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Eduardo Bolsonaro quer derrubar eleições neste domingo

Eduardo Bolsonaro estimula a ala mais radical do bolsonarismo, quer a prorrogação das eleições e faz ato hoje.

Eduardo Bolsonaro estimula a ala mais radical do bolsonarismo a derrubar as eleições neste domingo (30), defendendo a prorrogação do pleito e convocou os apoiadores a se reunirem em ato nesta sexta (28), quando os comícios já estão proibidos.

“Se a eleição for no domingo já temos uma certeza: Jair Bolsonaro foi prejudicado e não teve direito a reparação”, disse o filho do mandatário e deputado pelo PL, em aceno golpista.

A fala foi feita nos últimos dois dias, quarta e quinta-feira. Ontem disse em duas entrevistas que “será necessário adiar as eleições desse ano”.

A tentativa de adiar as eleições pelo filho e um dos mediadores da campanha de Bolsonaro é o último dos passos da estratégia da equipe de campanha de contestar o sufrágio, que pelas pesquisas dará vitória a Lula.

O primeiro foi a denúncia protocolada pelo PL nesta segunda de que Lula foi privilegiado em propagandas em rádios do Norte e Nordeste. O caso é investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com as próprias emissoras negando as acusações e podendo configurar uma manobra do governo para prejudicar o processo eleitoral.

No dia seguinte, o álibi: um funcionário demitido do TSE vai à Polícia Federal (PF) e sustenta a denúncia da campanha de Bolsonaro. No terceiro dia da semana, Eduardo Bolsonaro aparece sustentando a tese de adiar as eleições para cumprir a suposta irregularidade nas transmissões de rádio.

“Tem um candidato que está sendo depreciado e um que está sendo favorecido. Isso está ferindo a democracia. Se fosse dado todo o direito de resposta a Jair Bolsonaro é tanto tempo que seria necessário adiar essa eleição”, afirmou, em entrevista à BNews, da Bahia.

Assim como outras estratégias do atual presidente, oficialmente, a própria campanha do PL não pediu o adiamento das eleições, na denúncia protocolada nesta semana ao TSE. O pedido é, antes, testado em falas de Eduardo Bolsonaro, nas redes. Após a propagação e dependendo do endosso de apoiadores, o partido assumiria a postura oficialmente.

Ao mesmo tempo, Eduardo também convocou os aliados e bolsonaristas para um ato na Praça dos Três Poderes, em Brasília, hoje. Pela legislação eleitoral, atos como este, configurando comícios, já estão proibidos. O evento é realizado com pastores pró-Bolsonaro.

*Com GGN

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Imprensa internacional destaca orçamento secreto, ataque às urnas e fake news bolsonaristas na reta final da eleição

As práticas bolsonaristas na campanha ganharam espaço em jornais dos Estados Unidos, Argentina, Espanha e França.

Nesta reta final de segundo turno da eleição presidencial no Brasil, a imprensa internacional tem destacado temas já amplamente debatidos internamente, como o orçamento secreto, os ataques às urnas eletrônicas e as fake news bolsonaristas.

A maioria das manchetes estrangeiras abordam as ameaças de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. O ex-presidente Lula (PT) é o favorito para vencer o pleito, segundo pesquisas eleitorais.

“The Guardian”, Reino Unido

O periódico britânico afirmou que o orçamento secreto de Jair Bolsonaro (PL) para cooptar apoio no Congresso Nacional pode favorecê-lo no domingo (30), data em que os brasileiros comparecerão às urnas para votar no segundo turno.

O jornal afirma que Bolsonaro ainda é competitivo por causa da verba que utiliza para ‘comprar pessoas’. “Quando os historiadores escreverem livros a respeito de por que tantos brasileiros votaram para a extrema direita, eles vão, justificadamente, focar em temas ideológicos, políticos e sociais. Mas há outra razão importante pela qual o presidente Jair Bolsonaro ainda é competitivo à medida que o segundo turno se aproxima: ele está distribuindo bilhões de um fundo para ‘comprar’ pessoas. O fundo é conhecido como ‘orçamento secreto’ porque não há supervisão da aplicação do dinheiro depois que é entregue aos legisladores”.

“The New York Times”, EUA

O jornal estadunidense focou nos ataques que Bolsonaro – sem provas – tem feito ao sistema eleitoral brasileiro desde antes do início da campanha eleitoral.

