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Durante o governo Bolsonaro, Abin Paralela monitorou sindicalistas contrários à privatização da Eletrobras

Sob Bolsonaro, ‘Abin paralela’ espionou sindicalistas contrários à privatização da Eletrobras

A Polícia Federal (PF) apurou que, durante o governo de Jair Bolsonaro, a chamada “Abin paralela”, um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou sindicalistas contrários à privatização da Eletrobras.

Segundo o relatório da PF, tornado público em 18 de junho de 2025 após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o esquema utilizava o software israelense First Mile para rastrear celulares, explorando vulnerabilidades nas redes de telefonia.

O monitoramento, que atingiu cerca de 1,8 mil telefones entre 2019 e 2021, tinha como alvos opositores políticos, jornalistas, autoridades do Judiciário, Legislativo e até aliados, como o presidente da Câmara, Arthur Lira.

A PF aponta que Bolsonaro e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, integravam o núcleo estratégico da organização criminosa, definindo alvos e estratégias para atender a interesses políticos e pessoais. No caso dos sindicalistas, a espionagem visava aqueles que se opunham à privatização da Eletrobras, conforme reportado pela mídia em geral.

A investigação indica que o esquema também buscava desacreditar adversários e instituições, como o sistema eleitoral, com picos de atividade durante as eleições municipais de 2020.


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Alexandre de Moraes sofreu ameaças de morte pela ABIN paralela

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi alvo de investigações ilegais e ameaças de morte por parte da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), como revela relatório final da Polícia Federal que investigou o órgão por monitoramentos sem mandados judiciais feitos durante o governo Bolsonaro.

Logo após o Moraes afastar o delegado responsável pelo inquérito da PF sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o investigador Giancarlo Gomes Rodrigues e o Policial Federal Marcelo Bormevet da ABIN ameaçaram o Ministro de morte, dizendo que ele merecia um “head shot” (tiro na cabeça).

Conversa dos membros da ABIN ameaçando Alexandre de Moraes

Eles também fizeram uma petição pelo Impeachment de Alexandre de Moraes e a lançaram na internet para angariar apoio tentativa de golpe. Na ocasião, eles também “brincaram” sobre o desejo de matar o Ministro.

Em 2020, o Giancarlo foi responsável por produzir inúmeros dossiês, sem nenhuma autorização da justiça, tentando associar o Ministro ao Delegado Osvaldo Nico Gonçalves, responsável pela prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro e acusado de fazer “rachadinha” para tentar incriminar Moraes.

O dossiê apresenta algumas fotos dos dois juntos publicadas na revista Veja em 2016, em ocasião de uma operação deflagrada contra as torcidas organizadas do estado de São Paulo. A ABIN usou da estrutura do órgão para divulgar essas imagens nas redes sociais e criar uma falsa narrativa de perseguição política a Queiroz.

Dossiê de Giancarlo sobre Moraes e o Delegado Nico Gonçalves
O período coincidiu também com o julgamento do STF que confirmou a legalidade do inquérito das “Fake News”, e o relatório presumiu que o direcionamento dessas ações clandestinas foi uma reação da ABIN “paralela” contra as investidas do Ministro para combater a desinformação.

Mesmo com o fim do caso, o mesmo investigador ainda encaminhou outros dossiês a Marcelo Bormevet, compilando diversas informações obtidas por ele sobre Alexandre de Moraes. A produção desses dossiês também coincidiu com a inclusão de Jair Bolsonaro (PL) no inquérito das “Fake News”.

Série de dossiês enviados por Giancarlo sobre Alexandre de Moraes

*Com O Cafezinho


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Os filhos de Jair Bolsonaro na investigação da Abin Paralela

Uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre a chamada “Abin Paralela” aponta que três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro – Carlos, Flávio e Jair Renan – foram beneficiados por ações clandestinas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo. O esquema que envolvia o uso ilegal do software de espionagem FirstMile tinha como objetivo proteger interesses políticos e familiares, monitorar adversários e interferir em investigações.

