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Condenado pelo STF, Moro vai debater combate à corrupção com Temer e FHC

Iniciativa é do Grupo Parlatório, uma organização que reúne grandes empresários e “formadores de opinião”. Injusto não convidarem Aécio Neves.

Um grupo chamado Parlatório, que reúne grandes empresários e formadores de opinião no campo da direita, realizará neste domingo uma live para debater o combate à corrupção no Brasil.

A estrela do evento será Sergio Moro, que na terça-feira desta semana foi declarado juiz parcial no caso em que condenou Lula pelo triplex do Guarujá, imóvel que nunca foi do ex-presidente, como decidiu o Tribunal de Justiça de São Paulo esta semana.

Por conta dessa condenação injusta, Lula permaneceu preso por 580 dias e foi impedido de disputar a eleição de 2018, em que provavelmente venceria, como mostravam as pesquisas da época.

Sergio Moro terá a seu lado na mesa virtual Michel Temer, que se tornou símbolo da corrupção no Brasil e do movimento golpista que levou à deposição de Dilma Rousseff, de quem era vice.

Outra estrela do evento será Fernando Henrique Cardoso, o político mais protegido da velha imprensa brasileira, que na década de 90 atuou diretamente numa operação que buscou esconder na Europa a jornalista Miriam Dutra, que tinha sido repórter da TV Globo e tinha um filho cuja paternidade atribui ao ex-presidente tucano.

Fernando Henrique enriqueceu na política — segundo Miriam, tem um apartamento em Paris avaliado em 15 milhões de euros, que está em nome de seu ex-aluno Jovelino Mineiro, marido de Maria do Carmo Abreu Sodré.

Tem também um apartamento no Trump Tower, em Nova York, e uma grande fazenda em Botucatu, no interior do Estado.

Miriam também teve seu apartamento em Barcelona reformado por amigos de FHC, e recebeu durante mais de 20 anos salário da Globo praticamente sem trabalhar.

Era um salário de 5 mil euros, em 2002 reduzido para 3 mil euros. A diferença foi complementada com salário de uma empresa concessionária do governo federal, a Brasif, operadora dos free shopping nos aeroportos.

Recebia mais de 2 mil dólares da Brasil também sem precisar prestar serviços.

Esses três queridinhos da elite brasileira responderão a perguntas de empresários, numa live que é fechada. Só assistirá ao “encontro antológico” quem receber o link-convite.

Também participarão do debate os ex-presidentes do STF Ayres Brito e Ellen Gracie, além do general Santos Cruz, um dissidente do bolsonarismo.

Os organizadores desse tal grupo Parlatório são os exemplos bem acabados daquilo que o sociólogo Jessé Souza chama de “elite do atraso”.

É ela que se apresenta para tirar o Brasil do atoleiro, com Moro, Temer e FHC dando lições sobre como acabar com a corrupção no país.

Se estivesse livre da cadeia, certamente Geddel Vieira Lima faria parte da mesa. Ou Eduardo Cunha. Mas a vez deles chegará, com certeza.

A elite sabe recompensar aqueles que muito fizeram por ela.

Nesse sentido, injusto Aécio Neves não ter sido convidado para a live.

Afinal, “tem que manter isso, viu?”

*Joaquim de Carvalho/247

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Kassio Nunes foi o único a votar a favor da intervenção de Bolsonaro nos Institutos Federais. É o Pazuello do STF

Bom, está mais que claro que Kassio Nunes é continuará sendo mais um fantoche de Bolsonaro.

Bolsonaro Já tem um na PGR, Augusto Aras, além de todo o seu ministério que ele controla. Isso, sem falar dos quatro filhos que só fazem o que ele quer nos esquemas de corrupção.

Kassio Nunes mostrou que tem posições firmes e definidas, mas de Bolsonaro. Pazzuelo saiu do governo, mas deixou sua célebre frase para o ministro do STF, “um manda, o outro obedece”. Será 100% obediente. Esse foi o trato.

É, sem dúvida, o Pazuello do STF.

Nunes Marques foi o único a votar a favor da intervenção de Bolsonaro nos Institutos Federais, seguindo sua agenda tirada da mesa de Bolsonaro que também mandou e ele obedeceu para livrar a cara de Moro que, assim como no julgamento da suspeição de Moro, ele foi voto vencido.