A reportagem lista acusações de Bolsonaro em seguida esclarece: “essas alegações são falsas, de acordo com autoridades eleitorais do Brasil, agências de verificação de fatos e especialistas independentes em segurança eleitoral que estudaram o sistema de votação eletrônica do país”.

Segundo o NYT, a campanha de Bolsonaro contra as urnas “torpedeou a fé de milhões de brasileiros nas eleições que sustentam uma das maiores democracias do mundo”.

“El País”, Espanha

O jornal espanhol publicou reportagem também falando sobre os ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e destacando o crescimento de denúncias de assédio eleitoral, inclusive por parte de empregadores. “As denúncias registradas, 1.633 até agora na campanha, cresceram 670% em relação às eleições de 2018, segundo dados do Ministério Público até o meio-dia desta quarta-feira. O número de empresas processadas também é doze vezes maior do que há quatro anos”.

“Libération”, França

O periódico francês foi mais um a tratar das acusações de Bolsonaro contra a Justiça Eleitoral, pontuando o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater as fake news espalhadas nas redes. “Antes do segundo turno, em 30 de outubro, o tribunal eleitoral busca limitar a disseminação de notícias falsas e difamação nas redes sociais. Um exercício praticado mais por apoiadores de Bolsonaro do que por apoiadores de Lula”

“Clarín”, Argentina

No jornal argentino ganhou destaque a possibilidade de Bolsonaro, junto de seus apoiadores, tentar um golpe em caso de derrota para Lula. Segundo o jornal, os brasileiros temem que o chefe do governo federal tente aplicar no país “experiências tumultuosas” como as que ocorreram nos Estados Unidos na última eleição presidencial, quando Donald Trump foi derrotado por Joe Biden.

“La Nación”, Argentina

O La Nación também abordou a possibilidade de um golpe bolsonarista, além das fake news a respeito de países latino-americanos.

*Com 247

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O levante das minorias contra Bolsonaro nas urnas

Grupos que presidente tentou subordinar darão resposta a ele domingo.

Quando o domingo de segundo turno chegar ao fim, o líder que assentou discursos e atos na supremacia de uns contra outros terá recebido dos grupos que tentou subordinar, no mínimo, um recado robusto; se as pesquisas se confirmarem, uma derrota retumbante. Jair Bolsonaro passou carreira política e mandato presidencial subvertendo o fundamento constitucional da igualdade ao declarar, e repetir, que “as leis existem para proteger as maiorias; as minorias têm de se adequar” — esse exemplo é de julho passado, em ato da campanha à reeleição, em Imperatriz (MA). A Carta de 1988 consagra o direito à diferença; proíbe discriminação por sexo, raça, etnia, religião. A corrida eleitoral de 2022 foi também sobre isso. Minorias feridas, quando juntas marcham, maiorias se tornam.

Ao longo da interminável campanha, muito se criticou a falta de profundidade das propostas sobre mazelas que envergonham e oprimem filhas e filhos do Brasil. Em diferentes ocasiões, o debate sobre saúde, educação, trabalho e renda, habitação, meio ambiente, desenvolvimento, relações internacionais, de tão raso, coube num pires. A defesa do sistema eleitoral e do Estado Democrático de Direito e o repúdio à violência política marcaram pronunciamentos e declarações de voto — precoces ou tardios — de personalidades e instituições. Máscaras caíram. A esta altura, todos sabemos quem são os democratas, quem flerta com a autocracia.

A eleição de 2022 foi sobre repúdio ao autoritarismo e restituição da democracia. Mas foi também sobre identidade — ou sobre os identitários, como repetia Ciro Gomes, candidato do PDT, quarto colocado no primeiro turno (3,04% dos votos). O levante das minorias não pode passar em branco. A candidatura de Jair Bolsonaro enfrentou, do início ao fim, a resistência firme de segmentos da população desprezados ou secundarizados, por convicção ou gestão, pelo mandatário e por seu campo político. Mesmo despejando recursos em ajuda financeira de última hora, o presidente nunca liderou entre mulheres, pretos, pardos, pobres, beneficiários de políticas sociais. As pesquisas não foram capazes de medir, mas é certo que tampouco foi o preferido de indígenas, pessoas LGBTQIA+ e religiosos de matriz africana.

