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Boulos será anunciado por Lula o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou a auxiliares que Guilherme Boulos, deputado federal do PSOL por São Paulo, será anunciado como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência ao retornar de sua viagem oficial aos Estados Unidos. A decisão já foi discutida com ministros e dirigentes do PT no fim de semana, antes do embarque de Lula para Nova York. Com informações da Folha de S.Paulo.

A mudança implica a saída de Márcio Macêdo (PT), que deixará o cargo para disputar as eleições de 2026. A pedido de Lula, o PT de Sergipe e o senador Rogério Carvalho se comprometeram a apoiar a candidatura de Macêdo ao Legislativo. O presidente também destacou a lealdade do aliado, considerado um quadro próximo de sua família.

A nomeação de Boulos é vista como estratégia para reforçar a base histórica da esquerda e ampliar a interlocução com movimentos sociais, já que a Secretaria-Geral tem gabinete no Palácio do Planalto e atua diretamente nesse campo. Lula também busca reanimar a militância e ampliar sua presença junto à juventude, com foco no cenário político de 2026.

Para Boulos, a ida ao governo representa oportunidade de retomar fôlego político após a derrota para Ricardo Nunes (MDB) na eleição municipal de 2024. Deputado mais votado por São Paulo em 2022, ele terá agora espaço de destaque no Planalto, com a chance de reconstruir sua trajetória nacional.

Essa será a 13ª mudança ministerial desde o início do terceiro mandato de Lula, em 2023. Além da troca na Secretaria-Geral, o presidente deve negociar a saída de Celso Sabino do Turismo, por exigência do União Brasil. O governo projeta ainda uma reforma maior no primeiro semestre de 2026, quando ao menos 20 ministros devem se desincompatibilizar para concorrer às eleições.

A escolha de Boulos reforça a aproximação entre PT e PSOL, já ensaiada nas eleições de 2024, quando Lula interveio para que os petistas apoiassem a candidatura do psolista à prefeitura de São Paulo. Agora, a entrada de Boulos no ministério simboliza a consolidação dessa aliança e a tentativa do Planalto de fortalecer sua base de esquerda diante do avanço da direita no Congresso.


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Emenda de Flávio Bolsonaro tem indícios de desvio em compra de chuteiras

Recursos de emendas parlamentares do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e de uma aliada da família, a deputada Chris Tonietto (PL-RJ), foram usados para a compra de chuteiras infantis com indícios de desvio de dinheiro, mostra investigação do UOL baseada em documentos de um projeto de futebol de uma ONG em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.

O Ifop (Instituto de Formação Profissional José Carlos Procópio) recebeu R$ 200 mil da emenda de Flávio para o projeto Jogadores do Futuro -que ocorreu entre março do ano passado e fevereiro deste ano.

Até ser contemplada com esses recursos —liberados após a assinatura de uma parceria com o Ministério do Esporte, em outubro de 2023—, a ONG nunca havia recebido verba pública;

A prestação de contas da entidade mostra gasto de R$ 30,7 mil em 212 chuteiras e porta-chuteiras sem comprovação de entrega. Pais de alunos confirmaram ao UOL que as crianças nunca receberam o material.

Relatórios da ONG Ifop mostram alunos descalços, de tênis, com chuteiras sem padrão e até chinelos

Em imagens anexadas aos relatórios da ONG, jovens e crianças do projeto usam chuteiras sem padrão, tênis e chinelos;

Além disso, uniformes e acessórios esportivos foram comprados por mais que o dobro dos valores praticados no mercado. Apenas nesse projeto, o prejuízo estimado chega a R$ 52,8 mil —equivalente a mais de um quarto do valor da emenda de Flávio.

No mês seguinte, em novembro de 2023, o Ifop foi contemplado com R$ 300 mil de emenda de Chris Tonietto, próxima dos Bolsonaros, para o projeto Vencedores do Futuro.

Novamente, os relatórios da ONG não comprovam a entrega de 320 chuteiras e 313 porta-chuteiras adquiridos por R$ 46,1 mil. Foram comprados ainda 320 camisas, calções, meias e coletes, num valor de R$ 58,5 mil —na cotação feita pelo UOL, tudo sairia por R$ 24,6 mil (58% menos).

