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É hora da esquerda cair na real sobre 2026

Sem candidato da direita para enfrentar Lula em 2026, a mídia corporativa já entrou em campo para bolsonarizar o “debate público”

Como é de conhecimento de todos e infelicidade geral da nação, a Globo, principal representante da cultura de massa no Brasil, se vende desde sempre como bíblia sagrada da “opinião publica”.

O bolsonarismo é o filhote envelhecido desse entulho midiático.

Por isso é preciso que a esquerda faça, desde já, uma crítica contundente à Globo e ao bolsonarismo!

É bom frisar que a Globo, como uma das principais fontes de informação no Brasil, contribuí para a formação de uma opinião pública manipulada.

O bolsonarismo é uma consequência direta dessa dinâmica.

A mídia industrial ainda tem um papel importante na formação da “opinião pública”

Sem ilusões, a crítica à Globo e ao bolsonarismo é necessária para uma democracia saudável.

A diversificação da mídia independente e a promoção de vozes alternativas do baronato midiático, podem ajudar a mudar esse cenário?

Sim, e muito. Basta que o povo caia na real.

A diversificação da mídia independente é, sim, uma estratégia poderosa para contrabalançar essa dinâmica.

Plataformas digitais, coletivos jornalísticos e criadores de conteúdos alternativos têm vozes ampliadas que desafiam o monopólio da narrativa.

Dados recentes mostram que o consumo de mídia independente cresceu no Brasil: segundo a pesquisa Digital News Report 2024 (Reuters Institute), 58% dos brasileiros buscam fontes alternativas online, e a confiança em grandes veículos tradicionais caiu para 44%.

Isso indica um espaço crescente para discursos fora do eixo corporativo.

No entanto, há desafios. A mídia independente muitas vezes carece de recursos e alcance comparáveis ​​à da Globo, e a polarização digital pode criar bolhas que dificultam o diálogo.

Além disso, o bolsonarismo se alimenta de uma lógica de desinformação que também prospera em ambientes digitais fragmentados. Para que a diversificação midiática fortaleça a democracia, é crucial investir em educação midiática, apoiar financeiramente iniciativas independentes e promover uma regulação que limite o oligopólio da mídia sem cercear a liberdade de expressão.

A crítica contundente à Globo e ao bolsonarismo é necessária, mas deve ser acompanhada de ações práticas: amplificar vozes marginalizadas, desmascarar narrativas manipuladoras com fatos e construir pontes para um debate público mais plural.

A esquerda, nesse sentido, precisa não apenas reagir, mas proporcionar uma visão clara de comunicação democrática.

Cair na real é o primeiro passo.

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Mundo

Trump perde apoio tanto quanto cabelo

A verdade é que a desordem capitalista berra seus nomes nas esquinas de todo o planeta. Trump é só o que grita mais alto.

Trump não é um despirocado. Sua política amalucada de tarifas que mais se parece com a dinâmica de um João Teimoso sendo esbofeteado, não é outra coisa senão a falência múltipla do finado neoliberalismo globalizado.

O que ele está fazendo é só malhar em ferro frio. Por isso a coisa só desanda pelas bandas yankees .

A China tem investido pesadamente em infraestrutura, tecnologia e educação, o que permitiu que o país se tornasse uma potência industrial.

Os EUA, por outro lado, enfrentam desafios como a perda de empregos industriais e a dependência de importações. O pior dos mundos para os americanos

A dependência dos EUA em relação à China de equipamentos médicos durante a pandemia foi um tema de debate. Muitos argumentam que isso expôs a vulnerabilidade da cadeia de suprimentos dos EUA e a perda de capacidade industrial.

Não para aí.

A politica de deportação de Trump vai piorar e muito o quadro de esvaziamento industrial e agrícola nos EUA.

A deportação em massa de trabalhadores imigrantes já afeta pesadamente setores como a agricultura e a construção, que dependem fortemente de mão de obra estrangeira.

Isso está levando a uma escassez de trabalhadores e aumentando os custos para os empregadores.

Bancarrota no campo
Muitos produtores rurais, que apoiaram Trump, estão frustrados, para dizer o mínimo, e expressando preocupações sobre a falta de mão de obra e os impactos econômicos das políticas de imigração.

A agricultura nos EUA depende fortemente de trabalhadores imigrantes e a deportação em massa já afeta a produtividade e a rentabilidade dos negócios agrícolas.

Ou seja, quanto mais Trump mexe nesse excremento capitalista, mais fede.

Trump é conhecido por seu estilo populista e sua capacidade de mobilizar apoio emocional. Ao apelar para questões de costumes e religiosidade, ele tenta desviar a atenção das críticas à sua política econômica e suas consequências

Trump perde apoio tanto quanto cabelo.

