiro use a sua fala para mostrar o risco que é para a democracia, para a constituição essa relação promíscua entre o sistema de justiça e a grande mídia.

*Da redação

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Assista ao vivo: STF julga compartilhamento de mensagens da Lava Jato com a defesa de Lula

Neste exato momento o STF julga se deixa frouxa ou não a lama que escorre das mensagens trocadas entre os contraventores da Lava Jato, travestidos de procuradores. A mesma Lava Jato que é culpada pelo caos econômico, político e sanitário do país.

2ª turma do Superior Tribunal Federal julga se valida compartilhamento de mensagens da Lava Jato que colocam em xeque condenação do ex-presidente.

Assista:

*Com informações do Uol

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O faniquito dos procuradores picaretas da Lava Jato

As celebridades do BBB policial, sentindo o refluxo pelas mensagens periciadas pela PF e, oficialmente, liberadas pelo STF, veem a azia só aumentar a cada nova revelação feita pelas mídias, oficial e independente.

Os todo-poderosos, agora, dizem-se perseguidos por uma trama quase que terraplanista, para anular as provas de crimes de Lula apresentados por eles, sem dizer quais.

Quem se incumbiu de defender a pátria curitibana dos procuradores foi o próprio Ministério Publico do Paraná, que emprestou seu espaço nas redes para que a chorumela carregada de faniquitos dos ex-heróis pudesse fazer valer o choro dos perdedores.

Essa turma, que colocou Bolsonaro no poder, assim como também fez com Temer, golpeando Dilma e condenando Lula, levando o pais ao caos econômico e sanitário porque passa, sofre aquela amnésia dos hipócritas, sem entender que, hoje, não figura sequer entre as 100 personalidades do hit parade.

Com a taça de campeões do “combate à corrupção”, não entenderam que, desde que abelha rainha abandonou a colmeia para vestir a casaca de ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, eles ficaram órfãos, quebraram a unidade e o que era doce, acabou-se.

A pressão da nota do MPF de Curitiba tem a mesma eficácia do chaveiro que vai colocar fechadura na porta arrombada. Mas como a gritaria faz parte do jogo, sobretudo em tempos de BBB, deixa os vigaristas da república de Curitiba com a bunda de fora. Perderam, playboys!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Como Moro, ainda juiz, ajudou bancas de advogados dos EUA a ganhar dinheiro com a Lava Jato

Por Joaquim de Carvalho

Na mais recente leva de mensagens da Lava Jato, periciadas e informadas pela defesa de Lula ao STF, Sergio Moro aparece com uma orientação aos procuradores da república para que processem um empresário norte-americano citado na investigação sobre a compra da refinaria de Pasadena.

O recado foi repassado por Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da república que trabalhava em casos sob a jurisdição de Moro desde o Banestado.

Era 10 de agosto de 2018, às 10h47, quando Carlos Fernando avisa que tem uma mensagem do então juiz, que os procuradores da Lava Jato chamam de “Russo”:

“Mensagem do Russo”, diz, para em seguida copiar a postagem de Moro, enviada na véspera, já no final da noite (22h10):

“Esqueci de uma coisa. Na ação penal de Pasadena, um dos acusados é o representante da Astra Oil que teria pago propina, o Alberto Feilhaber, norte-americano e residente no US. Chegaram a avaliar a possibilidade de transferência de informação ou processo nos US?”

A mensagem, por si só, revela que a Lava Jato tinha seus próprios caminhos (ilegais) para colaborar com autoridades estrangeiras, sem respeitar os tratados que obrigam o uso de canais oficiais — no caso, o Ministério da Justiça.

Os advogados de Lula manifestam estranheza quanto à conduta de Moro, típica de acusador, não de magistrado.

“Era o então juiz SERGIO MORO — ou “Russo”, segundo codinome adotado nas conversas clandestinas — quem sugeria a prática de atos de persecução no Brasil ou exclusivamente no exterior, com foco nos EUA”, dizem.

Por quê?

O relatório da defesa de Lula não tem propósito de revelar a motivação de Moro, mas, com base neste e em outros casos parecidos e, principalmente, de seus desdobramentos, é possível ver na atuação do então juiz a ação dele para criar dificuldades para que grandes bancas de advogados se apresentem para vender facilidades.

Advogados que formavam um grupo a que Rodrigo Tacla Durán deu o nome de “Panela de Curitiba”, quando recebeu recado de que deveria contratar profissional próximo de Moro, Deltan Dallagnol, Januário Paludo e Carlos Fernando dos Santos Lima, entre outros, para se defender na Lava Jato.