*Da redação

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Derrota: STF derruba intervenção de Bolsonaro em Institutos Federais

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votou pela inconstitucionalidade do decreto presidencial que determina que o ministro da Educação pode indicar interventores para a direção de institutos federais de educação, desconsiderando as eleições realizadas nas instituições. Sete ministros seguiram a relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia. Apenas o ministro Kassio Nunes Marques votou a favor do decreto.

“Pelo exposto, voto no sentido de se julgar procedente o pedido para declarar a inconstitucionalidade do parágrafo único e do caput do art. 7º-A do Decreto n. 4.877/2003, acrescentado pelo Decreto n. 9.908/2019”, disse a ministra, em sua decisão.

A Corte foi provocada por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo PSOL, na qual o partido pede que a nomeação dos diretores dessas instituições volte a seguir o resultado das eleições.

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) diz que a ação foi ajuizada em função de uma demanda levantada por professores e alunos do Cefet do Rio que vivem situação difícil com o arbítrio de interventores nomeados a partir da época do antigo ministro, Abraham Weintraub, conforme registrado pelo colunista do UOL Chico Alves.

Escola técnica centenária e também universidade, o Cefet do Rio, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, foi uma das primeiras unidades a receber intervenção, em agosto de 2019, depois que a chapa derrotada na eleição da comunidade escolar contestou o resultado. Desde então, a direção tem sido ocupada por indicados do governo federal.

O trecho acrescentado pelo Decreto n. 9.908/2019 diz que o governo federal pode nomear interventor quando, “por qualquer motivo”, o cargo estiver vago e não houver condições de “provimento regular imediato”.Se o voto for seguido pela maioria dos ministros do STF, os eleitos poderão assumir a direção de suas escolas.

*Com informações do Uol

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Política

Aumento de imposto sobre cilindros de oxigênio partiu do Ministério da Saúde

Em documento, pasta retirou produto de lista de isenção de imposto de importação, mas manteve cloroquina e ivermectina; medida foi revertida em janeiro após caos em Manaus.

O aumento de imposto sobre cilindros de oxigênio às vésperas do colapso no sistema de saúde do Amazonas partiu do Ministério da Saúde. A informação consta de documentos internos obtidos por meio da Lei de Acesso a Informação (LAI) pela agência de dados Fiquem Sabendo, aos quais O GLOBO teve acesso. Foi o Ministério da Saúde que excluiu os cilindros da lista de produtos que deveriam continuar a ter alíquota zero de importação. Na quinta-feira, o governo admitiu que um dos principais gargalos para atender hospitais do interior e da capital é a falta de cilindros de oxigênio. Os documentos mostram, também, ao mesmo tempo em que tirou os cilindros do rol de beneficiados com a isenção, o Ministério da Saúde pediu a manutenção do benefício para a importação de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 como a cloroquina e a ivermectina.

O aumento da alíquota de importação sobre os cilindros de oxigênio aconteceu no dia 24 de dezembro por meio de uma resolução do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculado ao Ministério da Economia. Em abril de 2020, em meio à corrida pela compra de medicamentos e insumos para o tratamento de pacientes com a Covid-19, o governo havia reduzido a zero a alíquota de importação de uma série de produtos voltados ao combate a tratamento da Covid-19, entre eles os cilindros de oxigênio. A medida tinha como objetivo facilitar a entrada de insumos necessários ao tratamento dos pacientes com a doença. A redução foi prorrogada ao longo de 2020 e tinha validade até o dia 31 de dezembro do ano passado.

Em dezembro, o Ministério da Saúde pediu a prorrogação das isenções ao Ministério da Economia. Este, por sua vez, pediu que a pasta fizesse uma revisão da lista de produtos que deveriam ser contemplados com a tarifa zero para importação. O Ministério da Saúde, então, enviou um ofício à equipe econômica propondo uma lista alternativa com uma relação de produtos que, na avaliação da pasta, deveriam continuar a ter sua alíquota zerada. Nessa lista, o ministério sugeriu a manutenção da isenção para uma série de medicamentos e insumos, mas excluiu os reservatórios para gases medicinais, termo técnico para os cilindros de oxigênio.

