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Lira proíbe Câmara de fornecer resultado da manobra para aprovar PEC dos Precatórios

Casa mantém sob sigilo nomes de deputados que foram autorizados a votar sem registro de presença no plenário.

Segundo a Folha, a Câmara dos Deputados está mantendo sob sigilo o nome dos parlamentares que só votaram na PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Precatórios graças a uma manobra patrocinada por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, para elevar as chances de aprovação da medida.

Prioridade do governo Jair Bolsonaro neste momento, a PEC foi aprovada em primeiro turno com uma folga de apenas quatro votos, na madrugada de quinta-feira (4). A manobra de Lira permitiu que deputados em viagem de missão oficial pudessem votar sem registrar presença no sistema de identificação biométrica do plenário.

Com a volta dos trabalhos presenciais na Câmara, os deputados podem continuar votando remotamente por meio de um aplicativo em seus telefones celulares, desde que tenham registrado presença no plenário.

Temendo uma derrota, porém, a​ Mesa da Câmara baixou o ato flexibilizando a regra horas antes da votação do projeto. A PEC permite a expansão de gastos públicos, driblando o teto de gastos, e viabiliza a ampliação do Auxílio Brasil, aposta de Bolsonaro para alavancar sua popularidade no ano eleitoral.

Qualquer emenda à Constituição precisa do apoio de pelo menos 60% dos deputados —308 de 513. A PEC passou em primeiro turno por 312 votos contra 144. Na próxima semana devem ser votados os destaques e o segundo turno da proposta.

A Folha tem pedido desde a quinta-feira (4) aos órgãos técnicos da Câmara o nome dos deputados que votaram por meio dessa brecha.

Integrantes desses órgãos, porém, têm se negado a repassar os dados, mesmo sem a existência de embasamento técnico que autorize tal atitude. A afirmação dada é a de que tal informação só pode ser fornecida com ordem expressa de Lira.

A reportagem questionou a assessoria de imprensa da Casa, que disse em um primeiro momento que tal informação deveria ser requerida à assessoria de imprensa da presidência da Câmara.

Essa, por sua vez, disse que essas informações deveriam ser pedidas via Lei de Acesso à Informação, mas solicitou que a Folha, novamente, enviasse o pedido formal para a assessoria da Câmara. Em resposta, o órgão disse que o dado deve ser solicitado via LAI.

A lei de acesso à informação determina que os órgãos públicos devem promover a transparência ativa, como padrão, ou conceder o acesso imediato aos dados, caso disponíveis, como é o caso.

De acordo com a LAI, só não havendo possibilidade de concessão imediata é que a resposta será enviada em prazo não superior a 20 dias, prorrogáveis por mais dez.

Parlamentares da oposição ingressaram com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) com pedido de anulação da votação da PEC, devido à manobra patrocinada por Lira.

Na ação, os oposicionistas afirmam que o regimento da Câmara sofreu uma burla. “De forma casuística e em patente desvio de finalidade, foi editado ato para garantir o quórum necessário”, afirma a ação.

Lira foi questionado em entrevista coletiva na quinta sobre por que a Câmara tem se recusado a divulgar os nomes dos parlamentares, mas se esquivou. “Não sei se não está divulgando. Os votos são abertos. Foram seis ou oito deputados viajando, dois a favor e quatro ou cinco contra”, disse.

Aliado de Bolsonaro, Lira se empenhou diretamente na busca de votos para aprovar a PEC, o que incluiu, segundo relatos, oferta de verbas das bilionárias emendas parlamentares.

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PEC dos precatórios será votada hoje e Lira tem plano e carta na manga

Segundo Lauro Jardim, reunido com líderes partidários na manhã desta quarta-feira, na residência oficial da presidência da Câmara, Arthur Lira tirou da manga uma carta para tentar conseguir consenso entre os governadores e, enfim, votar a PEC dos Precatórios ainda hoje. Quer parcelar a dívida dos precatórios nos estados para pagamentos de 30% em 2022, 30% em 2023 e 40% em 2024.

Ricardo Barros (PP-PR) disse que haverá quórum; PT votará contra.

Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, afirmou no início desta tarde que há votos suficientes para aprovar a PEC dos Precatórios.

