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Política

Armas e escola domiciliar afastam evangélicos do bolsonarismo em São Paulo

Pesquisa ouviu 613 moradores de São Paulo entre 24 e 28 de junho deste ano.

Os evangélicos paulistanos não estão 100% alinhados com as pautas bolsonaristas. Esta foi a constatação de uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha , que ouviu 613 moradores de São Paulo entre 24 e 28 de junho deste ano. Segundo o levantamento, a maior divergência entre os fiéis e as ideologias promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se referem às armas e ao “homeschooling”, o ensino à distância.

De acordo com a pesquisa, apenas 28% dos evangélicos da cidade mais populosa do Brasil acreditam que o cidadão deve ter uma arma para se defender. A pauta é considerada valiosa para Bolsonaro, que promoveu uma política pró-armamento durante seu governo (2019 a 2022) . Até hoje, aliados do ex-presidente usam esta bandeira, seja no Congresso ou nas redes sociais.

utro tema sensível para os evangélicos da capital paulista é o “homeschooling”, levantado por Bolsonaro e sua então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a atual senadora Damares Alves.

Segundo a pesquisa Datafolha, apenas 19% dos evangélicos de São Paulo aprovam a ideia de que os pais possam substituir as escolas com o ensino em casa. O levantamento afirma que, principalmente na periferia, a merenda escolar é considerada importante para os fiéis.

Além disso, não há unanimidade entre os evangélicos paulistanos quando o assunto é aborto – o tema voltou a ser discutido na Câmara dos Deputados após um projeto de lei propor equiparar quem aborta com mais de 22 semanas a um homicida. O PL está em discussão na casa.

O levantamento aponta que 48% dos evangélicos entrevistados acreditam que as regras para o aborto no Brasil não devem ser alterada. Além disso, somente 30% afirmam que uma mulher deve ser presa por abortar.

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Mundo

ONU pede apuração sobre armas de ‘alto impacto’ usadas por Israel; divergência EUA-Tel Aviv eleva

Segundo as Nações Unidas, uso de “armas de alto impacto” por Israel está produzindo “ataques desproporcionais a civis em Gaza”. No mesmo dia em que Netanyahu reafirma que pós-guerra será sob controle das FDI, EUA comentam que “palestinos demais estão morrendo”.

O secretário-geral da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu nesta sexta-feira (10) uma investigação sobre o que chamou de uso por Israel de “armas explosivas de alto impacto” em Gaza, que ele disse estar causando destruição indiscriminada no enclave palestino sitiado.

Turk disse que Israel deve acabar com o uso de tais armas na área densamente povoada, onde vivem 2,3 milhões de palestinos, metade dos quais foram deslocados pelos combates no último mês.

Segundo as Nações Unidas, uso de “armas de alto impacto” por Israel está produzindo “ataques desproporcionais a civis em Gaza”. No mesmo dia em que Netanyahu reafirma que pós-guerra será sob controle das FDI, EUA comentam que “palestinos demais estão morrendo”.

O secretário-geral da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu nesta sexta-feira (10) uma investigação sobre o que chamou de uso por Israel de “armas explosivas de alto impacto” em Gaza, que ele disse estar causando destruição indiscriminada no enclave palestino sitiado.

Turk disse que Israel deve acabar com o uso de tais armas na área densamente povoada, onde vivem 2,3 milhões de palestinos, metade dos quais foram deslocados pelos combates no último mês.

“O extenso bombardeio israelense sobre Gaza, incluindo o uso de armas explosivas de alto impacto em áreas densamente povoadas […] está claramente tendo um impacto humanitário e de direitos humanos devastador. Os ataques devem ser investigados […] temos sérias preocupações de que estes constituam ataques desproporcionais, em violação do direito humanitário internacional”, disse Turk em entrevista coletiva na Jordânia. No entanto, ele não especificou a quais armas ele estava se referindo, escreve a Reuters.

A autoridade das Nações Unidas ainda acrescentou que “qualquer uso por grupos armados palestinos de civis e objetos civis para se protegerem de ataques é uma violação das leis da guerra, mas tal conduta por parte dos grupos armados palestinos não isenta Israel da sua obrigação de garantir que os civis sejam poupados”.