A área econômica, então, acatou a sugestão do Ministério da Saúde e revogou a isenção dada aos cilindros de oxigênio e a outros produtos não relacionados pela pasta. Na prática, a medida encareceu a importação dos cilindros.

A revogação continuou valendo até a primeira quinzena de janeiro, quando, diante da crise de abastecimento de oxigênio hospitalar em Manaus, o governo, pressionado, recuou e voltou a reduzir a tarifa dos cilindros.

Nas últimas semanas, integrantes do Ministério da Saúde relataram que há falta de cilindros no país e que isso pode causar desabastecimento de oxigênio em hospitais do interior do país. A afirmação foi feita pelo diretor de logística do Ministério da Saúde, general Ridauto Fernandes, em audiência no Senado, no dia 18 de março.

Nessa quinta-feira, foi a vez do secretário de Atenção Especializada à Saúde da pasta, coronel Luiz Otávio Duarte, admitir que a falta de cilindros é o principal “gargalo” enfrentado pelo Ministério da Saúde no momento, principalmente para atender unidades de saúde no interior e pequenos hospitais nas capitais.

Redução para cloroquina

No mesmo ofício em que excluiu os cilindros de oxigênio da lista de produtos que deveriam continuar com alíquota zero de importação, o Ministério da Saúde incluiu medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina.

*Com informações de O Globo

*Foto destaque: Ato realizado em fevereiro exibe cilindros de oxigênio próximo ao Congresso Nacional para cobrar medidas contra a pandemia Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo.

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Política

Lula se antecipa a Bolsonaro e propõe à China conferência mundial para quebrar patentes de vacinas

Em entrevista ao portal chinês Xinhua, nesta quinta-feira (26), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que age como um estadista em defesa do Brasil e dos países mais vulneráveis economicamente, defendeu a criação de uma conferência internacional destinada a quebrar as patentes de laboratórios privados com o objetivo de que os países mais pobres da África, Ásia e América Latina possam ter custos reduzidos e melhor acesso às vacinas contra o coronavírus.

Ele afirmou que, diante do enfrentamento da pandemia, a China é um “exemplo de que é possível cuidar da população por meio de um governo sério e com responsabilidade para com seu povo”.

“É importante que os países ricos, os países do Conselho de Segurança da ONU, o G20 tenham uma reunião extraordinária para falar sobre a vacina. É importante que a vacinação da humanidade seja a prioridade de todos os países do mundo e que os mais ricos possam financiar vacinas para os mais pobres”, disse.

Ele também acrescentou que outro cenário importante pode ser a convocação de uma Assembleia Geral extraordinária da ONU.

“Precisamos definir como ajudar os países pobres, como os pobres vão receber a vacina. O enfrentamento da pandemia é algo em que os chineses estão dando o exemplo, assim como os cubanos. Lamentavelmente, no Brasil nosso presidente não dá o exemplo de como cuidar do país. O (Jair) Bolsonaro é irresponsável e o Brasil merece melhor “, disse.

O Brasil é atualmente o epicentro global das mortes diárias por Covid-19, registrando uma média de mais de 2.100 nos últimos sete dias, totalizando mais de 300 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde.

Leia a íntegra da entrevista no portal Xinhua

*Com informações do 247

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Economia Política

Bolsonaro acuado? Efeitos do aumento da pressão sobre o presidente na economia e nos mercados

Mercado interpreta “sinal amarelo” de Lira como aceno a impeachment e analistas dizem que a crise política e a pandemia entraram em uma nova fase.

A elevação do tom do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) soou no mercado como um ultimato: ou a postura do presidente muda ou o Centrão desembarca do governo. Ainda que aproximações e rupturas entre o Centrão e o Executivo aconteçam com certa frequência, a sensação entre os analistas é de que a pandemia e a crise política entraram, juntas, em uma nova fase.

A fala de Lira, que disse que os “remédios políticos” do Congresso são “conhecidos”, “amargos”, e alguns, “fatais”, foi interpretada pelo mercado como um aceno, ainda que distante, a um processo de impeachment.