No total, as suspeitas de superfaturamento e desvio alcançam R$ 80 mil -um quarto do valor da emenda da deputada.

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa após a publicação da reportagem, Flávio Bolsonaro afirmou que “a emenda destinada ao Ifop foi realizada dentro da legalidade e dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério do Esporte, com total transparência”.

O parlamentar também alega que houve devolução de recursos não usados pela ONG, mas notas fiscais disponibilizadas pela entidade comprovam os pagamentos dos materiais.

“É fundamental deixar claro: o papel do parlamentar é garantir recursos para projetos e instituições que estejam devidamente habilitados junto aos ministérios. Se houver qualquer suspeita de irregularidade na execução por parte do beneficiário, cabe apuração rigorosa e punição dos responsáveis”, completou o senador.

Chris Tonietto afirmou que visitou núcleos do projeto e constatou a realização de atividades, “bem como a aquisição dos materiais destinados à manutenção do projeto, como meias, shorts, uniformes e equipamentos esportivos de uso cotidiano”.

“Qualquer questão relacionada a eventual sobrepreço em aquisições foi objeto de auditoria e análise do próprio Ministério do Esporte, etapa da qual o gabinete não participa.”

O Ministério do Esporte informou que os projetos ainda estão em análise técnica e que pendências poderão resultar em notificações.

O Ifop disse, por meio de nota, que as compras seguiram a cotação de preços e que o material foi adquirido pelo menor preço, mas não explicou a falta de comprovação da entrega dos materiais, segundo o Uol.


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Política

Haddad afirma que Lula deve sancionar isenção do IR em outubro

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, em entrevista exclusiva ao ICL Notícias 1ª edição nesta terça-feira (23), que o governo está próximo de cumprir a promessa de ampliar a faixa de isenção do IR (Imposto de Renda) para trabalhadores com salários de até R$ 5 mil mensais. Segundo ele, a medida pode ser sancionada em outubro pelo presidente Lula (PT), beneficiando um total de 20 milhões de brasileiros até o fim do atual mandato presidencial.

“Nós pegamos com R$ 1.900, chegamos a R$ 3 mil e estamos indo para R$ 5 mil. Serão 10 milhões de pessoas atendidas com essa lei [isenção do IR], somadas a outras 10 milhões que já foram beneficiadas com a atualização anterior da tabela do imposto de renda”, afirmou o ministro.

Com a nova faixa de isenção, Haddad declarou que o atual Ministério da Fazenda será o que mais concedeu isenções de IR da história recente do Brasil.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) disse, durante participação em um evento de um banco na segunda-feira (22), que o projeto deve ir a votação na próxima semana.

Haddad: reforma visa corrigir distorções
Apesar do otimismo em relação à aprovação da isenção, Haddad apontou que o maior desafio está na resistência de setores mais ricos da sociedade em aceitar mudanças na forma de contribuição.

“O Congresso está muito maduro para aprovar a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. O problema é a compensação: o andar de cima, que não paga imposto de renda”, criticou o ministro.

De acordo com Haddad, investidores de alta renda chegam a pagar uma alíquota efetiva de apenas 2%, valor muito abaixo do que arcam professores, profissionais liberais e trabalhadores assalariados de classe média, que chegam a pagar até 27,5%.

O economista e fundador do ICL (Instituto Conhecimento Liberta) Eduardo Moreira, reforçou a crítica: “Cobrar 10% do milionário e 22% da professora? Isso não é justiça fiscal.” Haddad completou: “Você ir de 2% para 10% é uma revolução no Brasil.”

Reforma quer tornar sistema mais justo
Segundo o ministro, o país está vivendo o início de uma transformação estrutural no sistema tributário, com foco em maior justiça fiscal. A aprovação da reforma tributária sobre o consumo, que institui o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que está em fase de regulamentação no Congresso, representa o início de um modelo que visa desonerar o consumo e tornar a tributação mais progressiva.

“Estamos colocando o carro na estrada. Vamos corrigir quem está financiando o Estado. Hoje, os mais pobres pagam mais proporcionalmente”, disse Haddad.

