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De “aliado” a “bandido”

A fuzilaria de Roberto Jefferson desorientou a base bolsonarista, mas ninguém deu guinada mais eloquente que a Jovem Pan.

Piauí – Os ataques de fuzil e granadas contra policiais federais, praticados pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), no domingo, desorientaram toda a base bolsonarista. Mas nenhum dos grupos apoiadores do presidente ficou tão desnorteado quanto os comentaristas do programa Os Pingos Nos Is, da emissora Jovem Pan, que funciona como câmara de eco dos discursos do presidente Jair Bolsonaro.

Quando as primeiras notícias de que Jefferson atirara três granadas e disparara 50 tiros de fuzil numa viatura da Polícia Federal que se dirigira à sua residência, em Comendador Levy Gasparian, no interior fluminense, o ímpeto inicial do bolsonarismo foi defender o ex-deputado. “O presidente já tomou a decisão de chamar as Forças Armadas para proteger o nosso Roberto Jefferson”, escreveu o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), em sua conta numa rede social.

O deputado eleito por Minas Gerais Nikolas Ferreira (PL) insurgiu-se contra a visita da PF a Jefferson, e não contra a tentativa de assassinato. “Ele xingou a ministra e pediram a prisão dele? Foi isso mesmo? Eu juro que é só uma pergunta”, disse Ferreira, referindo-se às agressões verbais feitas por Jefferson à ministra Cármen Lúcia, do STF, no dia anterior, chamando-a de “prostituta arrombada”, entre outros xingamentos chulos e insultuosos. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) seguiu o mesmo caminho: primeiro, criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Depois, recalibrou e afirmou que “não se atira em polícia”.

Conforme os estragos das ações de Jefferson ganhavam tração na opinião pública, o presidente decidiu ir às suas redes sociais para dizer que “o tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido”. E, numa live gravada no domingo à noite, afirmou que não havia nenhuma foto sua com Jefferson, numa tentativa de desvencilhar-se da imagem do aliado. Logo aparecerem diversas fotos.

Depois da senha presidencial de que a ordem não era mais defender Jefferson, a guinada de opinião mais eloquente sobre o ex-deputado não foi dada pela base bolsonarista, mas por quatro dos comentaristas de Os Pingos Nos Is, programa de maior audiência da Jovem Pan. Antes da fuzilaria de Jefferson contra agentes da Polícia Federal, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, José Maria Trindade e Guilherme Fiuza se referiam a Jefferson como “um grande tribuno”, “um candidato fortíssimo” e “um aliado do presidente Bolsonaro”, um homem inofensivo, um “preso político”. Na edição da última segunda-feira, um dia depois dos ataques, o tom mudou. Jefferson passou a ser apontada como “bandido”, “homem-bomba” e “amigo de Lula”.

O comentarista Diogo Schelp também fez críticas a Jefferson, mas, no seu caso, não se pode dizer se houve ou não mudança de discurso porque o jornalista passou a integrar a bancada do programa apenas em agosto, depois que a piauí fez uma extensa reportagem sobre a bolsonarização da emissora. Antes da entrada de Schelp, que é crítico ao governo, o programa era um coro de elogios ao presidente e ataques a Lula e a todos os órgãos do Judiciário.

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Vídeo: Bolsonaro trai mais um comparsa Roberto Jefferson e, agora, o chama de “bandido”

Uma das marcas de Bolsonaro, é a traição. Adriano da Nóbrega que o diga, Gustavo Bebianno, idem.

Então, Roberto Jefferson é apenas mais um dos que foram parte do esquema desenvolvido por Bolsonaro para buscar grana aonde ele pudesse utilizando as formas mais espúrias para tal objetivo.

Na verdade, isso deve dar um nó na cabeça do gado premiado do bolsonarista raiz, daqueles bem chucros, como o que agrediu um cinegrafista da Globo.

E é aí que o “santo” que certamente deu apoio e coordenação a Roberto Jefferson, depois de relativizar o ataque, resolveu jogar Jefferson no mar para virar refeição dos tubarões.

Lógico que, para realizar tal obra, Jefferson conseguiu, com um arsenal que inclui escopeta, fuzil, metralhadora e granada, um componente comum no mundo do crime, que é o tráfico de armas que, aliás, é especialidade do vizinho de Bolsonaro no Vivendas da Barra, que também é o autor do assassinato de Mariellle.

O fato é que essa bola de Bolsonaro bateu na trave no universo bolsonarista, desceu quadrada. E isso acontece a uma semana da eleição. E um pontapé desse no traseiro de Jefferson por ser um soldado em exercício em nome de Bolsonaro, se não é unânime a indignação dos bolsonaristas, está difícil aceitar essa traição de Bolsonaro voltada a Roberto Jefferson que, com certeza, fez o que fez como prova de lealdade a quem agora lhe mete uma faca pelas costas.

Até para a república bananeira, um ato como esse soa como um guincho do “mito” para os bolsonaristas.

 

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Brasil

Globo trata da guerra como se fosse de um cowboy americano x um russo fora da lei

Impressiona como o diafragma das lentes da mídia brasileira reduz a guerra a um único foco, Putin.

Assim, manipulam, desinformam e deformam a realidade de uma guerra com tantos atores envolvidos.

Aumentar as responsabilidades de uma guerra sobre um determinado alvo, fazendo com que vaze mais ou menos luz a determinado ponto é de uma covardia intelectual absurda.

Mas a Globo faz isso.

É uma forma de obstruir a verdade e impor a sua verdade fabricada por motivos claramente pornográficos.

Focar a cena da guerra de forma localizada, determinando à distância quem é mocinho e quem é bandido, é especialidade da mídia brasileira.