Para Marcio Fernandes, analista político da OhmResearch, é como se o Centrão dissesse que a hipótese de impedimento foi colocada no horizonte. “O mundo político passou os últimos dias fazendo cálculos quanto ao efetivo papel que o presidente poderia ter em uma virtual transição entre o momento atual e as eleições de 2022. Se o presidente não se adequar, a sucessão dos acontecimentos poderia tornar o impedimento um caminho inevitável. O Planalto estaria flertando com o perigo.”

Em relatório, o analista Victor Guglielmi, da Guide Investimentos, lembra que Lira é o único que pode abrir um processo de impeachment contra o presidente. “Lira deixou claro que não é essa a intenção, mas o discurso foi uma nítida ameaça ao presidente, que se recusa a ajustar o seu discurso em torno do isolamento social, a preeminência das vacinas e os tratamentos precoces.”

E essa animosidade não surge ao acaso. “Por que todo mundo inflou a crítica agora, se os erros do presidente na condução da pandemia já estavam presentes?”, questiona Fabio Klein, economista da Tendências. “Por uma confluência de fatores. Teve a carta aberta dos economistas, a entrada de Lula no páreo e a pandemia, que não é um fato novo, mas que agora atingiu um novo patamar de gravidade”, completa.

O Brasil acaba de registrar 300 mil mortes pela Covid-19, sendo o único país do mundo a passar dessa marca, além dos Estados Unidos, que tem uma população superior à brasileira. Hoje, o país é responsável por 11% dos óbitos por coronavírus em todo o mundo.

“Enquanto o presidente falava em tratamento precoce e criticava o lockdown, mas o número de mortes era inferior ao do resto do mundo, a classe política não se preocupava tanto. Mas com o Brasil virando o epicentro da pandemia e a população assustada, esse discurso começou a gerar atrito. Então Lira quis mostrar que eles não estão com o governo nessa piora da pandemia“, afirma Victor Hasegawa, gestor da Infinity Asset.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, a Levante Ideia de Investimentos, vai na mesma linha. “O Centrão, como grupo político, compõe a base aliada do governo, mas jamais estaria disposto a eventualmente compartilhar o ônus de um desastre na gestão da pandemia.”

Mudança de rumo

Com o presidente sob pressão, economistas e analistas alertam para algumas mudanças importantes nos cenários político e econômico.

“Ao perceber o presidente mais acuado, o Centrão ‘vai na jugular’. Os parlamentares se sentem mais confortáveis para peitar o Executivo e a agenda passa a ser pautada pelo Congresso e não pelo presidente”, diz Fabio Klein, da Tendências.

Se de fato o Centrão tomar a dianteira, a dúvida que fica é: qual seria a agenda liderada pelo Congresso? Ainda que os parlamentares tenham dado sinais de que apoiam uma pauta mais liberal, Klein acredita que, com as eleições de 2022 se aproximando e o aumento da pressão de governadores sobre os parlamentares aliados por mais gastos e emendas, medidas de ajuste fiscal perdem espaço.

*Priscila Yazbek/Infomoney

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Política

A ruína do governo Bolsonaro e a derrocada do golpe

Não há crise no governo Bolsonaro, o que há é o desmoronamento do golpe.

Todo aquele material que deu liga ao golpe em Dilma a partir da Lava jato, perdeu unidade e, muitas vezes, entrou em guerra, somando-se a uma crise econômica já existente que ganhou dramaticidade com a pandemia, porque se as lambanças de Guedes já eram evidentes e os resultados do PIB sofríveis, sua atuação na lida com a pandemia foi apimentada por uma série de medidas que otimizaram o quadro trágico que foi instalado no ambiente econômico brasileiro já a partir do governo Temer.

O motivo é a velha receita neoliberal que carrega dois pilares em seus mantras. O primeiro, é o “destruindo que se constrói” e, o segundo, “é verticalizando que se divide”.

Afinal, Guedes é o próprio tecnocrata que repete dogmas de um sistema que trabalha frontalmente contra qualquer conceito de economia, repetindo a mesma receita do governo FHC, utilizando lero lero retórico, imaginando que o que foi trágico no passado seria virtuoso no futuro.