A meta, segundo o ministro da Fazenda, é clara: reduzir o peso do consumo na carga tributária e aumentar a contribuição sobre renda e patrimônio dos mais ricos. “Se engatarmos nessa direção, vamos acertar o rumo do país”, disse.

Maior aumento de renda desde o Plano Real
Haddad também destacou que o país registra, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o maior crescimento real da renda dos trabalhadores em 30 anos.

“A renda subiu 18% acima da inflação em três anos. É o maior aumento desde o Plano Real. Isso não sou eu que estou dizendo, é o IBGE”, afirmou.

Além disso, ele relembrou que o salário mínimo e a tabela do IR ficaram congelados por sete anos antes da atual gestão. “Estamos corrigindo distorções históricas”, disse.

Projeto de país
Ao refletir sobre o momento político e econômico, Haddad comparou a atual agenda de justiça fiscal à implementação das cotas raciais no ensino superior quando era ministro da Educação nos primeiros governo do presidente Lula. Para ele, medidas inicialmente impopulares podem se revelar avanços históricos a longo prazo.

“Temos uma geração entre 30 e 40 anos chegando às bibliotecas, formulando ideias. É isso que faz um país: uma geração voltar a pensar seu destino.”

O ministro também lamentou a falta de debate público mais profundo sobre o futuro do Brasil. “Está faltando intelectual público no país. Precisamos reconstruir um projeto coletivo de nação”, concluiu.

Justiça e democracia: “A impunidade convida o golpista”
Para finalizar, Haddad elogiou as manifestações que aconteceram pelo Brasil no último domingo (21) contra a PEC da Blindagem e contra a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.

Ele criticou a tradição brasileira de não punir golpes ou tentativas de golpe, o que, segundo ele, cria um ciclo perigoso para a democracia: “O Brasil viveu inúmeras tentativas de golpe e nunca puniu. A impunidade convida o golpista a se reorganizar. Se não punir, o golpe vai acontecer.”

Ele citou episódios históricos como a proclamação da República em 1889, que ocorreu logo após a abolição da escravidão e premiou os fazendeiros, sem reparação aos ex-escravizados: “A classe dirigente no Brasil nunca se confundiu com a classe dominante do mundo desenvolvido. Aqui, ela sempre se protegeu.”

*ICL


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Vera Magalhães, seu antilulismo doentio e as sabujices da moça com os EUA.

A expressão “aceno de rodapé”, usada por Vera Magalhães no contexto do discurso de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro de 2025, refere-se a uma menção breve e aparentemente secundária feita por Trump a Lula.

O New York Times viu outro jogo e sapecou na capa “Trump adota um tom mais suave em relação ao Brasil, após um discurso mordaz de Lula.”

Se deu no jornalão norte americano que Trump afinou para Lula, não serei eu a dizer que não é verdade.

Mas Vera Magalhães, aquela deslumbrada com o “enxadrista Moro” já havia sentenciado que Lula não era player para uma entrevista no Roda Viva, programa que comanda, então nada a se espantar.

A vítima desse tipo de patacoada é quem dá cisco de crédito jornalístico a essa figuraça que, na boca de urna em 2018, disse que a disputa entre Bolsonaro e Haddad era uma “escolha difícil”.


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 Mesa da Câmara Rejeita Indicação de Eduardo Bolsonaro como Líder da Minoria

Em uma decisão publicada em edição extra do *Diário da Câmara* nesta terça-feira (23 de setembro de 2025), a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados rejeitou a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o cargo de líder da Minoria.

A determinação foi assinada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), com base em um parecer da Secretaria-Geral da Mesa (SGM), que apontou incompatibilidade entre a ausência prolongada do parlamentar do território nacional e as exigências regimentais da função.

A manobra foi articulada pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que anunciou a indicação em 16 de setembro. Inicialmente, a deputada Caroline de Toni (PL-SC), que ocupava o cargo, renunciou para abrir espaço a Eduardo, passando a atuar como primeira-vice-líder da Minoria.