Pouco depois, trocou mensagens com Carlos Zucolotto Júnior, ex-sócio de Rosângela Moro, em que recebeu a proposta de pagar 5 milhões de dólares para ter facilidades em acordo de delação premiada e depositou parte — 612 mil dólares — na conta do escritório de Marlus Arns, ex-parceiro da esposa do então juiz em caso da máfia das falências no Paraná.

Há outros casos de advogados brasileiros que se beneficiaram das investigações em que Moro aparecia como ferrabrás, como Antonio Figueiredo Basto, para quem doleiros pagavam mesada para serem blindados.

enê Ariel Dotti, o decano que Moro aceitou como assistente de acusação da Petrobras, assinou contrato com a empresa pública para receber cerca de R$ 14 milhões.

Advogado, o irmão do procurador da Lava Jato Diogo Castor de Mattos também enriqueceu com a chamada “indústria da delação premiada” em Curitiba.

Ligado à Lava Jato em Brasília, o ex-procurador Marcelo Miller pulou o balcão no início de 2017, para se juntar ao escritório Trench, Rossi e Watanabe, que é braço brasileiro da banca americana Baker McKenzie, contratada para representar a J&F (controladora da JBS) em processos criminais que envolviam delação.

Antes mesmo de deixar a Procuradoria Geral da República, onde era homem de confiança de Rodrigo Janot, então chefe da instituição, ele já havia feito contatos com a Odebrecht, para falar de seus planos — trocar o serviço público pela iniciativa privada.

O movimento de Miller é parecido com o de outros agentes públicos estrangeiros que atuaram, direta ou indiretamente, nos processos desencadeados por Sergio Moro.

O procurador suíço Stephan Lenz, chamado de “cérebro” da colaboração (clandestina) com a Lava Jato, é citado em conversas agora tornadas públicas como autor de um plano para deixar o serviço público em seu país a fim de ser contratado pela Petrobras.

O lugar cobiçado por ele já era ocupado por Ariel Dotti e a negociação não prosperou, mas Stephan Lenz acabou contratado pelo Ministério Público do Peru, também destinatário das investigações realizadas sob autoridade de Moro, sobretudo as que envolviam a Odebrecht.

No país vizinho, um advogado associado a uma banca dos Estados Unidos acabou delatado por receber da Odebrecht 1,3 milhão de dólares para interceder junto ao governo daquele país para que a empresa executasse o projeto Gasoduto Del Sur.

O advogado, falecido em 2017, é Luis Pizarro Aranguren, sócio da Pizarro, Botto & Escobar, escritório associado à multinacional DLA Piper.

A DLA Piper, uma das maiores sociedades de advogados do mundo, com sua origem remontando há mais de dois séculos, nega envolvimento neste caso de corrupção e teve seu nome citado em outro escândalo associado à Lava Jato na América do Sul.

Foi na Colômbia, que levou à demissão do procurador geral Néstor Humberto Martínez, em dezembro de 2019, por envolvimento em casos de corrupção relacionados à atuação da Odebrecht no país.

Néstor era uma espécie de Sergio Moro da Colômbia, devido à sua reputação de honestidade, mas com habilidade política. Foi ministro em mais de um governo — inclusive da Justiça —, de centro esquerda e de direita.

Ao mesmo tempo em que servia ao governo, mantinha negócios com a multinacional DLA Piper, com o escritório formalmente dirigido pelo filho associado à banca norte-americana.

Moro também sempre teve os seus contatos com escritórios de advocacia e acabou se tornando sócio da banca norte-americana Alvarez & Marsal.

Em 2007, o advogado brasileiro Miguel Reale Júnior denunciou Moro por dar consultoria informal a um procurador de Nova York, Adam Kaufmann, com quem ele fazia dobradinha em investigações decorrentes do caso Banestado.

Reale Júnior defendia um brasileiro acusado de ser doleiro, que respondia a processos no Brasil e nos EUA.

O procurador respondeu a um procedimento jurídico na corte de Nova York por ter supostamente obtido prova ilícita no Brasil.

Moro deu a ele alguns caminhos para se safar da acusação, e os dois eram (ou se tornaram) tão amigos que Kaufmann chegou a se encontrar com o então juiz quando veio ao Brasil.