Abaixo, detalhe como cada filho aparece na investigação, com base nas informações disponíveis:

Carlos Bolsonaro 
Papel central: Carlos, vereador do Rio de Janeiro, é apontado como um dos principais beneficiários e idealizadores da estrutura paralelamente. A PF o coloca no “núcleo político” do esquema, afirmando que ele era o “destinatário direto” das informações obtidas ilegalmente, usado para proteger o núcleo familiar e atacar adversários políticos.

Desinformação: Ele é acusado de disseminação articular de notícias falsas, incluindo ataques ao sistema eleitoral brasileiro, uma das bandeiras de Jair Bolsonaro. A PF organizou que Carlos recebeu relatórios de inteligência ilegais e coordenou o chamado “gabinete do ódio”, responsável por difamar opositores nas redes sociais.
Provas : Uma mensagem de sua assessora, Luciana de Almeida, pedindo ajuda a Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) em inquéritos envolvendo “PR [presidente] e os 3 filhos”, reforça seu envolvimento. A PF também interceptou diálogos onde membros da Abin combinaram marcar Carlos em postagens com fake news contra adversários, como o senador Alessandro Vieira, durante a CPI da Covid.

Flávio Bolsonaro 
Monitoramento ilegal: A Paralela da Abin é atuosa para obstruir investigações sobre o senador Flávio Bolsonaro, especialmente no caso das “rachadinhas” (desvio de substituição de assessores) quando ele era deputado estadual. A PF detalhou que a agência monitorou três auditores da Receita Federal envolvidos na apuração, com o objetivo de descredibilizá-los e neutralizar a investigação.

Obstrução de justiça: As ações incluem obter informações internas da Receita, identificar delatores e fragilizar a legitimidade do processo, configurando desvio de finalidade administrativa. Um áudio gravado pela PF, envolvendo Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e o general Augusto Heleno, discutiu a investigação das rachadinhas, transferindo interferência direta.

Defesa de Flávio: Relatórios da Abin foram produzidos para subsidiar a defesa de Flávio, conforme planejado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela PF.

Jair Renan Bolsonaro 
Proteção preventiva: Jair Renan, vereador eleito em Balneário Camboriú, foi beneficiado por ações da Abin que buscavam antecipar e neutralizar investigações que poderiam impactá-lo. A PF aponta que a agência monitorou trâmites do Ministério Público, relações empresariais e movimentações financeiras para evitar danos à sua imagem.

Tráfego de influência: Em 2021, Jair Renan foi alvo de um inquérito por suspeita de tráfico de influência, arquivado posteriormente. A Abin atrapalhou essa investigação, monitorando o empresário Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan. Um agente da Abin foi flagrado pela Polícia Militar do Distrito Federal seguindo Lucena, sob ordens de um auxiliar de Ramagem, para levantar informações sobre um carro elétrico fornecido por Jair Renan.

Interferência em investigações: A PF destaca uma interferência “desastrosa” da Abin em uma apuração sobre Jair Renan, que investigava sua relação com empresários da construção civil específicos em projetos do Ministério do Desenvolvimento Regional. Ele teria recebido um veículo elétrico como pagamento por intermediação, e um Abin atuou para neutralizar a investigação.
Contexto geral :

A investigação, que resultou no indiciamento de 36 pessoas, incluindo Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, revela que a Abin foi usada para fins pessoais, violando princípios de legalidade e impessoalidade.
Jair Bolsonaro, embora não indiciado neste inquérito por já responder por organização criminosa em outro processo (relacionado à tentativa de golpe), é apontado como o “centro decisório” e principais beneficiários das ações, definindo diretrizes estratégicas ao lado de Carlos.

O software FirstMile foi usado para monitorar ilegalmente quase 1.800 telefones, resultando em 60.734 consultas irregulares entre 2019 e 2021, repassando autoridades, jornalistas e opositores.
Flávio Bolsonaro negou envolvimento com a Abin, indicando que a divulgação do relatório visava prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio. Carlos e Jair Renan também negaram irregularidades.

Observação: As informações são baseadas em relatórios da PF e reportagens, mas as peças judiciais independentes de análises do Ministério Público e do STF. A investigação expõe um padrão de uso indevido da Abin, mas as defesas dos envolvidos contestam as acusações, alegando falta de provas ou motivações políticas.