*Sputnik

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Política

Ministério dos Direitos Humanos encontra bunker de Damares Alves

Funcionários do ministério do governo Lula se depararam com um bunker no andar do gabinete de Damares; sala tinha isolamento e cofre.

De acordo com o Metrópoles, os funcionários do Ministério dos Direitos Humanos do governo Lula se depararam com um bunker a poucos metros do gabinete que era ocupado até 2022 por Damares Alves. A sala tem fechadura eletrônica, isolamento acústico, paredes reforçadas e até um cofre para armas.

A reforma no aposento custou R$ 17 mil. Foi um pedido do policial rodoviário federal Marco Aurélio Baierle, que fazia a segurança de Damares Alves, então ministra e hoje senadora. Baierle enviou o documento em 28 de abril de 2021 com urgência ao chefe de gabinete de Damares.

O policial cobrou sete condições para a nova sala. Entre elas, isolamento acústico; fechadura digital biométrica; saída de ar-condicionado independente; cofre para guardar armas e documentos; e fragmentadora de papel. A obra foi aprovada no mês seguinte, mas levou nove meses para ser concluída.

Nesse meio tempo, o policial rodoviário federal fez mais um pedido: ressaltou que o isolamento acústico deveria impedir que sons dentro da sala fossem escutados fora dela. O parâmetro cobrado foi o “nível da fala”.

Em fevereiro de 2022, Baierle assinou um documento atestando ter recebido a sala reformada como havia requisitado. Mas depois reclamou do isolamento sonoro. “Informamos que os sons externos estão audíveis no interior da sala, o que não atende ao solicitado.” O setor de Logística bateu o pé e disse que o serviço foi feito dentro das capacidades do ministério e do que havia sido pedido.

Os documentos foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

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Justiça

Gilmar impede que juízes derrubem decreto de Lula sobre armas

Ele suspende processos e invalida decisões já tomadas e afirma que facilitação do acesso armamentos e munições foi uma “atuação inconstitucional”.

Segundo Mônica Bergamo, Folha, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendeu nesta quarta (15) todos os processos de instâncias inferiores que discutem a legalidade do decreto do governo Lula que impôs um controle maior sobre o acesso da população a armas de fogo.

Decisões já tomadas ou que venham a ser publicadas contra a medida baixada por Lula serão imediatamente tornadas sem efeito. O magistrado afirma que a medida busca evitar decisões conflitantes em diferentes varas do país.

Afirma também que “inexiste, na norma constitucional brasileira, um direito fundamental ao acesso a armas de fogo pelos cidadãos e a aquisição e o porte de armas de fogo no Brasil”.

Ele disse ainda que é necessário frear uma “tendência vertiginosa de flexibilização das normas de acesso a armas de fogo e munições no Brasil enquanto se discute nova regulamentação da matéria”.

Depois de tomar posse, Lula editou um decreto que revogando normas do governo de Jair Bolsonaro que facilitavam e ampliavam o acesso a armas.

O decreto de Lula suspendeu novos registros de armas por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) por particulares, reduziu os limites para compra de armas e munição de uso permitido, suspendeu novos registros de clubes e escolas de tiro e a concessão de novos registros para CACs e criou um grupo de trabalho para propor nova regulamentação para o Estatuto do Desarmamento, de 2003.

“Nos últimos anos, o Estatuto do Desarmamento foi objeto de uma série de regulamentações sucessivas que tinham como propósito declarado a ampla flexibilização do plexo de normas regulamentares relativas à aquisição e acondicionamento de armas e munições, aos requisitos e procedimento de registro e concessão de porte de trânsito de arma de fogo aos CACs e aos requisitos e procedimento de registro de clubes e escolas de tiro, observando-se até mesmo uma ampliação das situações em que o cadastro e registro de armas de fogo poderia ser dispensado”, anotou ainda o ministro.

“Em suma, observou-se clara atuação inconstitucional no sentido da facilitação do acesso a armas e munições no País, beneficiando especialmente a categoria dos CACs (com interpretação cada vez mais leniente de quem nela se enquadraria), a despeito de outros bens jurídicos constitucionais relevantes, como o dever de proteção à vida”, seguiu ele.