A perda de apoio de Trump pode ser comparada à sua calvície, que é notória.

Alguns críticos argumentam que sua personalidade e estilo de governar podem ter funcionado inicialmente, mas com o tempo sua popularidade está caindo como jaca podre.

O apoio a Trump está se deteriorando rapidamente e de forma irreversível.

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Política

Escândalo no INSS começou no governo Bolsonaro

Jornalista Marcelo Auler afirma que rombo de R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos em aposentadorias teve origem na gestão anterior e defende apuração rigorosa.

Segundo o Jornalista, o esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, estimado em R$ 6,3 bilhões, teve início ainda no governo Jair Bolsonaro. Auler enfatizou que a operação conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) não tem motivação política contra a atual gestão federal, mas responde a um problema estrutural que se arrasta desde 2019.

“Eu acho que o governo está dando uma dentro. Este escândalo do INSS precisa ser apurado, e não é um golpe contra o governo. Não foi dinheiro do governo que foi roubado dessa vez, foi dinheiro do aposentado”, declarou.

Os indícios de irregularidade vieram à tona a partir de uma investigação interna da CGU, iniciada após detectar um aumento anormal nos descontos aplicados a beneficiários do INSS. Auler relatou que uma pesquisa da CGU ouviu 1.224 beneficiários e constatou que “97,6% deles informaram não autorizar os descontos”. Ainda conforme o jornalista, “1.221 disseram: ‘Eu não sou de associação nenhuma e tô sendo descontado’”.

A operação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU. Foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária. Também houve o afastamento de seis servidores públicos e o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão. Para Auler,

“essa é a principal diferença da Lava Jato: você não tem um só juiz. São inquéritos de delegados diferentes, de estados diferentes, que são relatados a procuradores da República diferentes, que encaminham aos juízes diferentes”.

O jornalista destacou que a operação se diferencia por sua base institucional. “Ela começa quando a CGU nota que há um crescimento inexplicável desses descontos e começa a investigar”, frisou. A investigação posterior da Polícia Federal teve como ponto de partida os dados consolidados pela CGU.

Marcelo Auler também comentou a atuação do governo Lula diante do escândalo. Ele defendeu a postura da atual administração, que, segundo ele, “acertou no discurso e na operação feita em conjunto CGU, Polícia Federal e a inteligência do INSS”. Porém, criticou a tentativa do ministro da Previdência, Carlos Lupi, de amenizar a situação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que acabou sendo exonerado. “O Lupi errou ontem quando entra na entrevista aliviando o presidente do INSS. Como é que esse cara não viu isso, se já pipocavam matérias na imprensa desde o ano passado?”, questionou.

O caso revela um problema de fiscalização e responsabilidade administrativa. “O servidor público foi corrompido para facilitar essa sacanagem. O rombo não é no governo, infelizmente, é no bolso dos aposentados”, ressaltou. Ele ainda afirmou que, embora parte dos descontos possa ter sido legal, “ainda que fossem apenas 100 mil reais descontados de aposentados, merece uma apuração séria”.

Ele ainda fez referência à atuação do presidente Lula, lembrando que foi ele quem determinou a exoneração do presidente do INSS. “Foi por isso que o Lula mandou demiti-lo no meio da tarde, e quem demitiu foi a ministra substituta da Casa Civil”, explicou. Com 247.

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Política

As lágrimas de crocodilo de Renata Vasconcellos quando a Globo faz 60 anos e ‘esquece’ de seu passado com Collor

Por Ângela Carrato*

A Globo, principal emissora de TV aberta do Brasil, está comemorando 60 anos de existência.

Para a maioria dos expectadores, a data não diz nada, mas a família Marinho, que detém a concessão, resolveu comemorar de “forma diferente”.

Despachou Renata Vasconcellos, que divide a bancada do Jornal Nacional com William Bonner, para diversos locais do país, de onde, da sala de visita de alguma família, apresenta o noticiário.

O objetivo é tentar mostrar sintonia e presença no cotidiano de seu público.

Em 2024, o Grupo Globo registrou lucro líquido de R$ 1,99 bilhão, um aumento de 8% em relação ao ano anterior.

Apesar do resultado positivo, a sua dívida bruta teve aumento de 30%, totalizando R$ 6,6 bilhões. Como o valor da marca Globo é estimado em R$ 9,14 bilhões, a situação está longe de ser confortável.

Motivo que possivelmente explique as razões para a família Marinho tentar passar a limpo a história da emissora, que está longe de ser pautada pelo compromisso com os fatos e a notícia e, menos ainda, com a democracia e o interesse da maioria da população brasileira.

