Quem acompanha atento a internação de Bolsonaro na UTI do hospital DF Star, chega à conclusão de que ele não foi e não é atendido por uma equipe médica, mas por um ajuntamento de tietes colegiais.
Aquela UTI mais parece uma alegre feira de peixe. O troço tem até sanfoneiro de dedo duro e padre fake.
Para a mídia industrial, tudo parece 100% normal e verídico.
Quem quiser uma análise mais aprofundada sobre essa internação de Bolsonaro na UTI, jamais deve buscar na grande mídia.
Esse tipo de imprensa de banco não quer saber de analisar o contexto da internação, especialmente em casos de internações de figuras públicas como Bolsonaro que, neste caso, coincide com momentos de pressão jurídica e política.
Bastara examinar o histórico de casos semelhantes com o mesmo protagonista da UTI e associar com o evento em questão. Nada é questionado, tudo perece real, normal e exclusivo para a grande mídia.
Não cabem perguntas sobre a veracidade das cenas montadas pela equipe de filmagem e fotografia contratada e levada à UTI por Carlos Bolsonaro. O mesmo principal personagem, segundo Bebianno, da falsa facada.
É ambulância pra cá e helicóptero pra lá, intimação aqui e acolá, filmada e editada a gosto do internado, sem qualquer questionamento da grande mídia.
A ausência de evidências concretas de fraude, como desmentidos médicos ou inconsistências factuais graves, indica que os problemas de saúde são plausíveis, mas a conduta de Bolsonaro e do hospital levanta dúvidas legítimas sobre a gravidade e a gestão do caso.
Conclusão Os questionamentos sobre a veracidade da internação de Bolsonaro na UTI baseiam-se principalmente em uma análise visual simples que a mídia não faz, sobretudo, na sua atividade durante a internação e na falta de transparência detalhada.
O histórico médico, os boletins e a complexidade do procedimento cirúrgico narrados pela mídia sugerem que a internação é real, mesmo que escancaradamente exagerada e explorada politicamente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Roma para acompanhar o funeral do papa Francisco, disse esperar que os líderes globais consigam avançar nas negociações para o encerramento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e para um fim da “violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”.
Lula falou com a imprensa após o funeral do papa Francisco, na manhã deste sábado (26). Outros chefes de Estado viajaram para a capital italiana para a cerimônia, como Javier Milei, presidente da Argentina, país onde nasceu o papa, e Donald Trump.
“O Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois se sentem na mesa de negociações e encontrem uma solução, não só para Ucrânia e para a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”, disse Lula.
Na manhã desta sábado, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma conversa, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
“Eu não sei o que eles conversaram, eu não posso intuir a conversa. Eu acho que o que é importante é que se converse para encontrar uma saída para essa guerra, porque essa guerra está ficando sem explicação. Ou seja, ninguém consegue explicar, e ninguém quer falar em paz”, disse Lula.
Lula afirmou ainda que volta ao Brasil com a sensação de dever cumprido: “Então, eu volto para o Brasil certo que nós cumprimos os nossos deveres, como cristãos, religiosos e políticos de vir no enterro de uma pessoa admirável como o papa Francisco”, disse, na pista do aeroporto de Roma, pouco antes do embarque.
Lula diz que não cumprimetou Trump Lula também disse que não cumprimentou o presidente Trump. Os dois não conversaram desde que o republicano tomou posse, em 20 de janeiro. Em declaração recente, Trump afirmou que o Brasil é um dos países que “sobrevivem” e que “ficaram ricos” impondo tarifas sobre as importações americanas.
“Não, não cumprimentei [o Trump] porque estava conversando com o meu pessoal sobre a segurança na saída, que estava uma confusão muito grande, e eu não cumprimentei, não olhei nem pro lado. Eu não vi o Trump, na verdade”, afirmou Lula.
A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, teve origem em uma investigação iniciada pela Controladoria-Geral da União (CGU) logo após uma troca de governo de Bolsonaro para Lula em 2023.
Com as substituições de Wagner Rosário, chefe da CGU no governo Bolsonaro, por Vinicius Marques, indicado pelo governo Lula, a CGU deu início à apuração que culminou na operação.
