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Nem para cabo eleitoral de luxo Bolsonaro presta mais

Que candidato da direita a presidente em 2026 vai querê-lo em seu palanque? Somente os inexpressivos.

Bolsonaro não precisava perder mais uma – mas perdeu. Por soberba, ignorância e despreparo, ele escolheu sair como o maior derrotado na votação da reforma tributária.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, teve a sabedoria de apoiar a reforma, saindo como vitorioso; cinco outros governadores, aliados de Bolsonaro, também.

Esse é o homem que se oferece como cabo eleitoral de luxo do próximo candidato da direita a presidente em 2026. Ou que imagina que o candidato ainda poderá ser ele.

Quem vai querer sua companhia? Nove em cada 10 políticos, independentemente de partidos, apostam que o período de inelegibilidade de Bolsonaro deverá aumentar. É certo que sim.

Cinco em cada cinco admitem que ele acabará preso. No Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro responde a mais 14 ou 15 processos. Fora os que correm no Supremo Tribunal Federal e os que virão.

Quem ri por último ri melhor. Rimos muito em 30 de outubro do ano passado, quando Bolsonaro, que passou quatro anos rindo da nossa cara, tornou-se o primeiro presidente a não se reeleger.

Nesta quinta-feira (7/7), ao ouvir Michelle defendê-lo em uma reunião do PL, a dizer que ele não tem projeto de poder, Bolsonaro chorou. É bom ator. Chora quando quer e se enfurece quando quer.

É muito difícil saber quando está sendo sincero. Mas, ontem, pareceu sincero ao dizer que a reforma tributária jamais seria aprovada na Câmara se o PL, em peso, votasse contra.

Em declaração postada nas redes sociais, Bolsonaro orientou o PL a fechar questão contra a aprovação da reforma, o que obrigaria os 90 deputados federais do partido a dizerem não a ela.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que paga as contas de Bolsonaro e de Michelle, não fechou. Limitou-se a encaminhar o voto contra, deixando que os deputados votassem livremente.

Vinte deles votaram a favor da reforma. Se não tivessem votado, a reforma teria sido aprovada do mesmo jeito. Ou seja: Bolsonaro estava errado. Mais uma vez estava errado.

Como errado esteve nos momentos mais cruciais de sua desastrosa administração. Errou ao associar-se à Covid para que matasse “os que tivessem de morrer”. O vírus matou mais de 700 mil pessoas.

Errou ao antagonizar a Justiça, pensando que ela se renderia às suas vontades. Errou ao acreditar que, gastando além do permitido, seria reeleito. Errou, por fim, ao tentar destruir a democracia.

Não o subestimem, porém. O campeão de tiros disparados no próprio pé seguirá atirando no próprio pé. Com mais de 30 anos de mandatos, Bolsonaro nada aprendeu e nada esqueceu.

É frase feita “nada aprendeu e nada esqueceu”? Sim, é. Mas a frase bem define quem foi o político que se apresentou como antipolítico para se eleger em 2018, e que tanto mal fez e faz ao Brasil.

Delenda Bolsonaro!

*Blog do Noblat

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Governo federal começa a distribuir recursos aos municípios para acolhimento de população de rua

O governo federal regulamentou a Operação Inverno Acolhedor 2023 para atender pessoas em situação de rua nas capitais das regiões Sul e Sudeste, durante o inverno. Recursos federais serão repassados aos municípios para apoio às ações de ampliação do sistema de acolhimento, preventivas e de promoção dos direitos humanos. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (3), segundo a Agência Brasil.

Os municípios poderão participar do programa por meio da regulamentação existente sobre transferências de recursos da União, mediante convênios e contratos de repasse para novos planos de trabalho de assistência social do poder público municipal, dos movimentos sociais e das entidades da sociedade civil.

Além das ações de ampliação da rede de apoio, a regulamentação também trata de ações visando à orientação da população em situação de rua a respeito dos cuidados de saúde, funcionamento da rede de serviços, acesso aos direitos humanos e orientação jurídica, por meio de parcerias com as Defensorias Públicas dos Estados e da União.

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O Brasil vai bem, obrigado!

Emir Sader*

O primeiro grande erro das avaliações dos primeiros seis meses do governo na mídia é o de avaliar o desempenho do Lula e não do governo e do que mudou no Brasil. É uma visão muito redutiva.

