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Política

Vídeo: Bolsonaro é hostilizado em avião: “tá fugindo da Polícia Federal?”

Jair Bolsonaro (PL) foi hostilizado nesta quarta-feira (23) em um voo que partiu de Brasília (DF) com destino à cidade de São Paulo (SP), onde ele deu entrada no Hospital Vila Nova Star para exames de rotina. Uma passageira perguntou se o ex-ocupante do Planalto estava fugindo da Polícia Federal. Outras pessoas aplaudiram Bolsonaro e gritaram ‘mito’.

A Polícia Federal intimou Bolsonaro a prestar depoimento no próximo dia 31 sobre o caso das joias. Também foram intimados Frederick Wassef, advogado do ex-chefe do Executivo federal, e outros auxiliares. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu autorização para a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro (PL), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Investigadores apuram a venda ilegal de itens de luxo. Por lei, presentes de outros países devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal.

https://twitter.com/i/status/1694349678068785244

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Opinião

Sou responsável pelas 700 mil mortes de brasileiros sim, qual o problema?

Em última análise, Bolsonaro deixou claro que não acredita que será punido por seus incontáveis crimes, pior, ele tem razão quando diz “mandei, qual o problema?” Em resposta à pergunta da Folha se ele havia mandado fake news para o empresário sem escrúpulos Meyer Nigri, com o pedido de “espalhe ao máximo”.

Ora, não é a mesma Folha que, dia desses, contestou sua possível prisão?

A Folha suprimiu qualquer lembrança recente de um sujeito responsável pelo morticínio criminoso de mais de 700 mil brasileiros, como se as vidas ceifadas de centenas de milhares de pessoas não tivessem qualquer importância, como se ninguém chorasse a perda de seus entes queridos, por culpa exclusiva de um presidente que fez tudo o que podia para não só desdenhar da vacina, como vender aos quatros cantos do país a ideia de que medicamentos ineficazes, como a Cloroquina, curariam as pessoas e, portanto, elas não precisariam tomar vacinas, usarem máscaras e manterem o distanciamento social.

E o que vimos? uma multidão de zumbis verde e amarelo seguir à risca o que um irresponsável, que fazia questão de aglomerar para disseminar e potencializar a contaminação do coronavírus nBrasil como um todo.

Essa irresponsabilidade chegou a matar mais 4 mil pessoas por dia, num país que tem o melhor sistema de vacinação do mundo, tragédia que jamais aconteceria se o Brasil tivesse um presidente responsável, os brasileiros teriam a vacina na hora certa, o que reduziria as mortes a 5%., o que não é pouco. Acontece que Bolsonaro é que banalizou os números para dizer, em outras palavras, que a preocupação com os brasileiros vitimadas pela covid era uma tolice e que isso não tinha a menor importância.

Bolsonaro, não satisfeito, usou bilhões em verba pública para patrocinar canais na internet e no sistema de comunicação do país, como a Jovem Pan, para que seus asseclas reforçassem todas as fake news cretinas e criminosas que Bolsonaro mandava, e ainda diz, “mandei sim, qual o problema?”

Debochou das pessoas com covid e falta de ar sim, era essa a ideia, foi para isso que os bolsonaristas votaram nele, qual o problema?

Pelo jeito, nenhum, porque até hoje não foi responsabilizado por qualquer morte, o que não faz sentido e não tem a menor explicação.

Bolsonaro é bicho, corrupto. Seu clã comprou e exibiu na cara dos brasileiros quatro mansões hollywoodianas, verdadeiros castelos de ostentação que, na compra mais escandalosa de uma delas, a de Flávio, foi justificada dizendo que havia comprado a mansão, avaliada em R$ 16 milhões com os lucros de uma lojinha de chocolates de 30 metros quadrados. O cínico, arrogante, ainda chamou o hacker Delgatti de criminoso, assim como agrediu Renan Calheiros na CPI do genocídio.

Tudo isso se dá porque o clã inteiro carrega com ele a certeza que ficará impune sim, qual o problema? Afinal, a mídia e a justiça brasileiras não veem qualquer problema nos incontáveis crimes praticados por esse selvagem que deveria estar enjaulado há muito tempo, mas ainda esperam provas de que Bolsonaro é um criminoso sim, qual o problema?

