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PGR firma acordo com 546 acusados por ataques golpistas e evita condenações

Outro 237 rejeitaram a proposta e foram condenados a um ano de reclusão com penas alternativas.

Pelo menos 546 pessoas acusadas de incitação aos ataques golpistas de 8 de janeiro firmaram acordos com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para evitar condenações. Outros 237 réus rejeitaram a proposta e foram sentenciados a um ano de reclusão, com penas convertidas em medidas alternativas, como trabalho comunitário e restrições ao uso de redes sociais. A principal diferença entre os dois grupos é que aqueles que recusaram o acordo agora possuem antecedentes criminais.

Os acordos, conhecidos como Acordos de Não Persecução Penal (ANPPs), foram oferecidos a acusados sem antecedentes e cujas penas mínimas não ultrapassassem quatro anos. Para aderir, os réus precisaram confessar os crimes, pagar multas de R$ 5 mil a R$ 50 mil e cumprir exigências, como participação em um curso sobre democracia. Caso descumpram as condições, as ações penais podem ser retomadas.

Aqueles que rejeitaram o acordo também terão de pagar uma multa e contribuir para uma indenização coletiva de R$ 5 milhões, além de serem proibidos de deixar suas cidades até o fim da pena e perderem o porte de arma, caso o possuíssem.

As sentenças foram proferidas no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a maioria dos ministros acompanhou o voto do relator, Alexandre de Moraes. Os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados por Jair Bolsonaro, frequentemente votaram pela absolvição dos réus.

Segundo o STF, há 1.589 ações relacionadas ao 8 de Janeiro

Ao justificar as condenações, Moraes destacou que muitos réus permaneceram acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília mesmo após os atos de 8 de janeiro, sendo presos em flagrante no dia seguinte. Segundo o STF, até março, havia 1.589 ações relacionadas ao episódio, resultando em 500 condenações.

Casos mais graves, que envolvem depredação das sedes dos Três Poderes e tentativa de golpe de Estado, não são passíveis de acordo e têm levado a penas de até 17 anos de prisão. Os condenados por esses crimes foram responsabilizados por associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Especialistas consultados afirmam que a proposição de acordos para crimes sem violência está de acordo com a legislação, enquanto crimes graves, que envolvem violência ou grave ameaça, não permitem tal benefício. O professor de Direito Fernando Hideo explica que “nos casos de incitação ao crime, a pena mínima permite a negociação, mas nos crimes de golpe de Estado e depredação, o acordo é juridicamente inviável”.

 

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Finalmente, Bolsonaro confessa que tentou impedir a posse de Lula

Ele chama de “alternativas” o que discutiu com os militares.

Estado de Sítio é o instrumento utilizado pelo Presidente da República para suspender temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos. Os Poderes Legislativo e Judiciário ficam submetidos ao Executivo, tendo em vista a defesa da ordem pública.

No Brasil, para decretar o Estado de Sítio, o Presidente da República, após o respaldo do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, solicita uma autorização ao Congresso para efetivar o decreto. Em que situações se aplica o Estado de Sítio?

Nas seguintes situações, diz o artigo 137 da Constituição:

I – Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

II – Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Parágrafo único: o Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso decidir por maioria absoluta dos votos.

Estado de Defesa é o instrumento utilizado pelo Presidente da República para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

Diz o artigo 136 da Constituição:

b) sigilo de correspondência;

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

§ 3º Na vigência do estado de defesa:

I – a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;

[…]

III – a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;

[…]

§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso, que decidirá por maioria absoluta.