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PF identificou mais de 60 mil acessos ilegais feitos pela ‘Abin paralela’ entre 2019 e 2021; Bolsonaro fez uso

A Polícia Federal (PF) descobriu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou 60.734 acessos indevidos a dados de geolocalização entre os anos de 2019 e 2021. As atividades utilizaram o sistema conhecido como “First Mile”, adquirido sem licitação por R$ 5,7 milhões, e sem autorização judicial.

O sigilo da investigação foi suspenso nesta quarta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o relatório final enviado à Corte, o sistema foi utilizado de maneira sigilosa para rastrear, em tempo real, a posição de celulares — incluindo os de figuras públicas como o próprio ministro, o também ministro do STF Gilmar Mendes, o ex-deputado federal Jean Wyllys e o jornalista Leandro Demori.

Segundo o portal de notícias g1, a PF apontou que parte dessas consultas ilegais teve como finalidade proteger e garantir a segurança de membros do chamado “núcleo político” do governo Jair Bolsonaro (PL), do qual faziam parte o ex-presidente e um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro.

Segundo o relatório, a estrutura de inteligência paralela dentro da Abin foi usada com propósitos pessoais, políticos e eleitorais por esse grupo, inclusive para espionar opositores e acessar dados sigilosos de investigações relevantes.

Espionagem sob o comando de Bolsonaro
O inquérito da Polícia Federal sobre a chamada “Abin paralela” aponta que Jair Bolsonaro tinha conhecimento direto das ações de espionagem contra adversários e até contra ex-integrantes de sua própria gestão.

Conforme os investigadores, essas ações visavam atender aos interesses do “núcleo político” da suposta organização criminosa instalada no topo da administração federal.

Entre os alvos monitorados estava o advogado Roberto Bertholdo, preso em 2020 durante apurações sobre irregularidades no setor de saúde do estado do Rio de Janeiro.

Segundo o relatório da PF, o objetivo da vigilância contra Bertholdo e Giacomo Romeis, da Secretaria Especial de Relações Governamentais, era, no fim, atingir o então ministro Onyx Lorenzoni.

A corporação afirma que a operação era “devidamente acompanhada por Jair Bolsonaro”, conforme anotação com o título “PR Presidente”, feita por Alexandre Ramagem, que na época era diretor da Abin e hoje é deputado federal.

Essa anotação, registrada em 5 de maio de 2020 e alterada pela última vez em março de 2023, continha mensagens encaminhadas ao presidente da República.

De acordo com a PF, as ações executadas “no interesse do núcleo político” eram relatadas diretamente ao ex-presidente.

*Sputnik


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PF revela como Abin paralela e trama golpista se conectam

Relatório final detalha elo entre estrutura clandestina, Gabinete do Ódio e tentativa de ruptura institucional.

Um dos episódios mais graves da história da inteligência estatal brasileira foi desvendado no relatório final do Inquérito Policial 2023.0022161, produzido pela Polícia Federal. O documento revela a existência de uma estrutura clandestina dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), operada com recursos públicos para fins políticos, ilegais e com desvio de finalidade institucional.

A investigação, conduzida pela Divisão de Operações de Inteligência Cibernética da PF, identificou a atuação de uma organização criminosa (ORCRIM) no interior da Abin, com comando político vinculado ao entorno direto do ex-presidente Jair Bolsonaro. O núcleo da operação era liderado por Alexandre Ramagem, então diretor-geral da agência e hoje deputado federal.

Sob a gestão de Ramagem, o grupo estruturou um sistema de vigilância ilegal, sabotagem institucional e disseminação de desinformação. Parte essencial desse aparato envolvia o uso do sistema First Mile, ferramenta de espionagem eletrônica capaz de rastrear dispositivos móveis sem autorização judicial. A PF foi categórica:

“Todas as 60.734 consultas realizadas na solução First Mile durante a vigência do contrato com a Abin foram, assim, ilegais, em qualquer contexto”.