Não há nada mais distante do que qualquer sintonia entre a Globo e o efetivo interesse de seu público.

Chega a causar repulsa em quem estuda a história da mídia brasileira, em especial a da TV Globo, como é o meu caso, ver e ouvir Renata Vasconcellos, com suas caras e bocas e suposta simplicidade, da sala de visita de casas pobres, perguntar às pessoas reunidas em torno de um aparelho de TV, a relação de suas vidas com os 60 anos da emissora.

A resposta, para lá de óbvia, é que todos gostam e se lembram de programas e novelas que “marcaram” suas vidas.

A própria Renata tem feito questão de enfatizar que está sendo super bem recebida por estas famílias, que, não raro, a tratam como “velha amiga” e oferecem o que possuem de melhor.

Em Manaus, por exemplo, saboreou um peixe preparado especialmente para a ocasião.

Quanto mais simples as pessoas, mais se desdobram para receber da melhor maneira possível suas visitas, especialmente uma visita tida como celebridade, que “entra” todos os dias em suas casas e traz as notícias do Brasil e do mundo.

Mas será que essas pessoas teriam o mesmo comportamento se soubessem que a TV Globo, nos dias atuais e ao longo de sua história, mentiu e distorceu os fatos mais relevantes para a vida de cada um de nós?

O que a Globo escondeu do seu respeitável público é muito grave e não pode ficar esquecido.

Vamos aos fatos.

Na última quinta-feira (24/04), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, expediu o mandado de prisão para o ex-presidente da República Fernando Collor. A Globo deu a notícia com destaque, mas contou apenas o que lhe era conveniente.

Collor, que foi preso 30 anos após renunciar à presidência para escapar do impeachment, vai cumprir condenação de oito anos e 10 meses, por corrupção na BR Distribuidora. Através de indicados, ele favoreceu contratos e recebeu propina de R$ 20 milhões.

Propositalmente, o passado de Collor, que tem tudo a ver com a Globo, não foi mencionado.

Para entender o assunto, é preciso recuar a 1989, quando após 21 anos de ditadura militar, apoiada pelo então patriarca Roberto Marinho e pela Globo, os brasileiros foram às urnas escolher diretamente o presidente da República.

Um total de 22 candidatos, dos mais diversos espectros políticos, se apresentou dentre eles nomes como o trabalhista Leonel Brizola (PDT), o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente da Constituinte, Ulysses Guimarães (PMDB), o socialdemocrata Mário Covas, os conservadores Aureliano Chaves (PFL) e Paulo Maluf (PDS) e um até então desconhecido, Fernando Collor de Mello, que disputou pelo minúsculo PRN.

Roberto Marinho, que proibiu a cobertura pela Globo dos comícios gigantes em defesa das eleições diretas, não queria nem ouvir falar na chegada ao poder de candidatos progressistas como Brizola ou Lula, que eram os mais cotados.

Daí ter colocado todas as suas empresas, em especial a TV Globo, a serviço da criação e vitória de um nome que supostamente atendesse aos interesses populares e lhe fosse submisso.

Surge a candidatura de Fernando Collor, apresentado pela emissora como o jovem, bonito e vigoroso governador de Alagoas, mas, sobretudo, um “caçador de marajás”.

Para reforçar a pré-campanha de Collor, a TV Globo colocou no ar até uma novela, “Que Rei Sou Eu”, escrita por Cassiano Gabus Mendes e exibida às 19h.

A trama era uma paródia da realidade vivida pelo Brasil, que passava pela transição do governo militar para as eleições diretas e apresentava a boa vida de uns poucos, os “marajás”, como sendo o principal problema a ser combatido.

O Jornal Nacional, que omitia a atuação e história dos demais candidatos, dava total cobertura e destaque a Collor no suposto combate aos “marajás” em seu estado.

O resultado não poderia ter sido outro.

Para o segundo turno foram Collor e Lula. Brizola, sem dúvida o mais preparado e experiente para o cargo, perdeu por pouco para Lula e ficou fora da disputa.

O que motivou enorme comemoração na Globo e no Comitê de Campanha de Collor, uma vez que consideravam mais fácil derrotar Lula do que Brizola.

A Globo favoreceu descaradamente Collor no último debate contra Lula. Na edição, além de dar maior tempo de fala para Collor, colocou no ar uma espécie de os melhores momentos de Collor e os piores de Lula.

Além disso, permitiu todo um teatro da parte de Collor, que levou pastas vazias e as apresentou como “dossiês contra Lula”.

O resultado dessas manipulações foi a vitória de Collor com 55% dos votos. Vitória que a maioria da população rapidamente passou a amargar.