Ele disse também que há garantia de quórum para a votação nesta quarta (2). A oposição não mudou de ideia.

A PEC defendida pelo governo pretende modificar o cálculo do teto de gastos para viabilizar o Auxílio Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família.

O líder do PT, Bohn Gass (PR), afirmou à coluna que o partido votará contra.

Integrantes do governo Bolsonaro contavam com recuo do PT para aprovar a proposta uma vez que demandas dos governadores do Nordeste foram atendidas. ​

O governo fez nos últimos dias forte pressão em cima da base, ameaçando paralisar transferências de emendas impositivas para quem se ausentasse da sessão.

A pressão resultou em uma queda de braço entre a Câmara e o Palácio do Planalto.

Os deputados da base e de partidos independentes pedem a liberação de mais recursos para apoiar a proposta.

Aliados de Bolsonaro, entretanto, ameaçam cortar até as emendas impositivas, cujo pagamento é obrigatório, dos parlamentares para pressionar pelo apoio à PEC.

Na contabilidade dos parlamentares, o placar atual é apertado para o governo. Com quórum máximo, a expectativa é ter cerca de 10 votos além dos 308 necessários para aprovação.

O governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) pretendiam votar a PEC na quarta (27), mas a ausência de deputados e divergências no texto adiaram a votação.

Após reunião de líderes da base com Lira, a votação foi confirmada para a sessão desta quarta (3).

*Com informações do Painel/Folha

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“Áudio de André Esteves confirma a existência de um bacanal entre o mercado e o Congresso Nacional”

247 – Luís Costa Pinto criticou o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que confirmaram as informações reveladas por Esteves.

“A Faria Lima está mandando no Congresso, o mercado está pautando. Não é de hoje. O Arthur Lira não é o primeiro que permite isso. Mas sem dúvida que permite ser pautado pelo mercado com a maior desfaçatez. É mais do que uma farra, é um bacanal evidente entre mercado e Congresso”, afirmou Luís Costa Pinto.

“A quantidade de eventos no formato de live, videoconferência montado por empresas de consultoria financeira com o parlamentar, ou presidente do Banco Central, ou ministro Paulo Guedes”, acrescentou.

Um áudio inédito do banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, revela como pensa o homem mais poderoso do Brasil, que, num ato falho, foi apresentado por Paulo Guedes, ministro da Economia, como novo secretário do Tesouro Nacional.

Na conversa gravada com clientes do banco, que foi gravada e posteriormente obtida pelo 247, Esteves ataca a ex-presidente Dilma Rousseff, elogia Michel Temer e diz que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o procurou no dia em que vários secretários de Paulo Guedes pediram demissão. Além de dono do BTG Pactual, Esteves é também dono da Editora Abril, que publica Veja e Exame, embora assuma ser dono apenas da revista econômica. No áudio, ele diz que o Brasil está barato e que a moeda brasileira está excessivamente desvalorizada.

Na conversa, ele fala praticamente como dono do Brasil e diz que, mesmo com eventual vitória do ex-presidente Lula, teremos “dois anos de Roberto Campos Neto”, presidente do Banco Central. Sobre as eleições presidenciais de 2022, ele diz que Jair Bolsonaro é favorito desde que fique calado. Lula, na sua visão, terá chances caso se movimente em direção ao centro e se aproxime de um nome como Henrique Meirelles, mas revela sua preferência pelo PSDB.

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Política

R$ 20 milhões: Arthur Lira e Paulo Guedes definem valor da compra de cada deputado

Pelas falas de Paulo Guedes e Arthur Lira, a atividade de um parlamentar consiste em troca, venda, compra de votos como mercadoria sempre visando o mercado da picaretagem e, lógico, do lucro e do negócio. Ou seja, o parlamento brasileiro, para eles, é um conjunto de conexões, é apenas uma atividade de tráfico, transação, negócio e mercantilismo.

Tudo depende do contrato e do ajuste na comercialização feita na feira dos votos, que pode ser feito no varejo ou no atacado.

