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Moraes nega pedido de Carlos para visitar Bolsonaro

Ministro mantém regras da PF e impede encontro no aniversário do vereador

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu negar o pedido apresentado por Carlos Bolsonaro para visitar o pai, Jair Bolsonaro, atualmente detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. De acordo com Otávio Rosso, 247, o vereador havia solicitado um encontro excepcional com Bolsonaro no próximo domingo (7), data em que completa aniversário.

A defesa argumentou que Carlos não conseguiria comparecer na visita previamente autorizada para terça-feira (2), devido a uma viagem. Por isso, requereu que o encontro fosse transferido para 7 de dezembro, quando o parlamentar celebraria mais um ano de vida.

O pedido afirmava que a mudança teria caráter humanitário, destacando: “Relator, requer-se apenas a alteração da data para dia 07 de dezembro de 2025 (domingo), coincidindo com o aniversário do filho, o que reforça o caráter humanitário e a pertinência da adequação ora pleiteada”.

Regras da PF impedem exceção
Moraes, entretanto, manteve o calendário regular previsto pela Portaria 1.104/2024 da Superintendência da PF no Distrito Federal. O ministro frisou que as normas devem ser integralmente seguidas no cumprimento da pena do ex-presidente, mantido em sala de Estado-Maior.

Em sua decisão, Moraes registrou: “Ressalto, ainda, que o cumprimento da pena privativa de liberdade de Jair Messias Bolsonaro, em sala de Estado Maior nas dependências da Superintendência da Polícia Federal, deve seguir as regras previamente estabelecidas de visitação”.

A regulamentação prevê que familiares só podem visitar Jair Bolsonaro às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, por trinta minutos, com limite de duas pessoas por dia — e sempre de forma individualizada.

Visita anterior já havia sido autorizada
No início da semana, Moraes permitiu que Carlos e Flávio Bolsonaro visitassem o pai na terça-feira (2). A defesa, porém, explicou que Carlos estaria impossibilitado de comparecer e insistiu na remarcação para um domingo, o que contraria expressamente o protocolo da PF.

O episódio ocorre em meio a outros desdobramentos envolvendo Carlos Bolsonaro, que é investigado por suposto envolvimento com uma estrutura de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do pai — caso que motivou diligências da PF em janeiro de 2023.


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Tarcísio samba na tumba de Bolsonaro

Era uma vez um coveiro feliz em “defender” o falecido que ajudou a enterrar.

Comemorando com os mais sinceros pêsames macabros, Tarcísio de Freitas, a ratazana mais atacada por Carlos e Eduardo Bolsonaro sapecou nas redes sua consternação as avessas que formigava dentro da alma do traída: “Jair Bolsonaro tem enfrentado todos os ataques e todas as injustiças com a firmeza e a coragem de poucos.

Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos provenientes das mais diversas fontes, todos os laudos médicos e evidências, além de irresponsável, atenta contra o princípio da dignidade humana. Bolsonaro é inocente e o tempo mostrará. Seguimos firmes ao seu lado e lutaremos para que essa injustiça seja reparada o quanto antes.”

Lógico que o sujeito estava comemorando o encarceramento de Bolsonaro que abre as portas pra Tarcisio se candidatar a presidência da república em seu lugar.

Mas sabe comequeé?

Tem que fazer cara de cera, manifestar seus pêsames e escrever outra platitudes para laçar bolsonaristas distraídos.

O problema que Tarcisio não consegue disfarçar o espírito letal em que se encontra em comemoração a retirada de Bolsonaro do jogo presidencial.

Haja arruda e sal grosso pra lidar com o olho gordo de Tarcisio!


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Dino abre inquérito contra Bolsonaro, Flávio, Eduardo e Carlos com base em relatório da CPI da Covid

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 23 aliados, pela suspeita de incitar a população a adotar comportamentos inadequados para o combate à pandemia da Covid-19. A investigação é baseada no relatório final da CPI da Covid, realizada em 2021.

Também serão alvos da investigação três dos filhos de Bolsonaro — o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) —, as deputadas federais Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF) e os ex-ministros Onyx Lorenzoni, Ernesto Araújo e Ricardo Barros, entre outros.

Dino considerou que há a” presença dos requisitos legais necessários para a instauração de Inquérito Policial, a fim de que os fatos tratados nos autos tenham apuração” e deu um prazo inicial de 60 dias para a investigação, que será conduzida pela Polícia Federal.

