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Queiroz era elo entre o clã Bolsonaro e a milícia que executou Marielle

Fabrício Queiroz, amigo de longa data do presidente da República, foi alvo de operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, nesta quarta (18), junto ao seu antigo chefe, o ex-deputado estadual e, hoje, senador, Flávio Bolsonaro, além de ex-assessores ligados ao seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. O MP visitou endereços em meio à investigação sobre a “rachadinha” de salários que teria acontecido entre os servidores reais e fantasmas e o parlamentar. Na relação de escrutinados, também há parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair.

A defesa de Queiroz afirmou que recebeu a notícia com “tranquilidade” e chamou a operação de “absolutamente desnecessária”. Há um incômodo duplo sentido que esconde uma ironia à Justiça nisso. Afinal, ele teve mais de um ano para esconder provas de seu envolvimento.

O caso veio a público no longínquo 6 de dezembro de 2018, quando Flávio Serapião publicou em O Estado de S.Paulo sobre o documento do Coaf que apontava “movimentações atípicas” na conta do ex-policial militar, mas a apuração remonta o início do ano passado. Até agora, pasmem, Queiroz prestou apenas um depoimento por escrito ao MP-RJ, não tendo ido conversar pessoalmente com os promotores.

Mas o que era inicialmente uma investigação de corrupção envolvendo o “homem de rolo” de confiança do presidente, seu filho primogênito e a primeira-dama (que recebeu depósitos de Queiroz em sua conta, fato que seu marido alega ser devolução de empréstimo), ganhou outras cores devido à relação do ex-assessor com milicianos.

O mesmo “Escritório do Crime” apontado como executor da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes estava conectado ao gabinete de Flávio graças a ele. Esse é o elefante na sala que muita gente finge que não vê.

A investigação arrastada contou com o apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, depois do ministro Gilmar Mendes, que travaram o processo após a defesa de Flávio questionar o direito do Conselho de Controle de Atividades Financeiras em apontar indícios de “movimentações atípicas” sem autorização judicial prévia. O plenário do STF acabou por decidir que o órgão pode sim enviar informações, mas um tempo precioso se perdeu. O suficiente para apagar rastros.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio afirmam que os executores de Marielle são o policial militar da reserva Ronnie Lessa (vizinho de Bolsonaro na Barra da Tijuca) e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, integrantes dessa milícia em Rio das Pedras. Ainda estamos à espera do(s) nome(s) do(s) mandante(s). No gabinete do filho 01 do presidente da República na Assembleia Legislativa do Rio, por indicação de Queiroz, trabalhavam a mãe e a esposa de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Bope, acusado de comandar o “Escritório do Crime”. Ele está foragido da Justiça e também figura no rol de suspeitos.

O ex-assessor confirmou, em depoimento por escrito, no começo do ano, que recolhia mesmo parte dos salários dos funcionários do chefe na Assembleia Legislativa. O destino, segundo ele, era remunerar, de maneira informal, outros “assessores” de Flávio na base eleitoral. A isso, ele deu o pomposo nome de “desconcentração de remuneração”. Disse que não acreditava ter cometido uma ilegalidade, pois o objetivo era “multiplicar e refinar os meios de escuta da população por um parlamentar”.

Considerando a excelente votação que Flávio teve na região do “Escritório do Crime”, como apontou levantamento da Agência Pública, a investigação precisa mostrar se o dinheiro da “rachadinha” também abastecia milicianos. Flávio já condecorou membros desses grupos criminosos formados por policiais e militares enquanto Jair os elogiava em seu mandato.

Reportagens de Ana Luiza Albuquerque, Catia Seabra e Italo Nogueira, na Folha de S.Paulo, em outubro, trazem de áudios nos quais Queiroz reclama por ter sido abandonado, dizendo que o pior está por vir. “Eu não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar aí. Ver e tal? É só porrada. O MP tá com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente. Não vi ninguém agir”, disse.

Não se sabe exatamente qual a “pica do tamanho de um cometa”, até porque ele não foi conversar com o MP. Caso seja a relação com o Escritório do Crime, isso tem potencial para tirar muita gente da zona de conforto.