O magistrado afirma que o assunto do desarmamento versa sobre “tema de grande potencial para lesionar os mais elevados bens jurídico-constitucionais de cunho individual (como vida e integridade física) e valores coletivos de primeira ordem, como a paz social e o Estado Democrático de Direito”, o que é ilustrado pela “sequência de acontecimentos transcorridos no período situado entre o fim das eleições gerais e o atentado terrorista de 8 de janeiro de 2023, abertamente patrocinados por grupos armamentistas”.

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Política

Exército sabia de armas no acampamento golpista em Brasília e nada fez

Não só os militares não fizeram nada, como só comunicaram Lula do risco na noite do dia 8 de janeiro.

O Exército sabia que havia pessoas armadas no acampamento no quartel general, em frente à Praça dos Três Poderes, em Brasília. Não só os militares não tomaram nenhuma iniciativa, como a Força só comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva do risco na noite do dia 8 de janeiro.

A informação consta em reportagem da Folha de S.Paulo, desta terça-feira (31), no qual o jornal anuncia que Lula deu aval ao Exército para desmontar o acampamento golpista somente no dia seguinte à invasão, no dia 9.

Na reportagem, contudo, é detalhado que Lula foi convencido pelo Exército de tomar medidas somente no dia seguinte, devido a um pedido dos próprios militares.

Os integrantes do Exército teriam dito a Lula que desmontar o acampamento na noite do dia 8, após a invasão, poderia resultar em mortes e conflitos, e que a Operação de retirada dos bolsonaristas deveria ser feita no dia seguinte.

O presidente concordou com adiar a retirada deles, diante dos riscos de tragédia. Mas, segundo o jornal, “pessoas próximas ao presidente” contaram “que o Exército comunicou a Lula que havia pessoas armadas no acampamento”.

A informação teria sido repassada a Lula somente no dia 8 de janeiro, em meio à invasão à Praça dos Três Poderes. E os militares do Exército não teriam feito nada, até então, para impedir riscos ou informar as autoridades de segurança do governo federal de que os bolsonaristas acampados estavam armados.

A reportagem da Folha também narra que, na noite daquele domingo, o interventor escolhido por Lula para assumir a Segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, se encontrou com o general Gustavo Henrique Dutra para tratar da Operação de desmonte do acampamento.

E que tal reunião foi recheada de controversas, sem acordos. Enquanto a PM recebeu ordem para entrar no quartel general e prender os golpistas, o Exército impediu o acesso dos PMs, colocando 3 blindados Guarani e uma tropa de soldados.

Com a falta de acordo, Cappelli comunicou o ministro Flávio Dino, da Justiça, e o general Dutra comunicou o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias. Dias estava ao lado de Lula, e Dutra pediu ao presidente que seria melhor realizar a Operação de retirada dos golpistas na segunda-feira.

Ao militar, Lula teria enfatizado que os acampados eram golpistas criminosos que deveriam ser presos.

*Patrícia Faermann/GGN

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Justiça

Vídeo: Com autorização de Gilmar Mendes, PF faz busca e apreensão de armas na casa de Carla Zambelli

Então, quer dizer que a deputada Carla Carabina tinha fuzil dentro de casa? Isso sem falar em mais duas pistolas automáticas.

Saiu caro o gracejo que zombou da justiça quando ela mandou um familiar entregar uma arma à justiça.

Gilmar Mendes determinou mandado de busca e apreensão na casa dessa figura que ameaçou um homem negro com uma de suas armas, confessando que assim o fez porque o homem era negro. Uma clara declaração racista.

Se havia suspeita de que a deputada tinha armamento além do que lhe foi autorizado, a PF encontrou e confirmou que Zambelli, que está sem porte, mantinha tais armas (por fora).

A figuraça gravou um vídeo colocando-se como vítima, como é comum aos delinquentes.

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The Guardian: Traficantes preferem reeleição de Bolsonaro por facilitar acesso às armas

“A vida tem sido mais fácil com Bolsonaro. É mais fácil conseguir armas. Mais fácil conseguir munição”, comentou um traficante.