Bolsonaro passou a campanha atrás do eleitorado feminino. Usou a mulher, Michelle, e a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves. Em palanques e púlpitos de igrejas, a dupla apelou à retórica de guerra espiritual, à demonização do adversário, ao assédio religioso e até à submissão conjugal.

— A mulher é uma ajudadora do esposo — disse a primeira-dama num evento da campanha do marido, no Rio Grande do Norte.

Michelle e Damares esqueceram que as brasileiras somos trabalhadoras, mães solo, provedoras do lar, alvos da misoginia, de abusos, do feminicídio, da desigualdade salarial. A senadora Simone Tebet e a ex-ministra e deputada eleita Marina Silva entraram na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigindo-se às mulheres da vida real. Ontem, penúltima edição da pesquisa Datafolha, o petista liderava, como em toda a corrida de 2022, entre as mulheres, maioria do eleitorado, com 52% das intenções de voto, ante 41% de Bolsonaro. O ex-presidente também mantinha preferência entre autodeclarados pretos (60% a 34%), pardos (51% a 42%). Negras e negros brasileiros não esquecemos o racismo contido nas referências ao peso medido em arrobas, o esfacelamento da Fundação Palmares, os ataques às políticas de cotas, a ausência de titulação de territórios quilombolas.

Bolsonaro ousou depreciar nordestinos, encampando a associação entre taxa de analfabetismo na região e o voto no candidato do PT. Ofendeu favelados ao declarar num debate que, na visita ao Complexo do Alemão, o adversário desfilou com traficantes. Desagradou católicos, ao fazer da festa de Nossa Senhora Aparecida evento político. Não condenou apoiadores que, Brasil afora, andam interrompendo missas e ofendendo sacerdotes. Se lidera entre evangélicos (62% a 32%), eleitores do Sul (58% a 36%), do Centro-Oeste (53% a 40%) e entre quem ganha acima de dois salários mínimos (54% a 40%), Lula está à frente entre católicos (55% a 39%), no Nordeste (67% a 28%), no eleitorado de baixa renda (61% a 33%) e de menor escolaridade (60% a 34%). Bolsonaro teve a preferência dos autodeclarados brancos (54% a 40%) e dos homens (48% a 46%), em linha com um modelo de sociedade incompatível com a diversidade dos novos tempos.

— Há muita identificação com uma ideia de masculinidade forte, heteronormatividade, hegemonia cristã. No bolsonarismo, assim como na branquitude, não cabe a diversidade, porque eles se consideram universais — explica Thales Vieira, coordenador executivo do Observatório da Branquitude.

Fabiana Dal’Mas Paes, promotora de Justiça no MP-SP, especialista em direitos das mulheres, diz que posições políticas mudam à medida que as minorias tomam consciência da própria condição:

— Os grupos que alcançam essa consciência, principalmente as mulheres, reconhecem que não podem escolher candidatos que as subjuguem, que as mantenham em subordinação.

No último domingo, a liturgia católica apresentou aos fiéis o Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (18, 14):

— Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado — repetiu numa rede social o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer.

É por aí.

*Flávia Oliveira/O Globo

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Vídeo: Fernando Henrique pede voto pra Lula no 2º turno

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou um vídeo nas redes sociais onde pede votos para o ex-presidente Lula (PT) no 2° turno da disputa pelo Palácio do Planalto, que ocorrerá no próximo domingo, 30.

“Você melhorou de vida com o plano Real e acredita no Brasil? Não tem dúvida. Vote no 13. Vote no Lula. Ele vai melhorar mais ainda sua vida”, diz FHC.

Vale lembrar que no 1° turno, o tucano declarou seu apoio a Lula e justificou dizendo que a candidatura do petista e ex-adversário era “uma história de luta pela democracia e inclusão social”.

* O Cafezinho

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Vídeo mostra que suposto atentado contra Tarcísio em Paraisópolis foi execução

“O que suspeitamos é que os policiais ligados à campanha executaram uma pessoa e depois inventaram um suposto atentado para criar um factoide político eleitoral”, diz Ariel Castro Alves, do grupo Tortura Nunca Mais.

Vídeos obtidos pela Fórum mostram que o suposto atentado propalado pela campanha de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo, em Paraisópolis, na zona sul da capital no dia 17 de outubro, foi uma execução, que assassinou Felipe Silva e Lima, de 27 anos.