Um dia após a posse foi anunciado um plano econômico que desesperou milhares de pessoas, exceto ricos e bilionários.

Numa atitude desastrada, Collor e sua ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Melo, congelaram por 18 meses todos os depósitos em contas correntes, cadernetas de poupança e overnight que excedessem a 50 mil cruzados novos (NCz$)

A então moeda brasileira, o cruzado novo, foi substituído pelo cruzeiro. Os preços e salários foram congelados, ao mesmo tempo em que se aumentava o preço dos serviços públicos como gás e energia elétrica.

A reforma ultraliberal de Collor eliminou também vários tipos de incentivos fiscais e abriu o país para importações, com enormes prejuízos para a indústria nacional.

Os muito ricos e bilionários, que foram avisados com antecedência (“informações privilegiadas”) sobre as medidas, puderam tomar providências e as aplaudiram.

Enquanto isso a classe média e os mais pobres se viram privados do dinheiro que pouparam, levando muita gente à penúria, ao desespero ou mesmo ao suicídio.

A Globo, no entanto, seguiu firme ao lado de Collor, destacando cada vez mais seu preparo físico, suas caminhadas matinais e sua paixão por jet-ski.

Só quando tentou criar o próprio esquema político e econômico e sair da tutela da família Marinho é que denúncias de corrupção contra ele e sua família passaram a ser divulgadas.

Atribui-se à Globo a visibilidade que os “caras pintadas”, jovens que defendiam o impeachment de Collor, ganharam. Manifestações que impulsionaram pedido nesse sentido, que passou a tramitar no Congresso Nacional.

Com Collor, Roberto Marinho conseguiu um duplo feito: elegeu e depois derrubou um presidente que não atendia mais ao seu comando. O grupo Globo e seu patriarca, que cresceram à sombra da ditadura militar, mostravam-se dispostos a tudo fazer para tutelar o nascente poder civil.

Itamar Franco, o vice de Collor que assumiu em meio à trapalhada encontrada, mal teve tempo para estabilizar a economia. Situação que abriu caminho para o sociólogo tucano Fernando Henrique Cardoso chegar ao poder, com, claro, as bênçãos da Globo.

FHC não só pediu para que esquecessem o que havia escrito, como aprofundou e consolidou o neoliberalismo iniciado por Collor, com a redução dos investimentos públicos e privatização de importantes empresas estatais.

Durante seu governo foram vendidos o sistema Telebras, os bancos Banerj, Banestado e Banespa, e privatizadas empresas como Embraer, Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica Nacional.

Por pouco a Petrobras também não entrou na lista, numa onda que abriu completamente o mercado nacional para empresas estrangeiras e reduziu em mais de 20% os funcionários públicos em nível federal e estadual por meio de aposentadorias antecipadas ou demissões.

Data daí a piora dos serviços públicos com a terceirização de trabalhadores. Piora extremamente agravada após o golpe, travestido de impeachment, contra Dilma Rousseff, em 2016, que levou ao poder Michel Temer e possibilitou a vitória de Jair Bolsonaro, em 2018, outra inexpressiva figura que contou com o decisivo apoio do Grupo Globo.

Não falta nem mesmo quem veja no capitão expulso do exército um novo Collor, seja pelo porte atlético, seja pela paixão por jet ski.

Outra semelhança se deve ao fato de que Bolsonaro, mesmo nunca tendo gozado da amizade dos sofisticados Marinho, os proporcionou o convívio com o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que era e continua sendo um querido para a emissora, em sua sanha de tudo privatizar.

Em 2013, o Grupo Globo, já sem Roberto Marinho e comandado por seus três filhos, chegou a admitir que “errou” ao apoiar a ditadura militar. Esse reconhecimento, pelo visto, não continha qualquer sinceridade.

Tanto que em editorial sobre o assunto, tenta justificar o injustificável e lembra que tal apoio se deu “ao lado de outros grandes jornais como Estadão, Folha, Jornal do Brasil e Correio da Manhã”.

Some-se que o grupo não pensou duas vezes para voltar a apoiar outro golpe, desta vez contra Dilma três anos depois.

Agora o Grupo Globo tenta passar ao largo da prisão de Collor, como se não fosse responsável pelo deplorável papel que sua criatura exerceu na vida pública brasileira, da mesma forma que não fez qualquer autocrítica sobre o apoio a FHC, incluindo o combate sistemático às candidaturas de Lula à presidência em 1994 e 1998 e, menos ainda, ao apoio que deu ao governo Bolsonaro.

Quem se recorda que o Jornal Nacional nunca mencionou os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra Bolsonaro?