Nesta sexta-feira (21), o jornal britânico The Guardian publicou texto do jornalista Tom Phillips que relata a preferência de criminosos do Rio de Janeiro pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o relato, um traficante de armas disse que Bolsonaro facilitou acesso às armas, referindo-se aos CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). O traficante conta que 60% das armas utilizadas hoje no crime são de CAC’s e, inclusive, revelou que teria uma delas em seu carro.

Os relatos são de uma conversa entre um traficante de maconha, um ladrão de banco e um traficante de armas.

“A vida tem sido mais fácil com Bolsonaro. É mais fácil conseguir armas. É mais fácil conseguir munição”, comentou o traficante de armas com os outros dois criminosos.

No entanto, a divisão de opiniões também se impõe na conversa entre os criminosos citados no The Guardian.

Ao mesmo tempo em que preferem a continuidade de Bolsonaro no poder, por conta das facilidades em obter armas e munições, o traficante, por exemplo, se demonstra preocupado com a pobreza agravada pelo governo Bolsonaro e o dia a dia da comunidade à sua volta. “Lula pode roubar – mas pelo menos ele coloca comida no prato das pessoas”, disse. “Para mim e minha família, Bolsonaro é melhor. Mas e as minhas raízes? E as crianças por aqui?”, indagou, “apontando para a favela carente ao seu redor”, reportou Phillips.

As críticas a Lula aparecem com “corrupção” e “comunismo”, palavras repetidas por adversários políticos em campanhas de desinformação. Um dos criminosos se informa pela Jovem Pan, conhecida por disseminar desinformação em sua programação.

O cientista político Felipe Nunes, diretor do instituto de pesquisas Quaest, entrevistado para a matéria, disse que o debate dos criminosos é um retrato fiel do Brasil: uma eleição que colocou brasileiros contra brasileiros, como nunca antes.

*Com GGN

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Em Porto Alegre, Lula promete barrar venda desenfreada de armas: “quem está comprando é o crime organizado”

O candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu nesta sexta-feira (16) diminuir a venda de armas no País e criticou decretos de Jair Bolsonaro (PL) que facilitaram o acesso a revólveres. “Quero que cada mulher tenha certeza que o seu filho não vai ser vítima de bala perdida. Esse cidadão está liberando armas pra quem? Quem está comprando arma é o crime organizado, é bandido”, afirmou Lula em evento na cidade de Porto Alegre (RS).

O Exército reconheceu nesta semana que desconhece totalmente o número e o tipo de armas nas mãos de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs).

O ex-presidente criticou o orçamento secreto, criado pelo governo Bolsonaro para ter apoio do Congresso Nacional. O petista prometeu dar mais autonomia para a Polícia Federal. “Lulinha vai quebrar todos os sigilos dele e vamos saber o que ele estava escondendo. No nosso tempo não tinha tapete para jogar o lixo (corrupção). A Polícia Federal tinha mais investimento em inteligência, o Ministério Público tinha mais autonomia”.

“A gente vai derrotar esse genocida. O máximo que ele fez foi acabar alguma obra que a gente começou e não conseguiu terminar. Vamos preservar aquele território (Amazônia). Só tem sentido a gente governar esse País é a gente governar mais e melhor, retomar direitos dos trabalhadores. Estamos quase voltando à escravidão”, acrescentou.

O candidato do PT fez críticas à decisão do governo, que proibiu mais investimentos em merenda escolar. “Como seria bom que se Bolsonaro pegasse os filhos dele e levasse a uma escola para comer a merenda que os filhos dos trabalhadores estão comendo. A fome não é por falta de comida, e sim de vergonha na cara de quem governa o País”.

O ex-presidente prometeu recriar o Ministério da Cultura. “A gente vai criar outra vez o Ministério da Mulher, da Igualdade Racial e a gente vai criar o Ministérios dos Povos Originários. Esse País vai voltar a ser civilizado. A gente vai voltar a fazer conferências nacionais. Todas as decisões do governo serão tiradas dessas conferências”, complementou.

*Com 247

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Após mais de 40 decretos de Bolsonaro, brasileiros compram 1.300 armas por dia

Desde 2019, as armas são cada vez mais comuns nas ruas, casas, festas, escolas e até nas igrejas. Nas mãos do crime, mas também de pais e até crianças. Para o Instituto Sou da Paz, a mão que assina os decretos que facilitam o acesso é a mesma que aperta o gatilho.