O objetivo principal era proteger o mandato de Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025. Como líder, ele poderia evitar penalidades por faltas excessivas, já que o regimento permite ausências justificadas em “missões autorizadas”. Eduardo está no exterior articulando sanções internacionais contra o Brasil e autoridades nacionais, em meio a investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Eduardo já cumpriu uma licença de 120 dias (de março a julho), mas desde então acumula ausências não justificadas, o que pode levar à cassação do mandato se ultrapassar os limites regimentais.

O parecer da SGM destacou que o cargo de líder da Minoria exige presença física e atuação direta** na Câmara, incompatível com o exercício remoto. Entre as atividades impossíveis à distância, foram citadas:

– Orientar a bancada em votações no Plenário e comissões.
– Utilizar o tempo reservado a líderes em debates sobre temas nacionais.
– Encaminhar requerimentos procedimentais.
– Participar das reuniões do Colégio de Líderes, responsável pela pauta legislativa.

A decisão enfatiza que, embora o regimento permita registros de presença remota em alguns casos (via tecnologias), isso não isenta o cumprimento de deveres presenciais. Além disso, ausências do país sem comunicação prévia à Presidência configuram violação regimental, e nenhuma “missão oficial” autorizada se aplica ao caso de Eduardo – que não foi comunicada como representação da Câmara.

Hugo Motta escreveu: “Indefiro, nos termos do Parecer da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados de 22/09/2025”. A rejeição torna o exercício da liderança “meramente simbólico e em desacordo com as normas regimentais”.

Reações e Consequências
Oposição e PL A indicação gerou críticas de partidos como PT e Psol, que ameaçaram recorrer ao Conselho de Ética para anular a nomeação. O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), cobrou a abertura de processos disciplinares contra Eduardo por quebra de decoro.

Nesta terça-feira (23), o colegiado se reúne às 13h para analisar uma representação contra Eduardo por quebra de decoro parlamentar, o que pode resultar em cassação.

A decisão ocorre um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Eduardo por coação no curso do processo contra Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe. O blogueiro Allan dos Santos também foi denunciado no mesmo caso.

Nas redes sociais, como no X, a notícia repercutiu rapidamente entre usuários críticos ao bolsonarismo, com comentários como “UM ABSURDO A MENOS” e “Já deveria ter seu mandato cassado”, refletindo alívio e cobrança por accountability.

Essa rejeição reforça o escrutínio sobre deputados ausentes e pode acelerar processos contra Eduardo, ampliando o cerco judicial e político à família Bolsonaro. A liderança da Minoria segue vaga até nova indicação do PL.


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Mundo

Vídeos: Greve geral pró-Palestina reúne 500 mil pessoas nas ruas da Itália em 75 cidades

Paralisação nacional teve como foco solidariedade ao povo palestino e o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo italiano

Mais de 65 cidades da Itália registraram uma de suas maiores mobilizações sociais dos últimos anos nesta segunda-feira (22/09). Uma greve geral de 24 horas, convocada por sindicatos e organizações sociais, paralisou setores chave do país, incluindo transportes, educação, saúde e administração pública.

O ato, que teve como foco a solidariedade ao povo palestino, exigiu o fim do genocídio perpetrado por Israel em Gaza, a suspensão da venda de armas ao Exército israelense e o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo italiano.

“Hoje, 500 mil pessoas compareceram às manifestações. Todos os principais portos da Itália foram bloqueados, 90% do transporte público parou e 50% das ferrovias, escolas e universidades foram fechadas. E tudo graças ao que começou nesta cidade e isto é apenas o começo”, disse Francesco Staccioli, da direção da União sindical de base (USB), uma das organizadoras da greve.

A data da greve coincidiu com um movimento internacional: diversos países apresentaram formalmente às Nações Unidas o reconhecimento do Estado palestino, seguindo os passos do Reino Unido, Austrália e Canadá. Enquanto isso, a Itália, sob o governo ultraconservador de Giorgia Meloni, mantém-se alinhada a Israel e aos Estados Unidos, aprofundando seu isolamento diante de críticas internas e externas.

Os protestos tomaram as ruas de norte a sul do país e, em algumas cidades, os atos foram marcados por confrontos com a polícia.