Esse escândalo mercantilista, também chamado de barganha, nunca esteve tão em alta no país. A negociata é feita na cara de todos entre o ministro da Economia e o presidente da Câmara. É um mix de especulação, agiotagem, mas é uma negociata das mais podres que se pode imaginar, porque é feita com o dinheiro extraído do suor do povo para prejudicar o próprio povo.

E assim será feita a reforma administrativa que custará R$ 20 milhões por deputado, o que daria aproximadamente a ninharia irrisória de mais de R$ 6 bilhões em dinheiro público saído dos cofres da União diretamente para a campanha política dos vigaristas comprados por Guedes e Lira.

Afinal de contas, os tratoraços existem pra quê?

O fato é que Bolsonaro compra o Congresso, com centrão, com tudo, descaradamente na cara da sociedade, do Ministério Público, do judiciário e nada acontece com esse deus da multiplicação do dinheiro público que vai direto para os cofres dos deputados.

Por isso eles fazem essa festa com o dinheiro público à luz do dia. É o chamado “rachadão”. Isso, sem falar na troca de cargos, empregos para parentes e outras safadezas e ladroagens.

Sim, porque quem aceita ser comprado pela suposta verba liberada através de recursos e emendas com o dinheiro do povo, para ser usado contra o próprio povo, não tem outro nome a ser chamado do que ladrão, safado, sem-vergonha.

O que mais impressiona é a assustadora naturalidade com que os jornais publicam isso. Mas como é um tudo ou nada que corrói o país para beneficiar o mercado, na verdade, a nossa grande mídia acha até que essa compra dos deputados, além de ética é uma pechincha.

São R$ 20 milhões para o deputado colocar a granada no bolso do inimigo, do pobre.

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Fachin cobra de Aras nova manifestação sobre denúncia contra Arthur Lira

Pede explicação sobre a contradição da PGR, que denunciou o presidente da Câmara e depois defendeu o arquivamento do caso…

O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), cobrou o procurador-geral Augusto Aras para que se manifeste sobre o recuo promovido pela PGR (Procuradoria Geral da República) em relação à denúncia apresentada contra o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

No ano passado, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo enviou parecer concordando com um pedido da defesa de Lira para rejeitar a denúncia apresentada pela própria PGR.

O deputado é acusado de corrupção passiva em esquema de suposto pagamento de propinas de R$ 1,5 milhões da empreiteira Queiroz Galvão.

No despacho assinado na 5ª feira (16.set.2021), Fachin diz que é necessário um parecer de Aras sobre a possível contradição da Procuradoria em apresentar a denúncia contra Lira e voltar atrás cerca de 3 meses depois.

O ministro cita o artigo 42 do Código Processual Penal, que estabelece que o Ministério Público não pode desistir das ações penais. Eis a íntegra do despacho (109 KB).

Ao se posicionar contra a denúncia, Lindôra Araújo apontou que não há provas que caracterizassem uma relação pessoal entre Lira e a Queiroz Galvão. Por isso se posicionou a favor da defesa do presidente da Câmara para arquivar a peça. Eis a íntegra da manifestação da PGR (231 KB).

“Tais circunstâncias revelam, por ora, a fragilidade probatória quanto aos fatos imputados ao Deputado Federal Arthur Lira. Por conseguinte, em juízo de parcial retratação, manifesta-se o Ministério Público Federal favoravelmente ao pleito defensivo, a fim de que seja rejeitada a denúncia em relação a Arthur César Pereira Lima”, disse Lindôra.

*Com informações do Pode 360

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Provas colhidas pela CPI da Covid reforçarão pedidos de impeachment

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, e demais integrantes da cúpula da comissão se reúnem na tarde desta sexta-feira (17) com representantes do Grupo Prerrogativas – coletivo formado principalmente por advogados que atua na promoção do Estado Democrático de Direito. O grupo foi convidado pelos senadores para subsidiar juridicamente o relatório que está sendo construído pelo senador. Embora não seja a pauta principal do debate, o impeachment de Jair Bolsonaro será um dos temas a ser discutidos. Um novo pedido de destituição do presidente não está na ordem do dia. É maior a possibilidade de o grupo eventualmente fazer aditamentos a um ou alguns dos mais de 130 pedidos que já foram protocolados, todos ignorados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A avaliação de Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, é de que os pedidos apresentados até o momento já incorporam parcela significativa dos crimes cometidos pelo presidente e que estarão também na apuração que Renan está relatando. “Uma das consequências da CPI da Covid é engrossar pedidos que já existem”, diz Carvalho.

