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A bela união das esquerdas já vale qualquer resultado

O que se viu nessas eleições para prefeito, principalmente na maior capital brasileira, São Paulo, foi a belíssima união das esquerdas, candidatos do PcdoB, Orlando Silva e do PT, Jilmar Tatto que abraçaram a candidatura de Boulos como se deles fosse, é impagável e nos dá esperança de uma união de forças para a eleição à presidência da República de 2022.

O segundo turno das eleições de 2020 pode ser visto, de certa forma, como um “ensaio geral” de uma coalizão de partidos de esquerda para as eleições gerais de 2022.

É o que disseram à BBC News Brasil os presidentes nacionais de PSOL, PC do B e do PDT, e o secretário-geral do PT.

Os dirigentes têm em mente as disputas em São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE), onde Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Ávila (PC do B) e José Sarto (PDT), respectivamente, chegaram ao segundo turno e conseguiram aglutinar o apoio dos principais partidos de esquerda.

Siglas deste campo político estão representadas em 27 das 57 cidades nas quais haverá segundo turno neste domingo (29). O número representa 47% do total.

*Da redação

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Pelotão editorial paulista vai à luta pela hegemonia dos restos mortais do tucanistão

Pior que uma mídia alheia às profundas desigualdades sociais que correm frouxas debaixo do nariz das redações paulistanas, é uma mídia que não esconde seu fascínio pela elite. E não é qualquer elite, ela é rica e cada vez mais rica, mas sobretudo cada vez mais provinciana que sequer consegue olhar para a própria capital a partir de seus habitantes, que fará olhar para o Brasil, principalmente para os lugares mais remotos.

O Brasil não merece a elite que tem. O povo, tão criativo, resiliente e autônomo na sua diversidade, contrasta com um pensamento quatrocentão que já nasceu culturalmente decadente, junto com uma elite que até hoje não fez a passagem da escravidão para a República em pleno século XXI.

A mídia de São Paulo é a cara de sua elite, tão ou mais provinciana que os barões da casa grande, parece se contentar com uma xepa que lhe resta de um panfleto que se ocupa, na maior parte do tempo, a dar de costas para o país real em nome da casta que se movimenta muito mais pelas badaladas festas do que pelo próprio desenvolvimento industrial.

A elite paulista é a cara da cordialidade dos negócios entre os próprios pares. Não é por acaso que o maior festeiro da capital que se promove nesse jetset festeiro, João Dória que, além de governador, segue como prefeito fazendo de Bruno Covas um mero boneco de ventríloquo.

Por isso, não pensou duas vezes em propor a Bruno Covas que, com mais de 70% de rejeição, não aparecesse ao lado do seu pau mandado para não queimar o filme do candidato.

Covas tem apoio maciço dos empresários, porque sabem que quem comanda tanto o governo do estado quando a prefeitura, é o Dória das festas que promovem encontros e negócios em sua mansão, dando um espetáculo de como funcionam as forças vagas desse país, nas sombras, nas frestas, nos regabofes, na beira das piscinas das mansões do Jardins, num universo completamente apartado do Brasil real.

Essa gente domina o que há de institucional em São Paulo, seja público ou privado.

Assim, a regra básica está na ponta da língua de qualquer redator da mídia paulistana.

Se Boulos chegou aonde chegou com reais possibilidades de virada, seu mérito tem que ser grifado. Boulos conseguiu tirar a nódoa que a elite tentou colocar em sua candidatura, com uma habilidade e serenidade incansáveis e simplesmente desarmou, na bola, cada tentativa de ataque baixo, como é típico da casta paulistana.

Isso fica estampado no constrangimento das matérias do Estadão, Folha, Veja, assim como da Globo em São Paulo. Nenhum desses veículos conseguiu achar Boulos em campo para rachá-lo ao meio, porque o projeto era esse, quando muito tentaram produzir rotações rocambolescas para associar de alguma forma mal-ajambrada um erro de Covas a Boulos, na base da notinha envergonhada. O importante era não afrouxar o caminho de Boulos com picuinhas brejeiras para não deixar que o candidato do Psol, apoiado por uma frente de esquerda avançasse na capital com a elite e a mídia mais reacionárias que, muitas vezes, confundem-se com os piores fascistas desse país.