Esse era o centro nervoso do golpe, mas faliu, não há volta, não há crédito, sobretudo para uma mídia que vendeu a badalhoca neoliberal pela milésima vez como novo horizonte.

Nenhum ser minimamente pensante vai achar que a carta dos banqueiros e economistas para Bolsonaro tenha algo a ver com a pandemia. O mote pode ser esse, mas o real motivo é a debilidade total e absoluta da economia, não a partir da tragédia humana que se abate sobre o Brasil, até porque eles sempre darão um jeito para, se for o caso, comprar a vacina com autorização judicial, afinal, para que serve o judiciário brasileiro senão para permitir que a elite se comporte como uma corte dos bem nascidos?

É certo que eles estão preocupados com a paralisação da economia pela falta de vacinas e, por isso, aproveitaram o ensejo para dizer a Bolsonaro que o amor acabou e ele que se vire com seu bando.

A mudança de voto de Cármen Lúcia é o reflexo claro disso.

Moro, o principal operador do golpe em Dilma e Lula, transformou-se num trapo. Agora, ele não é juiz e nem ministro e ainda periga a sua participação na sociedade da empresa americana, Alvarez & Marsal, que trabalha na recuperação fiscal das empresas que a Lava Jato quebrou.

Não há ninguém da suposta direita para substituir um presidente de uma suposta direita extremista porque são todos farinha do mesmo saco, ou melhor, saco da mesma farinha.

O Brasil tem um presidente que sequer tem partido e segue sem ministro da Saúde, porque, na verdade, o que está no ministério da Saúde é uma caricatura de Pazuello e, de lambuja, Bolsonaro tem um animador de crepúsculo econômico chamado Paulo Guedes que, nitidamente está com seu repertório de conversa fiada vencido.

Arthur Lira é um bom termômetro da temperatura do Congresso em relação ao governo Bolsonaro.

Uma coisa é certa, se essa escória que derrubou Dilma, prendeu Lula, elegeu um genocida e tratou Moro como herói, não sabe que caminho tomar, sabe que o seu governo acabou, assim como o seu clã cada dia mais enrolado com a justiça, transformando-se numa incômoda massa falida.

Para qualquer canto que se olha, o caminho de Bolsonaro está fechado. Com o chão mole, se ficar parado, afunda, mas se andar, também afunda.

A direita golpista brasileira é só desolação e agonia.

Fome, genocídio, hiperinflação, recessão, dólar lá na casa do car…, fuga de investidores, corrupção e muito mais.

Bem vindo ao golpe!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Corregedora da PGR aponta manobra de Aras para blindar aliados e perseguir adversários

Após processo disciplinar começar a investigar aliado de Aras, ele retirou caso da Corregedoria do MPF e enviou ao CNMP, onde possui maioria.

A corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta de Paiva Ramos, escreveu em um ofício interno que uma manobra adotada pelo procurador-geral da República Augusto Aras poderia ser usada “para o atendimento de expectativas pessoais ou políticas” com o objetivo de blindar aliados ou perseguir adversários. É a primeira vez que a própria corregedora do MPF confronta o procurador-geral, apesar de ter sido indicada ao cargo com o apoio dele. A manifestação de Elizeta envolve uma decisão da Corregedoria de investigar um assessor do gabinete do procurador-geral, depois de não encontrar provas em uma acusação feita por Aras contra três procuradores que pediram demissão de sua gestão.

Aras, então, manobrou para retirar o processo da Corregedoria do MPF e enviou o caso ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), onde possui maioria. Na última terça-feira, o plenário do CNMP referendou o pedido de Aras e autorizou a transferência do processo. Em um ofício enviado ao CNMP, a Corregedora-Geral do MPF protestou sobre a manobra e alertou para o risco de uso político da investigação.

“O que não se mostraria razoável seria o traslado investigativo deste para esse órgão, apenas para discordar-se de suas conclusões, ou pior, para o atendimento de expectativas pessoais ou políticas determináveis simplesmente pelo cargo da pessoa investigada, seja para blindá-la, ou pior, para persegui-la”, escreveu Elizeta em um trecho do ofício 209/2021 da Corregedoria.

Procurada pelo GLOBO para comentar, Elizeta afirmou ter sido surpreendida pela ação de Aras.

