Categorias
Política

A pegadinha de Bolsonaro com o mercado anunciando R$ 400 de Renda Brasil saiu pela culatra

A Faria Lima contra-ataca. O cálculo econômico mostra que o Estado se organiza para ser utilizado pelas corporações, sobretudo os recursos públicos, o que, logicamente, pressupõe que as camadas mais pobres da sociedade não têm acesso às condições essenciais ao que é chamado de serviços sociais.

Em síntese, qualquer estudo sobre o Brasil mostrará que a formação socioeconômica sempre se deu de cima para baixo a partir da captura do Estado. Esse é o nosso modelo cívico herdado de quatro séculos de escravidão. Ou seja, é um modelo civilizatório em que as camadas mais pobres da população estão subordinadas aos interesses econômicos da elite, o que é, como se sabe, uma das maiores desgraças desse país.

Assim, nem algo momentâneo proposto por Bolsonaro, o tal Renda Brasil, que daria aos beneficiários do Bolsa Família R$ 400 até o final de 2022 e ao governo a possibilidade de furar o teto de gastos, justamente porque a lei permite esse gasto, sendo momentâneo, temporário, o governo pode utilizar essa alavanca sem ser acusado de cometer crime fiscal.

Diante dessa situação, o mercado não pensou duas vezes e se levantou contra as medidas do governo dando um tombo no Ibovespa de mais 3%, levando à disparada do dólar.

Para estragar ainda mais o bolo da festa política que Bolsonaro faria para tentar recuperar a musculatura política do eleitorado mais pobre, a Petrobras avisa que haverá uma craca, um apagão no fornecimento de combustível, porque o mercado internacional opera com o preço dos combustíveis extremamente alto e o Brasil não teria como acompanhar essa pegada.

O fato é que Bolsonaro e os próprios militares, mesmo abestados, sabiam que o mercado reagiria mal, mercado que, mesmo considerando Bolsonaro uma tragédia, como é o caso dos banqueiros do Itaú que foram a público avisar que a banca garantiria o término do seu mandato.

Na verdade, isso pegou os donos do dinheiro grosso no contrapé e eles não gostaram nada dessa manobra dissonante que Bolsonaro quis utilizar.

Para piorar, muitos assessores do ministério da Economia ameaçaram se demitir. Então, o cavalão teve que recuar, guardar seus foguetes e jogar um bolo inteiro fora tal o nível de acidez tóxica que tomou conta da festa do lançamento programada para a tarde hoje. Ou seja, o mercado jogou água no chopp de Bolsonaro.

A pressão do mercado foi tão grande que as pessoas convidadas para a festa de lançamento só souberam do cancelamento quando chegaram na porta de entrada.

E como todos sabemos, ele se cercou de banqueiros e rentistas para seguir defenestrando o Brasil até o final de 2022 e, agora, viu-se completamente cercado pelos seus garantes.

Agora é esperar como o mercado reagirá amanhã com esse puxa e repuxa de Bolsonaro.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Dallagnol, Diogo Castor e Pedro Barusco. Como o mundo desses três se entrelaça pelo crime

Perto dos crimes cometidos pelo clero da Lava Jato, ou seja, Moro, Dallagnol, Carlos Fernando, entre outros, punir apenas Castor, um peixe pequeno, é das maiores hipocrisias, até para um país que tem a hipocrisia nacional como esporte favorito.

Punir alguém que fez um outdoor com elogio à Lava Jato e livrar a cara de quem produziu aquele powerpoint criminoso e escreveu parte da delação de Pedro Barusco, como fez Dallagnol, é de um absurdo gigantesco.

Isso sem falar dos incontáveis e recorrentes crimes praticados por Moro, como dono da grife Lava Jato em parceria com uma mídia não menos canalha e criminosa.