Apesar do procedimento tratar da possível incitação, o ministro ressaltou em sua decisão outros pontos do relatório final da CPI, como suspeitas de desvio de recursos públicos e fraudes em licitações.

“A investigação parlamentar apontou indícios de crimes contra a Administração Pública, notadamente em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de ‘fachada’ para prestação de serviços genéricos ou fictícios, dentre outros ilícitos mencionados no relatório da CPI”, escreveu Dino, em decisão de quarta-feira.

O procedimento chegou ao STF em novembro de 2021, após a conclusão da CPI. Inicialmente, o relator era o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Com a ida de Barroso para o comando da Corte, a ação foi repassada para Rosa Weber, que estava saindo da presidência, mas se aposentou em seguida. A petição, então, foi redistribuída para Dino.


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Não são somente R$ 30 milhões: os casos de corrupção do clã Bolsonaro

Da adulteração de notas de combustível às joias árabes, passando por rachadinhas, Wal do Açaí, entre outros, família Bolsonaro acumula escândalos

Em dezembro de 2020, prestes a completar dois anos de governo, Jair Bolsonaro reagiu às críticas da imprensa com um desafio provocativo: “Me chama de corrupto, porra!”.

A frase reforçava a narrativa que o ex-presidente sempre buscou sustentar: a de que poderiam acusá-lo de qualquer coisa, menos de corrupção.

De lá para cá, porém, multiplicaram-se os casos que levantam suspeitas de corrupção envolvendo Bolsonaro e seu núcleo familiar mais próximo.

Réu por tentativa de golpe de Estado, o episódio mais recente que o coloca sob suspeita é a movimentação de R$ 30,5 milhões em suas contas bancárias em apenas um ano. O caso, tratado como possível lavagem de dinheiro, foi apontado em relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo por obstrução de Justiça.

um raio-x dos principais casos de corrupção e suspeitas de lavagem que marcam a trajetória da família Bolsonaro:

Jair Bolsonaro
R$ 30,5 milhões sob suspeita (2023–2024)
Entre março de 2023 e fevereiro de 2024, Bolsonaro recebeu R$ 30,5 milhões em suas contas, valor incompatível com sua renda declarada. Segundo a PF, parte desse dinheiro veio de vaquinhas virtuais e doações de apoiadores, mas teria sido “lavado” por meio de transferências em cadeia e PIX a familiares e assessores. O caso, revelado em agosto de 2025, ainda está em investigação.

Joias sauditas (2019–2023)
O escândalo eclodiu em março de 2023, quando se descobriu que Bolsonaro e auxiliares se apropriaram de conjuntos de joias de diamantes avaliadas em até R$ 16 milhões, presentes do governo da Arábia Saudita em 2019 e 2021. O ex-presidente ainda teria tentado vender nos Estados Unidos estes e outros presentes caros dados ao Estado brasileiro. Em agosto de 2023, a PF indiciou Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O caso tramita no STF.

Fraude do cartão de vacinação (2021–2024)
Em maio de 2023, a PF apreendeu o celular de Bolsonaro em operação que investigava adulterações no sistema do SUS. Descobriu-se que, em 2021, seus dados foram manipulados para indicar uma vacinação contra Covid-19 que nunca ocorreu. Em março de 2024, ele foi indiciado por associação criminosa, inserção de dados falsos e uso de documento falso.

“Wal do Açaí” (2003–2018)
Caso clássico de funcionário fantasma. Walderice Santos, lotada no gabinete do então deputado Bolsonaro na Câmara desde 2003, admitiu ao MPF em 2018 que nunca trabalhou em Brasília. Mantinha, em Angra dos Reis, uma loja de açaí. O MPF ajuizou ação de improbidade, que segue em tramitação no TRF-1.

Notas frias de combustível (anos 2000–2010)
Reportagens da época mostraram que Bolsonaro usava notas fiscais adulteradas de postos de gasolina para justificar gastos da cota parlamentar. Apesar das evidências de irregularidade, o caso não gerou denúncia criminal.

Possível rachadinha no Gabinete “Valle” (2001–2018)
Parentes de Ana Cristina Valle, segunda ex-esposa de Bolsonaro, foram nomeados em seus gabinetes. Investigações do MPRJ apontam que até 99% dos salários eram sacados por eles. A prática é considerada típica de esquemas de rachadinha.