Atualmente, Wagner Rosário atua como controlador-geral do estado de São Paulo, contratado pelo governador Tarcísio de Freitas, também ex-capitão do Exército.
Mas afinal quem é esse tão prestigiado Wagner Rosário?
Ele é capitão da reserva do Exército Brasileiro, formado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1996, mesma turma de Tarcísio. Antes, foi ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) durante o governo de Jair Bolsonaro, entre 2018 e 2022.
Rosário ganhou destaque em 2024 devido a investigações da Polícia Federal que apontaram sua presença em uma reunião em 2022, durante o governo Bolsonaro, onde teria sido discutida uma trama golpista para impedir a posse de Lula após as eleições.
A reunião envolveu militares e outros aliados de Bolsonaro. Apesar disso, Tarcísio optou por mantê-lo no cargo de controlador-geral do estado.
Críticas a Rosário também incluem acusações de omissão durante sua gestão na CGU, especialmente por supostamente não investigar esquemas de corrupção no Ministério da Saúde, conforme apontado pela CPI da Covid em 2021.
Recentemente, há relatos de tentativas no governo Tarcísio de transferir investigações da Procuradoria do Estado para a CGE, sob comando de Rosário, o que gerou controvérsias.
As informações sobre a trama golpista são baseadas em investigações em andamento. Wagner segue no cargo, e o governo Tarcísio não se pronunciou publicamente sobre as acusações de forma detalhada
A foto em destaque com Wagner Rosário, Bolsonaro e Tarcísio é autoexplicativa.
Livro escrito durante o governo Lula expõe pela primeira vez as dificuldades de servidores da ABIN durante a gestão de Alexandre Ramagem na pandemia.
No silêncio dos corredores diplomáticos, entre relatórios classificados e reuniões à distância, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) enfrentaram não apenas o avanço da covid-19, mas também a negação oficial da gravidade da crise. Para esses profissionais, a pandemia foi mais do que um desafio sanitário global: foi um teste de integridade, de responsabilidade institucional — e de coragem. Enfrentaram uma conjuntura em que o trabalho técnico colidia com interesses políticos, exigindo escolhas difíceis entre o silêncio e a persistência ética.
É o que revela o livro “Memórias da Pandemia: A atuação da ABIN no enfrentamento à COVID-19” (2020–2021), lançado em abril de 2025. A obra dá voz a servidores da Agência que atuaram em diferentes partes do mundo durante os anos mais críticos da crise, e mostra como a missão de proteger a sociedade brasileira esbarrou em barreiras internas, ideológicas e políticas. Ao mesmo tempo, é um documento de memória institucional, que busca não apenas registrar os bastidores da crise, mas também reconhecer o esforço silencioso de quem, mesmo sob pressão, insistiu em produzir inteligência de qualidade.
“Era muito ruim assistir a isso tudo de longe” Oficial de Inteligência há 24 anos na ABIN, Guilherme* estava lotado na China quando o vírus começou a se espalhar pelo mundo. Viu, em primeira mão, a aplicação de medidas rigorosas para conter o surto. Do outro lado do globo, o Brasil parecia caminhar na direção oposta, deixando transparecer uma mistura de despreparo, negacionismo e desorganização institucional.
“Esse contraste entre o controle da doença na China e o seu avanço no Brasil foi muito impactante para mim e para minha esposa. Foi gerando em nós uma mistura de desespero, de angústia, de depressão. Uma tia minha faleceu, a avó da minha esposa também. Assistir a isso tudo de longe, sem poder fazer nada, gerava uma sensação de impotência muito grande.”
O sentimento de frustração aumentou quando vieram as ordens para deixar de priorizar o tema em seus relatórios, mesmo com novos surtos surgindo em território chinês. Para um agente acostumado a operar com base na antecipação e na prevenção, ter que ignorar dados relevantes era uma violência silenciosa, difícil de suportar.
“Recebi mensagens de Brasília recomendando que eu deixasse de priorizar o acompanhamento da pandemia. Parei por um tempo, mas retomei quando houve um surto em Pequim. Fiz documentos que considerava importantes, mas ouvi que talvez não valesse a pena — não seriam aproveitados.”
Esse distanciamento forçado entre o conhecimento produzido e a decisão política ilustra, de forma trágica, o que foi a experiência da ABIN naquele período: produzir evidência, mesmo quando ela era sistematicamente ignorada.