Assista:

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Câmara marca depoimento de Paulo Guedes para 10 de novembro

Ministro da Economia terá de explicar offshore revelada pela investigação jornalística Pandora Papers.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara marcou para 10 de novembro o depoimento do ministro da Economia, Paulo Guedes. A informação foi confirmada ao Poder360 pelo presidente do colegiado, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

Guedes foi convocado em 5 de outubro para prestar esclarecimentos sobre a revelação de que é sócio de uma empresa no exterior com patrimônio de US$ 9,55 milhões (cerca de R$ 51 milhões). A revelação foi feita depois da investigação internacional Pandora Papers, da qual o Poder360 participou….

A comissão aprovou requerimento elaborado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). Diz que Guedes pode ter se beneficiado do cargo público para tornar seus investimentos em paraísos fiscais mais rentáveis. Eis a íntegra do pedido (135 KB).

Kataguiri afirmou ser possível que Guedes tenha cometido crimes tributários, de responsabilidade ou de improbidade nas atividades de sua offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.

O colegiado já havia definido 10 de novembro como data para que Guedes atendesse a um convite aprovado em setembro. Neste caso, os deputados queriam explicações sobre a solicitação feita ao Ministério do Meio Ambiente para flexibilizar e tornar menos rígidas regras ambientais no país.

De acordo com Ribeiro, a manutenção da data para a convocação foi acordada com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

O ministro também foi convocado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e pelo plenário da Câmara para prestar esclarecimentos sobre a offshore.

Ainda não há, no entanto, data para estes depoimentos. É possível, inclusive, que haja um acordo para que Guedes compareça uma única vez para tratar do assunto. Por ter sido convocado, o ministro é obrigado a comparecer sob o risco de cometer crime de responsabilidade caso falte.

De acordo com Ribeiro, no entanto, ainda não houve pedido dos outros colegiados para unificar o depoimento. “São convocações independentes, então, ele tem data para comparecer na nossa comissão”, disse.

Apesar de ter data para o depoimento acontecer na Comissão de Fiscalização, líderes de partidos, principalmente da oposição, irão cobrar do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma data para que o ministro fale ao plenário da Casa, onde a pressão sobre ele deverá ser maior.

Há, no entanto, o temor de que Guedes possa ser alvejado não apenas pela oposição, mas justamente por congressistas da base aliada.

*Com informações do Poder 360

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

R$ 3,6 milhões é a bagatela que custou aos cofres públicos a ida de Eduardo Bolsonaro e 69 aspones do governo a Dubai

A foto, típica de jeca deslumbrado, onde Eduardo Bolsonaro aparece fantasiado de sheik carnavalesco de matinê, saiu caríssimo para um país em que a metade da população vive hoje em insegurança alimentar, mais 20 milhões foram arremessados ao descaso da miséria absoluta, com uma economia aos frangalhos, inflação descontrolada, além de uma hiperinflação dos alimentos que resulta, ao invés de camisa da seleção brasileira como símbolo patriótico, nas caçambas de lixo e nos ossos de boi que são hoje destinos de uma nação de brasileiros desvalidos tratados por esse governo como resíduos humanos.

Enquanto isso, banqueiros como Roberto Setúbal, seguem faturando oceano de dinheiro e exigindo que se aperte ainda mais a forca do trabalhador no cadafalso.

Somente essa foto da família de Eduardo Bolsonaro fantasiada em Dubai, que causou tanta indignação na sociedade, custou ao lombo dos brasileiros quase mil reais. Quisera fosse esse o único absurdo, mas não é, Eduardo Bolsonaro arrastou com ele para Dubai um bonde de 69 inúteis aspones, incluindo Mourão torrando R$ 3,6 milhões dos cofres públicos.

Segundo o vigarista, Eduardo, comitivas gigantescas como a dele, são vistas como sinal de prestígio, só não disse prestígio pra quem, muito menos que benefícios serão produzidos por esse gigantesco amontoado de inúteis, além de um tapa na cara dos brasileiros que pagam seus impostos na fonte para essa cambada fazer piquenique com dinheiro público em Dubai.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vídeo: Sem discurso e candidato pra 2022, banqueiro do Itaú propõe a volta da escravidão

Bolsonaro não para de derreter.