Fez isso a vida toda, sobretudo nas narrativas políticas, sempre contra o povo e a favor das oligarquias locais e internacionais.

Todos sabem que, quanto maior for a abertura de um cenário, mais luminosa fica a narrativa e objetivo fica o julgamento da sociedade.

Como nunca teve interesse em de fato informar, barganha isso com os donos do dinheiro grosso.

Nessa guerra, a mídia brasileira está sendo apenas ela, com todas a técnicas controle, influência e domínio do discurso e da narração.

Aí, é aquela festa.

Falsificam a história, fraudam os fatos, manuseiam os ângulos, trapaceiam e modificam completamente a história real a gosto e modo dos seus interesses.

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Para bandido, pede-se prisão e não impeachment

Não se pede impeachment para bandido e sim prisão. Se ele tiver três filhos bandidos, então, que os os quatro sejam presos.

Se um presidente da República se revela um gangster, um contraventor, então, ele não é um presidente, ele é um contraventor. O mesmo pode se dizer de um Ministro da Justiça que vira capanga de contraventor, ele não é ministro, é um contraventor que utiliza a pasta da Justiça e da Segurança Pública para cometer crime de proteção a bandidos.

Não se pode misturar essas coisas, sobretudo se o presidente está envolvido com a nata da bandidagem do país, aquela que aterroriza a sociedade, que se infiltra no estado e, ao invés de ser um estado paralelo, incorpora este aos seus negócios. Isso nada tem de político, é contravenção em estado puro.

Se um presidente ameaça fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal e teve um esquema de fake news para ganhar a eleição, exalta a ditadura homenageando torturador, assim como monta um esquema de fantasmas e laranjas em seu gabinete, então, ele deve sofrer um impeachment. Mas se tiver envolvido com pistoleiros, matadores, agiotas, que sequestram comunidades inteiras, apoia motins de policiais mascarados, tem envolvimento no assassinato de uma vereadora, premia a bandidagem, o caso dele não é de impeachment, é de prisão.

É preciso não confundir as coisas, porque é nos vacilos políticos que a pilantragem se cria.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Marcelo Freixo detonou o governo paralelo de Moro com o juiz de garantias

Uma coisa está clara, Moro não só criou um governo paralelo dentro do governo, como rachou a base bolsonarista. Isso está mais do que claro nas redes sociais.

O Ministério da Justiça não era do governo Bolsonaro, mas do governo Moro que, através dele Moro traçou uma estratégia para chegar ao poder em 2022. O que parece é que esse projeto acaba de ser abortado por Marcelo Freixo, porque impedirá que os direitos dos brasileiros continuem sendo mutilados por preconceito, racismo, discriminação, mas sobretudo por suas escolhas políticas.

Moro conseguiu englobar tudo isso dentro do seu conceito de direito, lambuzou-se no autoritarismo, comportando-se como polícia da justiça escolhendo como tratar as pessoas em função do que elas representam dentro do seu projeto de poder.

Lógico que Lula foi a maior vítima dessa consequência nefasta de um juiz corrupto e ambicioso que batia o córner e corria para cabecear.

Em razão disso Moro permaneceu maior do que Bolsonaro durante o primeiro ano de seu governo, agindo como milícia da milícia.

O fato é que Moro sempre apostou nas garantias que a impunidade lhe conferia, pois sem nenhum processo regulador dentro do sistema judiciário, o que valia era a sua individualidade e suas relações políticas que distinguiam quem era o bandido e quem era o mocinho de acordo com seus interesses.

Não foi isso que se viu com as revelações da Vaza Jato?

Por isso a queda desse modelo que representa uma gigantesca vitória de Marcelo Freixo, que também é uma grande vitória da democracia que fez com que o bolsonarismo rachasse pra valer nas redes sociais, a ponto de o próprio Ministro da Educação Abraham Weintraub, em plena viagem de navio, resolver comprar o lado de Moro chamando Bolsonaro de traidor por ter sancionado a figura do juiz de garantias proposta por Marcelo Freixo.

Isso dá a dimensão de como Moro estava jogando bola nas costas de Bolsonaro e, claro, este não fez isso para agradar o deputado do Psol. Entre a cruz e a caldeirinha, ou seja, entre beber o remédio amargo de um mesmo juiz que tem imposto derrotas ao clã e continuar no caso sozinho e dividir a tarefa com o juiz de garantias, Bolsonaro preferiu salvar o pescoço, fazendo o governo bater cabeça e Marcelo Freixo entrar com bola e tudo dentro do gol.

Foi a conspiração dos deuses que acabou agravando uma crise no governo, porque a justiça, fortalecendo as garantias dos cidadãos, mata um quadro de totalitarismo que vinha se agravando perigosamente pelas mãos de Moro e, até então, com o apoio de Bolsonaro, o que fez com que Moro tomasse um tranco freando sua perspectiva de futuro político.

O resultado dessa sanção é que Moro perdeu muito, pois faz com que um condenado político não fique mais refém de um juiz partidário que ganhou fermento no Ministério da Justiça com a justificativa de regeneração das leis na base do justiçamento, como se assistiu nos seis anos Lava Jato.

A partir de agora, a justiça tomará o lugar de Moro e o juiz de garantias lhe imporá um derrota atrás da outra, mesmo que isso possa momentaneamente ajudar Bolsonaro, no conjunto da obra foi uma derrota acachapante que a esquerda, através de Freixo, impôs à direita representada por Moro e Bolsonaro.

É Marcelo Freixo quem explica com precisão:

 

*Carlos Henrique Machado Freitas