Se os humildes telespectadores da Globo soubessem dessas atuações e de como a emissora, não tendo conseguido impedir a vitória de Lula em 2022, fez de tudo para sabotar seus dois primeiros governos, dificilmente Renata teria a acolhida que vem recebendo.

Se a vida melhorou para as pessoas mais simples, beneficiários de programas como Luz para Todos, SUS, Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Mais Médicos, Brasil Sorridente, Farmácia Popular, SAMU, Minha Casa Minha Vida, Desenrola e valorização do salário mínimo acima da inflação, todos eles contaram com a oposição sistemática da família Marinho.

Depois de não ver nada de errado no governo Temer, que praticamente acabou com os direitos trabalhistas, e de apoiar entusiasticamente a Reforma da Previdência de Bolsonaro, a Globo não tem medido esforços para desgastar Lula nesse terceiro mandato.

A emissora passa ao largo de mostrar para o seu público o desastre dos seis anos de governos golpistas (2016-2023) e já tem candidato para 2026: o extremista de direita que governa São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, agremiação ligada à Igreja Universal do Reino de Deus e linha auxiliar do PL de Bolsonaro.

Pelos parâmetros da Globo, Tarcísio é o candidato moderado de que o Brasil precisa.

Seria quase infindável a lista das ações da família Marinho e da TV Globo contra a soberania brasileira e os interesses da maioria da nossa população nas últimas seis décadas, grande parte dela já registrada em textos anteriores de minha autoria.

Considero indispensável, antes de concluir, lembrar três outras ações que deixam claro como a emissora e seus proprietários não mudaram de atitude.

Em meados de 2023, após forte campanha da emissora a favor de que fosse prorrogada a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, a medida foi aprovada.

Foram inúmeras as reportagens veiculadas pelo Jornal Nacional, dando conta da necessidade da medida para “evitar o desemprego” em setores chave da economia.

Nada mais mentiroso.

A tal desoneração, que nunca foi devidamente explicada pela emissora, significou prorrogar por três anos a isenção do pagamento de impostos por parte de 17 setores, um deles o das comunicações, do qual o Grupo Globo é o principal integrante.

Dito de outra forma, ao utilizar o seu noticiário para defender a isenção de impostos para grandes empresários e para si próprio, o Grupo Globo retirou do orçamento público recursos que poderiam ser investidos em políticas que interessam diretamente à maioria da população.

A ação nefasta do grupo Globo e de sua principal emissora não termina aí.

Defendeu com unhas e dentes, durante os últimos dois anos, a criminosa gestão do bolsonarista Roberto Campos Neto, que deixou como herança, em sua despedida do cargo, uma taxa de juros de 12,25%, a segunda maior do mundo.

Taxa que seu sucessor, indicado por Lula, Gabriel Galípolo, vem enfrentando as mais diversas pressões, capitaneadas pelo mercado e pela própria Globo, quando se trata de reduzi-la.

Para os menos versados em economia, taxa de juros elevada é sorvedouro de recursos que poderiam ser utilizados na ampliação e criação de novas políticas públicas. Taxas de juros altas interessam apenas à elite financeira nacional e internacional.

Quando o Jornal Nacional esconde de seu público, como tem feito desde o final do ano passado, que as emendas parlamentares secretas, “inovação” do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, nada mais são do que espaços para corrupção grossa, isso significa desinformação e mentira para o seu público.

Já imaginou, por exemplo, qual seria a reação das pessoas se o JN desse ao assunto o mesmo espaço que dedicou à criminosa Operação Lava Jato ou à condenação e prisão, sem crime, de Lula por 580 dias?

Possivelmente – e com toda razão – haveria manifestação permanente nas mais diversas capitais e em frente ao Congresso Nacional. Desta vez, manifestações legítimas e não as manipuladas como a dos “caras pintadas” ou as batizadas como “Jornadas de Junho”, em 2013.

O silêncio da Globo é exatamente para evitar que tais manifestações aconteçam.

Não menos importante, nos últimos dias, desde que a Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Federal denunciaram e fizeram operações para prender integrantes da quadrilha que lesou o INSS e deu mais de R$ 6,6 bilhões de prejuízos a aposentados e pensionistas, é o Jornal Nacional tentar jogar este escândalo de corrupção no colo do governo Lula.

O esquema começou no governo Temer, intensificou-se durante os anos de Bolsonaro e foi desbaratado agora. Trata-se de mais um esquema pesado de corrupção que Bolsonaro e sua turma deixaram como herança.

A mídia sabe disso, mas faz cara de paisagem, ao mesmo tempo em que tenta implicar o irmão mais velho de Lula, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, no escândalo, pelo simples fato de ser vice-presidente de um dos sindicatos da categoria.