Nathália Queiroz (2016–2018)
Filha de Fabrício Queiroz, Nathália foi nomeada assessora em Brasília, mas trabalhava como personal trainer no Rio. A Câmara constatou que terceiros assinavam seu ponto. Caso tratado como “funcionária fantasma”.

Flávio Bolsonaro (01)
Rachadinha na Alerj (2007–2018)
Estourou em 2018 após relatórios do Coaf. Fabrício Queiroz recolhia parte dos salários de assessores e fazia depósitos fracionados na conta de Flávio. O MPRJ o denunciou por peculato, lavagem e organização criminosa, citando até a loja de chocolates Kopenhagen como fachada. Em 2021, decisões judiciais anularam provas, mas o caso ainda não foi encerrado.

Laços com a milícia (2007–2018)
A mãe e a ex-mulher de Adriano da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras, foram empregadas no gabinete de Flávio. O MP-RJ identificou que parte dos recursos das rachadinhas financiava empreendimentos ligados ao grupo. Flávio sempre negou envolvimento.

Imóveis em dinheiro vivo (1990–2022)
A família Bolsonaro adquiriu 51 imóveis em espécie ao longo de três décadas. Flávio é o principal protagonista dessas transações, com valores subfaturados em cartórios e diferença milionária entre preço declarado e valor de mercado.

Mansão de Brasília (2021)
Em março de 2021, Flávio Bolsonaro comprou uma mansão de R$ 6 milhões no Lago Sul, bairro nobre da capital, com financiamento do Banco de Brasília (BRB). O caso levantou suspeitas por três motivos: o valor era incompatível com seus rendimentos declarados como senador; a operação envolveu condições facilitadas pelo BRB, banco controlado pelo governo do DF, então aliado de Jair Bolsonaro. Embora não tenha resultado em denúncia formal, a mansão tornou-se símbolo do enriquecimento súbito e suspeito de Flávio.

Carlos Bolsonaro (02)
Rachadinha na Câmara do Rio (2001–2019)
Em 2024, o MPRJ denunciou sete ex-assessores por peculato, acusados de devolver parte dos salários recebidos. Carlos não foi denunciado, mas a Justiça pediu que explicasse sua participação política no esquema.

Eduardo Bolsonaro (03)
Possível manipulação financeira
Em petição apresentada em julho ao Supremo, a Advocacia Geral da União (AGU) pediu que seja investigada uma possível utilização de informação privilegiada (insider trading) para lucrar com a alta do dólar registrada pouco antes do anúncio tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, às exportações brasileiras. O pedido foi anexado ao inquérito que já apura a atuação de Eduardo Bolsonaro em articulações para pressionar e coagir autoridades brasileiras, especialmente ministros do STF.

Segundo a petição, há uma ligação entre a tentativa de desestabilizar a economia brasileira para pressionar o STF e a realização de movimentações financeiras que geram lucro com este tipo de crise.

“A AGU enfatiza que o inquérito, instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República para apurar a conduta delitiva do Deputado Federal licenciado, Eduardo Nantes Bolsonaro, decorre do uso de instrumentos comerciais internacionais como mecanismo de coação premeditada contra a Justiça brasileira”, diz o órgão.

Jair Renan Bolsonaro (04)
Operação Nexum (2022–2024)
O filho mais novo de Bolsonaro foi indiciado em fevereiro de 2024 por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Ele inflou o faturamento de sua empresa para obter empréstimos bancários que não foram pagos. Em março de 2024, o MPDFT ofereceu denúncia, aceita pela Justiça. Jair Renan é réu.

Outros casos
Cheques para Michelle Bolsonaro (2011–2016)
Entre 2011 e 2016, Fabrício Queiroz e sua esposa depositaram 27 cheques somando R$ 89 mil na conta de Michelle Bolsonaro. Jair Bolsonaro alegou empréstimo pessoal, mas a explicação nunca foi comprovada documentalmente.

Patrimônio imobiliário (1990–2022)
Entre 1990 e 2022, a família Bolsonaro negociou 107 imóveis, avaliados em R$ 25 a R$ 30 milhões. Em pelo menos 51 operações, os pagamentos foram feitos em espécie, prática comum em esquemas de lavagem de dinheiro.