Alguns anos depois, o procurador de Nova York trocou o serviço público por uma banca privada e, em 2015, anunciava em seu currículo a especialidade em casos da Lava Jato nos EUA.

O que Kaufmann precisava era de clientes enrolados em acusações conduzidas a partir de Curitiba.

E nesse sentido, o homem que Moro sugeriu a Carlos Fernando dos Santos Lima processar podia ter de recorrer a ele.

Não é uma acusação, mas a constatação de que Moro pode não ter sido agente da CIA, como muitos especulam — com plausibilidade, em razão de atuar contra os interesses brasileiros —, mas certamente ele foi, voluntaria ou involuntariamente, um agente de grandes escritórios de advocacia, no Brasil e no exterior.

Hoje, ele faz parte de um deles, o Alvarez & Marsal, em que recebe, pelo menos, R$ 1,7 milhão por ano, o mesmo escritório que, a exemplo da DLA Piper, ganhou e ganha dinheiro com a Odebrecht, empresa que Moro, como juiz, ajudou a arruinar.

*Joaquim de Carvalho/247

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A precariedade da condenação de Lula é tanta que coloca a Lava Jato aquém de um jardim de infância

Qualquer pessoa que der um Google sobre a economia na era Lula, verá que o Brasil deslanchou. Lula pegou o Brasil das mãos de FHC sem centavo de reservas internacionais, com dívida no FMI, com mais de 40 milhões de miseráveis, com um índice escandaloso de mortalidade infantil em consequência da fome, isso depois de oito anos privatizando o que FHC pôde privatizar sem assentar um único tijolo no país. FHC terminou o seu mandato de forma melancólica, com uma reprovação recorde , murcho e cabisbaixo, saindo pela porta dos fundos do Palácio do Planalto direto para uma praça de Paris, sozinho e jogando milho aos pombos.

Lula, ao contrário, tirou 40 milhões de brasileiros da miséria, erradicou a mortalidade infantil, entregou o governo para Dilma com o Brasil sendo a sexta potência econômica do planeta e os dois deixaram os cofres com reservas de US$ 380 bilhões. Lula quitou a dívida com o FMI, considerada impagável e o Brasil virou um canteiro de obras, além do risco país ser um dos menores do mundo o que transformou o Brasil num dos países mais atrativos para investimentos internacionais. Construiu 18 campus universitários e, junto com Dilma, 422 escolas técnicas. Lula saiu do governo com o recorde de aprovação de 87%.

Não dá para listar aqui tudo o que Lula fez por esse país para que os brasileiros acreditassem que o sonho tinha virado realidade.

Mas Moro vende para a sociedade, mesmo diante de provas cabais registradas pela própria imprensa, armazenadas na internet, de que Lula quebrou o país porque comandou o maior esquema de corrupção da história da humanidade.

E o que Moro apresentou como prova do enriquecimento do super gangster que ele criou? Um triplex supostamente reformado no Guarujá. Para começar, o MTST invadiu o apartamento e mostrou que não houve qualquer reforma. e quem viu o apartamento, confirmou que aquilo era um imóvel em condições precárias, principalmente para o alegado maior corrupto da história do planeta, que trocou um muquifo por obras bilionárias na Petrobras quando já não era mais presidente.

No caso do sítio em Atibaia, a coisa era ainda mais ridícula, pois a versão éa  de que Lula trocou aquelas reformas meia sola que qualquer sujeito mediano faz no muro, na cozinha e no quartinho dos fundos em troca de contratos superfaturados com valores estratosféricos.

Duas coisas ficam claras, a mídia estava disposta a comprar qualquer ideia absurda, desde que fosse contra Lula, já que todos sabem que a mídia brasileira é um departamento de marketing do PSDB que foi derrotado por Lula quatro vezes seguidas.

Só isso para explicar que uma história risível, provinciana, vinda da cabeça de um jeca, um medíocre, porcalhão e preguiçoso para vender uma simetria ridícula entre o roubo e o benefício do roubo para embarcar numa narrativa fuleira como essa, porque, sendo assim, Lula foi uma espécie de Midas trouxa, já que o país nunca esteve economicamente tão saudável quanto no seu período de governo, ao mesmo tempo em que Moro o acusa de ter quebrado o país por um rombo inimaginável para comprar um muquifo no Guarujá e fazer um reparo num sítio em que a própria Lava Jato admite que nunca foi dele.