“O que nós suspeitamos é que os policiais ligados à campanha do candidato executaram uma pessoa, cometeram um assassinato, e depois inventaram um suposto atentado para criar um factoide político eleitoral. É o que teria ocorrido nesse caso”, diz o advogado Ariel de Castro Alves, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, que acompanha as investigações sobre o caso.

Segundo ele, o vídeo comprova que Felipe estava desarmado. O rapaz aparece em um primeiro momento pilotando uma moto. No outro vídeo, ele está morto no chão, próximo à moto que está caída.

“Existem outras informações conflitantes divulgadas por membros da polícia, de que teriam sido identificados 8 homens suspeitos e armados nas proximidades do local dos fatos, sendo que dois deles estariam portando fuzis, mas nenhuma comprovação disso veio a público até agora”, diz Alves.

Segundo o advogado, chama a atenção ainda o fato de que até o momento não apareceram imagens gravadas por câmeras nos uniformes dos supostos policiais que teriam participado da ação.

“No dia da ocorrência, o secretário de Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, anunciou que as câmeras usadas no fardamento dos policiais teriam registrado os fatos e seriam usadas nas investigações, mas até o momento não houve nenhuma transparência para que essas imagens fossem reveladas à sociedade, conforme prevê a Constituição Federal e a Constituição Estadual”, afirma.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o cinegrafista Marcos Andrade, da Jovem Pan, disse que filmou um agente da Abin e policiais à paisana, da equipe do próprio Tarcísio de Freitas, disparando tiros em Paraisópolis.

“Aparentemente, ocorreu uma execução, sem confronto nenhum. E diante dos vários disparos feitos pelos PMs, criaram uma versão de confronto, intimidação ou atentado. A pressão para o cinegrafista apagar as imagens, por parte da equipe do candidato Tarcísio, revelada ontem pela Folha, reforça isso”, diz Castro Alves.

A Fórum entrou em contato com lideranças comunitárias de Paraisópolis que dizem não entender até o momento o motivo da agenda de Tarcísio na comunidade, que foi marcada por volta das 21h da noite anterior – domingo, dia 16. Segundo dois líderes ouvidos pela Fórum, não houve convite para a ida do candidato de Bolsonaro a Paraisópolis.

Veja os vídeo:

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Vídeo – farsa sobre farsa: rádios citadas pela “auditoria” de Bolsonaro, desmonta mais uma farsa para encobrir outras farsas

A farsa criada pela campanha do bolsonarista, Tarcísio de Freitas, não só foi desbaratada e desmontada pelo cinegrafista da Jovem Pan, Marcos Andrade, demitido pela emissora, depois de denunciar a farsa.

Nesse caso, a gravidade maior, foi o assassinato de um rapaz de 27 anos supostamente vítima de disparos feitos por um agente da Abin, que fazia parte da equipe de segurança de Tarcísio.

Soma-se a isso o fato de ter vazado que Guedes e Bolsonaro pretendem detonar o salário mínimo, as aposentadorias e pensões, desindexando-o da inflação.

Para piorar, Roberto Jefferson, ao que tudo indica, combinado com o Palácio do Planalto, recebe os quatro agentes da Polícia Federal com 50 tiros de fuzil, segundo ele, e três granadas, ferindo dois agentes. Tudo isso ocorreu de frente para uma casa onde, naquele momento, vinte crianças e seus pais, comemoravam o aniversário de uma delas, provocando pavor generalizado em todos.

A princípio, Bolsonaro apoiou Jefferson enviando o ministro da Justiça, Anderson Torres, para a sua casa em Levi Gasparian.

Com a repercussão negativa por suas declarações, inclusive dentro da Polícia Federal, Bolsonaro dá um cavalo de pau e trai miseravelmente seu aliado e coordenador de campanha, deixando-o mofar na cadeia de Bangu 8.

A farsa das rádios, criada por Fabio Faria, assessor de comunicação de Bolsonaro, em combinação com o próprio, foi um fiasco. Alexandre de Moraes deu 24 horas para apresentarem provas, do contrário, enquadraria todos os envolvidos em crime eleitoral.

Faria, em resposta ao TSE, mandou outra farsa acusando oito rádios de fazerem parte de um esquema que beneficiaria Lula em detrimento de Bolsonaro.