Claro que as mudanças se deram a partir do governo e o comando do governo é feito pelo Lula. Mas a mídia se concentra no que eles consideram “erros do Lula”, ou melhor, no que eles consideram como erros do Lula, atitudes que eles atribuem ao Lula.

O que interessa é o que mudou no Brasil nestes seis meses. Que vem da ação do governo e do Lula como Presidente. Mas, o que conta é o que esse governo, sob a direção do Lula, conseguiu mudar o Brasil.

Se deveria, assim, partir do que era o Brasil dia 31 de dezembro de 2022 e como está o país em 30 de junho de 2023. Não é o que fazem.

E como vai o Brasil? Vai bem, obrigado!

*247

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A marcha solitária de Bolsonaro ao encontro da guilhotina

Para que não se diga que os bolsonaristas abandonaram o seu guia quando ele mais precisava deles – nenhum foi visto nas vizinhanças do prédio do Tribunal Superior Eleitoral até agora; nenhum protestou indignado do alto das tribunas da Câmara e do Senado; foram poucos os que se manifestaram nas redes sociais…

Para que não se diga que Bolsonaro, o rei das multidões, o encantador de serpentes pelo qual batia o coração de milhões de evangélicos, militares, caminhoneiros, motoqueiros, invasores de terras indígenas, agenciadores de trabalho escravo, empresários da Faria Lima, afortunados do agronegócio e outros negócios…

Para que não se diga que ele, sozinho, subiu ao patíbulo para ser guilhotinado, o deputado Sanderson (PL-RS), à caça de fama, apresentou projeto de lei que anistia políticos condenados por crimes eleitorais em 2022. Por que não em 2021, 2020 ou 2019? Porque Bolsonaro será condenado pelo que fez em 2022.

Em julho do ano passado, Bolsonaro convidou embaixadores estrangeiros para ouvi-lo atacar o processo eleitoral brasileiro, tentando desacreditá-lo. E o fez dentro do Palácio da Alvorada. Plantou, ali, a semente do golpe que pretendia aplicar no 7 de Setembro com o apoio dos comandantes do Exército, da Marinha.

Abusou do poder político ao usar o palácio e a TV estatal que transmitiu ao vivo suas palavras, e atentou contra a democracia, cláusula pétrea da Constituição. A democracia é imexível. Bolsonaro deixou de ser imbrochável. Sobre ele, em resumo, disse o ministro Benedito Gonçalves em voto histórico:

“O primeiro investigado [Bolsonaro] violou ostensivamente deveres de presidente da República inscrito no artigo 85 da Constituição, em especial zelar pelo exercício livre dos poderes instituídos e dos direitos políticos e pela segurança interna, tendo em vista que assumiu antagonização injustificada ao TSE, buscando vitimizar-se e desacreditar a competência do corpo técnico e a lisura do comportamento de seus ministros para levar a atuação do TSE ao absoluto descrédito internacional; e ainda despejou sobre as embaixadoras e embaixadores mentiras atrozes a respeito da governança eleitoral brasileira”.

O projeto de lei de Sanderson não dará em nada. Para que desse, teria de tramitar com urgência na Câmara, ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, presidida por um deputado do PT, depois em plenário pela maioria dos 513 deputados, mais tarde pelo Senado, e sancionado pelo presidente da República. Imagine!

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PF lamenta imagens deletadas no caso Marielle

Lapso temporal dificulta trabalho da Polícia Federal (PF) após corporação entrar de cabeça nas investigações sobre o assassinato de Marielle.

Investigadores lamentam o fato de câmeras de segurança mapeadas, que poderiam ter captado movimentos dos executores Ronnie Lessa e Élcio Queiroz antes do crime, já não contarem com registros da época. Para economizar espaço de memória, muitos computadores deletam automaticamente o material em prazos curtos.

Em 2019, ainda no governo Bolsonaro, a então procuradora-geral de Justiça, Raquel Dodge, chegou a pedir a federalização das investigações envolvendo o assassinato de Marielle Franco. O Superior Tribunal de Justiça, contudo, negou o pedido. A PF abriu inquérito para investigar o caso em março deste ano após determinação do ministro Flávio Dino.