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Política

Queda na fiscalização na Amazônia fez dobrar emissões de carbono sob Bolsonaro

Pesquisa publicada na revista Nature mostra aumento de 122% nos gases-estufa da floresta em 2020.

Quedas expressivas na fiscalização ambiental nos dois primeiros anos do governo Jair Bolsonaro (PL), ou seja, 2019 e 2020, tiveram responsabilidade central em uma explosão nas emissões de gases-estufa na Amazônia, segundo a Folha.

Mesmo sem condições de seca severa, o que potencializa queimadas, as emissões nesses dois anos foram tão elevadas quanto as vistas durante o El Niño extremo registrado em 2015 e 2016 —que levou a alguns dos mais elevados graus de crescimento de CO2 atmosférico já vistos.

O governo Bolsonaro ficou marcado por discursos do próprio presidente e de membros do seu governo que relativizaram a importância da fiscalização contra crimes ambientais e a gravidade da destruição da floresta.

Os cientistas autores do estudo, entre eles pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), compararam as emissões registradas em 2019 e 2020 com a média do período 2010-2018.

Segundo os pesquisadores, apesar de desde 2018 o desmatamento ter aumentado em 80%, “como consequência da redução de políticas públicas, observamos uma redução de 50% nas multas”.

“Nós estimamos que as emissões tenham dobrado nos anos de 2019 e 2020, em comparação ao período 2010-2018, como consequência dessas mudanças, e, em 2020, também por estresse climático”, afirma o artigo, que tem como principal autora a pesquisadora Luciana Gatti, do Inpe.

Olhando os anos individualmente e sempre em comparação ao período-base (2010-2018), em 2019 houve um aumento de 89% nas emissões de carbono. Em 2020, o crescimento foi de 122%.

O cenário de crescimento de emissões em 2019 é explicado, segundo os autores, por um aumento de 82% no desmatamento e de 14% na área queimada na Amazônia. Como precipitação e temperatura se mantiveram dentro da variabilidade esperada, as condições climáticas não explicam o acentuado salto.

Já em 2020, a explosão de emissões esteve relacionada a um aumento de 77% no desmatamento e de 42% na área queimada, mas também com uma redução de 12% na precipitação anual —que ocorreu predominantemente na estação chuvosa, de janeiro a março, onde também se viu um aumento de temperatura de 0,6°C.

Menor precipitação e maiores temperaturas levam a condições de estresse para a floresta e para as árvores, afetando o balanço entre fotossíntese (quando ocorre a captura de CO2) e respiração (quando ocorre a liberação de CO2) e, consequentemente, o cenário de emissões de gás carbônico.

“Independentemente de ser resultado de uma respiração aprimorada, de decomposição ou fogo associado ao desmatamento e degradação, nossos resultados de fluxo de carbono mostram que a Amazônia está emitindo mais carbono, amplificando as consequências para a mudança climática global”, destacam os cientistas.

Essas conclusões fazem parte de uma pesquisa publicada na revista Nature, um dos principais periódicos científicos do mundo, nesta terça-feira (23).

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Wajngarten surta com ex-aliado e anuncia entrevista coletiva para a próxima semana

Ex-Secom teve chilique na rede pela segunda vez após o general Santos Cruz errar o destino da fuga empreendida por Bolsonaro. “Não sabe nem a diferença entre Miami e Orlando. Alguém desenha lá”

Ex-secretário de comunicação (Secom) da Presidência e investigado pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a Organização Criminosa que traficou joias recebidas pelo governo brasileiros para serem vendidas nos Estados Unidos, Fábio Wajngarten, que atua na defesa de Jair Bolsonaro (PL), teve um segundo surto nas redes sociais em menos de oito horas nesta quarta-feira (23).

Após tuitar por volta das 3h da madrugada desesperado pelo depoimento simultâneo em que participará com a OrCrim no dia 31, ele voltou às redes para atacar um ex-aliado, o general da reserva Carlos Alberto de Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, no início do mandato de Bolsonaro.

Em entrevista à GloboNews, Santos Cruz afirmou que Bolsonaro deveria ter se dirigido aos apoiadores que montavam acampamentos golpistas em frente aos quartéis.

“Ele ficou de boca fechada por dois meses. Fugiu do Brasil. Foi embora para Miami e não se dirigiu àquelas pessoas. É uma questão de respeito, de dizer: ‘olha voltem para suas casas que isso não vai acontecer, estou indo embora do país, voltem para suas casas'”.