“Negligência consciente”

Na avaliação do jurista Mauro Menezes, também membro do Prerrogativas, a CPI da Covid dispõe hoje de resultados e mecanismos de coleta de provas e de apuração que não eram ainda “plenamente disponíveis” no momento do chamado “superpedido” de impeachment apresentado em junho por movimentos populares, partidos políticos e organizações da sociedade civil. As provas colhidas pela comissão comprovaram a “negligência consciente” de Bolsonaro na condução do país ante a pandemia e suas atitudes de boicote às medidas preventivas. Assim como o retardamento da vacinação da população e o comprometimento do interesse público na aquisição de vacinas, explica.

Segundo Menezes, um dos redatores do “superpedido” de junho, na ocasião já foi aproveitada uma série de provas colhidas pela CPI da Covid. “O que talvez possa ser agora explorado é a confirmação que a coleta de provas fez daquilo que se poderiam considerar indícios apontados. Num impeachment existe um procedimento de provas, processo que está hoje muito facilitado pelo trabalho já feito pela comissão”, afirma.

Renan pretende apresentar o relatório da CPI da Covid na semana que vem. Afirmou que vai enviar cópias à Procuradoria-Geral da República (PGR), outros órgãos do Ministério Público Federal, ao Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia e ao Tribunal de Contas da União.

A seguir, os principais pontos que o advogado destaca como sendo “os principais elementos jurídicos e suficientes para o enquadramento” de Jair Bolsonaro em crimes de responsabilidade, de acordo com a Lei 1079/1950, conhecida como a Lei do Impeachment.

ARTIGO 7º – São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais:

  • inciso 5: servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua. Menezes avalia que esse crime se conecta ao crime de prevaricação do Código Penal. “Ficou patentemente demonstrado pela CPI. Abuso de poder, desvio de finalidade objeto da gestão do Ministério da Saúde, como no chamado gabinete paralelo. As medidas cobraram o preço em vidas humanas. Houve utilização com finalidade política da difusão e propaganda de tratamento sem base científica comprovada”, comenta o jurista

  • inciso 6: subverter ou tentar subverter por meios violentos a ordem política e social;

  • inciso 9 – violar patentemente qualquer direito ou garantia individual constante do art. 141 e bem assim os direitos sociais assegurados no artigo 157 da Constituição;

“Os incisos 5 e 9 são muito específicos, no caso da deterioração da gestão da pandemia patrocinada pelo presidente da República. Algo inegável”, diz Menezes.

ARTIGO. 8º: São crimes contra a segurança interna do país:

Inciso 7 – permitir, de forma expressa ou tácita, a infração de lei federal de ordem pública;

“O presidente da República, a todo o tempo, convalidou atos de transgressão a medidas inclusive de orientação do próprio Ministério da Saúde na contenção da pandemia. Vamos lembrar que o próprio ministério decretou calamidade pública, e ainda assim ele procedeu a uma militância contra as medidas de distanciamento social, uso de máscara, no combate e descredibilização das vacinas e retardamento de sua aquisição e de insumos, e fomentou que as pessoas se expusessem (à contaminação).”, continua o advogado.

Inciso 8 – deixar de tomar, nos prazos fixados, as providências determinadas por lei ou tratado federal e necessário a sua execução e cumprimento.

ARTIGO 9º – São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração:

Inciso 3 – não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição.

Menezes explica que o princípio deste inciso 3 é designado na lei penal como prevaricação. “O deputado Luis Miranda e seu irmão deixaram evidente que o presidente foi alertado para a ocorrência de atos atentatórios ao interesse público e probidade administrativa no seio do Ministério da Saúde. E nada fez, se omitiu. Não tenho a menor dúvida que isto reforça a potencialidade do relatório da CPI.”

A Lei do impeachment e o superpoder de Arthur Lira

Renan Calheiros tem insistido nos últimos dias na necessidade de se atualizar a Lei do Impeachment. Hoje, Arthur Lira – a quem compete dar andamento ao processo –, ignora o clamor popular e de segmentos significativos dos operadores do Direito pelo impedimento de Bolsonaro.