Abin paralela e Carlos Bolsonaro
O relatório aponta que o núcleo político responsável pelo uso da Abin paralela operava com objetivos eleitorais e repressivos, e tinha como elo com o Palácio do Planalto o vereador Carlos Bolsonaro, figura central do chamado “gabinete do ódio”. A estrutura atuava no monitoramento de ministros do STF, parlamentares, jornalistas e adversários políticos — além de proteger aliados, como Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente.

A PF vincula diretamente essas ações à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, em conexão com os ataques de 8 de janeiro de 2023:

Delação de Cid e provas técnicas

A colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi decisiva para destravar a apuração. A delação revelou detalhes da atuação da estrutura paralela e foi complementada por 104 laudos periciais e mais de 250 relatórios técnicos, a partir da análise de cerca de 200 dispositivos eletrônicos.

A PF também demonstrou que os responsáveis omitiram a natureza intrusiva do sistema First Mile no momento da contratação, que custou R$ 5,7 milhões e foi justificada como apoio à intervenção federal no Rio de Janeiro. Na prática, o sistema foi desviado para espionagem de adversários.

“A motivação para aquisição foi seu uso prioritariamente na intervenção do Rio de Janeiro. Entretanto, os responsáveis pela contratação não enfrentaram a natureza real do sistema […] em flagrante violação aos limites da atividade de inteligência no Brasil”.

Hierarquia, sabotagem e obstrução

A PF detalhou a cadeia de comando e divisão de tarefas da organização, apontando o envolvimento de servidores da Abin, policiais federais cedidos e oficiais de inteligência. A operação era organizada em estruturas como as “Turmas de Buscas” e “Grupos de Consulta”.

Houve, segundo o relatório, obstrução das investigações por meio da formatação de celulares, ocultação de logs e intimidação de servidores que colaboraram. Também foram identificadas ações políticas no Congresso destinadas a desacreditar o inquérito e blindar os envolvidos.

Aparato estatal cooptado

O relatório sustenta que a Abin foi parcialmente convertida em instrumento de perseguição política e ataque a instituições democráticas:

“A estrutura clandestina de inteligência implementada sob a Direção de RAMAGEM era integrada por policiais federais e outros servidores cedidos à Abin […] utilizada para influenciar o resultado das eleições presidenciais de 2022”.

Crimes e pendências no STF

Com base nas evidências reunidas, a PF imputou a dezenas de investigados crimes como organização criminosa, interceptação ilegal, violação de sigilo funcional, corrupção, prevaricação e embaraço à investigação. Parte dos agentes envolvidos ainda ocupa cargos estratégicos na estrutura atual da Abin, o que, segundo os investigadores, compromete o ambiente institucional.

O caso aguarda deliberação no Supremo Tribunal Federal, que poderá determinar novas ações penais e avaliar o impacto institucional de uma das mais profundas crises da história da inteligência brasileira.

*Cleber Lourenço/ICL


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Carluxo, o Bolsonaro paralelo

Semana passada, na encolha, Carluxo teve que depor na PF sobre a joia de sua coroa, a ABIN paralela.

O maquiavélico 02 do clã Bolsonaro é o cérebro da facada comédia e diretor de arte e de palco de Bolsonaro no quesito cirurgias. E já são 7, conta de mentiroso.

Aparelho espião de Israel era pilotado pelo Pit Bull, também morador do condomínio Vivendas da Barra e, consequentemente, vizinho do assassino de Marielle.

Carluxo, segundo Bebianno, foi o criador e maestro da farsa da facada sem sangue de Adelio que encontrou com Carluxo, junto com Eduardo, no Clube de Tiro da rainha da tiara de florzinha, a deputada Julia Zanatta, em Santa Catarina.

Ou seja, essa trama subterrânea bolsonarista já acontecia antes de Bolsonaro ocupar a cadeira da presidência na base da fraude eleitoral em parceria com Moro.

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PF encontra provas do envolvimento de Carlos Bolsonaro no caso da ‘Abin paralela’: “pegamos ele”

“As coisas se conectam: Abin paralela e milícias digitais”, diz um investigador da Polícia Federal.

Nas próximas semanas, os holofotes se voltarão, segundo Robson Bonin, da revista Veja, para Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho de Jair Bolsonaro (PL). Ele é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) em duas frentes principais: seu suposto envolvimento com milícias digitais e sua participação em uma estrutura clandestina apelidada de “Abin paralela”. Estas investigações são conduzidas pela Polícia Federal (PF).