É incrível como esses caras não conseguiram arranjar uma história menos estapafúrdia e mequetrefe diante da grandiloquência do roubo que eles dizem que Lula praticou. Uma criança de 5 anos construiria uma fantasia muito menos patética e infantil do que essa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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‘Ela é faca na caveira. Pedi uma decisão hoje e já saiu’: diálogos mostram proximidade entre Lava Jato e Juíza Gabriela Hardt

Diálogos apreendidos pela Operação Spoofing que aparecem em documento protocolado pela defesa do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal indicam, além da relação entre os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, uma proximidade entre a força-tarefa de Curitiba e a juíza Gabriela Hardt, que sucedeu Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba.

No dia 1º de novembro de 2018, Moro aceitou o convite do então presidente eleito, Jair Bolsonaro, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Um dos principais indícios é uma mensagem enviada pelo procurador Athayde Costa no grupo de Telegram da Lava Jato em 16 de novembro de 2018, às 23h57. “e Gabriela é faca na caveira demais Pedi uma decisao hj e ja saiu”, escreveu Costa.

Há, de fato, uma decisão assinada pela magistrada Gabriela Hardt em 16 de novembro daquele ano. No despacho, a juíza decretou o bloqueio de 20 milhões de reais de treze alvos da 56ª fase da Lava Jato, chamada de “Sem Fundos”. A determinação também sequestrou ativos de 38 empresas ligadas aos investigados pela operação.

“Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos”, afirmou Gabriela Hardt em seu despacho, assinado às 18h53. “Considerando os valores que transitaram subrepticiamente nas contas dos investigados, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até o montante de vinte milhões de reais.”

A decisão de Hardt foi tomada após uma investigação do Ministério Público Federal apontar que as empreiteiras OAS e Odebrecht supostamente repassaram 68 milhões de reais em propina ao PT e a ex-dirigentes da Petrobras e da Petros em um esquema de corrupção relacionado à construção da sede da estatal na Bahia, conhecida como Torre Pituba.

Segundo os investigadores, o superfaturamento da obra seria bilionário: o orçamento inicial, de 320 milhões de reais, chegou no total a 1,32 bilhão. Naquela fase da Lava Jato, o ex-presidente da Petros Wagner Pinheiro foi alvo de buscas, enquanto Marice Correa, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e o marqueteiro Valdemir Garcia foram alvos de mandados de prisão temporária.

Ao todo, naquela operação, a Polícia Federal cumpriu 22 mandados de prisão eapreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

No dia 19 de dezembro, a Lava Jato denunciou 42 pessoas pelo suposto esquema criminoso. Na lista dos crimes cometidos segundo a peça estão corrupção, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, desvios de recursos de instituição financeira (Petros) e organização criminosa.

Entre os denunciados estavam os três ex-presidentes da Petros: Wagner Pinheiro de Oliveira; Luís Carlos Fernandes Afonso e Carlos Fernando Costa; Armando Ramos Tripodi, ex-chefe de gabinete da presidência da Petrobras e ex-integrante suplente do Conselho Deliberativo da Petros; Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras; e os funcionários da estatal Carlos Alberto Ribeiro de Figueiredo, Antônio Sérgio Oliveira Santana e Gilson Alves de Souza.

No chamado “núcleo de operadores” foram denunciados, entre outros, João Vaccari Neto e Marice Correa de Lima.

O caso envolvendo a 56ª fase da Lava Jato, porém, não é a única menção a Gabriela Hahrdt na nova leva de diálogos revelados. Em 2 de novembro de 2018, Dallagnol escreveu aos colegas procuradores no Telegram: “Precisamos marcar reunião com a Gabriela

sobre as fases pendentes de decisão. Temos só a do Athayde e Je?”. Horas depois, ele complementou: “Vou marcar com ela pro começo da semana”.

Veja outra citação à magistrada, desta vez em 7 de novembro de 2018:

*Com informações da Carta Capital

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O desafio é descobrir quem está por trás dos serviçais Moro e Dallagnol

‘A procura do estrategista, ou dos estrategistas, ainda demanda muitos e profundos esclarecimentos’, escreve Mino Carta.

Dia 16 de março de 2016, Dilma Rousseff convidou pelo telefone o ex-presidente Lula para ocupar a chefia da Casa Civil do seu governo. Dia 16, Sergio Moro cuidou de mostrar a eficácia com que grampeava seus alvos. No dia 17, o convidado assumiu. No dia 18, Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal, cassou-o em nome de seu envolvimento no processo movido pela República de Curitiba.