Ministros do STF prometem fuzilar Moro se ele ousar ser candidato.

Em guerra autofágica no PSDB, Eduardo Leite chama Dória de BolsoDória.

Assista:

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Caminhoneiros prometem greve para 1º de novembro se não forem atendidos por Bolsonaro

Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1º de novembro.

Mais uma vez, os caminhoneiros estão ameaçando paralisar o País. A categoria se diz em “estado de greve” desde o último sábado e, durante o fim de semana, líderes de entidades do setor fizeram críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira, 18, as associações prometem entregar uma lista de reivindicações para o governo. Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1º de novembro. O governo, porém, minimiza a mobilização.

Na pauta dos caminhoneiros, estão itens como o cumprimento do valor mínimo do frete rodoviário, a aposentadoria especial para a categoria (aos 25 anos de trabalho) e a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis para reduzir a flutuação do diesel.

Segundo o Estadão apurou, porém, o governo federal vê a mobilização como ameaças feitas antes – e que mais uma vez não devem ser cumpridas. De acordo com uma fonte, desde 2018 já foram 16 tentativas de paralisação malsucedidas, sendo quatro delas neste ano. A reportagem apurou ainda que a mudança do preço dos combustíveis, a partir de uma “canetada”, também não é uma possibilidade. Oficialmente, porém, o governo não comentou o assunto.

A estratégia dos líderes da categoria tem sido subir o tom. “Serei o primeiro (a parar em 1º de novembro)”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, um dos organizadores do movimento.

O documento com reivindicações a ser entregue ao governo será assinado pela Abrava, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). Conforme as entidades, é a primeira vez desde 2018 que as três associações atuam juntas em um mesmo movimento.

“A nossa pauta é a mesma desde os atos de 1º de fevereiro. Não é um assunto novo para o governo nem para o STF ou para o Legislativo, que conhecem nossas demandas”, afirmou o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer. “Agora, ou o governo senta com a categoria para fazer um trabalho, chama as partes envolvidas – Petrobras, STF, Congresso – ou paramos o País”, completou o presidente do CNTRC, Plínio Dias, em referência ao movimento ocorrido em 2018, ainda durante o governo Michel Temer.

Não é descartada por parte dos líderes dos caminhoneiros uma flexibilidade no cumprimento de todas as demandas feitas ao governo. Contudo, as lideranças dizem querer ver direcionamento em torno de medidas concretas. “Estamos cansados de reuniões. Tentamos fazer articulação, mas a própria categoria não aguenta mais”, afirmou Chorão.

Rompimento?

Questionados pela reportagem sobre um rompimento com o governo do presidente Jair Bolsonaro, os representantes descartam uma ruptura formal e dizem que o movimento é apartidário, apesar da forte presença da categoria na mobilização convocada no dia 7 de Setembro pelo presidente. “O movimento não é contra ou a favor desta gestão. Há muitos caminhoneiros que acreditam no governo Bolsonaro. Outros não concordam com a gestão”, afirmou Chorão.

“Não estamos levantando pauta partidária. A pauta é a sobrevivência da categoria. Se o governo realmente quiser ajudar os caminhoneiros do Brasil, iremos apoiar as medidas”, respondeu Dias, do CNTRC. Ontem, contudo, Litti, da CNTTL, falou em “desgoverno Bolsonaro” em pronunciamento.

Considerados base eleitoral de Bolsonaro, os caminhoneiros expressam insatisfação com o acúmulo de medidas anunciadas e não cumpridas. “São três anos de governo e não foi feito nada para a categoria, apenas falácias e promessas”, disse Dias.