Desde que chegou ao poder em 2019, Jair Bolsonaro (PL) editou mais de 40 decretos para facilitar o acesso da população civil às armas, escancarando um mercado que registra média de cerca de 1.300 armas compradas por brasileiros por dia. O relatório é do Instituto Sou da Paz.

Nessa busca frenética para facilitar a aquisição de armamentos, proporcionando uma alegria para as indústrias de armas e munições como nunca ocorreu na história do país, o número de novas armas nas mãos de civis explodiu. Em 2018, um ano antes de Bolsonaro ser eleito, havia 350 mil armas registradas em nome de colecionadores, atiradores e caçadores (os chamados CACs), número que passou para 1 milhão em julho de 2022. Ou seja, triplicou. A Taurus, principal fabricante de armas do Brasil, teve lucro líquido de R$ 307 milhões em 2018. Em 2021 lucrou R$ 1,3 bilhão, um aumento de 323%.

Pelos decretos do governo, o uso dessas armas deveria se restringir a clubes fechados de tiro, que por sua vez se multiplicam, para o prazer dos bolsonaristas, que compõem o principal público comprador desse tipo de produto. Mas o problema é que muitas delas estão indo parar nas mãos de criminosos, numa ameaça crescente às famílias do país.

Há cada vez mais gente armada – e atirando – nas ruas, nas festas, no carro, em casa, nas escolas, em todo lugar. Um verdadeiro faroeste, uma terra sem lei. Buscas em sites de notícias sobre disparos a esmo nas ruas mostram inúmeros casos. Na última quarta-feira (7), dois jovens foram atingidos por disparos enquanto caminhavam à tarde por uma rua no Bairro Santa Rita, zona leste de Juiz de Fora (MG). Segundo as vítimas, que foram atingidas nos braços, os atiradores passaram em uma moto, atirando a esmo, sem alvo determinado.

m crime que, salvo as devidas proporções, lembra um cometido no mesmo dia em Memphis, no Tennessee, Estados Unidos. Segundo a polícia, um jovem de 19 anos atirou a esmo contra diversas pessoas, matando quatro, enquanto dirigia pelas ruas cidade. Parte da ação foi transmitida ao vivo pelas redes sociais. O Tennessee é um dos 25 estados que dispensam a licença para o porte de armas naquele país notabilizado pelos ataques a escolas, que já causaram a morte violenta de centenas de crianças, professores e funcionários.

Os decretos, as armas e as tragédias familiares

Com Bolsonaro, a facilidade de acesso às armas está provocando também tragédias familiares, com traumas irrecuperáveis. Quando não coloca a criança na frente da bala, coloca seu dedo no gatilho. Na noite de 8 de agosto, um menino de 8 anos, que brincava com uma arma deixada pelo cunhado no banco de trás do carro, acertou um tiro acidental e matou o dono da arma, em Jacareí, interior de São Paulo. O homem, que havia parado

para pegar uma outra criança, de 5 anos – tinha licença de CAC. A arma estava carregada com 12 projéteis.

Em maio, uma criança de 4 anos levou uma arma para a escola, no Capão Redondo, zona sul da capital paulista. Segundo a polícia, a arma era do pai da criança e foi apreendida. A história não teve um grave desfecho porque a professora percebeu o momento em que a arma foi retirada da mochila e colocada em cima da mesa para mostrar ao amigo. Ela recolheu o revólver e chamou a polícia e o conselho tutelar.

No final de maio, em Formosa (GO), um menino de 11 anos morreu atingido por um disparo acidental pelo próprio pai, dentro da casa da família. Segundo a Polícia Civil, o homem foi encontrado por policiais com o filho morto no colo e com um ferimento de bala no próprio rosto, em uma tentativa de suicídio. Atirador esportivo, tinha quatro armas registradas em seu nome.

Em 24 de agosto, um homem de 28 anos foi preso e confessou ter atirado contra parentes. Os tiros atingiram um bebê de apenas 11 meses, que morreu, e outros quatro familiares, três deles adolescentes. Conforme a polícia, o crime, que ocorreu em um bairro de Brumadinho (MG), o atirador era dependente de drogas, se negava a ser tratado, mas mesmo assim conseguiu comprar o armamento.