Em entrevista publicada hoje pela Folha de S. Paulo, Bolsonaro conta ter discutido com militares o que ele chama de “alternativas”, como estado de sítio e estado de defesa, logo após ter sido derrotado por Lula nas eleições de outubro de 2022. E justifica:

“Eu não esperava o resultado [das eleições]. (…) Se eu não vou recorrer à Justiça Eleitoral, onde ir? Eu conversei com as pessoas, dentro das quatro linhas, o que a gente pode fazer? Daí foi olhado lá, [estado de] sítio, [estado de] defesa, [artigo] 142, intervenção…”

O artigo 142 da Constituição diz que “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”

Segundo Bolsonaro, as conversas com militares foram “sem profundidade” e ficaram “no âmbito das palavras”. Mas por que ele discutiu “alternativas” com os militares? Alternativas a quê? À derrota que sofreu? À decisão da justiça de diplomar Lula? À posse de Lula?

Comoção quer dizer agitação, alvoroço, revolta popular. O quadro do Brasil à época não era de agitação, alvoroço ou revolta popular – a não ser nos acampamentos, à porta dos quarteis, onde bolsonaristas revoltados com a derrota clamavam por um golpe.

Portanto, só cabia a Bolsonaro completar seu mandato em 31 de dezembro e transferir a faixa presidencial para Lula. Mas para não o fazer, viajou aos Estados Unidos. E foi de lá que assistiu pela televisão ao golpe do 8 de janeiro de 2023.

É por isso que ele será condenado pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e danos a prédios públicos. Só escapará da prisão se fugir.

*Blog do Noblat

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Mirem-se no exemplo do trompetista do PT que tocou marcha fúnebre para Bolsonaro

A técnica mundial dos neofascistas, seguida a risca por Bolsonaro, é pautar a grande mídia, sobretudo nos momentos mais críticos.

Foi exatamente isso que Bolsonaro tentou, diga-se, sem sucesso, fazer depois de ver a votação unânime do STF que o tornou réu junto com sua rataria mais próxima.

Bolsonaro montou seu cercadinho para a mídia, assassinou a verdade, como sempre, para que seus absurdos ditos aos gritos ecoassem mais que a noticia de sua derrota por 5 a 0 no STF.

Só não esperava que o trompetista do PT roubaria a cena tocando, de maneira genial, a Marcha Fúnebre que secou a pimenteira de Bolsonaro na hora.

Mais que isso. O trompetista virou a grande notícia e ainda otimizou a notícia da derrota de Bolsonaro no STF.

Isso deixa uma lição de como lidar com Bolsonaro e seus ratos de estimação.

Não rebater e nem ecoar suas falas. Ignorá-las e insistir em denunciar suas falcatruas e derrotas, que ele quer esconder, quando apela para a escandalizção pra lhe servir de abrigo.

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No Vietnã, Lula comenta pedidos por anistia para Bolsonaro: ‘Ele não está querendo nem se defender’

Presidente também afirmou que Brasil aposta no diálogo para se defender das tarifas impostas por Donald Trump.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, neste sábado (29), no Vietnã, os pedidos de anistia feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares da oposição. Bolsonaro é réu, ao lado de sete aliados, em processo no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de estado.

Ao ser questionado se havia pautado o tema com os presidentes da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Lula afirmou que o tema da anistia não é urgente.

“Eu tenho certeza que a anistia não é um tema principal para ninguém, a não ser para quem está se culpabilizando”, afirmou.

O presidente afirmou, na coletiva, que evitou tratar o assunto com os parlamentares convidados e que voltará ao tema com eles apenas quando estiver no Brasil. Lula voltou a criticar o movimento da oposição pela anistia e disse que Bolsonaro não quer “nem se defender”.

“É impressionante que os advogados do cidadão que está pedindo anistia não digam para ele que primeiro eles vão absolver o cidadão, que se absolver não tem anistia. Mas eles já estão tratando como se ele fosse culpado. Ele não está querendo nem se defender porque ele sabe, no subconsciente dele, que ele fez todas as bobagens que está sendo acusado”.

Neste domingo (30), as Frentes Brasil Popular e Povo sem Povo realizarão um ato contra a anistia e pedindo a prisão de Jair Bolsonaro em diversas capitais pelo país. O ato também deve lembrar os 61 anos do Golpe Militar de 1964.