Em Roma, capital do país, centenas de manifestantes ocuparam a Estação Termini, empunhando bandeiras palestinas. A tensão foi mais acentuada em Milão, onde a polícia chegou a fechar os acessos à estação central, mas os bloqueios foram derrubados pelos manifestantes, que tomaram o local e enfrentaram repressão.

Cenas semelhantes se repetiram em Nápoles, onde outra estação ferroviária foi ocupada, e em Veneza, onde o bloqueio do porto gerou confrontos.

Os trabalhadores portuários tiveram um papel central na mobilização. Foram os primeiros a adotar o lema “blocchiamo tutto” (“bloqueemos tudo”), que se tornou o símbolo do movimento. Além de arrecadarem toneladas de alimentos para Gaza, os portuários de Gênova enviaram um veleiro para se juntar à Flotilha da Liberdade.

Na sexta-feira (19/09), em Ravenna, os trabalhadores impediram a partida de dois contêineres de explosivos com destino a Israel, em uma ação direta que contou com apoio local e destacou os portos italianos como epicentros da resistência.

A greve mobilizou muito além das categorias tradicionais, reunindo bombeiros, funcionários administrativos e dezenas de associações culturais e sociais. Para os organizadores, foi uma “mobilização sem precedentes”.

Além de pedir um cessar-fogo imediato em Gaza, os manifestantes direcionaram críticas ao governo Meloni, acusando de cumplicidade com a política militar israelense e de priorizar gastos bélicos.

*Opera Mundi


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Assista à íntegra do discurso do presidente Lula na ONU

Num discurso histórico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta 2ª feira (22.set.2025) o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pelos sucessivos vetos ao cessar-fogo do conflito na Palestina. Em um discurso com recados aos Estados Unidos e a Israel, o petista disse em Nova York que há uma “tirania do veto” que “sabota a razão de ser” da organização e acusou o país judeu de uma tentativa de “tentativa de aniquilamento” do “sonho de nação” do povo palestino.

👉🏽 Lula tem opiniões contrárias a Trump nos principais pontos do discurso. Segundo auxiliares, a intenção é marcar posição e reforçar a imagem de antagonista, mesmo que não seja necessário citar o nome do presidente americano.

Veja:


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Política

Depois da chinelada deste domingo nas ruas, a direita está até agora procurando a bola

O apatetado Sóstenes está parecendo cachorrinho que caiu do caminhão de mudança do Malafaia.

O relator, Paulinho da Força, já admite que a votação do projeto da anistia pode ser adiada pra sempre.

Em meio ao impasse sobre o texto e pauta trancada da Câmara o barata voa tomou conta do umbral bolsonarista.

Manifestações gigantes contra anistia e PEC da bandidagem por todo o país, deixaram o ninho do ódio aturdido e desorientado.

Bolsonaro está em oferta na bacia das almas e, mesmo assim, ninguém quer comprar.

Nem de grátis o infeliz arrumou um tutor. Nem daqui a 100 anos.

Os seguidores do sujeito já meteram um “cancele quando quiser” na proa do golpista.

Isso tudo foi acontecendo em tempo real, conforme as imagens das manifestações pelo país chegavam pelas redes.

Não tem clima nem para o “aguarde mais 72 horas.”

Alguns poucos mercenários animadores de auditório estão se agarrando nas novas sanções de Trump contra a esposa de Moraes.

Para fechar com chave de ouro, Janja acompanhou o discurso de Lula usando um lenço keffiyeh, símbolo da resistência palestina.


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Governo Lula responde a Trump o novo ataque, desta vez à esposa de Moraes

A administração estadunidense estendeu o alcance da Lei Magnitsky à advogada Viviane Barci, esposa do ministro do STF

O governo Lula, por meio do Itamaraty, reagiu à nova sanção da Casa Branca contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Nesta segunda-feira (22), foi anunciada a extensão da Lei Magnitsky à esposa de Moraes, a advogada Viviane Barci.

“O governo brasileiro recebe, com profunda indignação, o anúncio, pelo governo norte-americano, da imposição da Lei Magnitsky à esposa do ministro Alexandre de Moraes e a instituto ligado a ele. Em nova tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros, o governo norte-americano tentou justificar a adoção da medida com inverdades, no comunicado divulgado na manhã de hoje”, inicia o comunicado do Itamaraty.