O superpoder do presidente da Câmara, outorgado pela lei, é “uma deformação institucional”, na avaliação de Mauro Menezes. “Ninguém questiona que o presidente da Câmara possa ter esse poder. Mas não pode usar isso de maneira a bloquear e sequer tomar uma decisão, afirmativa ou negativa. O que é intolerável é que realmente o presidente da Câmara nada faça, e nada aconteça. Nesse ponto eu concordo: é preciso haver um aperfeiçoamento.”

Para ele, esse poder não deve ser individual, a ser exercitado de maneira negativa. “Até penso que o presidente da Câmara pode fazer um juízo e fundamentar. O que não pode é silenciar e nada fazer diante de um pedido bastante fundamentado, como é o caso atual.”

No STF

Menezes figura como advogado em agravo do deputado Rui Falcão (PT-SP) e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, contra decisão monocrática da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal. Em julho, Cármen indeferiu o mandado de segurança n° 38034, em que Menezes pedia que o presidente da Câmara fosse instado a decidir sobre o impeachment. O caso é semelhante a pedido do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), também rejeitado pela magistrada.

“Achamos que deva haver uma solução, senão legal, judicial”, explica Menezes. Após a negativa da ministra, a decisão vai ao plenário do STF. “Espera-se que haja uma decisão que faça prevalecer a Constituição, no sentido de dar curso ao processo de impeachment”, conclui o jurista.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Greve dos “caminhoneiros” continua nesta sexta, ou seja, Bolsonaro segue sabotando o país

Após reunião com o próprio Bolsonaro, “lideranças do movimento” afirmam que só  cedem se forem recebidos por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, para discutir decisões do STF.

É isso mesmo que vocês leram. Um grupo de supostos caminhoneiros que, na verdade, são paus mandados do que existe de mais espúrio no empresariado brasileiro, sobretudo do agronegócio, que não têm qualquer reivindicação em prol dos caminhoneiros, mesmo os combustíveis tendo sete aumentos nos últimos oito meses, eles não estão interessados em baixar os custos, como pagamento de pedágios, preços absurdos do diesel e muito menos em aumentar o preço dos fretes.

Os supostos caminhoneiros, imaginem isso, querem um encontro com presidente do Senado para discutir as decisões do STF. Os caminhoneiros são juristas? O que essa gente entende de decisão judicial, a partir de quê e de qual argumento técnico eles querem discutir as decisões do poder judiciário? Nem o mais audacioso humorista trash teria coragem de escrever um roteiro como esse. Mas na cabeça de Bolsonaro, Carluxo e cia, isso cabe perfeitamente. Nem no mais funesto dos países bananeiros se ouviu falar em algo parecido.

O Brasil, com Bolsonaro, e essa armação feita pelo próprio, mostra que nem numa republiqueta o país foi transformado. Na verdade, ele foi transformado numa grande Rio das Pedras.

Qual país do chamado primeiro mundo tem um privilégio como esse? Como não ser irônico com uma farsa tão burlesca como essa? Nem a farsa da facada chegou a tanto.

Isso, em compensação, dá uma pista do quanto Bolsonaro está abandonado, isolado, incapacitado até de construir uma fábula minimamente crível para ter que usar falsos caminhoneiros de um falso movimento, sem o menor preparo intelectual, porque são mulas dos empresários do agronegócio e outros empresários de vigésima categoria para exigir do presidente do Senado uma reunião para discutir questões técnicas de decisões do Supremo.

Isso explica uma liderança como Zé Trovão se transformar em personagem central dessa crise, que ninguém sabe quem é, de onde veio e o que faz. É o Zé Trovão, e ponto.

Não é sem motivos que o Brasil está mergulhado numa crise econômica sem a mínima chance de ver qualquer brecha de luz. Para se ter uma ideia do tamanho do buraco em que o país está enfiado, a Ibovespa perdeu R$ 670 bilhões em valor em três meses com a crise que Bolsonaro produziu.