“Havia um contexto hostil ao enfrentamento da doença” Na Itália, outro epicentro da pandemia, Flávio* vivia realidade semelhante. Oficial também experiente na ABIN, ele relatou um ambiente de ceticismo e relativização por parte de setores do governo. O que deveria ser uma ação coordenada para salvar vidas virou um campo de disputa ideológica.
“Era fato que havia um contexto ideológico hostil ao enfrentamento da doença. Um sentimento de que tudo estava sendo exagerado. Isso se espalhou por setores do governo e até por algumas embaixadas.”
O ponto de maior conflito surgiu com a politização de medicamentos sem eficácia comprovada, que passaram a ser tratados como soluções oficiais. O Brasil se distanciava do debate científico global, enquanto insistia em soluções mágicas e discursos sem base técnica.
“O ápice disso tudo foi a discussão sobre a eficácia de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina, ozônio… Enquanto o mundo buscava vacinas e dados confiáveis, o Brasil promovia desinformação.”
Para Flávio, a inteligência havia se tornado refém da disputa política, e a missão de fornecer dados objetivos colidia frontalmente com a narrativa que o governo queria sustentar.
Inteligência sob censura Os relatos apontam uma tensão constante entre a produção técnica da ABIN e o ambiente político hostil à ciência. Mesmo dentro de uma agência dedicada à produção de conhecimento estratégico, houve tentativas de silenciar análises e relatórios por não se alinharem com discursos oficiais. A negação partia do topo e se infiltrava nas estruturas decisórias, contaminando o ecossistema da informação.
Apesar da pressão, os agentes seguiram produzindo conteúdo técnico. Muitos desses documentos foram posteriormente desclassificados e compõem hoje o acervo apresentado no livro. O material revela não apenas a atuação técnica da Agência, mas também sua resiliência institucional diante de um cenário adverso.
Relatórios, briefings e alertas foram produzidos com base em fontes abertas, dados internacionais e conhecimento acumulado. Mesmo sem garantias de que seriam lidos ou levados em consideração, os servidores insistiram em fazer sua parte — uma resistência silenciosa, mas poderosa.
Um testemunho sobre coragem e responsabilidade “Memórias da Pandemia” não é apenas um repositório de dados. É, acima de tudo, um relato sobre ética, compromisso com o interesse público e o valor da informação qualificada — especialmente quando ela é ignorada. A obra revela o embate entre o dever institucional de proteger a sociedade e a tentativa política de controlar narrativas. Revela também o isolamento dos técnicos que, muitas vezes, enfrentaram a pandemia não apenas do ponto de vista epidemiológico, mas também político e psicológico.
“Se as decisões não foram tomadas, há que se perguntar àqueles que as receberam”, escreve o pesquisador Gustavo Matta, da Fiocruz, no prefácio da obra.
É também uma homenagem silenciosa aos profissionais da inteligência que, mesmo na sombra, escolheram agir com luz. A publicação marca um esforço inédito de transparência e de abertura da ABIN à sociedade, mostrando que é possível — e necessário — democratizar a inteligência de Estado sem abrir mão do sigilo, mas abrindo espaço para a verdade.
*Os nomes são fictícios para preservar a identidade dos agentes citados.
Convenhamos, quando o próprio doente compartilha manchetes e matérias de sua doença em redes sociais como se nota aqui nessa imagem, é porque não está tão doente assim.
Além disso, Bolsonaro postou nas redes uma espécie de novelinha fazendo Tomografia Computadorizada de Tórax e Abdomen. numa clara campanha publicitária do DF Star – Rede D’OR.
Mas essa filmagem não é qualquer filmagem. A coisa foi muitíssimo bem produzida. Coisa de profissional. O que espanta é ver que médicos e toda a equipe de enfermeiros e etc, não só aceitam se expor nas imagens como parecem fazer parte de um roteiro pré-estabelecido e dirigido pelo diretor do filme
Collor, Aécio, Temer, Moro, Dallagnol e Bolsonaro são apenas alguns vigaristas que a chamada grande mídia apoiou e que, em certos casos, transformou os comprovados vigaristas, em heróis no JN.