Como se observa, nada se falou do PSDB, pois este só existe na memória dos saudosistas do fernandismo, do serrismo ou do alckiminismo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Eduardo Moreira: ‘Boulos reúne características raras de serem vistas juntas’

Economista explica que apoia o candidato do Psol pela liderança em movimento social, por formação acadêmica consistente e caráter político “agregador”.

Economista, ex-banqueiro de investimentos e formado em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Eduardo Moreira se tornou uma voz conhecida pela “acidez” contra os princípios do neoliberalismo e do Estado mínimo. O que o fez mudar de posição, em relação à sua visão da economia, foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “O que abriu a minha cabeça foi o MST. As vivências que tive morando em acampamentos e assentamentos do MST me mostraram um mundo que eu não conhecia”, explica.

Moreira defende a candidatura de Guilherme Boulos (Psol) à prefeitura de São Paulo por um “entusiasmo anterior” às eleições municipais de 2020. ”Ele reúne características raras de serem vistas juntas. Tem conhecimento profundo da organização dos movimentos sociais”, diz Eduardo Moreira, em entrevista à RBA. “É muito mais difícil no Brasil você conseguir fazer um movimento social, com tudo contra os movimentos sociais, do que montar uma startup na Faria Lima.”

Signatário de documento em que empresários e executivos do setor produtivo e financeiro declaram apoio a Boulos, Moreira avalia que “a cobertura da mídia (em relação ao candidato do Psol) foi absolutamente assimétrica e, na minha opinião, vergonhosa”.

Sobre o governo de Jair Bolsonaro, eleito em 2018 com apoio direto ou indireto dos grandes jornais e emissoras de TV, avalia que “a mídia tenta separar algo que é inseparável: tenta criar um mundo em que é a favor do que Guedes defende, mas é contra o que Bolsonaro defende. Não existe isso, é tudo um projeto de poder só”.

Leia a entrevista de Eduardo Moreira:

Por que apoia Guilherme Boulos?

O meu entusiasmo é anterior, até, a essa eleição. Acho que Boulos reúne características raras de serem vistas juntas. Tem conhecimento profundo da organização dos movimentos sociais, o que é um aprendizado muito grande, que reúne uma parte prática de fazer com que as coisas saiam do papel. Quem no Brasil trabalha em coordenação de movimentos sociais é um empreendedor, muito mais do que um monte de gente que se acha empreendedor de startup. É muito mais difícil no Brasil você conseguir fazer um movimento social, com tudo contra os movimentos sociais, do que montar uma startup na Faria Lima. O Boulos é um empreendedor de sucesso como poucos no Brasil.

Afinal, estamos na era do empreendedorismo…

E, além disso, ele tem um background acadêmico muito forte, em psicologia, filosofia, psiquiatria, e tem a proximidade a áreas de São Paulo que precisam de mais cuidado. Ele mora na periferia. É muito difícil você encontrar tudo isso. E agora mostrou uma outra qualidade que nunca tinha sido testada: é um aglutinador. Conseguiu fazer, talvez, para surpresa de muita gente, o que todo mundo estava esperando de Lula, Ciro. Mas essa capacidade de aglutinar veio do Boulos, que as pessoas achavam que era o mais radical de todos. Então, mostrou uma habilidade política louvável e rara, aqui no Brasil, principalmente no campo progressista.

Como tem visto o papel da mídia na abordagem da eleição na capital?

Existe descaradamente na grande mídia uma tentativa de eleger o Bruno Covas. Isso vai desde o editorial do Estadão – e ali pelo menos existe uma honestidade intelectual de assumir uma posição –, até, por exemplo, na Folha de S.Paulo, onde o Boulos saiu no primeiro turno de 4% das intenções de voto, foi até 16%, e nunca apareceu em manchete como tendo subido. Era o seguinte: “Covas subiu, Boulos marcou”; “Covas subiu, Boulos atinge”. Ele multiplicou por quatro vezes as intenções de voto sem nunca ter subido. Nunca apareceu na manchete. Quando empatou no segundo lugar, não aparecia na manchete também.

Nos últimos dias não, mas até agora era para o Covas mostrar propostas, mostrar o que fez, e para o Boulos se explicar de ataques. A cobertura da mídia foi absolutamente assimétrica e, na minha opinião, vergonhosa.