*Ivan Longo/Forum


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Clã Bolsonaro e o show dos milhões

A montanha de dinheiro referente às movimentações financeiras de R$ 30 milhões nas contas de Bolsonaro entre março de 2023 e fevereiro de 2024, foi amplamente reportada com base em relatórios da Polícia Federal (PF) e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O relatório aponta ainda repasses significativos para familiares, como R$ 2 milhões para Michelle Bolsonaro, R$ 2,1 milhões para Eduardo Bolsonaro e R$ 4,8 milhões para Carlos Bolsonaro, além de R$ 6,6 milhões para escritórios de advocacia.

Esses valores, incompatíveis com a renda declarada do genocida sugerem, segundo a PF, um esquema de blindagem patrimonial e dissimulação de recursos, enquadrando-se em práticas associadas à lavagem de capitais.

Além disso, a PF vincula essas movimentações a inquéritos que investigam tentativa de obstrução de julgamento e ações contra o Estado Democrático de Direito, com Jair e Eduardo Bolsonaro já indiciados.

A representação, protocolada no STF por Lindbergh Farias e Reinaldo Santos de Almeida, reforça a acusação de um arranjo familiar para ocultar a origem de recursos, apontando indícios de organização criminosa e fraude processual.

A PF destaca que as movimentações apresentam características típicas de lavagem, como transferências fracionadas e uso de familiares como possíveis “laranjas”, o que reforça a necessidade de investigação mais profunda.

A gravidade das acusações, somada a outros escândalos envolvendo o clã Bolsonaro, como o caso das joias sauditas (desvio de R$ 6,8 milhões) e as “rachadinhas” (desvio de mais de R$ 6 milhões por Flávio Bolsonaro), alimentou o esquema de corrupção sistêmica e abuso de poder do clã.

A Justiça, sob o STF, está analisando os relatórios, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidirá sobre denúncias formais.


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Abin paralela: PF conclui caso e indicia Bolsonaro, Carlos e atual direção da agência

Ramagem liderou uma série de ações de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal entregou para a Procuradoria-Geral da República e para o Supremo Tribunal Federal o relatório final sobre a chamada “Abin Paralela” com uma lista de cerca de 30 indiciados. O documento aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como o líder de uma organização criminosa que, desde 2019, atuou em um esquema ilegal coordenado pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da Abin, para a execução de uma série de ações de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente.

Além de Bolsonaro e Ramagem, a PF também indiciou o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e uma série de policiais federais que já tinham sido afastados de suas funções públicas no ano passado devido às provas levantadas durante as investigações. Junto a eles, também foram apontados como integrantes da organização criminosa os ex-assessores de Bolsonaro que atuavam no chamado gabinete do ódio: Tércio Arnaud Thomaz e José Matheus Salles Gomes, conhecido como “Zueiro”.

O caso começou a ser apurado em 2019 após a descoberta do uso do software “First Mile” para o monitoramento ilegal de pessoas durante o governo Bolsonaro. A partir disso, as investigações mostraram que além do uso da ferramenta, a agência fez ações de monitoramento e outras operações de espionagem ilegal.

Na lista de indiciados também está o ex-secretário de Planejamento da Abin Paulo Maurício Fortunato, do governo Lula e ex-diretor de operações da Abin durante o governo Bolsonaro. Ele foi indiciado tanto pela tentativa de atrapalhar as investigações como sobre seu envolvimento com o esquema da “Abin Paralela”. A coluna apurou que ele foi apontado como o idealizador do uso da ferramenta “First Mile” e o responsável principal pelas ações com o uso do programa durante a gestão de Ramagem.

Fontes próximas à apuração do caso informaram à coluna que os investigadores descobriram novos elementos que demonstram tentativas de embaraçamento da investigação. Por isso, entre os indiciados também estão os atuais integrantes da cúpula da Agência: o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete do diretor, Luiz Carlos Nóbrega Nelson, e o atual corregedor da agência, José Fernando Moraes Chuy.

Junto com eles, ainda está indiciado o delegado Alessandro Moretti. Em janeiro de 2024, após a PF efetuar o cumprimento de uma série de mandados de busca e apreensão durante as investigações do caso, o delegado, então número dois da agência foi afastado. Moretti era próximo de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, mas tinha sido mantido na Abin durante o primeiro ano do governo Lula.

*Juliana Dal Piva/ICL


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Carlos foi a cofre antes de Bolsonaro e Eduardo comprarem imóveis em casos suspeitos

Ex-presidente comprou imóveis no Vivendas da Barra por valores abaixo da avaliação oficial da prefeitura.