*Com informações da Exame

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

A grande mídia trata Moro com a mesma cegueira fanática que os bolsonaristas mais radicais tratam Bolsonaro

Elio Gaspari escreveu um artigo enfezado com bastante acidez crítica contra o ex-herói Sergio Moro, mas a sensação total de sua fala é a de que ele escreveu para os colegas de redação que ainda têm no bezerro de ouro de Curitiba alguma esperança de que ele possa ressurgir das cinzas em que chafurdou.

A última frase do seu artigo parece feita sob encomenda para Vera Magalhães que escreveu um texto em que usa Ciro para atacar Lula, tendo como objetivo sublinhar que Moro pode ter morrido politicamente para os ingratos, mas para a deslumbradíssima tucana ele pode ainda dar um caldo, sobretudo se somar forças com Dória.

Mas sejamos francos, a mídia vem cozinhando à unha o galo duro sem qualquer sustança política, numa tourada trôpega com a realidade, fazendo lembrar a cegueira dos bolsonaristas diante de um “mito” de barro que virou lama e escorre pelos dedos de seus próprios fieis, na tentativa desesperada de refazer com esse barro a divindade que eles próprios produziram a partir da inteligência de pouquíssima monta que os bolsonaristas ostentam.

Não é diferente o que caracteriza a relação da mídia brasileira com Moro de tão amorosa pelos anos de Lava Jato em que viveram um romance que deu a ele o ABC do marketing político para que fosse o presidente da República dos sonhos das redações.

Moro, no entanto, é a imagem do burro n’água. Sua malandragem comparada a um ratão do submundo do baixo clero, como Bolsonaro, mostrou que o moço, que se achava o Batman invencível, tinha canelinha de vidro, queixo de cristal e nariz de porcelana e, portanto, o grande artista criado pela honra dos estúdios da Globo, como quem forja um personagem no Projac, espatifou-se, tendo apenas como filiados de sua candidatura seus próprios criadores dentro da claque remoída da própria grande mídia.

Em certa medida, isso explica o fenômeno Bolsonaro em que não se pode esperar sensatez mínima que seja de seus fanáticos adoradores, já que a própria mídia brasileira ainda trata Moro com o mesmo fanatismo cego, surdo e tolo como alguém que se agarra desesperadamente em uma quimera fantasiada pelos próprios jornalistas.

A frase de Gaspari, que encerra seu agudíssimo artigo crítico a Moro, (Em 2022, como em 2017, pode-se fazer de tudo por Sergio Moro, menos o papel de bobo), tudo indica, teve como objetivo sacudir seus camaradas de profissão para acordarem para a realidade.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Dallagnol escreveu parte da delação de Barusco e incluiu PT por “fins políticos”

Os procuradores da extinta força-tarefa Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR), propuseram cláusulas extras, criaram uma nova versão e negociaram os termos da delação premiada do ex-executivo da Petrobras Pedro Barusco, no início do ano de 2015.

O objetivo era incluir o Partido dos Trabalhadores entre as figuras delatadas, com a intenção manifesta de atingir fins políticos e “derrubar a República”.

É o que mostram diálogos travados por mensagens de celular entre os procuradores Deltan Dallagnoll e Athayde Ribeiro Costa – respectivamente chefe e membro da extinta força-tarefa – analisados pela Polícia Federal no âmbito da chamada Operação Spoofing e aos quais o DCM teve acesso.

A prática dos procuradores de Curitiba é ilegal. A norma brasileira que regulamenta e deu origem ao instituto da delação premiada no Brasil (Lei Nº 12.850, de 2 de agosto de 2013) veda expressamente que as autoridades constituídas sugiram versões, solicitem inclusões ou firam de qualquer modo a iniciativa do próprio delator sobre o que pretende levar a conhecimento dos órgãos de investigação e controle.

Vale dizer: não é permitido que se construam delações customizadas por promotores ou procuradores, ao gosto de seus estratagemas processuais ou, no caso específico, políticos.

É o que estabelece o artigo 4º da lei citada, que versa sobre as regras que devem ser observadas pelo juiz de Direito ao homologar um acordo de delação.