O primeiro método para estimar a inteligência e independência de um jornalista é olhar para os homens que tem à sua volta.
Nesse caso, a grande mídia se cerca dos piores ratos da República. Isso é histórico.
Roberto Marinho tratava Collor como um filho.
Daí a sua massiva campanha para transformar esse vigarista, preso hoje, em herói nacional como “caçador de marajás”
Alguém já viu a Globo fazer mea culpa por apoiar só ratazanas políticas pegas na ratoeira?
Por isso os barões da grande mídia esquecem mais rapidamente a morte de um politico corrupto.
O apoio dos nossos leitores via PIX, é fundamental para manter a independência e a qualidade do jornalismo.
O Antropofagista valoriza a liberdade de expressão e o compromisso com a verdade, sem influências externas que possam comprometer a imparcialidade das notícias.
Collor foi preso por corrupção na BR Distribuidora.
Dito isso, vem a lembrança da comprovada tentativa de Moro e Dallagnol de se apropriarem de R$ 2,5 bilhões da Petrobras.
As acusações sobre o roubo na Petrobras, envolvendo Sergio Moro e Deltan Dallagnol referem-se a um relatório da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) de abril de 2024, que apontou irregularidades na gestão dos recursos recuperados pela Operação Lava Jato.
Segundo o documento, Moro, Dallagnol e a juíza Gabriela Hardt teriam atuado entre 2016 e 2019 para desviar cerca de R$ 2,5 bilhões, originalmente destinados à União, para a criação de uma fundação privada que seria gerida por interesses privados dos três espertos
O relatório, assinado pelo delegado da Polícia Federal Élzio Vicente da Silva, sugere que o trio, com apoio de agentes públicos americanos e gerentes da Petrobras, manipulou acordos de leniência para direcionar esses valores, visando “protagonismo pessoal” e possíveis benefícios políticos.
A fundação mencionada nunca foi criada, pois a Procuradoria-Geral da República, sob Raquel Dodge, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), e Alexandre de Moraes, cortou as asinhas dos três corruptos em 2019.
O comédia Moro, em nota, negou qualquer desvio, afirmando que os valores foram devolvidos diretamente à Petrobras, vítima dos crimes apurados na Lava Jato, e que deixou a 13ª Vara Federal de Curitiba em 2018, antes das discussões sobre a fundação.
Já o coringa Dallagnol, por sua vez, negou negociações informais com autoridades americanas, embora documentos encontrados na correição indiquem o contrário.
Gilmar Mendes e o juiz Eduardo Appio reforçam a acusação de manipulação e ganância, citando a tentativa de criar a fundação como parte de um esquema político-partidário e enriquecimento ilícito.
Gilmar, há poucos dias, em Harvard, disse que Moro e Dallagnol adoram dinheiro.
Essa era a conduta ética da “heroica” Lava Jato e suas consequências políticas.
Para mais detalhes, consulte o relatório do CNJ ou o livro “Tudo Por Dinheiro” de Eduardo Appio.
De repente, o paciente que, segundo os médicos de Natal, já estava em processo de melhora, foi submetido a uma cirurgia de 12 horas.
A imprensa em Brasília deve aos seus leitores uma investigação sobre o Hospital DF Star. O que está ocorrendo entre o hospital e Jair Bolsonaro não obedece a normas básicas de medicina.
Vamos a um Xadrez sobre as relações entre as cirurgias de Bolsonaro e as crises políticas que ele enfrenta.
As cirurgias de Bolsonaro em momentos políticos críticos
A eleição de Bolsonaro foi garantida pela facada e pelas cirurgias a que foi submetido. Depois disso, sofreu outras cirurgias coincidindo com momentos de agravamento de crises políticas. Em todos os episódios, seu primeiro movimento pós-cirúrgico era aparecer de barriga de fora, em foto, expondo de forma quase pornográfica sua situação. Em uma das fotos, há uma simulação óbvia da foto “A Lamentação Sobre Cristo Morto”, do pintor italiano Andrea Mantegna. Até a presença de pessoa ao lado direito dele a foto copia.
03.07.2021 – alta da inflação, perda de emprego, a CPI do Covid em pleno andamento, a omissão do governo para fornecimento de insumo aos estados, as denúncias sobre corrupção na compra de vacinas e declarações de guerra ao sistema eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal.