Tarifas de Trump
Na coletiva, o presidente Lula foi questionado se há possibilidade de um contato dele com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para impedir a taxação pelo governo americano sobre produtos brasileiros. Lula recordou que há diálogo em curso, liderado pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio).

“Antes de fazer a briga da reciprocidade ou de fazer a briga na OMC, a gente quer gastar todas as palavras que estão no nosso dicionário para fazer um livre comércio com os Estados Unidos”, adiantou o presidente.

O presidente brasileiro pontuou que Trump tem o direito de fazer o que quiser sobre a política interna, assim como o Brasil também deve ter liberdade para isso. Mas ponderou que os líderes precisam ter responsabilidade e entender que os países não vivem isolados no mundo.

Lula, nesse momento, criticou a postura de Trump, afirmando que é a primeira vez, nos últimos 40 anos, que os Estados Unidos rompem com o discurso do livre comércio.

É importante lembrar que o discurso que eles estão fazendo agora nos Estados Unidos é totalmente antagônico ao discurso que eles fizeram dos anos 1980 até 2022.Totalmente antagônico. Os Estados Unidos passaram quase 40 anos pregando o livre comércio, pregando a globalização do livre comércio. E, de repente, encontra-se um presidente que ganha as eleições dizendo ‘América para os americanos’, que é um direito dele, da mesma forma que eu defendo o ‘Brasil para os brasileiros’”.

*BdF

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Fux é visto como um juiz parcial pró-Bolsonaro

Fux é visto de forma unanime, como um juiz parcial a favor de Bolsonaro, inclusive pela mídia.

A esquerda o critica e a direita o elogia.

Fux nunca foi visto como um juiz garantista, com razão. É o ministro que menos concede Habeas Corpus no STF. Menos de 1% é agraciado  por esse dispositivo com ele.

Na farsa do Mensalão. em que nunca foram apresentadas as provas de crimes de Zé Dirceu, Genoíno, entre outros petistas, Fux foi 100% duro e, em nome da sua autoproclamada humildade, não aliviou para ninguém na hora de defender uma visão menos dura dos ministros do STF contra os golpistas do dia 8 de Janeiro.

Na farsa do mensalão, Fux foi efetivamente um carregador de chuteiras do midiático-anguloso Joaquim Barbosa que, por sua vrz, justificou a sua pena contra petistas com a suposta “Teoria do domínio do fato”, versão carnavalizada, justamente por não ter provas para justificar sua decisão estrambótica.

Na Lava Jato, a Vaza Jato foi cirurgicamente exata quando destacou a frase Slogan “In Fux We Trust” que é retomada pela direita.

“Em Fux nós confiamos” é referência ao tempo da Lava Jato.

Tanto isso é fato que advogados dos réus de 8 de janeiro, inclusive o de Bolsonaro, devem tentar audiência com ministro Fux no STF.

Em outras palavras, Fux virou uma das péssimas unanimidades, pois é considerado um juiz parcial pela esquerda, mas sobretudo pela direita.

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Lula se irrita com Anielle Franco por ignorar ordem para ir à Namíbia

O presidente Lula (PT) ficou insatisfeito após a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, não ir à posse da presidente da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah, na última sexta-feira (21). Apesar da determinação expressa de Lula para que ela representasse o Brasil no evento, Anielle permaneceu no país e foi substituída pela embaixadora brasileira na Namíbia, Vivian Sanmartin.

Segundo a Folha, o presidente havia orientado o chanceler Mauro Vieira a comunicar pessoalmente à ministra sobre sua designação para a missão. Vieira teria ligado para Anielle Franco, informando-a sobre a decisão presidencial. No entanto, ela alegou que não recebeu uma convocação formal por escrito e, por isso, não viajou, de acordo com o DCM.