“O PGR pediu e o Corregedor-Geral (do CNMP) atendeu seu pedido. A questão é complicada e não houve a concordância da Corregedoria do MPF. Essa avocação me deixou verdadeiramente passada! E mais não digo”, afirmou Elizeta, em mensagem enviada à reportagem.

O caso envolve um inquérito administrativo disciplinar aberto a pedido de Aras contra três procuradores que atuaram no grupo de trabalho da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) e pediram demissão por discordâncias com sua gestão: Luana Vargas, Hebert Mesquita e Victor Riccely. Após a saída deles, a equipe de Aras os acusou de vazar informações à imprensa sobre um depoimento da delação premiada de Marcelo Odebrecht que abordava sua relação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. Após essa representação, o inquérito administrativo foi aberto pela Corregedoria.

Após meses de apuração, a comissão do inquérito concluiu que não havia comprovação de que os três procuradores teriam sido responsáveis pelos vazamentos, já que outros membros também tiveram acesso às informações. Após tomada de depoimentos, a comissão do inquérito levantou suspeitas de que o responsável pelos vazamentos poderia ter sido um dos mais próximos auxiliares de Aras, o procurador João Paulo Lordelo, porque ele também tinha acesso ao depoimento de Marcelo Odebrecht. Por isso, a corregedora Elizeta de Paiva Ramos determinou a realização de diligências complementares para apurar se havia indícios contra Lordelo. Entretanto, não chegou a haver comprovação do envolvimento de Lordelo com os fatos investigados.

A comissão do inquérito administrativo pediu informações sobre processos do gabinete do PGR e solicitou o depoimento do chefe de gabinete de Aras, o procurador regional Alexandre Espinosa, também de sua extrema confiança. As ações começaram a provocar incômodo na cúpula da PGR. Como o inquérito administrativo começava a se aproximar dos seus aliados, Aras acionou o CNMP, órgão no qual possui maioria, e pediu que o processo fosse retirado da Corregedoria da PGR e enviado para o outro conselho –ação cujo nome técnico é “avocação”.

Procedimento é ‘excepcional’

Por ser composto de representantes de órgãos externos, como o Senado e o Judiciário, o CNMP tem posição hierárquica superior à Corregedoria do MPF, por isso pode determinar a avocação de um processo. Esse procedimento, entretanto, é feito apenas em raras condições nas quais se verifica que a Corregedoria de um dos órgãos do Ministério Público não tem independência suficiente para realizar as apurações.

O corregedor nacional do CNMP, Rinaldo Reis, aliado de Aras, levou o assunto a julgamento na sessão da última terça-feira e obteve a concordância dos demais conselheiros para avocar o processo. Ele forneceu aos demais conselheiros detalhes sobre a investigação e afirmou que o procedimento de avocação era “excepcional”.

Um dos motivos apresentados por Rinaldo foi a composição do Conselho Superior do MPF, onde Aras perdeu a maioria. Seis integrantes do conselho já assinaram ofícios que cobravam providências de Aras para investigar a atuação de Bolsonaro na pandemia e criticavam omissões do procurador-geral da República. Como o processo administrativo da Corregedoria do MPF teria que ser levado para julgamento do Conselho Superior, Rinaldo apontou que poderia haver retaliação a Lordelo apenas pelo fato de ele ser próximo a Aras.

— Poder-se-ia chegar à situação em que a correta apuração no vazamento restaria eclipsada pela discussão da vinculação de irregularidades a um membro auxiliar do excelentíssimo procurador-geral da República, no caso o procurador da República João Paulo Lordelo, como forma de descrédito ou desgaste institucional do próprio gabinete do procurador-geral da República — afirmou Rinaldo durante a sessão, na qual justificou retirar o processo da corregedoria.

*Com informações de O Globo

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Política

Clésio Andrade, Empresário vacinado às escondidas, foi vice de Aécio e sócio de Valério

Empresário vacinado às escondidas foi vice de Aécio e sócio de Valério.