Não demorou 24 horas para que cada uma das rádios desmontassem o rescaldo da farsa funesta, como mostra a reportagem abaixo de Andreia Sadi.

Confira

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O plano de Bolsonaro para a noite do domingo das eleições

Um mutirão de apelos, feito por assessores, demoveu Bolsonaro de tentar lançar granadas, ontem, ao cair da tarde, no ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Não se pode dizer que Bolsonaro estava furioso como jamais se viu – já se viu, sim, e talvez em pior estado. Ao exercício da fúria inútil sucede quase sempre o recuo com medo das consequências.

Ele morde e assopra. Late e cala. Bate na mesa e depois corre para debaixo da saia de Michelle. Justamente por apoiá-lo, os militares conhecem muito bem com quem estão lidando.

“Cavalão”, seu apelido no tempo dos quartéis, não decorre de nenhuma demonstração de força admirável que ele tenha dado. Ele só se destacou por correr rápido como um cavalo árabe.

Em Minas Gerais, Bolsonaro constatou que, ali, não vencerá as eleições, e que poderá aumentar a diferença em favor de Lula. Então, quando voava ao Rio, mandou desviar o avião para Brasília.

Chegou bufando ao Palácio da Alvorada. Quis convocar uma reunião ministerial – mas cadê os ministros? A maioria estava nos estados. Clima de fim de feira é assim. Encontrou-se com três.

E o anúncio de golpe que muitos temiam virou uma gotinha. Por sinal, golpe não se anuncia, aplica-se. Bolsonaro disse que lutará até o fim “dentro das quatro linhas da Constituição”.

É o que se espera que faça. Não gostou da decisão de Moraes de rejeitar a denúncia de que fora garfado por emissoras de rádio que não teriam veiculado seus comerciais?

Tudo bem. Vá reclamar ao Supremo Tribunal Federal. A denúncia não passou de mais uma fake news para fazer o país mudar de assunto. O assunto era Roberto Jefferson. Deixou de ser.

O assunto, hoje e amanhã, deverá ser o último debate entre Lula e Bolsonaro na noite desta sexta-feira. Se empatar ou perder o debate por poucos pontos, Lula terá ganhado.

Sabe-se lá mais o que, à base do desespero e diante da derrota que se avizinha, Bolsonaro poderá aprontar até sábado, quando as últimas pesquisas de intenção de voto serão reveladas.

Mas, no domingo, é certo o que ele planeja. Simples: os votos do Nordeste são os últimos a serem apurados. Bolsonaro deve anunciar sua vitória quando estiver à frente da apuração.

Se a apuração terminar com sua derrota, dirá que a eleição foi roubada e que reagirá “dentro das quatro linhas da Constituição”. Ou simplesmente dirá que ela foi roubada.

O resto ficará por conta dos seus seguidores mais radicais. Bolsonaro espera que eles saiam por aí botando para quebrar, e exigindo a realização de uma espécie de terceiro turno.

Não sorriam. Acreditem. Há loucos o bastante no mundo. E, sob o comando de um tresloucado, são capazes de acreditar nas maiores barbaridades, e de se empenharem em realizá-las.

Nada de pavor. Muita calma. O domingo nunca demorou tanto para chegar, mas chegará. Votai, vigiai e cautela – que, como caldo de galinha, não faz mal a ninguém.

*Noblat/Metrópoles

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Bolsonaro reforça ataques ao TSE na reta final e pavimenta ‘3º turno’ em caso de derrota

Presidente usa relatório frágil e fala em recorrer até o fim após Moraes negar ação e citar tentativa de tumultuar eleição.

De acordo com a Folha, a campanha de Jair Bolsonaro (PL) pretende usar um relatório com diversas fragilidades sobre suposta supressão de inserções do presidente em rádios de Norte e Nordeste como uma forma de estender um debate jurídico sobre a legitimidade das eleições em caso de derrota no próximo domingo (30).

Em segundo lugar nas principais pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro reforçou a ofensiva de ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e insistiu na acusação de boicote de algumas emissoras de rádio na veiculação da propaganda eleitoral.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rejeitou nesta quarta-feira (26) a ação apresentada pela campanha, destacou a ausência de provas e disse que ela se baseava em levantamento de empresa “não especializada em auditoria”.