Este é, sem dúvida, um episódio muito marcante de um longo enredo do golpe engendrado a partir da Lava Jato. CartaCapital sempre acompanhou o tortuoso caminho da operação cujos irregularidade e desrespeito aos princípios mais comezinhos do direito foram denunciados em um longo texto exclusivo, publicado nas nossas páginas, de Luigi Ferrajo. jurista italiano de fama mundial, e por vários dos nossos colunistas.

Vieram depois as revelações da brilhante equipe do Intercept, comandado por Glenn Greenwald, praticamente ignoradas pela mídia nativa, maciçamente conluiada com o empafioso juizeco curitibano e seu parceiro promotor, Deltan Dallagnol, provavelmente saído da praça Florentina em que morreu entre chamas purificadoras Girolamo Savonarola.

Este é apenas o começo de uma história interminável e aqui estamos a dissertar sobre o assunto, com a promessa de mais e mais capítulos. Óbvio que o golpe de Estado que se seguiu primeiro com a derrubada de Dilma Rousseff, em seguida a imposição do governo Temer, a prisão de Lula, acuado no Sindicato de São Bernardo, para desaguar a galope na eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

Novos elementos juntam-se para compor este puzzle, o jogo de encaixar peças, sem atingir a versão correta de tudo que se deu. Há no golpe, transparente, uma complexidade que transcende os alcances dos golpistas de Curitiba. A primeira questão que se apresenta é a inevitável busca dos autores de uma estratégia que enredou o País, como se não bastassem os tristes efeitos da colonização portuguesa, responsável por um atraso que não se aplaca.

A procura do estrategista, ou dos estrategistas, ainda demanda muitos e profundos esclarecimentos. Sabemos como a mídia se prestou ao jogo e contribuiu com empenho e paixão. Sabemos também das frequentes sortidas de Sergio Moro na rota dos Estados Unidos, onde sempre o esperaram encontros graúdos. Sabemos ainda dos interesses da casa-grande, disposta, inclusive, a recorrer aos seus cofres para premiar este ou aquele servidor pronto a cumprir suas vontades. Falta, entretanto, o esclarecimento decisivo para entender a situação em todo o seu espectro.

Tal é o desafio do momento. Há áreas do puzzle que já estão definidas. Por exemplo: está claro que o Brasil dispõe de um Supremo de fancaria, que poderia fechar seus umbrais desde já sem causar prejuízo algum, muito pelo contrário. Supremos em qualquer lugar do mundo civilizado são locais resguardados, ciosos da sua indispensável discrição. O nosso é de um provincianismo deplorável e irritante. Submete-se diariamente à visão do distinto público, como se o espetáculo dos togados deblaterantes representasse uma iguaria aos olhos do Brasil.

PARA QUE UM SUPREMO QUE ESTÁ LONGE DE SER SENTINELA DA CONSTITUIÇÃO? FARIA DIFERENÇA SE FECHASSE?

O Supremo tem, em primeiro lugar, uma função indispensável para o cumprimento da democracia: é sentinela da Constituição. Na prática do País verifica-se o contrário: o Supremo é uma entidade política a cuidar de assuntos contingentes com extrema prosopopeia e interesses particulares. É tudo o que não deve ser. São representativos dos ares que medram do casarão fronteiriço ao palácio do governo os seus ministros, embora valha dizer que, entre Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, ou Dias Toffoli, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luís Barroso etc. etc., preferimos o primeiro, embora com graves ressalvas – apoiou o impeachment de Dilma Rousseff – e a ele juntaríamos Marco Aurélio Mello.

A mediocridade de Gilmar Mendes é, talvez, o que mais chama atenção, patética é a referência que ele faz, sempre que calha, aos estudos feitos na Alemanha, a despeito da sua escassa fluência na língua de Goethe. Aliás, o ministro me processou certa vez e perdeu em primeira instância. A juíza, senhora muito simpática, não escondeu uma risada especialmente sonora quando me atrevi a sustentar que o ministro Gilmar muito se parecia com Darth Vader, o vilão de Guerra nas Estrelas.

Uma investigação meticulosa à procura daquilo que poderíamos definir como o autêntico rosto do golpe teria o poder de traçar o perfil de um País brutalmente imaturo, desde a plebe rude e ignara e os seus pretendidos líderes. Está em jogo a verdade factual de uma terra maligna, por ora sem chance de redenção.

Mino Carta/Carta Capital

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