A “Abin paralela” refere-se a um esquema clandestino de monitoramento, alegadamente organizado durante o governo de Jair Bolsonaro na Agência Brasileira de Inteligência. Este esquema teria utilizado recursos do serviço secreto brasileiro para espionar autoridades públicas, adversários políticos e outras figuras de interesse do Planalto, tudo sem a devida autorização judicial.

O relatório da PF sobre esse esquema está em fase final de revisão e será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes no STF em breve. Um investigador da PF afirmou com segurança: “pegamos ele”, em referência às provas que ligariam Carlos Bolsonaro ao esquema.

Carlos Bolsonaro é também acusado de ter envolvimento com milícias digitais — grupos organizados que utilizam a internet para espalhar desinformação e atacar adversários políticos. De acordo com a PF, há uma interconexão clara entre a operação das milícias digitais e a “Abin paralela”. “As coisas se conectam: Abin paralela e milícias digitais”, comentou o investigador.

Em janeiro deste ano, Carlos Bolsonaro foi alvo de mandados de busca. Com a comprovação de seu possível envolvimento com o uso indevido de ferramentas de geolocalização para espionagem ilegal, o vereador poderá enfrentar uma série de acusações criminais

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Política

PF investiga ligação da ‘Abin paralela’ com seis hospitais federais do Rio

Documento encontrado no computador de Ramagem traz a lista dos hospitais, seus gestores e quem os indicou.

Nas investigações que a PF faz sobre o esquema de espionagem ilegal comandado por Alexandre Ramagem durante sua gestão no governo Bolsonaro — a chamada “Abin paralela” — os agentes estão analisando documentos encontrados pela CGU sobre os seis hospitais federais do Rio de Janeiro, segundo informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO.

Os Hospitais Federais do Rio de Janeiro se tornaram centros prestadores de péssimos serviços, repletos de indicações políticas e suspeitas de corrupção, diz a reportagem. No computador de Ramagem, um dos documentos encontrados traz uma relação dos hospitais, seus gestores e quem os indicou. Flávio Bolsonaro emplacou três. E dois deputados federais e um ex-deputado, todos do Rio, apadrinharam o resto.

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Investigação

Indícios mostram que Jair Bolsonaro recebeu informações da ‘Abin Paralela’

Segundo a PF, dossiês e documentos produzidos pela agência eram impressos e entregues ao Palácio do Planalto.

A Polícia Federal já identificou indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro seria um dos destinatários das informações do esquema de espionagem ilegal na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem.

Esses elementos foram apresentados à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao STF (Supremo Tribunal Federal) e serão aprofundados nas próximas diligências, a partir das novas provas colhidas nas buscas contra Ramagem e contra Carlos Bolsonaro, o filho 02 do ex-presidente.

As provas colhidas até o momento, de acordo com a investigação da PF, indicam que dossiês e documentos produzidos pela Abin paralela eram impressos e entregues ao Palácio do Planalto durante a gestão presidencial de Jair Bolsonaro.

Essas informações também se somam às provas apuradas em um inquérito anterior, sobre as interferências indevidas de Bolsonaro na Polícia Federal durante seu período como presidente da República.

A descoberta de que Ramagem imprimiu, em fevereiro de 2020, duas listas de inquéritos eleitorais em tramitação na PF do Rio de Janeiro reforça as suspeitas de ilegalidade nas pressões feitas por Jair Bolsonaro para ter o controle da Superintendência da PF do Rio naquele mesmo período. Por isso, a investigação aponta indícios de que Ramagem abasteceu Jair Bolsonaro com informações da PF do Rio.

As listas de inquéritos, de natureza sigilosa, teriam sido repassadas a Ramagem por algum integrante da PF do Rio de Janeiro. Os investigadores vão analisar os acessos feitos ao sistema da própria Polícia Federal para identificar a origem da informação.

Também na época, a PF do Rio de Janeiro conduzia um inquérito eleitoral sobre as declarações de bens do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ao fim do caso, a PF concluiu que não houve crime.