O erro do militar quanto ao destino da fuga enfureceu Wajngarten, que surtou pela segunda vez no Twitter ao anunciar uma entrevista coletiva para a próxima semana.

“Não sabe nem a diferença entre Miami e Orlando. Alguém desenha lá. Acabou a paciência com esse Sr. Alguém que dizia que comunicação é desperdício…. Semana que vem vamos para uma entrevista coletiva”, tuitou Wajngarten.

*Com Forum

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‘Mandei, qual o problema?’, diz Bolsonaro sobre mensagem com ataques TSE e STF

Ex-presidente pediu a contatos que repassassem ‘ao máximo’ texto que insinuava fraude na eleição e tinha críticas ao ministro Luís Roberto Barroso.

Intimado a depor pela Polícia Federal nas investigações sobre um grupo de empresários que discutiu um golpe de Estado por WhatsApp, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou ter enviado a contatos uma mensagem que insinuava, sem provas, uma fraude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do ano passado. O texto ainda continha ataques ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo O Globo.

Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, durante um voo de Brasília a São Paulo, nesta quarta-feira, o ex-presidente confirmou o teor de mensagem enviada ao empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa.

— Eu mandei para o Meyer, qual o problema? O [ministro do Supremo Tribunal Federal e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral Luís Roberto] Barroso tinha falado no exterior [sobre a derrota da proposta do voto impresso na Câmara, em 2021]. Eu sempre fui um defensor do voto impresso — afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro disse que não fazia parte do grupo dos empresários para o qual, de acordo com a PF, Nigri repassou a mensagem, mas a PF vai ouvi-lo sobre a difusão do conteúdo. A oitiva foi marcada para o próximo dia 31, na sede da corporação, em Brasília.

— Eu vou lá explicar — disse ele à “Folha”.

Mensagem enviada por Bolsonaro para empresários — Foto: Reprodução/PF

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Amigo conta como Meyer Nigri ajudou a enviar médico para atender Bolsonaro em Juiz de Fora

Joaquim de Carvalho*

O empresário Meyer Nigri, que está sendo investigado pela PF por participar da milícia digital de Jair Bolsonaro, teve um papel importante no evento de Juiz de Fora que mudou a história do Brasil, em 6 de setembro de 2018.

Foi ele quem enviou o oncologista e gastrocirurgião Antônio Macedo para a cidade, logo depois de Jair Bolsonaro dar entrada na Santa Casa de Misericórdia local, onde foi submetido a uma cirurgia.

Bastidores da história foram revelados por seu amigo Victor Sarfatis Metta, ambos muito ativos na comunidade judaica de São Paulo.

O relato foi feito em uma live no canal de Abraham Weintraub, em fevereiro do ano passado, quando este, que tinha sido ministro da Educação e diretor do Banco Mundial, rompia com Bolsonaro.

Metta, advogado tributarista, lembrou que conheceu Bolsonaro na casa de Meyer Nigri, em 2016, num encontro em que o então pré-candidato a presidente foi apresentado a empresários.

“Em 2016, eu conheço o presidente Bolsonaro, na casa de um empresário, na casa do Meyer Nigri, agradeço bastante a ele inclusive. Foi uma apresentação, estava um bando de empresários, um dos quais trabalha no governo hoje, todos torceram o nariz, todos, menos o Meyer. Todos torceram o nariz para o Bolsonaro. Eu olhei lá e falei: pô, esse cara vai ser eleito, eu não tinha dúvida nenhuma de que seria o próximo presidente do Brasil”, recordou, em abril de 2022.

Victor acabaria entrando na campanha e, mais tarde, se tornaria tesoureiro do PSL em São Paulo, o partido de Bolsonaro na época. Em outra live, em 21 de fevereiro do ano passado, ele contou como soube do evento de Juiz de Fora três anos e meio antes.

“Não sei se você lembra, mas na hora que aconteceu a facada a gente estava num chat, num áudio, com o Arthur (irmão de Abraham), falando de plano de governo”, diz, dirigindo-se a Abraham Weintraub.