A mídia apoiou Bolsonaro em 2018, e continua apoiando hoje, pela agenda de Paulo Guedes. Mostram indignação com as posturas absurdas de Bolsonaro, mas a agenda econômica do governo é o que a mídia quer. É isso?

Cem por cento. E a mídia tenta separar algo que é inseparável. Tenta criar um mundo a favor do que Guedes defende, mas é contra o que Bolsonaro defende. Não existe isso, é tudo um projeto de poder só. Bolsonaro faz ficar mais visível o que esse projeto de poder encerra.

Se não tiver Bolsonaro, mas, por exemplo, o Centrão com Guedes, como é o projeto de Moro, de Doria, todos os projetos que envolvem o Centrão, mesmo que a pessoa tenha um discurso contrário, você vai ter uma sociedade cada vez mais desigual, com cada vez menos Estado.

E, inevitavelmente, com menos Estado você vai ter mais racismo, vai ter mais agressão, mais violência policial. Não existe, imaginar que você vai ter um país extremamente desigual sem racismo, com as pessoas sendo bem tratadas pela polícia. Não existe em nenhum lugar do mundo.

Alguns economistas capitalistas da atualidade já entenderam que, em vez de Estado mínimo, o capitalismo precisa na verdade de um Estado forte, como têm Alemanha, França, Inglaterra?

E antes da pandemia, esses países, Alemanha, França, Inglaterra e até os Estados Unidos viviam ondas enormes de reestatização do que foi privatizado e não deu certo. A gente está falando de quase mil casos de reestatização nos últimos 15 anos no mundo desenvolvido. “Ah, mas o Boulos vai reestatizar”… Não é o Boulos, a Alemanha está fazendo isso, a França, a Inglaterra. O que ninguém está fazendo é privatizar agora. Isso é uma agenda só do Brasil, que está querendo mirar em ser terceiro, quarto, quinto mundo. A gente já foi sexta economia do mundo, e já é a 12ª. Qual nosso objetivo? Ser a vigésima? A quinquagésima?

Mas Bolsonaro, como Trump, segundo análises, não têm vida longa, politicamente, porque não têm projeto, na verdade.

Sim, mas os personagens. A dúvida é: o que vem depois de Trump e Bolsonaro? É o Centrão? Ou é um mundo mais justo, mais progressista? Essa é a dúvida, porque muitas vezes a gente tem um efeito como nas eleições municipais no Brasil. “A gente arriscou, errou, vamos agora jogar no meio do caminho, e aí a gente cai no PP, no PSD, no MDB, no PL.” O que é tão perigoso quanto um Bolsonaro.

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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O amor vence o ódio, mais uma vez

A feição dessa disputa eleitoral é outra completamente diferente da de 2018, que  foi a continuação do ódio que se silenciou na farsa do mensalão, expandiu-se em 2013, mostrou suas unhas em 2015 no golpe contra Dilma, liderado pelo PSDB, depois da quarta derrota consecutiva para o PT, e desembocou num apetite mais cru com a campanha imunda que elegeu Bolsonaro em 2018, tendo como protagonista, Moro, que a cada dia que passa, torna-se mais pálido politicamente, mas provoca engulho em quem hoje assiste à sua fala.

Assim, não é somente Moro, o criador de Bolsonaro, que derrete, mas o próprio que não consegue mostrar, em sua fisionomia e fala, que seu chão anda cada dia mais mole.

Essa gente não representa o povo que é, em síntese, um povo com talento para ser feliz, para ser festa e convocar o planeta para uma grande confraternização de povos, sobretudo no carnaval, a maior festa popular e, consequentemente, o maior evento cultural do planeta.

E isso é muito, ao contrário do que pensam algumas cabeças colonizadas.

Na verdade, o ódio nunca se sobrepôs ao amor nesse período todo que narramos aqui. Foi preciso um sistema de justiça totalmente apodrecido e corrompido fazer o serviço mais sujo se omitindo diante do golpe contra Dilma sob a alegação fajuta de crime de responsabilidade fiscal. Uma presidenta que deixou o governo com nada menos que US$ 380 bilhões em reservas internacionais, mas que seu governo já estava marcado para morrer quando a escumalha institucional desse país resolveu derrubá-la em parceria, como sempre, com a velha e tirânica elite brasileira.