Em seguida, o governo Lula afirma que “o recurso do governo Trump à Lei Magnitsky, no caso do Brasil, uma democracia que se defendeu, com êxito, de uma tentativa de golpe de Estado, não apenas é uma ofensa aos 201 anos de amizade entre os dois países, mas representa também a politização e o desvirtuamento na aplicação da lei, como já manifestado recentemente por um de seus coautores, o deputado James McGovern. Em carta dirigida em agosto último aos Secretários de Estado, Marco Rubio, e do Tesouro, Scott Bessent, McGovern definiu como ‘vergonhoso’ o recurso à Lei Magnitsky pela Administração Trump, com o objetivo de ‘minar os esforços do Poder Judiciário brasileiro para defender as instituições democráticas e o Estado de Direito’.”

Por fim, o Palácio do Planalto envia um recado à Casa Branca: “Esse novo ataque à soberania brasileira não logrará seu objetivo de beneficiar aqueles que lideraram a tentativa frustrada de golpe de Estado, alguns dos quais já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal. O Brasil não se curvará a mais essa agressão.”

Alexandre de Moraes reage à nova sanção do governo Trump
O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu nesta segunda-feira (22), por meio de uma nota, à aplicação da Lei Magnitsky contra sua esposa, a advogada Viviane Barci.

No comunicado, Moraes afirma que a sanção do governo Trump contra ele e sua esposa é “ilegal”.

“A ilegal e lamentável aplicação da Lei Magnitsky à minha esposa não só contrasta com a história dos Estados Unidos da América, de respeito à lei e aos direitos fundamentais, como também viola o Direito Internacional, a soberania do Brasil e a independência do Judiciário”, inicia a nota de Moraes.

Em seguida, o magistrado afirma que “a independência do Judiciário, a coragem institucional e a defesa da soberania nacional fazem parte do universo republicano dos juízes brasileiros, que não aceitarão coações ou obstruções no exercício de sua missão constitucional conferida soberanamente pelo povo brasileiro”.

“As instituições brasileiras são fortes e sólidas. O caminho é o respeito à Constituição, não havendo possibilidade constitucional de impunidade, omissão ou covarde apaziguamento. Como integrante do Supremo Tribunal Federal, continuarei a cumprir minha missão constitucional de julgar com independência e imparcialidade”, conclui Alexandre de Moraes.

O pacote foi articulado com apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de Paulo Figueiredo, que promovem uma articulação golpista nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Ambos defendem que sanções e tarifas podem criar condições políticas internas para reverter a condenação do ex-presidente.


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Brasil Mundo

Estados Unidos impõem sanções à mulher de Alexandre de Moraes

Os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra a família do ministro Alexandre de Moraes. O Departamento do Tesouro incluiu a advogada Viviane Barci de Moraes, sua esposa, e o instituto Lex, ligado à família, na lista da Lei Global Magnitsky. O magistrado já havia sido alvo em 30 de julho. As medidas bloqueiam bens e restringem circulação em território americano.

Segundo a coluna de Mariana Sanches no UOL, fontes do governo americano dizem que esta é apenas a primeira parte de um pacote mais amplo, que pode atingir outras autoridades brasileiras. As sanções foram anunciadas enquanto o presidente Lula participa da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York.

O instituto Lex, sediado em São Paulo, atua no setor de serviços, com foco em treinamentos e formação jurídica. A inclusão da entidade na lista amplia o alcance das punições, que não se limitam mais a indivíduos, mas a organizações ligadas às autoridades brasileiras.

O anúncio ocorre poucos dias após a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe e em meio a protestos contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia. Para Washington, a pressão externa busca influenciar decisões da Corte sobre regulação de plataformas digitais e acelerar a aprovação de uma anistia a Bolsonaro e aliados.

O pacote foi articulado com apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de Paulo Figueiredo, que promovem uma articulação golpista nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Ambos defendem que sanções e tarifas podem criar condições políticas internas para reverter a condenação do ex-presidente.

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