No mesmo dia em que deveria estar na Namíbia, Anielle participou do lançamento do Concurso de Ideias Urbanísticas e Arquitetônicas Inovadoras para a Região da Pequena África, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

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O golpe não começou no dia 8 de Janeiro de 2023, mas sim quando Bolsonaro e Moro fraudaram criminosamente a eleição de 2018

Pode-se perfeitamente afirmar que Bolsonaro, em seu voto pelo golpe de Dilma, deixou clara a sua admiração pelas ações de tortura e morte na ditadura. Ou seja, se chegasse ao poder algum dia, repetiria a receita de 1964.

O que deu a ele o poder foi a fraude costurada entre ele e Sergio Moro, prendendo Lula sem provas de crime para, consequentemente, Bolsonaro ser presidente e, Moro, ser ministro.

Detalhe mais importante:
A mesma mídia, que apoiou o golpe de 1964 e dele e que se beneficiou enormemente como o império Globo, inventou Moro como juiz herói.

O juiz que até hoje é tratado como vaca sagrada da Lava Jato, mesmo sendo o próprio que, junto com Dallagnol, tentou roubar da Petrobras, via “fundação”, R$ 2,5 bilhões. Só não conseguiram porque Alexandre de Moraes impediu a rapinagem dos dois declaradamente usurpadores.

Ou seja, as verdades têm que ser ditas nos detalhes que construíram a arquitetura golpista desde o primeiro passo.

Tem muito mais gente nessa lista de tentativa de golpe de Estado.

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Lula sobre Bolsonaro pedir anistia antes do julgamento: “Ele sabe que fez todas as bobagens de que está sendo acusado”

Em viagem no Vietnã, presidente afirma que advogados já tratam seu antecessor como culpado.

No encerramento de sua agenda na Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comentar o pedido de anistia para Jair Bolsonaro. Durante conversa com a imprensa neste sábado (29), pelo horário local, Lula ironizou a estratégia jurídica do ex-presidente.

“É impressionante que os advogados do cidadão que está pedindo anistia não digam para ele que primeiro eles vão absolver o cidadão, que se absolver não tem anistia. Mas eles já estão tratando como se ele fosse culpado”, afirmou. “Ele não está querendo nem se defender porque ele sabe, no subconsciente dele, que ele fez todas as bobagens que está sendo acusado”.

O presidente afirmou que a questão da anistia não foi tratada com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), que o acompanharam na viagem.

“Você acha que eu iria convidar o presidente da Câmara e o presidente do Senado para discutir, a 11 mil metros de altura, problemas que eu posso discutir em terra, na minha casa, na casa deles, no Senado ou na Presidência da República?”, questionou Lula. “Eu tenho certeza que a anistia não é um tema principal para ninguém, a não ser para quem está se culpabilizando”.

Lula ainda afirmou que, nos próximos dias, terá reuniões com os líderes do Congresso para tratar de diversos assuntos. A declaração foi dada ao final do Seminário Empresarial Brasil-Vietnã, onde o presidente reforçou o compromisso de expandir relações comerciais com o país asiático. g1.

Enquanto isso, Bolsonaro enfrenta complicações na Justiça. O ex-presidente e sete aliados se tornaram réus na última quarta-feira (26), acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) não implica culpa ou inocência, mas indica que os ministros da Primeira Turma enxergaram indícios de crimes na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A denúncia, com mais de 300 páginas, aponta que Bolsonaro e seus aliados integravam o “núcleo crucial” de uma organização criminosa cujo objetivo seria destruir a democracia. Em resposta, o ex-presidente classificou as acusações como infundadas e voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes e o sistema eleitoral.

Bolsonaro tem defendido publicamente um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. No entanto, o tema encontra resistência no Congresso. Davi Alcolumbre já declarou que a proposta não é uma “pauta das ruas”, sugerindo que não deve avançar.

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Brasil Paralelo é processada pelo governo devido a mentiras sobre Maria da Penha

Ex-marido de Maria da Penha foi entrevistado pela produtora e deu versão diferente da oficial.