Já Lula, depois de condenado e preso sem provas, o povo, opondo-se ao juiz corrupto, Sergio Moro, mostrava nas pesquisas de 2018 que daria a vitória a Lula já no primeiro turno diante de um STF totalmente rendido que hora nenhuma se opôs à baderna política para, no final das contas, colocar no poder essa caricatura de um idiota americano chutado pelas urnas e se vendo cada vez mais isolado do mundo civilizado.

A festa das eleições municipais está bonita com a esquerda renovando o seu brilho, e a direita enterrando seus últimos ossos, mesmo que o centrão, o mais tradicional bloco liberal do país ainda se mantenha forte por seu poder financeiro, a sociedade cada dia mais se enxerga pelas lentes da esquerda.

Lógico que, nisso tudo, a campanha de Boulos e Erundina (Psol) é a que mais encanta. Um jovem, com 38 anos que sabe conduzir com leveza e paciência uma quebra de paradigma sobre os desvalidos produzidos por anos de hegemonia tucana em São Paulo, independente do resultado das urnas, já é um gol de letra, ao estilo Doutor Sócrates e sua elegância matadora.

Não se pode também deixar de enaltecer as belíssimas campanhas de Manuela D’Ávila (PcdoB) e Marília Arraes (PT), assim como as grandes viradas que o PT está promovendo em várias cidades Brasil afora.

Por isso, o sonho de um país mais justo se cristaliza, mesmo diante de um quadro em que se tem na presidência um verdadeiro monstro com uma psicopatia extremamente agressiva.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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VÍDEO: Em novo crime eleitoral, Covas dá bônus a terceirizados de SP e convoca para reta final da campanha

A distribuição de cestas básicas pela prefeitura, ao som do jingle de sua campanha, a três dias do segundo turno, é coisa pequena perto do último crime eleitoral cometido pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) apenas 24 horas antes do segundo turno contra Boulos, neste domingo, 29.

Coisa pequena, porque, como mostra o vídeo, desta vez a ilegalidade foi anunciada pelo próprio candidato.

Na condição de prefeito, Bruno afirmou, através de uma live nas redes  sociais, um bônus financeiro aos funcionários da rede terceirizada da prefeitura de São Paulo.

Em seguida, agradece o apoio a convoca os beneficiados para redobrar a militância nos dias que antecedem o pleito.

Mais que reflexo do desespero com o crescimento da candidatura de Guilherme Boulos, o gesto atesta o ‘vale-tudo’ implantado pelo prefeito na reta final da campanha.

 

*Com informações do DCM

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Globo não quer fazer debate virtual entre Boulos e Covas e Plataforma Zoom bomba nas redes

A Globo cancelou o debate entre os candidatos Guilherme Boulos (Psol) e Bruno Covas (PSDB), após Boulos ser diagnosticado com Covid-19, embora sem sintomas, segundo afirmou o próprio. Boulos propôs à Globo fazer o debate virtual, mas não se sabe porque cargas d’água a Globo não aceitou.

Pensando bem, a Globo sabe sim porque não aceita fazer o debate virtual. Ela sabe muito bem que é Covas quem se beneficia.

As redes sociais estão bombando com pedidos de realização do debate.

Zoom está explodindo nos Trending Topics do Twitter. São mais de 164 mil menções.

O aplicativo é usado para teleconferências e está sendo sugerido para a Globo promover o debate entre Boulos e Covas, mesmo com o psolista testado positivo para Covid.

Confira as manifestações:

 

*Com informações do DCM

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Urgente: Boulos testa positivo para Covid-19

Nesta sexta-feira, 27, o candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, testou positivo para Covid-19. O psolista não apresentou sintomas, mas se submeteu ao teste após a deputada Samia Bonfim ter sido contaminada pela doença.

Leia o comunicado da assessoria na íntegra.

Comunicamos que o candidato Guilherme Boulos testou positivo para Covid-19 na tarde desta sexta-feira, mesmo sem apresentar qualquer sintoma da doença.