“Aí eu me lembro que puxei o celular na hora, vi a facada, deu aquela sensação horrorosa, porque era uma coisa que a gente estava imaginando, a gente até ficou meio baqueado na hora. Eu lembro daquela imagem dele sendo levado para o carro. Aí acabou a reunião, não tinha mais condição, cada um foi para um canto. Aí, de repente, vem aquela ideia: pô, vamos para Juiz de Fora. Mas por quê? Porque a campanha era tudo uma bagunça, um caos, era aquele voluntarismo: ah, vamos lá, e a gente resolve. Não importa, vim aqui resolver”, declarou.

A caminho do aeroporto em Jundiaí, onde ficava o avião do seu escritório de advocacia, ele diz ter recebido uma ligação de Meyer.

“Me liga o Meyer Nigri e me fala: ‘e aí, para onde você está indo?’ E eu falo: estou indo para Juiz de Fora. E ele falou: ‘quer levar um médico?’ E eu falei: mas claro, pra já. Como é que vou levar ele para Jundiaí, para o aeroporto? Meu avião ficava em Jundiaí na época. Ele falou: ‘escolhe o médico, que eu mando ele de helicóptero’. Eu falei: putz, deixa eu ver, deixa eu ver, quantos médicos gastro eu conheço? Ele tomou uma facada na barriga, acho que é gastro. Aí eu pensei o nome de um, pensei o nome de outro e pensei o nome de um terceiro, e pensei: ah, vou chamar o que já me operou. Aí eu falei: liga para o Macedo. Aí ele falou: ‘pra já’. Aí ele foi lá, pousou o Macedo de helicóptero e foi lá, foi de noite mesmo. Foi até interessante pousar lá porque eu… a instrumentação do aeroporto (de Juiz de Fora) não estava funcionando lá naquele dia.”

Macedo era um dos médicos mais concorridos do Einstein e deixou tudo para atender ao empresário Meyer Nigri. Alguém pode duvidar do relato, mas o fato é que Macedo chegou a Juiz de Fora naquela noite, efetivamente, no avião de Victor Metta.

E a presença deles lá teria surpreendido e desagradado algumas pessoas do entorno de Bolsonaro, como contou Victor Metta, que fez questão de dizer na live que não revelaria tudo o que viveu e testemunhou em Juiz de Fora.

“Eu lembro que isso desagradou muita gente naquele dia, teve muita gente que ficou muito nervosa por a gente trazer alguém diferente. Deu uma confusão, teve a parte suja do processo, depois eu fui proibido de entrar no Einstein, me colocaram lá como militante de esquerda, teve um bando de…, a campanha foi assim, do começo ao fim”, comentou.

E prosseguiu:

“Estava tudo muito estranho naquele momento, parece que já tinha acontecido, imediatamente já tinha uma equipe, estava todo mundo querendo que alguma coisa acontecesse. Quando eu fui levar o médico, muita gente se opôs. Muita gente ficou brava: como assim, o que você está fazendo? Você está se intrometendo. A impressão que deu é que eu atrapalhei alguma coisa lá. Teve mais coisa estranha que aconteceu, mas fiquemos com essa, por enquanto”, disse, e complementou com um sorriso enigmático.

Weintraub não perguntou mais nada, e Victor Metta não voltou a tocar no assunto.

Nigri se tornaria influente no governo Bolsonaro, a ponto de participar da indicação de Augusto Aras para a Procuradoria da República e de Nelson Teich para o Ministério da Saúde, como informou a revista Veja.

Na reportagem, de maio de 2020, Meyer é apresentado como eminência parda do governo, a começar pelo título: “Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa: o empresário que dá as cartas.”

Segundo a revista, Meyer Nigri tinha “passe livre em vários ministérios” e atuava “junto ao governo pela legalização de cassinos e jogos de azar”.

Ligava para o então ministro da Economia, Paulo Guedes, na frente de outros empresários, e conseguiu o apoio dele pela legalização de cassinos no Brasil, que poderia impulsionar a construção de resorts, assunto de interesse de Meyer.

Ambos foram derrotados pela bancada evangélica, mas nem por isso Meyer abandonou o governo. A Polícia Federal localizou troca de mensagens dele com Jair Bolsonaro, de junho do ano passado, em que ambos se articulam para divulgar fake news sobre as urnas e difamar o ministro do STF Luís Roberto Barroso, .