Detalhe: a entidade da qual é vice-presidente não está envolvida no esquema e nem ele foi citado.

É conveniente tentar implicá-lo para atingir Lula e jogar água no mentiroso moinho de que “o PT é corrupto”.

Talvez tudo isso explique o desespero que tomou conta de Bolsonaro e de sua turma quando perderam a eleição. Desespero que volta a rondar a classe dominante brasileira diante da decisão de Lula de que é “candidatíssimo” para as eleições de 2026.

É de se esperar que a Globo e a família Marinho, que consideram normal Bolsonaro internar-se pela sexta vez e transformar o espaço de uma CTI em Brasília em palco para lives e encenações políticas, voltarem suas baterias novamente contra Lula, a fim de impedir sua reeleição.

Até porque os esforços para inviabilizaram seu terceiro mandato se mostram cada dia mais ineficazes.

Integra esta estratégia da Globo a busca por maior proximidade com seu público, a pretexto dos 60 anos.

Estratégia que cumpre dois objetivos: manter tanto a sua audiência quanto o seu valor de mercado. Se o expectador é também o eleitor, quanto maior o número de expectadores, mais valiosa será esta marca.

É essa estratégia que está por trás de Renata Vasconcellos ter trocado, nem que seja por alguns dias, o confortável e refrigerado estúdio onde atua, no Rio de Janeiro, por embrear-se pelo Brasil.

Por desconhecer o que fez e continua fazendo a TV Globo, as pessoas recebem Renata de coração aberto e são sinceras no carinho que demonstram. Resta saber se são sinceras e verdadeiras as lágrimas e a emoção de Renata nestes contatos.

Como profissional bem informada que é, suas lágrimas se assemelham mais às de crocodilo.

Por quanto tempo mais a TV Globo conseguirá enganar a maioria de seus expectadores?

*Ângela Carrato é jornalista. Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Membro do Conselho Deliberativo da ABI.

*Viomundo

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Política

Prisão de Collor acende alerta e pânico para Bolsonaro, avalia jurista: ‘STF não vai aceitar recursos protelatórios’

A prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello na madrugada desta sexta-feira (25) pode ser um indicativo de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não vai tolerar manobras para adiar condenações definitivas — e esse recado vale para outros nomes relevantes, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A análise é da jurista e advogada criminalista Fabiana Marques Otero, em entrevista ao BdF.

“Existe um link entre essas decisões. Percebemos que o ministro [Alexandre de Moraes] está sinalizando que não vai aceitar esses inúmeros recursos quando forem meramente protelatórios”, afirmou Otero. Ela ressaltou que os instrumentos de defesa continuam sendo válidos, mas não devem ser usados para adiar indefinidamente a execução de penas.

Collor foi condenado pelo STF a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato. A sentença foi confirmada em 2023, e a ordem de prisão determinada nesta semana por Moraes ocorreu após a defesa apresentar novos recursos considerados “protelatórios” pelo ministro. Collor foi preso no aeroporto de Maceió (AL) quando, segundo a defesa, embarcaria para Brasília (DF) para se apresentar à Polícia Federal.

A jurista considerou que a prisão está dentro dos parâmetros da lei. “A postura foi adequada. Quando há um mandado, onde a pessoa é encontrada, deve ser efetivada a prisão, independente de onde ela está”, explicou.

Questionada se o caso Collor poderia seguir o caminho de outras decisões anuladas da Lava Jato, Fabiana vê distinções. “As decisões arbitrárias que vimos lá atrás, da Lava Jato, não se refletem agora. Temos uma decisão desde 2023, onde de fato há comprovação não só desse uso do tráfico de influência, mas também dessa corrupção passiva. Ela tem sido feita em respeito à estrita legalidade.”

Para ela, o julgamento do STF caminha para manter a decisão de prisão, ainda que haja possibilidade de conversão para domiciliar, dada a idade e problemas de saúde alegados pelo réu. “Ele preenche minimamente os requisitos para ter concedida uma prisão domiciliar. Acredito que o caminho seja esse”, afirmou.

A advogada também comentou o uso de decisões monocráticas, ou seja, tomadas individualmente por um ministro do STF, alvo de críticas crescentes no Congresso. “Sou contra a extinção dessas decisões, elas fazem parte também do movimento da Casa. Às vezes tem um juiz de plantão, uma decisão que deve ser tomada de maneira mais apressada”, afirmou. “O problema é que nós vemos, sim, determinadas extorsões pelo excesso de poder que o Judiciário hoje tem nas mãos, como foi com a Lava Jato”, ponderou em seguida.