O ministro ainda apontou possível “cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana” e mandou o caso para ser avaliado dentro do inquérito das milícias digitais, que é relatado por ele mesmo no STF (Supremo Tribunal Federal).

À noite, Bolsonaro prometeu recorrer até o fim e disse que seu partido deve contratar uma terceira empresa de consultoria para analisar os casos.

“Com toda a certeza, nosso jurídico deve entrar com recurso, já que foi para o Supremo Tribunal Federal. Da nossa parte, iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer aquilo que as nossas auditorias constataram, que há realmente um enorme desequilíbrio no tocante às inserções. Isso obviamente interfere na quantidade de votos no final da linha”, afirmou Bolsonaro.

Ele mudou sua agenda ao longo do dia e convocou ministros e os três comandantes das Forças Armadas para uma reunião no Palácio da Alvorada antes de se pronunciar. Saiu sem responder a perguntas de jornalistas.

O presidente criticou Moraes dizendo que ele “matou no peito” ao tomar a decisão contrária à ação e afirmou que uma equipe de sua campanha havia virado a noite (incluindo ele, que afirmou ter dado umas “cochiladas”) para levantar os elementos pedidos pelo presidente do TSE.

À noite, Bolsonaro recebeu o chefe da missão de observação da OEA (Organização dos Estados Americanos) junto ao TSE, que também se reunirá com Lula.

A ideia da campanha do presidente é, nos próximos dias, explorar o episódio das inserções em rádios para reforçar a tese de que o presidente foi prejudicado e não enfrentou um pleito equilibrado contra o petista.

A contestação sobre a propaganda eleitoral foi apresentada pela equipe do presidente no começo da noite de segunda-feira (24), 25 horas depois da prisão do aliado Roberto Jefferson, que resistiu, jogou granadas e deu mais de 50 tiros em policiais federais, num episódio de violência que gerou desgaste na campanha de Bolsonaro.

O levantamento feito pela coligação de Bolsonaro sobre as inserções não comprova a alegação de boicote das rádios e tem fragilidades.

As emissoras já começaram a contestar os dados da auditoria. Uma das rádios afirma que o PL deixou de entregar as inserções durante um período —e por isso elas não foram veiculadas.

A campanha de Bolsonaro avalia que o episódio permite que o presidente volte a se apresentar como candidato anti-sistema e perseguido pelo Judiciário.

Moraes encaminhou a decisão de rejeitar a ação da campanha à Procuradoria-Geral Eleitoral e ao corregedor-geral do TSE.

“Para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário dos autores”, disse.

Em comícios em Minas Gerais nesta quarta, Bolsonaro falou em “manipulação dos resultados” com “o dedo” do PT e voltou a insinuar que poderá não aceitar o resultado do próximo domingo.

“Mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando. As inserções do nosso partido que não foram passadas em dezenas de milhares de rádios pelo Brasil. Sou vítima, mais uma vez. Onde poderiam chegar as nossas propostas nada chegou”, afirmou durante discurso em Teófilo Otoni, no interior de Minas.

A campanha de Bolsonaro ainda deve apresentar ao TSE uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) sobre o caso das rádios. Esse tipo de procedimento pede para a corte abrir uma apuração sobre suposto abuso de poder e tem poder de cassar a chapa adversária.

A tramitação de uma ação desse tipo, porém, é lenta. Para punir a chapa de Lula seria preciso provar que houve uma ação orquestrada da campanha petista para promover a suposta fraude nas rádios.

Ainda assim, apresentar a Aije seria a forma de a campanha de Bolsonaro manter vivo o questionamento sobre o equilíbrio das eleições mesmo depois do segundo turno.

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VÍDEO: Lula chora ao falar sobre prostituição infantil e fome; “Não temos o direito de aceitar”

Ex-presidente foi às lágrimas em bate-papo com o ator Paulo Vieira; “Temos que ficar indignados”

O ex-presidente Lula (PT), durante um bate-papo transmitido ao vivo com o ator Paulo Vieira, nesta quarta-feira (26), chorou ao falar sobre prostituição infantil e fome no Brasil.

Os temas são caros ao petista. No debate da Band realizado em 16 de outubro, o ex-presidente usou um broche do “Faça Bonito”, a campanha nacional de combate à violência sexual infantil, em meio à repercussão da fala de Jair Bolsonaro (PL) sobre “pintar um clima” com meninas venezuelanas de 14 anos. Já o combate à fome é a principal bandeira da trajetória política de Lula.