Entre essas diretrizes, está a de certificar que todo o conteúdo da delação apresentada foi escrito espontaneamente pelo próprio delator, obrigatoriamente verificando a existência da “voluntariedade da manifestação, especialmente nos casos em que o colaborador está ou esteve sob efeito de medidas cautelares”.

Vulgarização do instituto da delação premiada

Mas não foi assim no caso de Pedro Barusco, um dos primeiros delatores da Lava Jato.

No dia 19 de novembro de 2014, foi assinado por ele e pelos procuradores da Lava Jato o seu acordo de delação premiada, documento público cujo trecho final é reproduzido abaixo.

Na referida delação, o executivo da Petrobras dava conta de um acerto de proprina entre funcionários de carreira da petrolífera, representantes de empreiteiras e políticos.

O documento, no entanto, não caiu no gosto de Deltan Dallagnol e Athayde Ribeiro Costa.

Diálogo entre os dois procuradores ocorrido no dia 3 de janeiro de 2015 – e periciado pela Polícia Federal – evidencia que os operadores da Lava Jato estavam trabalhando no aditamento da delação de Barusco.

Os procuradores estavam construindo, de próprio punho, uma nova delação para Pedro. Conforme debatiam, eles analisavam os elementos disponíveis para incluir o Partido Progressista (PP) entre os entes que seriam beneficiados pelo esquema de corrupção que estariam instalado na Petrobras.

Em dado momento, Dallagnoll observa que há “falta de prova do pagamento” de propina ao PP. Os procuradores, então, passam a trabalhar com a hipótese de trabalhar com “provas diretas de valor relativo“, “prova indiciaria (sic)” e elementos de outras delações premiadas, como a de Alberto Yousseff (chamado apenas de “Y”) e a de Paulo Roberto Costa (identificado como “PRC”).

Dessa maneira, refletiam os procuradores, seria possível incluir em suas denúncias o Partido Progressista como entidade receptora de dinheiro ilegal.

Mas, ainda assim, não era bom o suficiente. Dallagnol diz ao colega: “Pensando aqui, tem o custo político de atacar o PP e não PT”. Veja reprodução do trecho abaixo

Para resolver o “problema político”, o colega de Dallagnoll sugere, então, que se faça também um aditamento na delação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.

A manobra teria um custo processual para o MPF, que teria que conceder mais benefícios aos delatores, mas resolveria a necessidade política de incluir o PT entre os acusados. O preço seria deixar Barusco “sem nenhuma punição com que se importe de verdade”.

Neste ponto, Dallagnol proferiu, com todas as letras, a ordem ilegal para que seu colega escrevesse ele mesmo partes das novas delações que deveriam ser assinadas por Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, e depois encaminhasse aos advogados dos delatores, para colher suas assinaturas.

Veja trecho abaixo.

A negociação deu certo.

No dia 9 de março de 2015, dois meses após os diálogos periciados dos procuradores, Barusco assinou um termo complementar de delação, como se vê abaixo.

Barusco confessa: construiu “provas” contra Lula junto com os procuradores

As evidências de que Pedro Barusco atendeu aos mandos dos procuradores da Lava Jato e, junto com eles, escreveu nova versão de sua delação premiada, dessa vez incluindo o PT, veio depois, quando, em 2019, o executivo admitiu, em juízo, o modus operandi à margem da lei arquitetado por Dallagnol e seu colega.

Para condenar Lula por corrupção passiva pelo recebimento de vantagem indevida da Odebrecht, no caso Atibaia, a juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, utilizou uma seleção de delações premiadas.

Uma delas, feita pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, indica que “provas” apresentadas à 13º Vara Federal para “corroborar” as falas de delatores foram fabricadas ainda durante a fase de negociação com os procuradores de Curitiba.

O caso de Barusco está registrado a partir da página 133 da sentença assinada por Hardt em fevereiro de 2019.