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Análise do celular de Mauro Cid guarda as conversas com Jair Bolsonaro

Investigações revelam possíveis mensagens comprometedoras entre Mauro Cid e Jair Bolsonaro.

A análise do celular de Mauro Cid continua sendo feita pela PF e, de acordo com pessoas a par das investigações, vai trazer nos próximos 15 dias novidades tão impactantes quanto às já reveladas. O que pode incluir um filé mignon: trocas de mensagens que comprometem diretamente Jair Bolsonaro, diz Lauro Jardim, O Globo.

Os detalhes específicos das mensagens e seu conteúdo ainda são desconhecidos, mas a possibilidade das divulgações de informações comprometedoras envolvendo Jair Bolsonaro tem gerado grande expectativa no cenário político atual. Mauro Cid, cujo celular está sendo submetido a análises forenses, é uma figura central nessa investigação. As conversas que ocorreram entre ele e Bolsonaro podem lançar luz sobre possíveis irregularidades ou ações controversas do ex-presidente.

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Moro é excluído de jantar do União Brasil com Zanin

A bancada de senadores do União Brasil jantou ontem com Cristiano Zanin, indicado de Lula ao STF, na casa de Antonio Rueda, vice-presidente da legenda, segundo Lauro Jardim, O Globo.

Dos nove senadores do partido, somente três se ausentaram: Soraya Thronicke, por motivos de saúde, Davi Alcolumbre, que preside a Comissão de Constituição e Justiça e estava em outro jantar com senadores também para discutir a sabatina de Zanin e.. Sérgio Moro, que não foi convidado para evitar qualquer tipo de constrangimento entre os dois.

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PF prepara intimação para depoimento de Michelle Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) está perto de intimar Michelle Bolsonaro para que preste depoimento.

A oitiva será no âmbito das investigações que apuram depósitos em espécie feitos por Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, à então primeira-dama, segundo Paulo Cappelli, Metrópoles.

Segundo fontes da PF, o quebra-cabeça em torno do caso está praticamente fechado.

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Tony Garcia explica por que implodiu Moro e a máfia de Curitiba

Empresário diz ter sido traído por Deltan Dallagnol, que queria romper seu acordo.

O empresário Tony Garcia publicou um fio no Twitter para explicar por que decidiu denunciar os crimes do ex-juiz suspeito Sergio Moro e da chamada “máfia de Curitiba”. Segundo ele, o procurador Deltan Dallagnol ameaçava romper o acordo de delação que o mantinha em liberdade. “Pergunta recorrente. Por que você trouxe as denúncias somente agora? Vou tentar ser o mais didático possível ao responder. Toda ação, enseja reação, e foi isso que se deu comigo. Tudo começou em 2018 quando a Força Tarefa da Lava Jato queria a todo custo uma gravação de um empresário”, escreveu.

“Esse empresário era presidente de uma empreiteira que foi chantageada pelo chefe de gabinete do então governador Beto Richa, Deonilson Roldo, no gabinete do mesmo ao lado do gabinete do governador no Palácio Iguaçu. Essa gravação foi feita com um celular IPhone 4 de minha propriedade que emprestei ao empresário. Somente eu tinha a gravação onde a higidez da prova era incontestável. Nem mesmo o empresário tinha uma cópia. Em 2013 fui ao MPF onde ficava a Força Tarefa da Lava Jato”, prosseguiu.

“Falei com o Carlos Fernando e Januário Paludo sobre a gravação. Disseram não poderem atuar, visto ser o caso de alçada estadual e não federal. Ao saberem do conteúdo me alertaram que ali teria uma linha muito tênue entre o legal e o ilegal sobre minha atuação no caso concreto. Cinco anos após esse encontro, duas operações da Lava Jato em que estava envolvida a Odebrecht, a gravação passou a ser a cereja do bolo para chegarem ao Beto Richa. Deltan, sabendo o conteúdo bombástico da gravação, delegou ao Diogo Castor a missão de “caça ao Tony.” Eles tinham conhecimento de que eu havia procurado o Gaeco estadual espontaneamente onde fiz uma denúncia. Essa denúncia gerou um acordo, e o Deltan queria porque queria que eu entregasse a gravação ao Gaeco onde teriam prova “emprestada.” Neguei, visto não confiar no Deltan”, acrescentou.