“Quando eu vejo uma menina de 14 anos, 15 anos, às vezes tendo que se prostituir por falta de comida, cara. Uma pessoa vender o corpo porque quer comer o pão de cada dia não é possível. Como seres humanos, nós não temos o direito de aceitar isso”, disse Lula na conversa com Paulo Vieira, pouco antes de ir às lágrimas.

“Nós temos que ficar indignados. Não é possível. O país que é o terceiro produtor de alimentos, o país que é o maior produtor de proteína animal do mundo, um país que tem tudo, por que as pessoas passam fome? Não é possível, cara. As pessoas catando lixo… Cara dormindo embaixo do viaduto, ali na Praça Roosevelt, eu passo lá tenho vontade de parar o carro, colocar todo mundo e levar para algum lugar…”, declarou, com a voz embargada.

https://twitter.com/lulaverso/status/1585403085513539587?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1585403085513539587%7Ctwgr%5E7ae81cf777e1a5d17319e6f7aed480be44501bd5%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-2145823220250606500.ampproject.net%2F2210010655000%2Fframe.html

*Com Forum

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Ordem de equipe de Tarcísio pode configurar crime, e especialistas defendem apuração

Advogados especialistas em direito penal citam possíveis delitos, mas parte avalia ainda não haver elementos suficientes.

Segundo a Folha, a ordem de um integrante da equipe do candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) a um cinegrafista da Jovem Pan para que apagasse as imagens do tiroteio que interrompeu a visita do político à favela de Paraisópolis pode configurar a prática de até cinco crimes diferentes previstos no Código Penal, segundo especialistas ouvidos pela Folha.

Parte dos advogados especializados em direito penal ouvidos pela reportagem vê indícios de possíveis delitos de obstrução à Justiça, favorecimento pessoal, supressão de documento, fraude processual e coação no curso do processo, além de violações à legislação eleitoral.

Outros criminalistas consultados avaliam ainda não haver elementos suficientes no episódio para enquadramento no Código Penal, mas defendem a necessidade de investigação.

O caso aconteceu no último dia 17, na favela de Paraisópolis. O profissional da Jovem Pan fazia imagens da campanha do postulante ao Governo de São Paulo. Tarcísio estava na sede de um projeto social que inaugurou um polo universitário na favela quando um tiroteio entre policiais e suspeitos terminou com uma morte.

Conforme revelou a Folha, em um prédio usado pela campanha, um membro da equipe do candidato questionou o cinegrafista sobre o que havia filmado, citando o tiroteio e pessoas que estavam em uma ONG. “Você tem que apagar”, diz o homem.

A Folha apurou, no entanto, que as imagens já tinham sido enviadas à Jovem Pan. No momento logo após o tiroteio, a emissora passou a exibir imagens do local do tiroteio, da ação da polícia e da retirada às pressas da equipe de Tarcísio.

A Jovem Pan afirmou que exibiu todas as imagens feitas durante o tiroteio. Já a campanha de Tarcísio afirmou que “um integrante da equipe perguntou ao cinegrafista se ele havia filmado aqueles que estavam no local e se seria possível não enviar essa parte para não expor quem estava lá”.

A assessoria ainda disse que, durante a agenda, diversos veículos fizeram imagens da situação e as colocaram no ar.

A advogada criminalista e presidente da comissão da Mulher Advogada da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), subsecção Pinheiros, Ana Carolina Moreira Santos, diz que a conduta da equipe de Tarcísio pode configurar ato de obstrução à Justiça.

“O caso merece uma investigação mais profunda, sobretudo quanto à motivação do pedido ou ordem para apagar o vídeo, bem como sobre as circunstâncias do fato original, mas é possível constatar contornos do crime de favorecimento pessoal ou de embaraço à investigação de infração penal”, afirma.

A pena para o crime de obstrução à Justiça é de reclusão, de três a oito anos, e multa, e o delito de favorecimento pessoal tem como punição detenção, de um a seis meses, e multa.

A criminalista afirma que o ato pode levar os responsáveis a responderem também por um crime que na linguagem técnica é denominado “supressão de documento”, que consiste em destruir ou ocultar documento público ou particular verdadeiro, sobre o qual não se tinha direito.

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