Além disso, a Abin de Ramagem intensificou o uso de um sistema de monitoramento, o First Mile, no período eleitoral de 2020. De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, em um universo de 60 mil consultas ao sistema, a metade ocorreu nesse período. Isso, de acordo com a investigação, indica a instrumentalização da Abin para fins eleitorais de interesse do núcleo político.

A PF também apura se o então ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, tinha conhecimento e deu o aval para as operações de espionagem ilegal conduzidas por Ramagem. Por isso, ele foi intimado para prestar depoimento.

Além das informações sobre inquéritos no Rio de Janeiro, os dossiês impressos encontrados em buscas e apreensões — sobre o assassinato de Marielle Franco, por exemplo — são indícios, segundo investigadores, de que o material era produzido para destinatários fora da Abin, possivelmente no Palácio do Planalto.

Bolsonaro pressionou PF
Em agosto de 2019, Bolsonaro anunciou publicamente que iria trocar o superintendente da PF do Rio, Ricardo Saadi, e tentou escolher o nome do novo superintendente.

As declarações geraram uma crise com a corporação e o então ministro da Justiça, Sergio Moro. Saadi deixou o cargo, mas a cadeira permaneceu vaga por cerca de três meses, até a nomeação do delegado Carlos Henrique Sousa para o posto, em novembro daquele ano, escolhido pelo comando da PF.

As pressões de Bolsonaro sobre a PF, entretanto, continuaram. Por isso, em abril de 2020, o então ministro da Justiça Sergio Moro pediu demissão e disse que Bolsonaro queria obter informações sobre investigações em andamento na corporação.

“O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, que ele pudesse colher relatórios de inteligência, seja diretor, seja superintendente. E realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação”, disse Sergio Moro, no seu anúncio de demissão do governo Bolsonaro em abril de 2020.

Em uma reunião ministerial de abril de 2020, Bolsonaro chegou a verbalizar seu desejo de trocar o superintendente da PF do Rio para blindar amigos e familiares.

“Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira”, disse Jair Bolsonaro na referida reunião.

Depois disso, a PF abriu um inquérito a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para apurar possíveis crimes, como a suspeita de que Bolsonaro queria trocar o superintendente do Rio para proteger amigos e familiares. A PF concluiu o caso apontando que não houve prática de crime, e a PGR pediu arquivamento, mas o relator, ministro Alexandre de Moraes, ainda não decidiu sobre esse arquivamento.

Esses novos indícios obtidos no inquérito sobre a Abin podem ser usados pelos investigadores para retomar essa linha de apuração.

A PF apura se Bolsonaro se baseou em informações fornecidas por Ramagem para chegar à conclusão de que o superintendente do Rio estaria perseguindo sua família e amigos.

Outro Lado
Procurada, a defesa de Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto. Em uma transmissão ao vivo para seus seguidores feita no último domingo, Bolsonaro chamou de “narrativa” a investigação sobre o assunto e disse que Ramagem era “um cara fantástico”. A defesa de Ramagem não retornou aos contatos.

 

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Carlos Bolsonaro está criando uma “Abin paralela” Uma Abin da milícia e escanteia Augusto Heleno

Depois que a informação de que Carluxo está criando uma “Abin Paralela” vazou, o general Augusto Heleno foi ao Twitter dizer que a “Abin paralela” é “devaneio de amadores”.

Numa sequência de três postagens, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional ataca a reportagem, mas em nenhum momento responde à denúncia de que Carlos Bolsonaro propôs a criação de uma estrutura informal de inteligência dentro do Planalto.

Heleno não nega nem mesmo que o chefe da Abin, Alexandre Ramagem, tenha sido indicado por Carlos.

Ele limita-se a dizer que coube a ele assinar a nomeação – o que é evidente, já que o cargo está sob a estrutura do GSI.

Segundo Monica Bergamo, da Folha, Bebianno diz que general Heleno não liga ‘nome à pessoa’ no caso de Abin paralela.

A ideia de criar agência extraoficial de investigação teria sido dada por Carlos Bolsonaro, diz ex-ministro.

 

*Da redação