“Irado, Deltan iniciou a retaliação determinando ao condomínio do prédio onde fica meu escritório, a lista de todas as pessoas que acessaram meu andar e imagens de câmaras do mesmo. Ele achou que isso me intimidava, mas como nada tinha a me preocupar, ignorei. Impus uma condição para entregar a gravação ao MPF. Teriam que anuir em meu acordo com o Gaeco. Desesperado para ser protagonista na prisão na prisão do Beto e dos dois maiores empresários do Paraná, Deltan concordou e meu advogado foi ao MPF entregar a gravação mediante anuírem. Foi recebido por Deltan, Carlos Fernando, Januário Paludo e Diogo Castor. Deltan se dirigiu ao meu advogado dizendo que ele poderia “confiscar” o pendrive e não assinar nada. Foi contido pelo Carlos Fernando por se tratar de um incidente grave que poderia anular a prova. Deltan, após prender o Beto, determinou que outro procurador pedisse a quebra de meu acordo já transitado em julgado em 2008 como forma de retaliação por tê-lo enfrentado. A soberba e a vaidade fizeram com que cometesse esse ato de deslealdade me proporcionando a reação”, prosseguiu.

“Se não estivesse tão embriagado pela notoriedade repentina e soberba desmedida, não teria comprometido tanta gente como a Gabriela Hardt, Moro e desembargadores do TRF4 nessa empreitada tresloucada por vingança pessoal. Pode com isso ter prejudicado a carreira de muitos. Espero ter atendido aos pedidos para detalhar minha conduta. Nada fiz senão me defender dos métodos da Guantánamo da República de Curitiba, e da Câmara de gás do TRF4 lavajatista. Agora, em foro isento e apropriado, estou liberto para trazer luz onde só há escuridão. Tic tac tic tac”, finalizou.

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Juíza não vê ‘elementos’ de tortura ou maus-tratos em prisão de homem amarrado por PMs

Ouvidor das polícias afirmou que episódio “remete ao período escravocrata”; policiais foram afastados.

A juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo, considerou não ter havido evidência de tortura ou maus-tratos na prisão de um homem negro amarrado pelos pés e arrastado até uma viatura da Polícia Militar. A informação consta na decisão da audiência de custódia obtida pelo Metrópoles.

O caso aconteceu entre domingo e segunda-feira. Policiais militares prenderam e amarraram Robson Rodrigo Francisco, de 32 anos, suspeito de ter participado de um “arrastão” num mercado na Vila Mariana, na capital paulista. Quatro agentes usaram uma corda para imobilizar o detido, que teria sido encontrado com duas caixas de chocolate.

“Não há elementos que permitam concluir ter havido tortura ou maus-tratos ou ainda descumprimento dos direitos constitucionais assegurados ao preso”, escreveu a juíza. Ela considerou que, como o detido cumpria pena em regime aberto e não tem emprego ou endereço fixo, ele continuaria a “delinquir” se posto em liberdade. O flagrante de Francisco foi convertido em prisão preventiva.

Em nota, a Polícia Militar lamentou o episódio e afirmou que a conduta que aparece no vídeo “não é compatível com o treinamento e valores da instituição” e os seis policiais envolvidos na ação foram afastados preventivamente, enquanto tramita um inquérito que vai apurar o caso. A PM informou que vai analisar as imagens registradas pelas Câmeras Operacionais Portáteis (COPs) usadas pelos agentes, que já foram inseridas como prova nos autos do Inquérito Policial Militar.

Defensores de direitos humanos, como o padre Júlio Lancelotti, a população e o ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido Silva, criticaram a abordagem. Silva chamou o vídeo, gravado por uma testemunha da cena, de “estarrecedor” e afirmou que o episódio “remete ao período escravocrata e ao período da ditadura militar, quando as pessoas eram torturadas no pau-de-arara”.

A ouvidoria abriu um procedimento para apurar o ocorrido e pediu cópia das câmeras corporais dos policiais, além de imagens de câmeras de segurança do mercado que foi furtado e da rua onde o homem foi abordado. Além disso, ele destaca que sugeriu à Secretaria estadual de Segurança Pública e para as polícias Civil e Militar a instauração de um grupo de trabalho com a ouvidoria e entidades defensoras de direitos humanos para discutir como melhoras as abordagens policiais.

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