O empresário Clésio Andrade, de 68 anos, foi um dos vacinados contra a Covid-19 às escondidas em Minas Gerais, segundo reportagem da revista Piauí dessa quarta-feira (24/3). Clésio foi vice-governador de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves, entre 2003 e 2006, senador entre 2011 e 2014 e sócio do ex-publicitário Marcos Valério, conhecido por sua participação no esquema do mensalão.

Mesmo com os cargos políticos, Clésio manteve-se na presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ele foi presidente da organização por 26 anos, entre 1993 e 2019, acumulando também a presidência dos conselhos nacionais do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).

Alegando problemas de saúde, o pedido de renúncia foi acompanhado de laudo médico com diagnóstico de necrose no fêmur das duas pernas. Com isso, as acusações contra ele foram remetidas para a Justiça de Minas Gerais

Cinco anos depois, em 2019, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), anulou as denúncias contra o ex-senador, que havia sido condenado em primeira instância, encerrando o caso.

No início da década de 1990, Clésio comprou participação em duas agências de publicidade de Belo Horizonte, SMP&B e DNA Propaganda, e colocou o publicitário Marcos Valério para dirigir as duas empresas.

Com Valério, o empresário teria articulado o esquema de fraude e colocado o publicitário para operar o caixa 2 na campanha à reeleição do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo do Estado em 1998.

Vacinação às escondidas

Um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares tomaram, nessa terça-feira (23/3), a primeira das duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em Belo Horizonte.

As vacinas beneficiaram, segundo a reportagem, cerca de 50 pessoas, e as doses foram aplicadas após uma compra por iniciativa própria, sem repassar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já a segunda dose está prevista para daqui a 30 dias. As duas doses custaram a cada pessoa R$ 600.

De acordo com a revista, os organizadores da vacinação foram os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. As doses teriam sido aplicadas dentro da garagem de uma das empresas do grupo.

*Com informações do Metrópoles

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Política Saúde

Estudo: pico de mortes diárias pode chegar a 5 mil

Um estudo da UFF (Universidade Federal Fluminense) estimou que o Brasil ainda viverá o pico de mortes por covid-19 nos próximos meses. Entre abril e o começo de maio, o país pode registrar até 5 mil mortes pela doença em 24 horas. A pesquisa acredita nisso porque entende que a covid-19 segue uma sazonalidade. E só a vacinação pode evitar que o Brasil atinja essa marca de 5 mil mortes diárias.

“Aqui, o pico de óbitos será provavelmente em abril ou início de maio, com um valor estimado entre 3 mil a 5 mil óbitos diários. O valor real do pico dependerá da velocidade da vacinação nos próximos meses e das medidas de distanciamento adotadas”, alerta o professor do Departamento de Estatística, Márcio Watanabe, que desenvolveu o estudo.

Sobre a vacinação, Watanabe enxergou um problema no PNI (Plano Nacional de Imunização), que não dá prioridade para pessoas com 50 a 60 anos.

“Indivíduos de 50 a 60 anos são responsáveis por uma expressiva parcela das internações e óbitos, mas não estão relacionados como grupo de risco no plano nacional de imunização-PNI. Enquanto o país não vacinar esse grupo de pessoas, e também os idosos e aqueles com comorbidades, ainda teremos um grande número de óbitos”, ressalta Wattanabe.

Enquanto a vacinação em massa não ocorre, só as restrições e medidas de distanciamento social são vistas como soluções. Wattanabe alerta para uma possível falha nos planos dos governadores. “É essencial reduzir aglomerações como ônibus lotados, que têm sido ignorados pelo poder público ao longo da pandemia”.

O estudo da UFF também apresenta uma perspectiva sobre o futuro e aponta que é preciso entender a sazonalidade da doença para fazer um planejamento público de combate. Mas Wattanabe entende que mesmo assim a covid-19 deve ficar endêmica na sociedade.

“Poderemos conviver com a COVID-19 da mesma forma que convivemos com outras doenças respiratórias, como a pneumonia, quando vacinarmos a grande maioria da população. Mas mesmo com a vacina, a doença será endêmica, ou seja, sempre haverá casos. Assim, um ponto fundamental para o futuro é a ciência encontrar algum tratamento que seja significativamente eficaz para pacientes hospitalizados com coronavírus”, concluiu o pesquisador.

*Com informações do Uol

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