Agora, chegou-se ao ponto mais crítico: o início do julgamento de Bolsonaro. Qual a melhor forma de defender-se, segundo os padrões pouco corajosos de Bolsonaro: fazer-se de vítima.
A crise em Natal
A equipe médica que o atendeu em Natal deu entrevista coletiva no dia 12 de abril descartando a necessidade de uma cirurgia e sustentando que o tratamento médico já melhorara a situação de Bolsonaro. Bastaria a continuidade do tratamento para normalizar sua situação. A alegação para a transferência para Brasília foi a de que Bolsonaro queria ficar mais perto da família.
A troca programada do cirurgião
Em Brasília, surpresa! Uma cirurgia já acertada com um novo médico, Cláudio Birolini, apresentado à imprensa como “ próximo da ex-primeira dama Michele Bolsonaro”, descartando o cirurgião-geral Antonio Luiz Macedo, que o operou nas quatro vezes anteriores. Ou seja, um dia depois da ocorrência em Natal, e da melhora de Bolsonaro, já havia sido escolhido o novo cirurgião e marcada a cirurgia. Tudo isso coincidindo com o próximo julgamento de Bolsonaro.
Não se toma uma decisão dessa ordem da noite para o dia. E qual o conhecimento médico de Michelle para dar uma ordem de tamanha responsabilidade – sem uma reclamação sequer dos filhos? Sabendo-se do histórico de conflitos entre filhos e Michelle, é evidente que a troca obedeceu a um consenso familiar prévio.
A urgência improvisada
De repente, o paciente que, segundo os médicos de Natal, já estava em processo de melhora, foi submetido a uma cirurgia de 12 horas no dia seguinte à sua chegada no hospital.
Na entrevista coletiva, o cardiologista da equipe, Leandro Echenique, deu o tom da suposta gravidade da situação:
“Isso (a resposta do organismo do paciente) pode levar a uma série de intercorrências. Aumenta o risco de algumas infecções, de precisar de medicamentos para controlar a pressão. Há um aumento do risco de trombose, problemas de coagulação do sangue. O pulmão, a gente acaba tendo um cuidado específico […] Todas as medidas preventivas serão tomadas, por isso que ele se encontra na UTI neste momento”.
A surpreendente recuperação
Segundo o próprio médico, na manhã do dia seguinte, o paciente que corria riscos de trombose, coagulação e o escambau, já fazia “piadinhas” com os médicos. À tarde, Michele entrou no quarto de Bolsonaro e o fotografou fazendo sinal de positivo.
Havia a orientação de repouso e isolamento absoluto. No entanto, o hospital permitiu a livre movimentação de políticos e familiares dentro da UTI, e até a gravação de uma live – repito: dentro da UTI! -para ajudar a vender um capacete de grafeno, da empresa da qual é sócio, e para receber políticos.
O comercial do capacete foi acompanhado por dois filhos e por Nelson Piquet, com autorização do hospital. No início da transmissão, os filhos disseram que Bolsonaro evitaria falar, devido à recuperação da cirurgia. Mas o doente de cirurgia gravíssima fugiu ao enredo e falou por diversas vezes na live. Volte um pouco, leia os alertas do médico no ítem 4 e veja se guarda qualquer lógica com a live em família.
À guiza de inconclusão
Como foi possível esse livre trânsito de pessoas na UTI, depois de uma cirurgia complexa de 12 horas e de todos os alertas da equipe sobre riscos pós-cirúrgicos?
Tem algo de estranho nessa história, que talvez confirme as avaliações dos sistemas de Inteligência Artificial, em cima das fotos de Bolsonaro.
Há várias hipóteses:
Bolsonaro precisaria mesmo de uma nova cirurgia e tratou-se de escolher o melhor momento para utilizá-la como atenuante à ação do Supremo.
Bolsonaro é extremamente sensível a pressões, e sofre efeitos psicossomáticos que se refletem no seus intestino.
Em qualquer das hipóteses, houve a dramatização da cirurgia pela equipe médica. Seja qual for a hipótese, os bravos colegas de Brasilia nos devem uma investigação mais apurada e in loco.