*BdF

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Governo Lula reserva casas do Minha Casa, Minha Vida para população de rua

Medida faz parte do Plano Ruas Visíveis, que busca atender a população vulnerável em 38 cidades, incluindo todas as capitais estaduais.

O governo passou a reservar 3% das unidades do programa Minha Casa, Minha Vida na modalidade Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) em 38 cidades para pessoas em situação de rua. A medida foi formalizada em portaria conjunta entre os ministérios das Cidades, dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento Social publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira (23).

A medida faz parte do Plano Ruas Visíveis, lançado em dezembro de 2023. A expectativa é de que aproximadamente mil unidades sejam destinadas a na primeira fase.

O texto alinha-se ainda à lei da Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para a População em Situação de Rua (PNTC PopRua), reconhecendo a importância da moradia para a superação das vulnerabilidades dessa população. Mais de 315 mil pessoas estão cadastradas no CadÚnico como em situação de rua, número possivelmente subestimado.

A prioridade será dada a famílias com crianças ou adolescentes, mulheres, gestantes, pessoas trans, pessoas com trajetória de rua oriundas da rede socioassistencial ou de iniciativa de moradia temporária, pessoas idosas, pessoas com deficiência (PcD), participantes de projetos vinculados à PNTC PopRua e pessoas indígenas, segundo o Congresso em Foco.

Cidades comtempladas

A portaria contempla municípios com mais de mil pessoas em situação de rua. Serão incluídas as seguintes cidades:

  1. Belo Horizonte (MG)
  2. Boa Vista (RR)
  3. Brasília (DF)
  4. Campinas (SP)
  5. Campo Grande (MS)
  6. Cuiabá (MT)
  7. Curitiba (PR)
  8. Feira de Santana (BA)
  9. Florianópolis (SC)
  10. Fortaleza (CE)
  11. Foz do Iguaçu (PR)
  12. Goiânia (GO)
  13. Guarulhos (SP)
  14. João Pessoa (PB)
  15. Joinville (SC)
  16. Juiz de Fora (MG)
  17. Macapá (AP)
  18. Maceió (AL)
  19. Manaus (AM)
  20. Natal (RN)
  21. Osasco (SP)
  22. Palmas (TO)
  23. Porto Alegre (RS)
  24. Porto Velho (RO)
  25. Recife (PE)
  26. Rio Branco (AC)
  27. Rio de Janeiro (RJ)
  28. Salvador (BA)
  29. Santos (SP)
  30. São José do Rio Preto (SP)
  31. São José dos Campos (SP)
  32. São Luís (MA)
  33. São Paulo (SP)
  34. Teresina (PI)
  35. Uberlândia (MG)
  36. Vitória (ES)

 

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Política

PL da anistia e o escrúpulo do umbral de Malafaia

O PL da Anistia, especificamente o PL nº 2858/2022 , é um projeto de lei no Brasil que propõe anistiar pessoas envolvidas nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023 , além de outros eventos correlatos com motivação política ou eleitoral.

Esse projeto do Umbral é pauta prioritária da direita bolsonarista, que busca não apenas livrar os condenados por crimes como associação criminosa e tentativa de golpe de Estado, mas também reverter a inelegibilidade de figuras toscas e criminosas como Bolsonaro

O projeto da Anistia para Bolsonaro é um pedregulho inconstitucional no coturno dos golpistas.

Segundo a Constituição Brasileira, crimes hediondos não podem ser anistiados.

Os atos terroristas de 8 de janeiro são enquadrados como graves contra o Estado Democrático de Direito

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), pau mandado de Malafaia, agora ameaça de maneira criminosa sequestrar todo o orçamento secreto que já é um troço pornográfico e liberar só para quem apoia a urgência do embuste para que o projeto seja votado a pau e pedra.

A ameaça em sí já é um crime grave!

A anistia, apaga crimes, e perdoa atos como os de 8 de janeiro, que atentaram contra a democracia, e pode sim gerar escrúpulos às avessas coletivo na sociedade, ou seja, a perpetuação da impunidade.

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Opinião

Uma imagem para a eternidade

Existem lideranças e lideranças. As movidas por um sentimento de humanismo verdadeiro são especiais.

A imagem de Lula abraçando o Papa realmente carrega um peso simbólico forte, especialmente no contexto brasileiro, onde política e religião muitas vezes se cruzam de forma intensa.

É uma cena que pode evocar várias interpretações: afeto, diplomacia, busca por legitimidade ou até uma tentativa de conciliação entre esferas tão distintas.