Juiz de Fora foi uma oportunidade para Nigri: o evento de lá alçou Bolsonaro à presidência, como este próprio já reconheceu em vídeo, e o empresário acumulou poder.

É uma pena que seu amigo Victor Metta não fale de todas as coisas estranhas que aconteceram naquele dia na cidade mineira.

*247

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Meyer Nigri, que recebeu ordem de Bolsonaro para repassar fake news, é dono da Tecnisa e influente na comunidade judaica

Empresário foi quem decidiu que Bolsonaro deveria ser internado no Einstein, e não no Sírio-Libanês, após o evento de Juiz de Fora. Ele também pretendia legalizar cassinos no país.

A Polícia Federal encontrou no celular do empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, uma ordem direta de Jair Bolsonaro (PL) para “repassar ao máximo” uma mensagem com desinformação sobre as urnas eletrônicas e pesquisas eleitorais, além de ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O celular de Nigri foi periciado em meio a uma investigação sobre mensagens golpistas trocadas entre empresários bolsonaristas em um grupo de WhatsApp em 2022. O caso foi arquivado por determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que determinou, por outro lado, que as apurações em relação a Nigri e Luciano Hang, das lojas Havan, sejam mantidas. Moraes ordenou que as investigações sobre Nigri continuem justamente porque a Polícia Federal encontrou um vínculo entre o empresário e Bolsonaro na disseminação de notícias falsas.

Foi Meyer Nigri que, em 2018, quando Bolsonaro era visto como um candidato a presidente com poucas chances de ser eleito, “abraçou a causa” do então candidato, segundo o jornal O Globo. “Por mais de uma vez, abriu seu apartamento em São Paulo para apresentar o ex-capitão e permitir que ele falasse de seu projeto à elite paulistana”, relata a reportagem. O empresário é muito influente na comunidade judaica, e fez campanha por Bolsonaro neste ambiente.

Também em 2018, após o chamado ‘evento de Juiz de Fora’, durante a campanha eleitoral, foi Nigri o responsável pela escolha do Hospital Albert Einstein para a internação de Bolsonaro, em detrimento do Sírio-Libanês. À época, a imprensa relatou que a escolha se devia justamente à proximidade que Bolsonaro havia construído com membros da comunidade judaica.

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Quebra de sigilo de Bolsonaro deve mostrar caixa dois do Pix, acreditam ministros do STF

Advogado afirma que chance de isso acontecer é ‘zero’.

A expectativa de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é a de que a quebra dos sigilos bancários de Jair Bolsonaro (PL), determinada na semana passada, pode acertar em cheio em um eventual flanco do ex-presidente: as doações feitas a ele por meio do Pix, que somam R$ 17 milhões, diz Mônica Bergamo, Folha.

O grande volume de recursos, transferidos em um espaço curto de tempo, levantou a suspeita de que, entre os doadores, possam estar “laranjas” que estariam oficializando, por meio dos depósitos, um recurso que na verdade era de caixa dois.

As suspeitas aumentaram depois da informação de que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, guardava US$ 25 mil, em dinheiro vivo, para entregar a Bolsonaro depois da venda de joias no exterior.

Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten diz que a chance de aparecer algum depósito de origem duvidosa na conta de Bolsonaro é “zero, zero”.

“São depósitos de R$ 2, R$ 20, R$ 200. Raros são os que têm valor maior”, afirma ele.

A quantia recebida por Bolsonaro foi revelada pela Folha. Segundo relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), os R$ 17,2 milhões foram depositados a ele nos seis primeiros meses deste ano.

O órgão do governo federal ainda apontou que as movimentações atípicas podem estar atreladas à vaquinha feita por apoiadores para pagar multas do ex-presidente com a Justiça.

 

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Falta de aviso não foi

Ora, foi no próprio território militar que Bolsonaro promoveu uma guerra interna contra o comando do exército há três décadas, o que lhe custou a saída compulsória das Forças Armadas.

Aquele episódio, que se deu depois da descoberta de sua cobiça quando praticava garimpo ilegal, foi algo extremamente grave, e o desfecho não poderia ser outro.

No relatório das Forças Armadas, que acabou por se transformar em boletim interno, dizia claramente que queria Bolsonaro longe dos quartéis, não simplesmente pela tentativa terrorista, com uso de bombas, dentro e fora do quartel para desestabilizar o comando, mas simplesmente porque Bolsonaro era tóxico e com risco de contaminação generalizada.