Mas nem precisaria tanto. Se o país fosse um pouco mais sério, o fato do presidente da República ter dito que um depósito de R$ 24 mil feito por Queiroz na conta da, hoje, primeira-dama, era a devolução de um empréstimo, sem apresentar nenhuma prova disso, já seria motivo o bastante para chocar o país e abrir uma investigação para saber quem paga as contas da família Bolsonaro e como. Contudo, os envolvidos sabem que operam com uma sociedade anestesiada e que evidências apenas trazem indignação quando envolvem o outro lado.

 

 

*Com informações do Blog do Sakamoto

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MP do Rio revela detalhes de esquema de lavagem de dinheiro de Flávio Bolsonaro

Relatório do MP obtido pela revista Crusoé aponta que Flávio Bolsonaro e sua esposa compraram dois apartamentos em Copacabana para lavar dinheiro arrecadado por meio da “rachadinha” e os venderam por um valor 300% maior.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e sua esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, compraram em 2012 dois apartamentos em Copacabana para lavar o dinheiro obtido por meio da “rachadinha” – esquema ilegal de repasse de salários de assessores – que acontecia no gabinete do então deputado estadual na Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj). As informações constam em um relatório do Ministério Público obtido pela revista Crusoé.

De acordo com o MP, os apartamentos foram comprados de um norte-americano, mas os imóveis pertenceriam, na verdade, a outro indivíduo dos EUA que não teria autorizado a transação. A Crusoé informa que chamou a atenção de promotores do MP o valor da compra e venda dos apartamentos para a efetivação do esquema de lavagem. Segundo as investigações, ambos os imóveis foram comprados por um valor 30% menor do que o antigo dono havia pago e, depois, foram vendidos por Flávio por um valor 300% maior.

O casal da família Bolsonaro, de acordo com a investigação, teria lucrado 292% na venda de um dos apartamentos e 273% no outro.

O MP apontou, no relatório, que Flávio e a esposa obtiveram uma “lucratividade expressiva” e “desproporcional”, já que a valorização dos imóveis na região, à época, foi de apenas 10%.

Busca e apreensão

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumpre na manhã desta quarta-feira (18) uma série de mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Entre os alvos estão endereços do ex-PM Fabrício Queiroz, que seria o responsável por um suposto esquema de rachadinha no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e parentes da ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle.

As medidas cautelares foram pedidas na investigação sobre lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) no gabinete do filho de Jair Bolsonaro na Alerj.

 

 

*Com informações da Forum

 

 

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Queiroz virou peru de natal

Independente do resultado final da operação desta quarta-feira (18), envolvendo o cartel do clã Bolsonaro, uma coisa é certa, se esse castelo de cartas não desabar agora, estará por um fio com mais essa corrosão provocada por um processo lento de infiltração, mas fatal.

Na verdade, o caso Queiroz já destruiu por completo a imagem dos Bolsonaro com defensores do rigor até da violência contra quem eles julgam ser um fora da lei.

Talvez esteja no julgamento do que é legal ou ilegal, que o clã se veja diante de uma eminente derrocada.

É fato que os brasileiros estão céticos com o ministério Público comandado Por Augusto Aras e a Polícia Federal comandada por Sergio Moro e, para piorar, tendo Bolsonaro como chefe dos dois.

Mas é isso, água empossada, quando represada, arruma um jeito de se infiltrar, corroer as estruturas, produzir mofos e a coisa vai deteriorando até não resistir e desabar.

Um ano de caso Queiroz pouco falado na mídia, mas bastante cobrado nas redes sociais, fez um rombo na canoa dos Bolsonaro.

Mesmo que ainda não se saiba o que se conseguiu de material incriminatório na busca e apreensão pelas autoridades competentes, só a operação em si já revela as interconexões da cabeça do clã com o sistema operacional do cartel. Certamente, isso produzirá desdobramentos, porque, se chegou até aqui nesse caso, ele começou com um cheque de R$ 25 mil depositado por Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Hoje, está aí produzindo, por pressão da sociedade nas redes sociais, uma devassa preliminar no sistema montado há décadas por Bolsonaro e Queiroz, já que são parceiros há mais de 35 anos. E não tem como atingir alguém dentro dessa operação que não faça um estrago no próprio Bolsonaro. Até porque, pelo que parece, o cartel caminhava muito bem no escuro, muito mais pela impunidade que essa caixa preta produziu do que por um sistema sofisticado.

O que o Ministério Público fez hoje foi abrir a caixa de esgoto e vasculhar o que há de mais podre no submundo entre o legislativo e a milícia no esquema de laranjas e fantasmas.

Trocando em miúdos, Queiroz é o peru de natal. Resta saber quem mais vai compor a ceia que, se for à vera essa operação, terá escândalo de fartura para enfeitar a mesa.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Juiz autoriza MP do Rio a acessar conversas de mulher de Queiroz no WhatsApp

Ainda é cedo para conclusões sobre o resultado dessa operação contra um dos mais tradicionais cartéis de picaretagem política da história do Brasil que já rendeu à família Bolsonaro um patrimônio muito além das possibilidades.

Até o presente momento, o esquema consagrado pelo clã parece ter sofrido um duro golpe, principalmente se levar em consideração a “moral” vendida pelos membros do governo Bolsonaro, a começar pelo próprio, passando pelo Moro e chegando aos generais que dão suporte ao ex-capitão expulso do exército por pilantragem.

Se seguir nessa rota sem  que Moro queira, a partir de agora, instrumentalizar as investigações com o mesmo papo de federalização do caso, não ficará pedra sobre pedra e pode sim sacudir e derrubar a casa de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Em um dos mandados de busca e apreensão ordenados a pedido do MP do Rio, o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, autorizou o acesso e a extração de diálogos de WhatsApp que possam estar armazenados no celular da mulher de Fabrício Queiroz.

Além de aparelhos celulares, a decisão judicial permite que os investigadores apreendam computadores, tablets, HDs, pen drives, documentos e dinheiro em espécie em valor superior a R$ 5 mil e sem origem definida.

Entenda todo o caso e as pessoas que estão sendo alvo da mesma operação hoje contra o cartel de Queiroz e clã Bolsonaro:

 

*Da redação

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Na terra das farsas do mensalão e do petrolão, tapioca é escândalo, cartel de milicianos é rachadinha e roubo da Fundação Lava Jato nem notícia é

O cinismo da mídia brasileira com a difusão de escândalos fabricados contra inimigos e a minimização de formação de cartéis e o silêncio sobre gigantescos roubos de aliados definem a índole das redações.

É uma mídia feita sob medida para as classes média e alta tão cínicas quanto ela. Nesse caso, a tapioca de R$ 8,30 é escândalo mundial e uma fundação arquitetada para arrombar os cofres da maior estatal do país é literalmente ignorada pelas tintas dos jornalões e telejornais brasileiros.

O que são R$ 2,5 bilhões gatunados da Petrobras pelos aliados da mídia com o cartel Lava Jato perto dos R$ 8,30 gastos com uma tapioca? um escândalo de proporções interplanetárias.

Por isso se diz que, em política, não existem inimigos e sim aliados ou adversários. Aos aliados, tudo; aos adversários, a lei. No caso de Lula, nem a lei.

Agora mesmo vê-se a mídia chamar de rachadinha um cartel de décadas que montou um esquema coletivo como se fosse uma cooperativa de ladrões dos cofres públicos que pode estar diretamente envolvido no assassinato de Marielle.

Mas é assim com esse nome mimoso “rachadinha” que a mídia chama o esquema do clã Bolsonaro, que envolve não só a família do atual Presidente da República como as famílias de muitos milicianos.

Já o mensalão, nome criado por Roberto Jefferson, um dos maiores pilantras da história desse país, para se vingar do PT, depois de ser pego em grossa corrupção nos Correios, virou um dos principais mantras da cobertura da mídia brasileira.

No seu trololó coletivo, Jefferson criou na base do improviso a história mais inverossímil em que ele foi construindo várias narrativas, na mesma coletiva, em que uma se chocava com a outra. Primeiro ele disse que “alguém” do PT tinha se juntado ao carequinha Marcos Valério para distribuir mensalmente à metade da Câmara, aproximadamente 257 deputados, um pagamento para que votassem com o governo, mas não citou um único deputado que tenha recebido esse dinheiro, a não ser ele próprio que disse que recebeu um dinheirão, R$ 4 milhões, botou no cofre e que ninguém viu e nem ele provou ter recebido a tal grana.

Perguntado pela primeira vez se Zé Dirceu sabia do esquema, o fanfarrão do Jefferson responde que não, pois foi ele próprio que deu a notícia a Dirceu que teve uma reação explosiva dando um tapa da mesa, dizendo que aquilo não poderia ocorrer. Cinco minutos depois, o boquirroto do PTB, sentindo que sua mentira não tinha colado, na tentativa desesperada de se livrar da denúncia de envolvimento no roubo dos Correios, do nada, sem ter a preocupação de, ao menos fazer uma introdução, sapecou a frase “Zé Dirceu é o chefe do mensalão”.

Nunca nada disso foi provado. Na verdade, como disse Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal, quando foi acionada para investigar o caso, não achou resquício da fábula contada por Roberto Jefferson, já Roberto Gurgel, o ex-PGR, inspirado nas frases de efeito de para-choque de caminhão de Ayres Britto, jogou todo o seu “capital” com frases curtas acusatórias sem apresentar um único cisco de prova do que dizia.

Mas está aí o mentirão rodando pelos  anais folclóricos desse país como se verdade fosse.

Vendo que o negócio seria fácil, a Globo, que já era coautora do mensalão, convocou Moro para, juntos, criar a grife Lava Jato e estruturar um golpe parlamentar contra Dilma com a ajuda de Cunha, Aécio e Temer e, em seguida, prender Lula como chefe universal do petrolão, o que acaba de ser desmentido por um juiz independente que não faz parte do cartel de Curitiba, dizendo que não há qualquer indício de crime no que foi apresentado pela turma do corrupto pai Januário e seus filhotinhos tão vigaristas quanto ele.

A coisa é tão descarada que Dallagnol e seus comandados, junto com Moro, nem quiseram recorrer ao tabefe na cara que tomaram do juiz .

Mas, e daí, quantas horas, quantos dias a mídia martelou que Lula era chefe de uma organização criminosa para, depois, usar oito segundos para dizer que o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, que julgou o pastelão policialesco, riu do vazio absoluto de provas que a denúncia trazia.

Assim, a coisa fica como está, mensalão, petrolão e pode-se perfeitamente criar uma facada sem sangue, sem cicatriz e transformar Bolsonaro, o escapulário da milícia brasileira, em exemplo de combate à criminalidade otimizado pela figura dessa zorra institucional dentro do aparelho judiciário do Estado, ninguém menos do que embusteiro, vigarista, corrupto e ladrão, Sergio Moro.

Estes são os termos com que se deve começar o debate sobre o baronato midiático nesse país, sobretudo a Globo, porque no final das contas, os trabalhadores perderam direitos, aposentadoria e, enquanto a bolsa de valores bate recordes de ganho, o bolsão de miséria bate recordes de crescimento estampando o Brasil de volta ao mapa da fome.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Queiroz e Flávio Bolsonaro são alvos de busca e apreensão por cartel de laranjas, fantasmas e outros esquemas do clã

Ministério Público do Rio de Janeiro cumpre mandados em endereços ligados a Fabrício Queiroz e assessores de Flávio Bolsonaro para investigar denúncias de “rachadinha”. Entre os alvos está a ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (18), em endereços ligados ao senador Flávio Bolsonaro, acusado de praticar “rachadinha” quando o atual senador era deputado estadual do Estado do Rio de Janeiro.

A ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, está entre as investigadas. O MPRJ também deve cumprir mandado em endereço ligado a Fabrício Queiroz.

Os mandados são cumpridos no contexto da investigação sobre práticas de lavagem e desvio de dinheiro público no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando exerceu cargo de deputado estadual do Rio de Janeiro.

Os mandados atingem ex-assessores que já estão com o sigilo bancário e fiscal quebrados pela justiça, informou o portal G1.

Em 31 de julho de 2018, investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontaram ao Ministério Público indícios de movimentações financeiras atípicas envolvendo Fabrício Queiroz, desencadeando as investigações de possível prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

 

 

*Com informações do Sputnik

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STF arquiva pedidos para investigar Carlos e Jair Bolsonaro no caso Marielle

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou dois pedidos de investigação contra Jair Bolsonaro (sem partido) e o filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) no caso do assassinato de Marielle Franco.

As ações, protocoladas pelo PT e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), apontavam obstrução de Justiça dos dois no caso da morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Os pedidos citavam que tanto Bolsonaro quanto Carlos tiveram acesso a dados da portaria do condomínio onde moram, antes da polícia, no caso em que o porteiro citava o “seu Jair”.

Em outubro, uma reportagem do Jornal Nacional tornou público o depoimento de um porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, onde mora Bolsonaro e Carlos. O porteiro dizia que um dos suspeitos, o policial militar Élcio Queiroz, teria ido à casa de Bolsonaro na noite do crime e o “seu Jair” foi quem autorizou a entrada dele no condomínio. Após a revelação do depoimento, o porteiro foi ameaçado de prisão, sob a Lei de Segurança Nacional, e mudou a versão do caso.

Alexandre de Moraes determinou o arquivamento com base no posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu elementos suficientes que apontassem a necessidade de investigação em ambos os casos.

Segundo o procurador-geral da República, Augusto Aras, o “eventual acesso a cópia dos áudios (…) consiste em mero exercício de direito” e sustentou que os arquivos já estão “sob a guarda das autoridades competentes – Ministério Público e autoridade policial –, tendo havido a análise técnica do seu conteúdo antes mesmo dos fatos noticiados”.

 

 

*Com informações do 247

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Mais grave que a denúncia de Toffoli sobre a Lava Jato, é não acontecer nada com Moro e cia.

Quem vai, além de Dallagnol, os filhos de Januário e Moro contra o que disse Toffoli sobre a Lava Jato?

Na verdade, até os peixinhos do fundo do mar sabem que a Lava Jato detonou as grandes empreiteiras brasileiras. Afinal, a empreiteira chinesa ganhou a concorrência para construir a ponte na Bahia, simplesmente porque concorreu sozinha, porque no Brasil, não existe mais empreiteiras de grande porte para concorrer com a chinesa.

Somente os sabujos de Curitiba que garantiram essa quebradeira, obedecendo a instruções superiores do Departamento Norte-americano de justiça é que acham que não.

Ora, não são os mesmos Moro, Dallagnol e os filhos do Januário, com Januário com tudo, que queriam dar um balão, para ser mais objetivo, que tentaram cometer um assalto na Petrobras, de bilhões de dólares e só não cometeram porque foram impedidos por Alexandre de Moraes, do STF?

Lógico que fariam isso em nome das boas causas. Uma fortuna pública que soma toda a história da corrupção brasileira, desviada para uma fundação privada, controlada pelos membros da Lava Jato. Que coisa mais mimosa e, sobretudo altruísta.

Imagino que a justiça brasileira também entendeu dessa forma, como um roubo descarado, confessado e impresso no extrato bancário de Dallagnol, o mesmo que chegou a sondar no banco quanto o montante renderia de juros.

Então, pergunta-se: quem foi punido por essa tentativa do maior assalto aos cofres públicos brasileiros? Ninguém. Na realidade, sequer saiu no Jornal Nacional, o mesmo JN que ficou meses martelando o gasto do cartão corporativo de Orlando Silva (PCdoB) com uma tapioca no valor de R$ 8,30.

Pois então, foi o mesmo Grupo Globo que estampou em garrafais no jornalão da família Marinho que Dirceu havia comprado, com dinheiro roubado, uma TV de led, dessas que qualquer pessoa com menos condição financeira compra a perder de vista nas Casas Bahia. E o Globo dando a notícia como se fosse a prova de um grande crime de corrupção e enriquecimento ilícito.

É isso. O que adiantou Toffoli dizer o que todo mundo diz na esquina, que a Lava Jato produziu mais de 8 milhões de desempregados, enquanto Lula, preso sem uma única prova contra ele, pela mesma Lava Jato, gerou mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada.

Mas pode-se também escolher uma outra interpretação. Dallagnol e Moro vivem repetindo  que Lula comandou o maior roubo da história mundial da Petrobras sem que provassem que ele se beneficiou de um centavo da estatal. Por outro lado, o Brasil inteiro viu o extrato de Dallagnol com os bilhões da Petrobras que ele, junto com os outros comparsas, tentou engabelar.

E o que aconteceu com esses camaradas? Nada. Provavelmente, ficará por isso mesmo, porque o corporativismo do aparelho judiciário brasileiro é tão forte quanto o dos militares que fuzilaram uma família inteira com mais de 80 tiros e culparam um morador de rua, que também foi morto, por ajudar a família, acusado de ser ele um criminoso.

Em plena revolução digital, os brasileiros assistem a tudo isso, enquanto a mídia, sobretudo a Globo, cria um país paralelo feito a modo e gosto para agradar aos Marinho e a outros barões da mídia.

Assim, a tentativa de roubo dos procuradores da Lava Jato na Petrobras, não existiu porque não foi notícia no Jornal Nacional, que fará a denúncia de Toffoli de que a Lava Jato promoveu terra arrasada nas empresas brasileiras, já que a operação é um produto genuinamente criado e patenteado pela redação da Rede Globo de Televisão.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Vídeo: Em fraude eleitoral, empresários confessam propaganda ilegal para promover Bolsonaro em 2018

À primeira vista, pareciam encartes de ofertas como os de qualquer supermercado do país, com descontos nos preços de feijão, arroz, farinha, fubá, leite e diversos outros itens de primeira necessidade. Mas bastava fixar a atenção para perceber o detalhe: todos os preços terminavam com o mesmo valor – 17 centavos, inexplicavelmente grafados em tamanho maior que o normal.

A data não deixava dúvidas: as ofertas eram válidas até 27 de outubro de 2018, véspera do segundo turno das eleições presidenciais. O 17 era o número do então candidato Jair Bolsonaro. Em Roraima, onde os folhetos circularam, também era a dezena do candidato a governador Antonio Denarium – ambos, à época, filiados ao PSL.

Foi um caso flagrante de abuso de poder econômico promovido pelos donos das principais redes varejistas do estado. Graças a uma denúncia feita à Polícia Federal, uma investigação resultou em dois processos aceitos pela Justiça Eleitoral, que correm sob sigilo. Curiosamente, ambos têm apenas Denarium como réu, embora os prováveis crimes de que eles tratam tenham beneficiado também o presidente Jair Bolsonaro.

O Intercept leu os autos dos processos. Neles, José Saraiva de Araújo Júnior, dono da maior redes de supermercados de Roraima, confirmou que não se tratava de coincidência. Questionado, num interrogatório, se “deu apoio de alguma forma à campanha de Denarium”, ele confessou: “Eu entrei na onda do 17, pela mudança, pelo presidente Bolsonaro. E, automaticamente, também, ao Antonio”. Do hoje governador, ele admitiu ser amigo pessoal.

Trata-se, segundo ele, de estratégia que foi repetida por empresários de São Paulo e Rio Grande do Sul, entre outros estados, “em apoio a Bolsonaro”. Instado a responder se decidiu apoiar o PSL, partido que usava o número 17, ele limitou-se a dizer: “Só Bolsonaro”, numa clara tentativa de livrar o amigo. Antonio Oliverio Garcia de Almeida, o governador, usa o pseudônimo Denarium como sobrenome. Em Latim, a palavra significa centavo.

Caso condenado, o governador de Roraima pode perder o mandato.

Empresários também são acusados de esquema de caixa dois e compra de votos que usou até helicóptero.

Mais do que fazer propaganda ilegal em supermercados, empresários de Roraima são acusados pelo Ministério Público Eleitoral de financiar um esquema de caixa dois para compra de votos. Era sofisticado a ponto de ter usado um helicóptero para levar dinheiro, cestas básicas, combustível e insumos agrícolas a currais eleitorais no interior, segundo consta nos processos do TRE.