O delator afirma no depoimento que produziu, “no período da minha colaboração”, uma planilha que contém, “de memória”, alguns contratos da Petrobras com a Odebrecht e os valores de propina que ele acredita que foram negociados entre a diretoria da estatal e a empreiteira.

No acordo, ele confirmou a tese desenhada na Lava Jato: metade da propina paga por empreiteiras à Diretoria de Serviços ficava com a “casa” (ou seja, com diretores da Petrobras, que recebiam em contas no exterior) e a outra metade teria sido destinada ao PT.

Durante o julgamento da ação penal envolvendo o sítio de Atibaia, o Ministério Público Federal perguntou a Barusco se ele se recordava da tabela que continha contratos de consórcios integrados pela Odebrecht, anexada aos autos como prova de sua delação.

“Sim”, respondeu Barusco, “essa planilha foi feita durante, no período da minha colaboração. Acho que foi novembro ou dezembro de 2014”.

“E a gente tem que ver como é que eu fiz essa planilha. Eu peguei todos os documentos de contratação desses pacotes da refinaria e fui pela memória lembrando quais os que tinham havido combinação de propina ou não e fui montando a planilha”, afirmou.

A juíza Hardt classificou a planilha de Barusco como “prova complementar produzida a respeito do pagamento de propina.”

Pelos trechos destacados pela magistrada, o depoimento de Barusco, ainda que validado por uma planilha, só confirma o recebimento de propina por parte do delator. Não há ligação direta com Lula ou explicação, na fala dele, sobre como o PT recebia uma parte. Foi tudo que Barusco conseguiu fazer pelos procuradores.

Para o advogado Marco Aurélio de Carvalho, especialista em Direito Público e coordenador do Grupo Prerrogativas, a forma como agiram os procuradores da Lava Jato, manipulando e até redigindo por seu gosto político uma delação premiada que deveria ser espontânea e de autoria exclusiva e voluntária do delator, não deixa margem para dúvidas quanto à ilegalidade que caracterizou a condução dos trabalhos da extinta força-tarefa:

“Esses diálogos dos procuradores são absolutamente constrangedores e criminosos. As delações devem ser espontâneas e voluntárias, e não objeto de qualquer tipo de ação proativa por parte do Ministério Público para comprovar qualquer que seja sua narrativa”, explica o jurista.

“Esses diálogos, que comprovam uma ação completamente à margem da lei por parte do MPF-PR, reforçam a necessidade e a urgência de uma reformulação no Conselho Nacional do Ministério Público, que está atualmente sendo debatida no Congresso Nacional. O Ministério Público e a sociedade precisam enfrentam a vulgarização do instituto da delação premiada”.

*Matéria originalmente publicada no DCM

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

 

Categorias
Política

Bolsonarismo se revolta com a capa da IstoÉ e reage enfurecido: Hitler é pros fracos!

A imagem de Flávio Bolsonaro rindo das acusações que pesam sobre seu pai, a quem ele se refere como o presidente Jair Bolsonaro, como se o próprio não fosse um dos principais símbolos de submissão à tirania do pai, assim como os irmãos.

Lógico, Flávio, assim como os irmãos, herdou do pai não só o cinismo, como também, a desfaçatez, a vigarice, o Queiroz, o Adriano da Nóbrega, o esquema de peculato chamado muitas vezes na base do eufemismo, de rachadinha, quando é formação de quadrilha, entre outros caprichos, como a mansão hollywoodiana e um número incontável de imóveis.

Tudo, claro, no caso de Flávio, comprado com sua portinha de chocolate de 30 metros quadrados. Isso deve deixar os outros franqueados da Kopenhagen, senão os próprios donos da marca, encafifados, porque, possivelmente nenhum deles tem patrimônio comparado ao do portento.