Bolsonaro inventou um certo direito de promover uma guerra interna contra os oficias do comando, porque se sentiu proprietário das Forças Armadas.

Ou seja, é o mesmo estilo de ação ao qual ele não viu limites para bradar, “minhas Forças Armadas” quando, num vivo contraste a outros presidentes da República, quis deixar transparecer para a população que o comando as FFAA, em sua gestão, comia em suas mãos e, lógico, tentava organizar a tropa a modo e gosto, inclusive para golpe militar.

Foram praticamente 30 anos em que essa tentação de impor sua vontade às FFAA ficou hibernada não dando a ele qualquer iniciativa de asfixiar os comandos militares que se sucederam após sua expulsão do exército, até que aconteceu o cataclisma de sua eleição em 2018, em parceria com Sergio Moro, já num primeiro golpe contra a democracia, fato que custou caro ao Brasil, causando inacreditáveis 700 mil vidas perdidas por covid, por exclusiva culpa de Bolsonaro, que se aliou ao vírus para ceifar a vida de idosos, jovens, adultos e crianças sem que tivessem o direito de serem vacinados por uma sórdida campanha pró-morte dentro de seu governo.

Na verdade, Boslonaro se armou contra os brasileiros e não contra o vírus.

Não resta a menor dúvida de que, se não fosse por sua culpa, não morreriam 5% dos 700 mil brasileiros.

Ou seja, Bolsonaro se colocou, em todos os sentidos, um onipotente. Na realidade, não era Deus acima de todos, mas o próprio Bolsonaro com sua sinistra ideia de hierarquia.

Os escândalos que agora jorram são combustíveis líquidos para a sua implosão. À sombra desses escândalos, muitos militares, que esquecendo as orientações das FFAA há 30 anos, converteram-se a bolsonaristas e, logicamente, ficaram presos numa teia em que Bolsonaro se cercava de todo tipo de gente, de milicianos a militares para, em seguida, sentir-se cercado e protegido por essa horda messiânica.

Cedo ou tarde o desgaste na imagem das FFAA aconteceria, é o que mostra a pesquisa Quaest, que o desastre é muito maior do que se imaginava, porque, em nome de um centralismo tosco, inquisitorial, um grosseiro inconstitucionalista, transformou tudo, inclusive a imagem das FFAA em interesses do clã Bolsonaro.

Ou seja, um governo pessimamente avaliado, que registra os piores índices e que devastou o país com o mar de corrupção, acabou por arrastar com ele os seus mais fieis aliados.

Certamente dentro dos quadros das FFAA, a repugnância ao nome de Bolsonaro sempre existiu, porém ele conseguiu, de cima para baixo, com um telefonema aqui, outro acolá, sem qualquer pudor, calar essas vozes.

Bolsonaro não governou o país, todos sabem, mas quis governar seu poder de forma sabida e esperta, e o desfecho disso foi sua derrota na eleição de 2022, seguida da descoberta de que ele não manda em mais nada, porém trouxe com ele a degradação da imagem de quem a ele se aliou de maneira integral, parcial ou residual.

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Na presidência, Bolsonaro proibiu cúpula militar de conversar com Moraes e STF

A oposição ferrenha de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) teve reflexo direto nas relações entre a corte e a cúpula militar. Quando foi presidente, o capitão proibiu integrantes de integrantes das Forças Armadas de se reunir com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), diz Bela Megale, O Globo.

No ano passado, com o acirramento entre militares e o judiciário, por meio de sucessivos questionamentos que o Ministério da Defesa passou a fazer sobre as urnas, alguns ministros tentaram contato com membros do Alto Comando das Forças. A tentativa de diálogo, porém, não teve sucesso.

O próprio Alexandre de Moraes enviou recados à cúpula do Exército, mas sempre recebeu desculpas como resposta e a agenda não ocorreu. As demandas chegaram a ser levadas ao então presidente Bolsonaro, que vetou qualquer encontro e informou que ele concentraria as comunicações.

O encontro de ministros com a cúpula militar só aconteceu após a mudança de governo, no início do ano. Em uma conversa com integrantes do Alto Comando do Exército, Moraes chegou a contar, rindo, que foi vetado pela Força até de malhar na academia do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, onde se exercitava diariamente.

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