A produtora Brasil Paralelo é alvo de uma ação civil pública da Advocacia-Geral da União (AGU) devido a publicações com “conteúdo desinformativo” sobre a ativista Maria da Penha, vítima de tentativa de homicídio que inspirou a lei homônima.

Uma série de vídeos publicados no canal da empresa no YouTube foi apontada pela União sobre o caso, contando com entrevistas com o colombiano Marco Antônio Heredia Viveiros, ex-marido de Maria da Penha.

A versão oficial da história é contestada nas publicações, negando que Viveiros tenha tentado assassinar a ex-companheira e resultando no fato de que ela acabou ficando paraplégica. A série dissemina um discurso de ódio em face de Maria da Penha, “além das mulheres que possam recorrer às medidas decorrentes do microssistema protetivo”, segundo a AGU.

A AGU pede que o Brasil Paralelo pague R$ 500 mil por danos morais coletivos, direcionados ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, ligado ao Ministério da Defesa, segundo o ICL

Uma publicação obrigatória também foi solicitada à produtora, com o objetivo de “publicar conteúdo pedagógico e informativo elaborado pelo Ministério das Mulheres sobre o caso Maria da Penha”.

maria da penha

Lei Maria da Penha nasceu em 2006
Após a condenação do Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Cidh), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), por omissão no caso de Maria da Penha, a Lei Maria da Penha (11.340/2006) foi criada. São quase vinte anos desde a criação.

A farmacêutica cearense sobreviveu a duas tentativas de assassinato cometidas pelo então marido, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, em 1983. Ele atirou em suas costas enquanto ela dormia, simulando um assalto. Maria da Penha ficou paraplégica.

Pela lei, todo o caso de violência doméstica e infrafamiliar é crime.

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Fevereiro tem maior geração de emprego formal da história, com 432 mil vagas

Ministério do Trabalho indica que número é resultado de política públicas para estimular a economia nacional.

Fevereiro de 2025 foi o mês em que a economia nacional mais gerou empregos com carteira assinada na história. Foram 431.995 vagas de trabalho formais criadas no país, mais que o triplo das 144 mil vagas geradas em janeiro e 40% a mais do que as 307 mil vagas geradas em fevereiro de 2024.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Eles fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados do cadastro são tabulados desde 2020.

De acordo com o cadastro, em fevereiro, ocorreram 2,5 milhões de admissões no país contra 2,147 milhões de desligamentos.

Para o ministro Luiz Marinho (PT), a diferença entre admissões e demissões é fruto de políticas públicas para estímulo da economia. “Nós estamos com programa de reindustrialização, motivando a indústria a se preparar para produzir equipamentos de saúde, estamos em debate sobre a transição energética justa”, enumerou Marinho. “Essas ações têm repercussão sobre os números.”

Marinho lembrou que a indústria automotiva nacional produzia 1,6 milhões de veículos por ano em 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou à Presidência. Hoje, segundo o ministro, já são 2,8 milhões.

Por conta do aumento da produção, entre janeiro e fevereiro, o saldo de contratações menos demissões no país é de 576 mil. No mesmo período de 2024, foram 480 mil.

O maior gerador de empregos em 2025 é o setor de serviços, com a criação de 2 milhões de postos de trabalho formais, A Indústria vem em seguida, com 572 mil, de acordo com o Brasil de Fato.

Nos últimos 12 meses, o saldo de contratações é de 1,782 milhão. Nos mesmos 12 meses, há um ano, haviam sido gerados 1,592 milhão de vagas.

Apesar dos resultados positivos, o salário médio real de admissão em fevereiro de 2025 foi de R$ 2.205,25, uma redução de R$ 79,40 – ou seja, 3,48% – em comparação com o valor de janeiro de 2025 (R$ 2.284,65). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi de R$ 14,97 – ou seja, 0,68%.