As perguntas são, até quando teremos que conviver com esse pesadelo chamado Bolsonaro? Até quando Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux ficarão nesse palavrório discursivo, carregado de coisa nenhuma de concreto andando em círculos para manter esse estado de coisas eternamente?

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Bolsonaro chuta traseiro de Lira e segue no ataque com Marcha dos Pijamas

Reinaldo Azevedo – Não. Jair Bolsonaro não desistiu da militância golpista. Ensaia-se para 25 deste mês, Dia do Soldado, um ato em frente ao QG do Exército em Brasília com militares da reserva. Pergunta: haverá distribuição de pijamas?

O “Mito” de si mesmo não cumpriu o que prometeu a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. O combinado era que, fosse a plenário o texto que já tinha sido rejeitado na Comissão Especial, e o “Mito” mudaria de assunto, cessando os ataques aos tribunais superiores e ao sistema eleitoral caso derrotado.

Cumpre lembrar o que aqui sempre se disse: o cara não está nem aí se a votação vai ser assim ou assado. É um falso assunto. O que ele não aceita são eleições limpas e livres. Ele quer é golpe.

“Ah, mas Lira jamais deveria ter levado a coisa a votação”. Pois é… Não é prática corrente fazê-lo depois de derrotada a proposição na Comissão Especial, mas o Regimento Interno obriga que assim se faça caso alguém recorra. Tenho cá as minhas dúvidas se recorreriam. Não dá para contar a história que não houve.

O fato é que o presidente da Câmara pôs o texto em votação como uma deferência ao presidente e também num esforço de evidenciar que não havia votos no Congresso para aprovar o texto.

E estava certo — como todos estávamos: não havia mesmo. Só 229 deputados apoiaram o voto impresso. Ficaram faltando 79. Ocorre que houve mais “sins” do que “nãos” (211). E isso deu a Bolsonaro o pretexto para ver uma vitória na derrota. Nem bem saiu o resultado, e sua turma já estava dizendo por aí que, não fosse a interferência do Supremo — que não existiu —, e o voto impresso teria sido aprovado. É bom lembrar que ainda haveria um Senado pela frente.

Bolsonaro não vai largar facilmente esse osso. Enquanto Lula liderar as pesquisas, vai insistir na suposta vulnerabilidade das urnas. Pouco importa se ele acredita nisso. O fato é que seus seguidores acreditam. E ele já está em campanha eleitoral. Tivessem lhe dado o voto impresso, inventaria uma outra coisa qualquer para tentar deslegitimar a disputa se permanecesse atrás. Caso consiga reverter os maus auspícios, aí pode baixar a bola. Em suma: não é que não goste das urnas eletrônicas. Ele só não aceita perder.

Eis aí no que resultou a adesão de deputados tucanos, peessebistas, emedebistas e outros em favor do voto impresso. Forneceram a Bolsonaro o “fato novo” para continuar.

Agora os valentes falam em criar uma “CPI da Urna Eletrônica”, que investigaria também, imaginem vocês!, o TSE. Bem, um requerimento nesses termos seria inconstitucional porque uma comissão de inquérito precisa de fato determinado, segundo o Parágrafo 3º do Artigo 58 da Constituição. Seria qual?

Nesta quarta, falando aos seus, disse ter a informação de que nada menos de 12 milhões de seus votos foram repassados a Fernando Haddad. A operação teria sido financiada por uma associação do Foro de São Paulo com o PCC e o narcotráfico. Mas fez questão de deixar claro: “Não tenho provas”. Claro que não! Está ouvindo vozes.

Bolsonaro desqualifica e desmoraliza Lira como interlocutor aos olhos dos Poderes. No dia em que decidiu que levaria a PEC a plenário, o presidente da Câmara leu uma nota lembrando que o “sinal amarelo” continuava aceso. E sentenciou: “Essa história já foi longe demais”.

Não é assim com Bolsonaro e sua turma. É preciso que aprendamos uma coisa: eles não recuam nunca e se orgulham disso. Quanto mais errados, mais virulentos. Observem que o delírio conspiratório que ele anuncia só poderia ter se realizado com a conivência do TSE. O presidente está mentindo? Está. Mas ele sempre pode se esconder na covardia: “Disse que não tenho provas”. Mas é justamente aí que está seu crime.