Na segunda-feira, a campanha foi informada de que a deputada Sâmia Bonfim, do PSOL, que esteve em uma agenda pública da campanha na sexta-feira passada, havia testado positivo. No encontro, Boulos e Sâmia seguiram todas as medidas sanitárias recomendadas, como uso de máscaras e álcool em gel.
Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, Guilherme Boulos suspendeu as atividades de rua, dedicou-se a agendas em locais reservados e com público restrito, sempre resguardando as recomendações sanitárias, e fez o teste RT-PCR.

Diante do resultado positivo, Guilherme Boulos irá cumprir o protocolo de quarentena pelo período necessário. Toda a equipe que trabalha na campanha e que tem contato próximo com o candidato será testado a partir de agora.

O candidato reforça a preocupação que tem afirmado nos últimos dias sobre os indícios de uma segunda onda da pandemia, até aqui negligenciada pelos governos estadual e municipal, responsáveis pela aplicação das medidas.

A campanha seguirá atuante nesta reta final para apresentar o projeto de mudança que São Paulo precisa e fazer a esperança que a gente vê nas ruas desaguar numa vitória no próximo domingo.

 

*Com informações do Cafezinho

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Vídeo: Veja, em entrevista com Adélio, monta a farsa da facada 2 tentando salvar a reeleição de Covas

A impressão que se tem é a de que Boulos já ultrapassou Covas, por um motivo simples, o primeiro, é o desespero e as ações da mídia paulista para não deixar que o projeto BolsoDória perca a hegemonia total em São Paulo por interesses inconfessáveis dos barões da comunicação e da elite paulistana.

Não foi por acaso que o Estadão remontou os áureos tempos da campanha da mídia na época contra a abolição, com o título cretino, “Não é hora de aventuras”.

Nesta quinta-feira, na sabatina da Folha com Boulos, que causou revolta nas redes sociais, em que a jornalista Thaís Oyama fez uma lambança grosseira ao usar 38 segundos do tempo de Boulos, dando a ele míseros 7s para que respondesse e ainda fizesse suas considerações finais, o que logicamente não aconteceu.

Já no caso de Covas, ganhou de lambuja, além do tempo normal, mais 11 segundos para produzir seus palavrórios.

Quando aqui se fala da desconfiança de que Boulos já passou Covas, é por essas e outras, mas principalmente pelo fato da pesquisa ser feita por telefone, mas como muita gente da periferia não tem celular, e o PT mergulhou de cabeça na campanha de Boulos nas regiões mais carentes, tudo indica que o radar das pesquisas não captou esse movimento.

Isso, sem falar que Boulos, nos últimos dias, ganhou o coração de muita gente da classe média e até mesmo da classe alta.

Na entrevista que segue abaixo com Adélio Bispo, com um script risível, ele faz uma associação do PSDB a Bolsonaro, claramente convocando os bolsonaristas a votarem no tucano Covas. Além de, mesmo não sendo reproduzido nessa entrevista, os bolsonaristas cansaram de dizer que Adélio já tinha sido filiado ao Psol.

Observa-se também que ele faz distinção entre o PSDB e o PT que apoia Boulos, associando o PSDB a Bolsonaro. Lógico que é uma coisa grotesca, bufa, uma opereta da mais tucana das redações de São Paulo, a Veja.

O resultado provoca gargalhadas a quem tem um mínimo de senso de ridículo, tal o enredo burlesco que as concepções de Adélio para dar veracidade a essa peça cômica, o artifício da periculosidade de Adélio foi expô-lo com os pés e as mãos algemados como se ele fosse um canibal.

A entrevista em si, a falta de imaginação para recriar a cena da facada sem sangue e sem faca, só reforça que esta foi a mais estrambótica das mentiras contadas durante uma disputa eleitoral na história do Brasil.

O que parece é que a Veja quis superar a farsa criando outra ainda mais ridícula. Assistam ao vídeo e tirem as suas conclusões.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Datafolha: Covas cai um ponto e Boulos diminui ainda mais a diferença

Covas tem 47% e Boulos, 40% no segundo turno em SP, diz Datafolha.

A três dias do segundo turno, o candidato do PSDB, Bruno Covas, oscilou negativamente um ponto, mas manteve a liderança na disputa pela prefeitura de São Paulo com 47% das intenções, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira. Guilherme Boulos, do PSOL, manteve os 40% do levantamento anterior divulgado na terça-feira.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O total de branco e nulos se manteve em 9%. O percentual dos que estão indecisos passou de 3% para 4%.Se foram considerados apenas os votos válidos, Covas soma 54% e Boulos, 46%.