A matéria da IstoÉ, que traz na capa a imagem de Bolsonaro confundida com a de Hitler, recebeu uma saraivada de críticas, certamente, comandadas como sempre pelo gabinete do ódio, mas com certeza também pelo escritório do crime e tantos outros braços de um sistema que só não avançou para uma ditadura porque o mundo é outro e a oligarquia brasileira, que teria que apoiar isso para dar certo, sabe que o primeiro coturno que pisasse nas ruas para instalar uma ditadura, acionaria imediatamente o apagão econômico do país, pois, no mesmo estalão, o Brasil seria desligado de toda a comunidade do mundo civilizado.

Somente um imbecil completo faria ameaças vazias de colocar suas manguinhas de fora, mesmo que, na prática, o Hitler tropical dependa até o último fio de cabelo da boa vontade do centrão, muito bem remunerado por sinal.

O fato é que o número de vítimas fatais da covid, como já sugeriram diversos cientistas, é infinitamente maior do que pouco mais de 600 mil mortes. Muitos apostam que o número é de três a cinco vezes maior.

Nisso há uma imprecisão, mas não no fato de que, por conta do verme, provavelmente, milhões de vidas foram ceifadas pela covid. Se tirarmos pela prática da principal parceira do kit covid, a Prevent Senior, que no prontuário descrevia no lugar de óbito, alta, não se tem como chegar a outra conclusão.

Isso, sem falar em um número ainda maior de pessoas que escaparam da morte pela doença, mas que sofrem com sequelas graves sem saber como será sua vida amanhã.

Esse ambiente é tão tóxico, tão sádico e tão nazista que ninguém viu nesse crepúsculo bolsonarista a comemoração do Brasil ter chegado a mais de 100 milhões de vacinados com a segunda dose.

Por isso que, na chamada da capa da Istoé, além da imagem de Bolsonaro associada à de Hitler, que traz a palavra genocida como bigode, uma constatação inapelável que vem numa tarja abaixo, “As práticas abomináveis do mercador da morte”.

Isso é uma ótima resposta ao sorriso de lagarto do clã Bolsonaro estampado no rosto de Flávio que reflete a certeza que eles têm de impunidade, mesmo depois de tudo o que se viu, dito de boca própria por Bolsonaro e os bastidores dessa espécie de gabinete do terror do Palácio do Planalto que a CPI revelou.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

STF manda à PGR pedido de investigação contra David Alcolumbre

A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou para a PGR (Procuradoria Geral da República) nesta 6ª feira (15.out.2021) um pedido de investigação contra o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pela demora para marcar a sabatina de André Mendonça.

Ex-advogado-geral da União, Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a uma vaga no Supremo em 13 de julho de 2021, mas a sabatina ainda não foi marcada.

Entre os 10 atuais ministros do STF, nenhum esperou tanto para ser aprovado no Senado. Conforme apurou o Poder360, Alcolumbre é o presidente da CCJ que mais atrasou uma indicação à Suprema Corte.

De acordo com Weber, cabe à PGR avaliar se há elementos que justifiquem a investigação da conduta de Alcolumbre, uma vez que o senador tem foro privilegiado. A notícia-crime contra Alcolumbre foi enviada ao STF por um advogado.

Grosso modo, notícias-crime funcionam como uma espécie de boletim de ocorrência: alguém relata um crime, e as autoridades decidem se vão ou não investigar.

“Regularidades dos atos”

Em nota divulgada depois do despacho de Weber, Alcolumbre disse que atuou de modo regular, em observância à Constituição.

“O Senador Davi Alcolumbre reafirma a regularidade dos atos praticados no exercício do mandato, em estreita observância às leis e à Constituição Federal, como já reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o texto.

“O despacho corriqueiro noticiado pela imprensa demonstra que a Ministra Rosa Weber apenas determinou a remessa de um processo à PGR para manifestação, em cumprimento ao que lhe determina o Regimento Interno do STF, ante a impossibilidade legal de seu arquivamento imediato, sem a oitiva do titular da ação penal”, conclui a nota.

*Com informações do Poder 360

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição