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Militares da Ucrânia dizem que foram ‘abandonados’ na linha de frente

Em mais um relato divulgado pela mídia ocidental, um soldado ucraniano disse à BBC que grande parte dos militares que seguem na linha de frente acredita que foi “abandonado” por seu comando.

A operação militar especial russa na Ucrânia acontece desde fevereiro de 2022 e, apesar da injeção de bilhões em recursos por países da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos ao governo de

Volodimir Zelensky, poucos avanços foram registrados e ainda há várias denúncias de desvio de dinheiro.

O soldado que não teve o nome revelado descreveu a situação em Kherson. Segundo ele, muitas vezes os militares usam o próprio dinheiro para comprar kits de sobrevivência na linha de frente, como agasalhos e combustível para os geradores de energia. “Agora que as geadas estão chegando, as coisas só vão piorar. A situação real está sendo abafada, então ninguém vai mudar nada”, declarou.

De acordo com o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, só na contraofensiva dos últimos seis meses, as Forças Armadas da Ucrânia perderam pelo menos 125 mil militares.

Já Zelensky disse na última semana, em discurso televisivo, que o reforço nessas áreas de combate eram uma prioridade fundamental.

A declaração aconteceu após intensas denúncias de militares ucranianos sobre o abandono do próprio governo.

“Ninguém sabe [quais são] os objetivos. Muitos acreditam que o comando simplesmente nos abandonou. A galera acredita que nossa presença teve mais significado político do que militar”, disse o soldado.

*Sputnik

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Opinião

O bolsonarismo virou um bagaço seco, não dá mais caldo. Morreu

Bolsonaro é um defunto político, enterrado e concretado.

O que essa turma ainda tenta fazer é usar o finado como bengala, porque esses reaças não têm vida própria, então, tentam exumar um cadáver político insepulto.

Usar Malafaia como solução para tal falência política, é recibo de quem já sabe que desse mato não sai mais coelho. Sem falar da banana que muitos já deram ao bolsonarismo por terem plena certeza de que daquele movimento reacionário, sobraram cacos de uma cuia vazia.

Na verdade, o bolsonariamo, hoje, não serve nem como xepa, como sonham algumas figuras que estão aquém do dito cujo, como Moro e Dallagnol, que sonha voltar para a política daqui a oito anos e contar com o apoio do que sobrou do bolsonarismo, imagina isso!

Alguém se lembra da última fala poderosa do ninguém político, Magno Malta, de Bia Kicis, de Nikolas Ferreira ou de Kim Kataguiri?

Esses malas, que são capazes de tudo para tentar emboscar o governo Lula para atender às expectativas do que sobrou do bolsonarismo, é algo tão pueril e ralo, que eles acabam por produzir mais repulsa da sociedade e desânimo da própria direita.

O fato é que o bolsonarismo, por si só, nunca existiu. Até os robôs de Carluxo estão silenciados, já que, na hora H, a tal hegemonia digital que o bolonarismo vendia, mostrou-se um traque. Lula venceu a eleição e Bolsonaro está inelegível.

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Mundo

Jornalista israelense Gideon Levy: ‘A ocupação não terminará até que Israel pague o preço’

Em entrevista à agência de notícias turca Anadolu, Gideon Levy disse que ‘isso só acontecerá se os israelenses começarem a serem punidos’.

De acordo com o jornalista e redator israelense Gideon Levy, o exército de Israel vem cometendo “crimes de guerra” constantemente nos territórios palestinos ocupados há 55 anos, não apenas em tempos de guerra, e a única maneira de acabar com a ocupação é se o governo de Tel Aviv começar a “pagar o preço”.

Levy, articulista do jornal Haaretz de Israel, é uma das poucas vozes em seu país que se opõe à ocupação e descreve Israel como um “regime racista”.

Há cerca de 40 anos, Levy, que vem acompanhando pessoalmente os acontecimentos na Cisjordânia ocupada como jornalista de campo, acredita que a sociedade e o governo israelenses estão atualmente em um “estado extremamente agressivo e radical”.

Considerando essa situação, Levy, que não acredita que Israel fará concessões para a paz, acredita que a única esperança é a intervenção internacional.

Lembrando que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está se preparando para as próximas eleições, o jornalista israelense diz que não acha essa intervenção internacional muito provável.

Descrevendo o estado anterior da sociedade israelense como “ruim o suficiente”, Levy disse à Anadolu que, no último mês, a sociedade mudou ainda mais para o “racismo”.

Expressando a opinião de que não é possível que uma mudança positiva em direção à paz venha da sociedade israelense, Levy declarou: “Ela [a paz] não virá da sociedade israelense. Os israelenses não acordarão uma manhã e dirão: ‘A ocupação é muito cruel, o apartheid (regime racista) é ilegal, vamos acabar com isso'”.

“Isso só acontecerá se os israelenses começarem a pagar o preço pela ocupação, se forem punidos pela ocupação que continuam e se perceberem que o custo que têm de pagar para continuar a ocupação é muito alto”, disse ele.

No entanto, Levy enfatizou que a situação “ainda não chegou a esse ponto” e disse que a comunidade internacional “precisa parar de falar e agir”.

“Não prevejo que isso aconteça em um futuro próximo. Mas acho que chegará o dia em que a comunidade internacional dirá ‘basta’. Estou esperando por esse dia, mas ele não parece estar muito próximo”, acrescentou.

“Israel vem cometendo crimes de guerra todos os dias há 55 anos”
O ex-capitão e piloto aéreo Yonatan Shapira, que se demitiu do exército israelense, usou as palavras “o exército israelense é uma organização terrorista, seus comandantes são criminosos de guerra” em uma declaração à Anadolu em 2021.

Quando perguntado se concorda com as palavras de Shapira, uma vez que o jornalista vem monitorando de perto as práticas do exército israelense há décadas, Levy disse: “Em primeiro lugar, Shapira é meu amigo e, sim, eu concordo com ele”.

Levy declarou: “O que Israel vem fazendo diariamente há 55 anos (desde a ocupação de 1967) na Cisjordânia é um crime de guerra. De colonos (judeus ilegais) à transferência de prisioneiros (palestinos) para Israel, de sequestros noturnos de pessoas em suas casas a punições coletivas, tudo isso é uma violação da lei internacional.”

Enfatizando que tudo isso está acontecendo na vida cotidiana, não apenas em tempos de guerra, Levy continuou: “Não há dúvida de que a ocupação é um crime que precisa acabar. Estou lutando contra isso há quase 40 anos”.

A mídia israelense está escondendo a brutalidade
De acordo com Levy, a maioria dos israelenses não vê muito da “brutalidade” cometida em Gaza. O jornalista israelense disse: “Para ser honesto, se eu quiser ver o que está acontecendo, tenho que olhar canais como Al Jazeera, TRT e CNN porque os canais, a mídia e os jornais israelenses tentam não mostrar a maior parte da brutalidade. É assim que posso ver o panorama completo”.

Ao responder sobre os ataques a um local densamente povoado como Gaza e os altos custos para os civis, Levy disse: “Eu não tenho palavras diante do que está acontecendo”.

No entanto, de acordo com Levy, o governo israelense tem apoio quase unânime da sociedade em relação à guerra. O jornalista disse: “Eles ´[os israelenses] estão atualmente unidos em dois objetivos. O primeiro é a libertação de todos os reféns, que é atualmente o principal objetivo. Depois disso, eles acreditam que derrotarão completamente o Hamas. Acho que o governo tem total apoio para continuar a guerra.”

Respondendo a pergunta sobre a pausa humanitária: “Israel retomará um ataque em grande escala depois que a ‘pausa humanitária’ terminar?” O jornalista israelense Levy respondeu: “Receio que sim, mas os próximos dias mostrarão a situação. A dinâmica atual é positiva. O acordo está funcionando, e os reféns estão voltando para casa todos os dias, e também os prisioneiros palestinos estão voltando para casa, o que me deixa feliz. Mas isso não pode durar para sempre”.

“Não acho que Israel deixará de fazer guerra. Espero que ela não retorne com a mesma intensidade porque, se isso acontecer, significa a destruição da parte sul de Gaza; já há mais de 2 milhões de pessoas aqui”, disse ele.

“Mesmo que destruam completamente o sul de Gaza e derrotem o Hamas, no dia seguinte, Israel não tem ideia do que acontecerá. Não há nenhum plano. E se não houver um plano, a guerra tem que parar”, acrescentou.

Quanto à pergunta se os EUA gostariam de interromper a guerra ou dar a Israel sinal verde para atacar novamente, Levy respondeu: “Acho que eles seguirão um caminho intermediário entre os dois. Eles não vão impedir completamente, mas não permitirão (que Israel ataque) como antes. Se Israel realmente ouvirá os EUA e quão forte será a pressão é um ponto de interrogação”.

Sobre a questão se a sociedade israelense faria concessões para a paz, Levy disse: “Absolutamente não no momento. Há um intenso sentimento antiárabe na sociedade israelense. Precisamos de uma nova liderança. Não vejo nada ´[sobre concessões] na atual liderança e no atual estado de espírito do povo israelense, que atualmente é muito extremista, muito nacionalista e muito de direita.

“A única esperança é a intervenção internacional, mas não acho que isso vá acontecer. Porque os EUA estão entrando em um ano eleitoral, e não acho que Biden fará mais. Não vejo nenhuma esperança neste momento”, enfatizou.

‘Israel quer expulsar os palestinos novamente, mas isso não é possível’
Levy também comentou sobre a questão das repetidas discussões entre os ministros israelenses e algumas outras autoridades sobre a realocação dos palestinos para fora de Gaza.

“Israel ficaria muito feliz em limpar Gaza do povo palestino. O problema é que isso não é ético, não é legal e não é prático ao mesmo tempo”, disse ele.

Levy acrescentou: “Ninguém aceitará 2,3 milhões de pessoas. Ninguém permitirá que Israel transfira 2,3 milhões de pessoas. Israel não tem o direito de decidir onde a população de Gaza viverá. Israel não tem o direito de tomar tal decisão”.

“Israel cometeu uma Nakba (catástrofe) e não tem o direito de fazer uma segunda Nakba”, disse Levy.

Afirmando que Israel constantemente levanta essa questão porque não tem outras soluções e acredita que pode realmente expulsar os palestinos de Gaza, Levy enfatizou o clima extremamente nacionalista no atual Estado de Israel: “Sabe, eles também tentaram fazer isso na Cisjordânia. Já foram evacuados 16 vilarejos na Cisjordânia. Eles não conseguiram suportar o terror dos colonos, e não havia ninguém para impedi-los. Eles tentarão evacuar Gaza o máximo possível, mas acho que isso não acontecerá. Não é possível”.

Levy destacou que Israel coloca a região em perigo com suas ações, mesmo sem possuir armas nucleares: “Israel quer ser um Estado judeu, tem o direito de ser um Estado judeu, mas também quer ter democracia, e isso não funciona. Se você quer ser um Estado judeu, precisa de uma clara maioria judaica.

“Não há maioria judaica; atualmente, há cerca de 7,5 milhões de judeus e 7,5 milhões de palestinos entre o rio e o mar. Não é possível ser um Estado judeu quando duas nações vivem sob seu governo, sob sua ocupação, sob seu regime. Portanto, Israel fez sua escolha e preferiu ser um (Estado) judeu em vez de democrático”, disse ele.

Quando perguntado sobre a liberdade de criticar Israel dessa forma se ele fosse palestino, Levy respondeu:

“A resposta a essa pergunta é bastante clara. É claro que não. Muito do que eu digo não poderia ser dito por um palestino. Isso não aconteceria na realidade de Israel, especialmente depois de uma guerra. Se eu fosse um palestino, estaria na prisão por muito menos do que estou dizendo agora.”

*Opera Mundi

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Opinião

Por quais crimes você acha que Bolsonaro deveria ser condenado e preso?

É difícil listar todos os crimes cometidos por Bolsonaro, mesmo que se coloque no papel somente os que ele praticou em suas duas campanhas para a presidência da República e os quatro anos em que se manteve no poder, assim como tantos outros, quando perdeu a eleição para Lula.

As farsas, tanto da facada quanto de sua vitória em 2018, em troca de uma pasta em seu ministério, barganhada com Moro pela cabeça de Lula, é outro escândalo que não só mudou o resultado de uma eleição que Lula venceria no primeiro turno, como apontavam as pesquisas, mas que acabou mudando a sorte de mais de 700 mil brasileiros mortos pela vocid-19, por culpa exclusiva do comando de Bolsonaro.

Mas não é só pelo criminoso adiamento o máximo que pôde a compra das vacinas, mas por se aliar ao vírus, por pagar jornalistas, como os da Jovem Pan, para disseminar a contaminação em busca, confessadamente, da imunidade de rebanho.

Mais que isso, Bolsonaro, nesse quesito, botou a mão na massa, convocou inúmeras manifestações, aglomerando o máximo possível sem qualquer proteção ou regra de distanciamento para fomentar a contaminação por todo o país.

O resultado, todos sabem, foi o presidente da República que mais produziu vítimas fatais por covid no planeta.

Se comparar isso com outros países, de forma proporcional, a proporção de mortes provocadas por Bolsonaro, é de um genocídio, tal o movimento ritmado que ele fez para chegar a tamanha tragédia humanitária. Sem falar que, de forma criminosa, receitou medicamentos, como Cloroquina, Ivermectina, a partir da tese de que aquilo bastaria para impedir a contaminação e morte por covid.

Grupos e mais grupos foram criados, dentro e fora das redes, para martelar a versão genocida de Bolsonaro, já que a produção de mortos de sua insensibilidade humana, por “motivos econômicos”, certamente é ainda mais ampla. O mesmo pode ser dito sobre milhões de brasileiros que, até hoje, sofrem com as sequelas da doença.

Isso precisa ser investigado para se chegar a um número aproximado. Mas, de antemão, já se sabe que é uma tragédia dentro de outra.

A história de Bolsonaro é repleta de declarações criminosas. Mão é sem motivos que o feminicídio no Brasil cresceu mais de 60% e o assassinato de jovens negros passa de 80% das vítimas de violência no país.

Tudo isso provocado pela execução verbal e a linguagem agressiva que Bolsonaro dispensou às suas vítimas, com o objetivo de colher simpatias da escória da sociedade.

Em qualquer lugar do mundo, Bolsonaro seria objeto de investigação, condenação e prisão por um ato de campanha dentro do Clube da Hebraica dentro do Rio de Janeiro, amplamente documentado e conhecido da sociedade em que criminaliza os negros quilombolas, assim como os índios e acrescenta contra os negros a condição de animais, que devem ser pesados por arroba.

Sobre corrupção, roubo de joias, formação quadrilha e peculato, não tem graça comentar, assim como o lobby feito pelo clã para grandes fabricantes de armas e faturarem aos tubos, o que certamente não foi de graça.

E sem qualquer constrangimento, os Bolsonaro estampam na cara dos brasileiros mansões cinematográficas totalmente incompatível com os ganhos oficiais. Certamente, a casa do dono da fábrica de chocolates da qual Flávio representava, em sua lojinha de shopping, não chega perto da suntuosidade babilônica e sua mansão em Brasília que ostenta, seja pelo tamanho, seja pela localização. Mas não é só ele, o que se sabe, são quatro mansões compradas pelo clã durante o governo Bolsonaro.

Entre fantasmas e laranjas de Bolsonaro, que faziam parte do esquema de rachadinha do qual Queiroz era o gerente, o destaque maior, por ser esposa do então presidente, é para Michelle, que jamais explicou os depósitos feitos por Queiroz em sua conta.

Sem falar da família de Adriano da Nóbrega, miliciano, que recebeu de Bolsonaro, via Flávio, dentro da cadeia, a maior honraria do estado do Rio de Janeiro.

Sobre a notícia, que a Forum deu em primeira mão, que o Facebook, a pedido de Alexandre de Moraes, tem 48 horas para entregar um vídeo, que Bolsonaro compartilhou na plataforma, afirmando que as eleições, que deram vitória a Lula e, consequentemente, a derrota de Bolsonaro, foram fraudadas pelo TSE.

Sinceramente, perto do que Bolsonaro disse, antes mesmo da eleição com uma clara incitação contra o resultado das urnas, o que provocou o ato terrorista do dia 8 de janeiro, é mais do que suficiente para Bolsonaro pegar uma cana dura e longa, assim como seus filhos que, como delatou Mauro Cid, que Carlos Bolsonaro comandava o famoso gabinete do ódio.

Dando essa pincelada sobre inúmeros motivos para Bolsonaro já estar preso, acabei por omitir outros tantos crimes pela falta de lembrança imediata.

Por isso a pergunta aos leitores, Por quais crimes você acha que Bolsonaro deveria ser condenado e preso?

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Política

Vem aí o pacote de redução dos preços das passagens aéreas

O governo Lula pretende anunciar até o dia 20 um plano de redução de preços das passagens aéreas.

Para isso, foram marcadas para quinta-feira e sexta-feira que vêm audiências das principais companhias aéreas brasileiras com o ministro Silvio Costa Filho.

Gol, Latam e Azul vão apresentar suas propostas para a redução das tarifas — em reuniões separadas, claro.

Os presidentes das três empresas estiveram reunidos com o ministro dos Portos e Aeroportos no dia 14 de novembro e saíram do encontro com esse acerto.

O pacote que vai ser apresentado pelas aéreas, de acordo com o que está sendo esperado pelo Ministério de Portos e Aeroportos, não se restringirá a uma possível redução dos preços as vezes escorchantes cobrados por passagens Rio-São Paulo, por exemplo, segundo Lauro Jardim, O Globo.

Mas incluirá, entre outras propostas, o alongamento do prazo para o uso de milhas, mudanças na forma de cobrança de malas a serem despachadas e um desconto mais acentuado para quem compra uma passagem com antecedência maior.

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Mundo

Netanyahu diz que não há como libertar reféns em meio a planos para inundação de túneis em Gaza

Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI) comentou sobre plano para inundar túneis usados pelo Hamas dizendo que seria “uma boa ideia”. Declarações de premiê israelense deixou familiares revoltados ao dizer que não há opção para trazer “todos para casa”.

Nesta terça-feira (5), uma reunião marcadamente tensa foi realizada entre um grupo de reféns recentemente libertados, junto a familiares daqueles que ainda são reféns na Faixa de Gaza, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com sua equipe.

De acordo com o jornal The Times of Israel, em trechos vazados da reunião, Netanyahu pôde ser ouvido dizendo às famílias “não há possibilidade neste momento de trazer todos para casa. Alguém pode realmente imaginar que, se isso fosse uma opção, alguém a recusaria?”. O portal israelense Ynet também citou as falas do premiê.

Segundo a mídia, a declaração foi recebida de forma indignada por muitos, com presentes relatando à mídia que algumas pessoas se levantaram e saíram da reunião no meio. Outras pessoas reclamaram que o primeiro-ministro não respondeu a todas as perguntas e leu texto de roteiro.

Em trecho transmitido pelo Canal 12 e citado pela mídia, a mãe de um refém gritou para o ministro da Defesa, Yoav Gallant.
“Não estou preparada para sacrificar meu filho pela sua carreira ou pela de qualquer um dos notáveis ​​aqui. Realmente não. Meu filho não se ofereceu para morrer pela pátria. Ele era um civil sequestrado de sua casa e de sua cama […] Prometa-me que você trará de volta meu filho e todos os outros reféns, vivos”, afirmou a israelense.

Danny Miran, o pai do refém Omri Miran, disse que toda a reunião foi caótica.

“A reunião foi um modelo de como o país é governado. Fomos convidados para as 15h00 [10h00 no horário de Brasília]; eles apareceram só às 15h45. Nos deixaram bravos e brigamos entre nós. Eu saí no meio, não é aceitável”.

Cerca de 120 pessoas ainda continuam reféns do Hamas desde o ataque do dia 7 de outubro. As declarações de Netanyahu acontecem enquanto é ventilado na mídia que Israel pretende inundar os túneis do Hamas com água do mar.

Também nesta terça-feira (5), o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-general Herzi Halevi, comentou os relatos sobre a inundação e disse que era “uma boa ideia”, segundo a mídia.”

“Estamos vendo muitas infraestruturas subterrâneas em Gaza, sabíamos que haveria muitas. Parte do objetivo é destruir esta infraestrutura.Temos várias formas [de lidar com os túneis], não vou falar de detalhes, mas incluem explosivos para destruir e outros meios […]”, disse Halevi em resposta a uma pergunta em uma conferência de imprensa hoje (5).

Israel montou um sistema de grandes bombas que poderia usar para inundar a rede de túneis do Hamas na Faixa de Gaza com água do mar, uma tática que poderia destruir os túneis e expulsar os combatentes do seu refúgio subterrâneo, mas também ameaçar o abastecimento de água de Gaza, segundo autoridades dos EUA.

*Sputnik

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Opinião

Haddad 7 x 0 terroristas econômicos

Os “analistas” do sinal dos tempos engoliram seco a besteira que falaram. PIB brasileiro sobe 0,1% no terceiro trimestre, mais que o esperado.

Na comparação com igual período de 2022, houve alta de 2,0%; consenso de analistas esperava uma queda de 0,2% na comparação trimestral.

Não é novidade nenhuma dos analistas econômicos de mídia, errar até a previsão do passado. É só pegar o histórico dos jornalões sobre a política econômica de Figueiredo, Sarney, Collor, FHC, Temer e Bolsonaro, todos neoliberais, todos mergulharam o país numa crise econômica profunda, todos tinham as melhores expectativas dos analistas de mercado da mídia nacional.

Essa turma erra tanto ou, mesmo sendo Lula e Dilma, os únicos a deixarem grandes reservas internacionais nos cofres da União, sempre foram vistos com olho e boca tortos. Já a turma do congelamento, do sequestro da poupança, da privataria, da dolarização da Petrobras e da privatização do Banco Central, não acerta uma com a prata da casa.

Haddad tem a seu favor um histórico que mereceu elogio até de João Dória, por ter equilibrado as contas de São Paulo, quando prefeito, tirando a cidade do vermelho e deixando reservas para João Dória, que devolveu a prefeitura no vermelho, assim como fez com o governo do estado, com a mesma política neoliberal, o grande mantra da direita.

Pois bem, Haddad tem tudo para fechar a conta com a previsão que ele teve do PIB, com crescimento de 3% a 3,5%. Enquanto isso, os economistas da mídia de banco seguem fazendo figa para a coisa desandar, pois é só o que resta para essa turma de pés de ferro.

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Economia

PIB acima do esperado: Brasil é a nona maior economia do mundo

O Produto Interno Bruto brasileiro está à frente de países como Canadá, Rússia, Coreia do Sul e Espanha.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% e chegou a US$ 2,126 trilhões no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores. O PIB nacional está em nono lugar entre 15 economias com seus resultados divulgados pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

Em valores correntes, o PIB brasileiro está à frente de Canadá, Rússia, México, Coreia do Sul, Austrália e Espanha. O ranking é liderado por Estados Unidos (US$ 26,949 trilhões) e China (US$ 17,700 trilhões). Na sequência, aparecem Alemanha (US$ 4,43 trilhões), Japão (US$ 4,23 trilhões), Índia (US$ 3,73 trilhões), Reino Unido (US$ 3,23 trilhões), França (US$ 3,05 trilhões) e Itália (US$ 2,19 trilhões).

O crescimento do PIB brasileiro foi de 0,1% trimestral e de 2,0% comparando o terceiro trimestre deste ano com igual período de 2022. Os números ficaram acima do que esperavam analistas do mercado – queda de 0,2% na comparação trimestral e uma alta de 1,9% na anual.

 

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Pesquisa

Negros são quase 80% das vítimas de homicídio no Brasil, aponta Atlas da Violência

O Brasil registrou 47,8 mil homicídios em 2021, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. No entanto, a violência continua a atingir de forma desproporcional a população negra, que representa 79% das vítimas. É o que mostra o Atlas da Violência 2023, divulgado nesta terça-feira (5) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo o estudo, que considera a soma de pretos e pardos, segundo a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de homicídios entre os negros foi de 31 casos a cada 100 mil habitantes, o triplo do registrado entre os não negros (soma de amarelos, brancos e indígenas), que foi de 10,8 casos.

O Atlas da Violência identifica quem são os mortos no país e quais as violências sofridas pelos diferentes grupos da população. A publicação endossa outros estudos, que apontam a população negra como principal vítima da violência no Brasil.

Entre os estados e o Distrito Federal, os que apresentaram as maiores taxas de homicídios de negros foram o Amapá (60,7), a Bahia (55,7) e o Rio Grande do Norte (48,9). Os menores índices foram observados em São Paulo (8,1), Santa Catarina (13) e Minas Gerais (14,9).

Ainda, as pessoas negras foram menos da metade dos mortos apenas no Rio Grande do Sul (24%), em Santa Catarina (25%), Paraná (40%) e São Paulo (49%).

8de30

O relatório também detalha as violências sofridas por outras minorias. Entre as pessoas com deficiência, a população que têm de 10 a 19 anos é a mais frequente entre os registros de violência. Predominam os registros de vítimas mulheres com deficiência intelectual, com 45 notificações por 10 mil pessoas com deficiência, contra uma taxa de 16,2 para homens. Segundo o estudo, isso pode estar ligado a uma maior probabilidade de violência sexual para a população feminina.

Embora a maior parte das agressões seja física (55,2%) seguida pela psicológica (31,3%) e pela violência sexual (22%), a presença dessas agressões varia de acordo com a idade. Entre idosos, a negligência ou abandono são mais frequentes, com 41,8% dos registros no grupo de 60 a 69 anos e subindo a 66,7% entre quem tem 80 anos ou mais.

Nesta edição, o estudo abordou a violência contra idosos, cujos registros —os agravos de notificação de violência interpessoal— saltaram 170% de 2011 a 2021, com destaque para os aumentos em Sergipe (1.479,6%), Ceará (1.025,5%) e Pará (1.015,4%).

Assim como a taxa geral de homicídios, a população de idosos negros —homens e mulheres— apresenta índices superiores de mortes por agressão em relação a não negros, segundo a Folha .

Já os dados sobre a população LGBTQIA+ apontam um aumento de 9,5% na violência física e de 20,4% de violência psicológica contra pessoas trans e travestis entre 2020 e 2021. A faixa etária mais frequente (45%) nos registros de violência tem de 15 a 29 anos. Pessoas negras são a maioria entre os grupos de orientação (heterossexual, homossexual ou bissexual) e de gênero (travesti, trans mulher e trans homem).

Segundo o Atlas, não há dados que permitam construir um perfil dos agressores. Já em relação à orientação sexual, a maioria é de homens.

A taxa de homicídios de indígenas chegou a 19,2 casos por 100 mil habitantes em 2021, um aumento em relação a do ano anterior, de 18,8. Os pesquisadores, no entanto, fazem ressalvas sobre a falta de dados e de categorias que indiquem a motivação de homicídios, por exemplo, como agressões e intervenções legais.

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Educação

MEC anuncia mudanças na formação de professores após resultado do Pisa

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciaram nesta terça-feira (5/14) que vão promover diversas mudanças na área de formação dos professores, como a reformulação das diretrizes curriculares dos cursos e do Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade).

As medidas foram divulgadas em uma coletiva de imprensa, após a publicação dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, que mostrou que o Brasil está entre os 20 piores países em matemática e ciências.

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que as alterações nas diretrizes curriculares devem ser feitas ainda neste ano, para que seja possível fazer a revisão da licenciatura em 2024. Ele também afirmou que o Enade vai mudar e que os cursos de ensino a distância (EAD) das licenciaturas sofrerão restrições, .

Santana destacou que as mudanças visam valorizar e qualificar os professores, que são os principais responsáveis pela qualidade da educação. Ele citou o debate sobre o tema no G20, grupo das 20 maiores economias do mundo.

O Pisa é uma avaliação internacional que mede o desempenho dos estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciências. O estudo é realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a cada três anos.

“Uma razão para a disparidade social ser grande no Brasil é porque muitas vezes as escolas em áreas mais pobres têm menos recursos quando se fala de educação e professores. O Brasil não é um dos extremos, mas é um país onde é claramente visível que escolas em locais mais pobres tem menos professores e menos recursos materiais. Então, estamos ansiosos para alinhar essas necessidades e atrair os melhores professores para os locais com mais dificuldade”, explicou um dos responsáveis pelo Pisa, Andreas Schleicher.

A conclusão do estudo mostra que o apoio aos docentes é fundamental na construção da Educação, de acordo com o secretário geral da OCDE, Mathias Cormann.