O Datafollha ouviu 1.512 eleitores nos dias 24 e 25 de novembro. A pesquisa, encomendada pela Rede Globo e pelo jornal “Folha de S. Paulo”, foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-09865/2020.

 

*Com informações de O Globo

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Em carta, empresários e investidores defendem Boulos e dizem que Covas é um gestor ‘sem brilho’

Manifesto tem apoio de 50 empresários e destaca plano econômico de Boulos.

Após uma série de lives entre empresários e o candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) no primeiro turno das eleições, um grupo de 50 executivos lançou nesta quinta-feira (26) um manifesto a favor de sua candidatura.

Seguindo a temática de encontros feitos longe dos holofotes, noticiados pela Folha na terça-feira (24), a carta atrela a imagem da chapa Boulos e Erundina ao desenvolvimento econômico ligado à proteção social e orientado por princípios ambientais, sociais e de governança.

A carta critica o oponente Bruno Covas (PSDB) ao afirmar que, “herdeiro do capital político do avô”, a prefeitura “caiu em seu colo”, por ter herdado o posto do atual governador, João Doria. Em contraste, destaca Boulos como um empreendedor social que liderou por 20 anos um movimento social nacional, que garantiu moradia a 20 mil pessoas.

“Apesar de ser educado e democrata, não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário”, diz o texto.

O manifesto, com apoio de alguns representantes do setor financeiro, se ocupa em rebater críticas recorrentes ao programa econômico do psolista, que enfatiza a economia solidária, por exemplo.

O texto afirma que seu plano será ligado à sustentabilidade, inclusão e digitalização, mas sem escapar de propostas mais tradicionais comumente atribuídas à direita, como PPPs (parcerias público-privadas).

Desde agosto, Boulos se reuniu com executivos do mercado financeiro e de setores como shoppings, aviação, tecnologia, data centers, autopeças, celulose e agronegócio.

Nos encontros virtuais, de cerca de uma hora e meia, em que era praticamente sabatinado, ouviu e opinou sobre a situação fiscal da cidade, “green bonds” (títulos verdes) e aumento de impostos.

“Guilherme Boulos é uma aposta inovadora, mas não excessivamente arriscada. Ele será acompanhado de Luíza Erundina, uma ex-prefeita que governou Sao Paulo com responsabilidade fiscal e inovação. Além disso, Boulos e um bem-sucedido empreendedor social e político”, diz o documento.

Todos os 50 nomes não foram divulgados, mas subscreveram a carta empresários ligados ao sistema B, um movimento econômico global que, dentre outras ações, promove o bem-estar das pessoas como elemento ao desenvolvimento.

Assinaram nomes como Marcel Fukayama, diretor-executivo do Sistema B no país, João Paulo Pacífico, do Grupo Gaia, Nina Silva, presidente do Movimento Black Money, Flávia Aranha, estilista, e Eduardo Moreira, ex-banqueiro de investimentos.

Um outro encontro, desta vez sem o postulante, está marcado para esta quinta-feira (26) à noite.

“Somos um grupo de colegas e amigos do mercado financeiro que decidiram ir de Boulos no segundo turno. Se você ainda está em dúvida, gostaríamos de compartilhar o porquê da nossa decisão, num bate-papo com perguntas e respostas, e participantes de diversas áreas e formações culturais”, diz convite que circula a convidados.

Veja o manifesto na íntegra:

Boulos e a necessidade de inovação na gestão de São Paulo

Somos um grupo de 50 empresários e executivos do setor produtivo e financeiro que apoiamos a candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina à prefeitura de São Paulo.

Num mundo pós-pandemia, em que o debate gira em torno da necessidade de ampliação da rede de proteção social e de se orientar ações por princípios ambientais, sociais e de governança, alguns setores da sociedade ainda insistem em defender fórmulas anacrônicas e ineficientes. A cidade mais rica da América Latina somente realizara seu potencial se conseguir resolver seus graves problemas.