Bolsonaro, que fez campanha em dobradinha com Denarium em Roraima, foi o candidato a presidente mais votado no estado – obteve 62,97% dos votos válidos e ficou à frente do petista Fernando Haddad em 13 dos 15 municípios. A investigação corre no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima. Por esse motivo, o presidente está fora do escopo dela.

Procurei o Tribunal Superior Eleitoral, a quem caberia abrir processo contra propaganda irregular do então presidenciável. Não obtive resposta. Também mandei e-mail com perguntas à Presidência da República. Novamente, não houve resposta.

O folheto de ofertas da maior rede de supermercados de Roraima: destaque ao número de Bolsonaro na véspera do segundo turno. Reprodução

A receita de bolo que acabou na polícia

A auxiliar de enfermagem Fernanda não imaginava a extensão da teia de irregularidades que expôs ao entregar ao delegado André Luiz Matos do Nascimento os encartes de promoção, as notas fiscais de compra e as fotos das etiquetas de preços nas gôndolas. Nascimento fazia plantão na Polícia Federal naquele fim de tarde de sábado, 27 de outubro.

Fernanda havia planejado comprar apenas os ingredientes para um bolo, além de um pacote de fraldas para a filha, quando entrou no supermercado Goiana da avenida Santos Dumont, em Boa Vista, capital de Roraima. Quando começou a andar pelos corredores da loja, ela notou que os produtos que colocava na cesta tinham algo em comum: as etiquetas de preços terminavam em 17.

Mas a propaganda deslavada não se limitava às minúsculas etiquetas. Em todas as placas anunciando produtos em promoção o número 17 aparecia com destaque. Não apenas nas etiquetas pequenas, mas também em grandes cartazes pendurados nos corredores e nas prateleiras, ela relataria depois.

Do Goiana, Fernanda foi à superintendência da Polícia Federal, onde apresentou a nota fiscal da compra de uma lata de leite condensado por R$ 4,17 e um pacote de fraldas por R$ 17,17. Os policiais também ficaram com fotos dos encartes promocionais, que ela havia feito com o celular.

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A denúncia deu origem a uma investigação para apurar crime de abuso de poder econômico cometido pelo proprietário dos supermercados Goiana. Nela, surgiram evidências do envolvimento dos donos de outra rede varejista, Supermercados Gavião, por campanha irregular a favor de Denarium, um ruralista que surfou na onda da extrema direita para se eleger governador. No Gavião, foram recolhidos folhetos com promoções que valiam só em 28 de outubro, data do segundo turno. Tudo com 17 centavos no preço. Uma terceira rede, a Distribuidora Parima, também havia usado a mesma estratégia e foi indiciada no inquérito.

A punição que os empresários receberam da justiça eleitoral foi pífia: R$ 30 mil de multa, cada um, por propaganda eleitoral irregular. Como admitiram vínculo com o então candidato do PSL ao governo de Roraima, os empresários foram ouvidos na condição de informantes nestes processos abertos no TRE contra Denarium.

 

*Do Intercept Brasil

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A reestruturação da carreira militar custará ao bolso do contribuinte a bagatela R$ 86,85 bilhões

Militares: Bolsonaro sanciona reforma da Previdência e lei que reestrutura carreira.

Bolsonaro sancionou a Lei 13.954 que reestrutura a carreira militar e dispõe sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares. A Lei está publicada na edição desta terça-feira, 17, do Diário Oficial da União (DOU).

Além de tratar da aposentadoria, o projeto de lei reestrutura a carreira dos militares, com aumento de salário e gratificações. A reestruturação deve custar R$ 86,85 bilhões aos cofres públicos.

No aumento das gratificações, o texto prevê reajuste maior nesse adicional para militares com mais cursos e treinamentos, o que, na prática, representa um aumento na gratificação de 73% para generais e de 12% para militares de patente mais baixa.

Esse ponto foi motivo de protestos durante a tramitação do texto na Câmara.

E o general Villas Boas tem a cara de pau de dizer que governo Bolsonaro e militares são coisas separadas, cada qual com seu papel. Tá.

*Da redação