Fiel atira em fiel em igreja evangélica

aumento da circulação das armas, associado ao aumento da violência, permite situações até então inusitadas. No último dia 2, em Goiânia, um policial militar acertou com um tiro a perna de um “irmão de fé” dentro de um templo da Congregação Cristã no Brasil, das mais conservadoras. O atirador saiu em defesa do pastor, que havia dito aos fieis não votarem em “candidatos vermelhos”. Como o outro frequentador do templo não concordou, levou bala do agente que nem em serviço estava.

A onipresença do porte de armas também está por trás do aumento da violência política. Em 9 julho, o bolsonarista Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário do dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR) Marcelo Arruda. Entrou atirando e matou o aniversariante. O assassinato levou parlamentares da oposição a pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a proibição de armas nos dias que antecedem as eleições.

No pleito de 2018, bolsonaristas postaram nas redes sociais fotos com armas sobre a urna eletrônica mostrando o voto no então candidato à Presidência da República pelo PSL.

O TSE acolheu, alegando que armas e votos não combinam, e proibiu o porte em até 100 metros dos locais de votação nos dias de eleição, nas 48 horas anteriores e nas 24 seguintes. A proibição vale para militares, exceto agentes de segurança em serviço que tenham sido convocados pela autoridade eleitoral competente. Na decisão, o tribunal considerou a explosão de armas e munição em circulação, a maioria delas sem controle.

*Com Rede Brasil Atual

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Política

Luis Nassif: A dúvida maior para os cenários: o golpe será bem sucedido?

São curiosos os cenários traçados pelo mercado. Em geral, pegam séries históricas e projetam levando em conta fatores macroeconômicos que surgem no horizonte: aumento da inflação global, queda no PIB mundial, inflação brasileira etc.

Em qualquer cenário que se trace, o fato mais relevante são as análises de probabilidade de um golpe de Estado bolsonarista ser bem sucedido.

Não falei em análise de probabilidade de haver um golpe. A probabilidade é de 100 por cento. As análises são em relação à probabilidade do golpe ser bem sucedido ou não. E, em caso de não ser bem sucedido, quais as consequências de sedições e atentados insuflados pelos Bolsonaro.

Nunca houve golpe mais anunciado. Apenas nos últimos dias, o país testemunhou nos seguintes eventos:

  • Manifestações de PMs de Minas Gerais em favor de um cantor embaçado pela Justiça.
  • Antes disso, manifestações armadas da PM mineira em defesa de aumentos.
  • A decisão do governador do Rio de Janeiro de armar todos os policiais aposentados.
  • A adesão da Polícia Rodoviária Federal às milícias bolsonaristas, depois da nomeação, como diretor geral, de um integrante do Club 38, um clube de tiro de
  • Florianópolis conhecido pela militância bolsonarista.
  • Os desdobramentos das medidas de Bolsonaro, desmontando a fiscalização no porto de Itaguaí, porta de entrada do contrabando de armas no país.
  • As informações sobre o arsenal mantido em casa pelo ex-policial Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro e principal acusado pela morte de Marielle Franco.
  • A anomia das Forças Armadas, de assistirem a perda do monopólio da força para os clubes de caça e tiro, sem esboçar uma reação sequer.
  • Os ataques cada vez mais virulentos de Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral.

O cenário já está armado.

Primeiro, acusa-se o TSE de manipulação da urna eletrônica. Há empresas que trabalham na segurança do TSE e, ao mesmo tempo, servem ao Exército.

Por outro lado, a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e o serviço de inteligência do Exército já dispõem de sistemas capazes de controlar ⅔ da população brasileira usuária da Internet.

Os sistemas permitem montar listas de pessoas a serem acompanhadas, delimitar territórios de espionagem, saber quando essas pessoas penetram nessas áreas, poder invadir seus celulares, mesmo estando desligados. Parte desses sistemas foi adquirida nos Emirados Árabes por uma comitiva da qual faziam parte os próprios filhos de Bolsonaro.

A grande questão é o que ocorrerá com as Forças Armadas e a cúpula das Polícias Militares estaduais quando eclodirem os atentados e tentativas de golpe.

*Com GNN

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