A foto do Lula e o Papa Francisco se abraçando realmente captura algo profundamente humano: o encontro entre dois líderes, cada um com seu peso simbólico, em um gesto de afeto e respeito.

É como se, por um instante, as barreiras políticas e religiosas se dissolvessem, mostrando a essência da conexão humana.

Essa arte do humano pode estar na vulnerabilidade e nas circunstâncias daquele momento, que transcende os papéis institucionais dos dois.

Há um ponto central nessa belíssima imagem:
Tanto o Papa Francisco quanto o presidente Lula construíram suas trajetórias marcadas para um compromisso com os pobres e com a justiça social, cada um à sua maneira.

O Papa, com sua simplicidade e ênfase na Igreja voltada aos marginalizados e, Lula, com políticas sociais como o Bolsa Família e o foco em reduzir desigualdades no Brasil.

A união dessa fraternidade como um traço definidor.

A foto deles juntos, nesse abraço, parece cristalizar a sintonia de valores.

Um momento em que a espiritualidade e a política convergem em prol dos mais vulneráveis.

É uma imagem que ressoa porque reflete essa luta comum.

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Para o “topetudo” Fux, tentativa de golpe é pulga magra

Recentemente, Fux divergiu de colegas na Primeira Turma do STF, como Moraes e Flávio Dino, ao argumentar que casos relacionados à tentativa de golpe de Estado deveriam ser julgados pelo plenário da Corte, não por uma turma.

Essa discussão gerou reações na sociedade, criticando Fux, dizendo que ele minimizaria a gravidade da tentativa de golpe comandada por Bolsonaro e seus generais amestrados.

Para a maioria das pessoas, há evidências de que Fux nega a seriedade do caso, e não uma suposta análise mais ampla e distinta sobre competência e enquadramento jurídico.

Sim, nesta sexta, 25 de Abril, o ministro Luiz Fux, do STF, votou pela condenação de Débora Rodrigues, conhecida como “golpista do batom”, mas propôs uma pena mínima de 1 ano e 6 meses de reclusão, em regime aberto, divergindo de outros ministros como Alexandre de Moraes, que defendeu uma pena de 14 anos.

Fux absolveu Débora de quase todas as acusações relacionadas à tentativa de golpe, considerando que as provas não justificavam a gravidade imputada.

Essa posição, que é a mesma de Bolsonaro e seus golpistas mais graduados, gerou debate com críticas ácidas na sociedade, indicando que Fux minimizou o caso sem uma justificativa minimamente lógica para quem era “osso duro” com os condenados nas farsas do mensalão e da Lava Jato, comandadas por Joaquim Barbosa e Sergio Moro.

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Sobre o papel da grande mídia na farsa da UTI de Bolsonaro

Quem acompanha atento a internação de Bolsonaro na UTI do hospital DF Star, chega à conclusão de que ele não foi e não é atendido por uma equipe médica, mas por um ajuntamento de tietes colegiais.

Aquela UTI mais parece uma alegre feira de peixe. O troço tem até sanfoneiro de dedo duro e padre fake.

Para a mídia industrial, tudo parece 100% normal e verídico.

Quem quiser uma análise mais aprofundada sobre essa internação de Bolsonaro na UTI, jamais deve buscar na grande mídia.

Esse tipo de imprensa de banco não quer saber de analisar o contexto da internação, especialmente em casos de internações de figuras públicas como Bolsonaro que, neste caso, coincide com momentos de pressão jurídica e política.

Bastara examinar o histórico de casos semelhantes com o mesmo protagonista da UTI e associar com o evento em questão.
Nada é questionado, tudo perece real, normal e exclusivo para a grande mídia.

Não cabem perguntas sobre a veracidade das cenas montadas pela equipe de filmagem e fotografia contratada e levada à UTI por Carlos Bolsonaro. O mesmo principal personagem, segundo Bebianno, da falsa facada.

É ambulância pra cá e helicóptero pra lá, intimação aqui e acolá, filmada e editada a gosto do internado, sem qualquer questionamento da grande mídia.

A ausência de evidências concretas de fraude, como desmentidos médicos ou inconsistências factuais graves, indica que os problemas de saúde são plausíveis, mas a conduta de Bolsonaro e do hospital levanta dúvidas legítimas sobre a gravidade e a gestão do caso.

Conclusão
Os questionamentos sobre a veracidade da internação de Bolsonaro na UTI baseiam-se principalmente em uma análise visual simples que a mídia não faz, sobretudo, na sua atividade durante a internação e na falta de transparência detalhada.

O histórico médico, os boletins e a complexidade do procedimento cirúrgico narrados pela mídia sugerem que a internação é real, mesmo que escancaradamente exagerada e explorada politicamente.