Tenha-se sempre em mente. Bolsonaro tem o direito de defender voto impresso, de lutar por isso, de pressionar politicamente. Mas ele faz outra coisa: acusa os tribunais superiores de se acumpliciarem para eleger um adversário seu e já anuncia que não aceita resultado nenhum que não seja a sua reeleição.

O “sinal amarelo” de Lira caminha para ser conivência, como conivente é o silêncio do procurador-geral da República, Augusto Aras.

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Lira surpreende deputados e põe em votação neste momento a PEC do distritão

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou nova sessão para votar a reforma eleitoral na noite desta quarta-feira. A decisão foi tomada após reunião de líderes majoritários da base e pegou parlamentares de surpresa, porque o assunto seria tratado só na quinta-feira.

A votação da PEC estava inicialmente prevista para quinta-feira, mas Lira convocou sessão extraordinária nesta quarta, segundo ele, a pedido da maioria dos líderes de bancada. Partidos de oposição, como o PT, manifestaram contrariedade com a decisão e anunciaram obstrução, com recomendação a seus filiados a não registrarem presença para a nova sessão.

O texto prevê a adoção do sistema eleitoral majoritário para a eleição de deputados federais e estaduais em 2022. Nesse sistema, é eleito o mais votado, desconsiderados os votos do partido, como acontece atualmente no sistema proporcional.

Vice-líder da oposição na Câmara, a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) afirma que a PEC “só vai favorecer os figurões da política e excluir ainda mais mulheres, pretos e pretas, indígenas e LGBTs”.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) diz que o modelo proposto pela PEC “enfraquece a democracia e favorece candidatos ricos, coronéis, celebridades e milicianos”.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu alerta:

“Distritão é tragédia que destrói os partidos políticos”

“nem é preciso um exercício analítico longo para nos darmos conta da tragédia democrática que representa o Distritão. Basta citar que os votos dados aos candidatos não eleitos serão desprezados assim como os direcionados em excesso aos eleitos, computando-se apenas os dos mais votados em cada Estado ou município. Além disso, a proposta acaba com o voto de legenda, o que na prática significa o fim dos partidos políticos”.

*Com informações do 247

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Política

Máquina de guerra virtual de Bolsonaro fuma, bate biela e PEC do voto impresso é derrotada

Em resumo, o que ocorreu ontem foi a irônica puxada de tapete que Ciro Nogueira e Arthur Lira deram em Bolsonaro. Pior, o esperto que achou que tinha o centrão nas mãos, tomou um calça arriada e nem pode reclamar, senão toma um impeachment na fuça.

Na verdade, Bolsonaro, com essa bravata, revelou que caminha numa pinguela sobre um rio de piranhas. Mas foi o que restou pra ele, o que revela que a tal máquina de fake news de Bolsonaro sempre foi uma grande mentira.

O que o levou à vitória em 2018 foi uma combinação de eventos acionados na onda do antipetismo a todo custo imposto pela mídia e pelos interesses neoliberais que cercavam a candidatura de Bolsonaro para se chegar ao resultado que se chegou.

Bolsonaro, para não cair, cercou-se de gente do centrão e, ontem, mostrou que está cercado pelos caciques desse bloco que é historicamente extremamente maleável e se adapta facilmente a qualquer mudança de vento.

Ou seja, o centrão deixou claro nessa votação que impôs derrota a Bolsonaro, que os ventos mudaram e deixaram Bolsonaro mais refém de uma teia de interesses que vão muito além do que aparenta.

Um moribundo político carregando a culpa por quase 600 mil mortes por covid, uma economia em frangalhos, desemprego batendo recordes e a devolução do Brasil ao mapa da fome com 20 milhões de miseráveis, já é um moribundo caríssimo. Soma-se a isso o vulcão de denúncias de corrupção que estão sendo reveladas pela CPI do genocídio, o resultado não poderia ser outro.

Se chegar até 2022, o governo Bolsonaro caminhará como um morto-vivo. Foi isso que ficou explícito ontem com sua derrota na PEC do voto impresso.

Para piorar um pouco mais, o apelo de usar os militares foi um tiro de espalha chumbo no próprio pé.

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