Alguns que se opõem à candidatura de Guilherme Boulos, concentraram suas críticas no seu programa econômico. Nós, que trabalhamos em diferentes setores do mercado, entendemos que muitas dessas críticas são superficiais. Sua proposta se baseia numa inversão de prioridades na alocação dos recursos públicos, colocando a periferia no centro do debate. A viabilidade econômica se dará com o enfrentamento à corrupção, à revisão dos contratos com estabelecimentos de incentivos corretos e à cobrança mais efetiva da dívida ativa. Além de ter enfraquecido a Controladoria Geral do município, o PSDB tem um baixo índice de recuperação da dívida ativa. Boulos propõe investimentos em digitalização e contratação de procuradores para enfrentar a morosidade do sistema de cobrança. Não será simples, mas é possível.

No entanto, acreditamos que o debate sobre a importância da candidatura de Guilherme Boulos deve ir além de questões de contabilidade, uma vez que o conceito de sustentabilidade deve incluir fatores econômicos, sociais, ambientais e de governança. Nosso mundo mudou profundamente nos últimos oito meses. Alguns dos dogmas mais rigorosos do sistema econômico estão sendo questionados. É o momento ideal para se fazer uma transição inovadora na prefeitura da capital econômica e financeira da América Latina. Arriscado seria insistir em experiencias que não solucionaram problemas gravíssimos de exclusão social, degradação e violência urbanas.

Outros atacam a inexperiência do candidato. Guilherme Boulos é uma aposta inovadora, mas não excessivamente arriscada. Ele será acompanhado de Luíza Erundina, uma ex-prefeita que governou Sao Paulo com responsabilidade fiscal e inovação. Além disso, Boulos e um bem-sucedido empreendedor social e político. Fundou e lidera um movimento social que, em duas décadas, apesar da restrição orçamentária, garantiu moradia para mais de vinte mil pessoas e atua em catorze estados. Enfrentou caciques partidários para impor a sua candidatura e, conseguiu, finalmente, unir a forças progressista do país numa frente ampla pela democracia.

A crise econômica gerada pela pandemia poderá acarretar uma crise social de repercussões imprevisíveis. Sabemos que os custos financeiros, sociais e políticos da ausência do poder público nas regiões mais pobres pode aumentar a violência urbana. Eleger um prefeito que conheça profundamente os problemas da periferia será chave para evitar o aprofundamento da desigualdade social.

Covas, o herdeiro do capital político do avô, não teve que empreender como Boulos para se tornar prefeito. A prefeitura caiu em seu colo. E, apesar de ser educado e democrata, não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário.

Além da renovação política, o voto em Boulos será o voto pelo contrato social que São Paulo, apesar de sua riqueza, não fez sob a gestão de Doria/ Covas. Ele é um líder progressista que fala para os negros, as mulheres, os jovens e os menos favorecidos, que precisam ser inseridos no mercado de trabalho nos próximos anos.

Boulos propõe fazer políticas para que Sao Paulo seja uma cidade policêntrica, inovadora e solidária. Tem ideias arrojadas e diferentes para problemas gigantes. Ele descola de um certo anacronismo da esquerda em temas como trabalho, empreendedorismo e parcerias com setor privado. Covas conseguiria convencer quem prefere a continuidade de uma gestão excludente e sem inovação. Mais do mesmo.

São Paulo não será a primeira capital financeira a ser governada pela esquerda. Londres, sob o comando do seu Prefeito Sadiq Kahn, se tornou a capital do cosmopolitismo na era Brexit. Uma gestão Boulos voltaria a fazer de São Paulo uma cidade voltada para o futuro, empreendedora e inovadora. Será um prefeito de vanguarda para enfrentar os desafios de um mundo pós-pandemia.

Voto #Boulos50, me pergunte porque.

Em nome do grupo, subscrevem:

Flávia Aranha, estilista e empresária B
Marcel Fukayama, empresário B
Fabio Gordilho, empresário B
Marco Gorini, empresário B
Eliana Lopes, empresária
Eduardo Moreira, ex-banqueiro de investimentos
José Paulo Moutinho Filho, advogado corporativo
João Paulo Pacífico, empresário B
Luis Rheingatntz, empresário do agronegócio
Greta Gogiel Salvi, empresária B
Nina Silva, empresária, CEO do Movimento Black Money

 

*Com informações do Uol

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