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) acessou um cofre que mantinha com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu irmão mais velho, nos dias em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), pai do “02”, registrou as compras de duas casas no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca.

Os dados foram descobertos pela coluna a partir de um cruzamento de informações entre os documentos dos cartórios onde foram registradas as aquisições com as informações dos registros de acesso ao cofre que foram entregues pelo Banco do Brasil ao MP-RJ (Ministério Público do Rio) e obtidas pela coluna com exclusividade.

Carlos também esteve no cofre no dia em que seu irmão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), hoje deputado federal, comprou um apartamento em Copacabana. Neste caso, Eduardo declarou em cartório ter pago R$ 160 mil no imóvel, dos quais R$ 50 mil em dinheiro vivo.

Procurados, Jair, Carlos e Eduardo Bolsonaro não responderam os questionamentos enviados pela reportagem.

Desde o dia 3 de julho, a coluna vem revelando em uma série de reportagens como Carlos e Flávio Bolsonaro acessaram um cofre alugado pelos dois dentro de uma agência do BB, no centro do Rio, antes de comprar imóveis que estão sob investigação devido às suspeitas de lavagem de dinheiro. A coluna já identificou outros dois casos semelhantes envolvendo compras realizadas por Carlos e Flávio Bolsonaro.

Desde a última quinta-feira (11), a coluna procura assessores e advogados da família Bolsonaro para obter um posicionamento sobre as informações contidas nesta reportagem. Nem Jair Bolsonaro, nem Eduardo quiseram se manifestar.

Vivendas da Barra
A primeira casa no Vivendas da Barra foi comprada por Bolsonaro em 21 de janeiro de 2009. Nesta data, foi registrado um acesso de Carlos ao cofre em uma agên

Casa onde mora Carlos Bolsonaro
A segunda casa no Vivendas da Barra foi comprada por Bolsonaro em 13 de dezembro de 2012. O valor declarado foi de R$ 500 mil. No mesmo dia, Carlos Bolsonaro esteve no cofre entre 10h17 e 10h30. Até hoje, o imóvel é a residência do vereador, embora esteja no nome de seu pai.

Assim como ocorreu na compra da primeira casa, o valor registrado em cartório ficou muito abaixo da avaliação da prefeitura do Rio. Neste caso, o valor de referência para o pagamento de ITBI foi estipulado em R$ 2,23 milhões.

cia do Banco do Brasil no Centro do Rio às 11h36 — ele deixou o banco ao meio-dia. Carlos Bolsonaro já tinha ido ao cofre dois dias antes, em 19 de janeiro, quando passou quase duas horas no local.

Bolsonaro não declarou o uso de dinheiro em espécie na compra, mas a negociação do imóvel tem uma série de pontos controversos. Em cartório, Bolsonaro declarou ter pago R$ 409 mil pelo imóvel à empresa Comunicativa-2003 Eventos, Promoções e Participações.

O valor ficou abaixo do valor avaliado para o imóvel para fins de cobrança de impostos. A prefeitura do Rio avaliou a casa em R$ 1,06 milhão para a cobrança de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), muito acima da transação registrada oficialmente.

Localizada em um condomínio de alto padrão em frente à praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, um dos endereços mais valorizados do Rio, a negociação entre Bolsonaro e o vendedor fez com que os antigos proprietários ficassem com um prejuízo de mais de R$ 170 mil com a casa. Quatro meses antes da compra feita por Bolsonaro, o mesmo imóvel foi comprado pela Comunicativa por R$ 580 mil em setembro de 2008.

Pelos critérios do Coaf, o que ficou registrado em cartório para o negócio aponta indícios de lavagem de dinheiro. Os detalhes sobre a compra foram revelados pelo jornal Folha de S. Paulo, em 2018. Antes disso, em 2015, a PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a receber uma denúncia sobre a aquisição de Bolsonaro, mas arquivou a apuração preliminar após ouvir a defesa apresentada pelo agora ex-presidente sem maiores investigações como quebras de sigilo, por exemplo.

Até hoje a casa é o endereço de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Após vencer a eleição presidencial, em 2018, ele usou o endereço para receber altas autoridades, como o então assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton. O então juiz federal Sérgio Moro, hoje senador, também foi até o local para acertar sua entrada no governo como ministro da Justiça.

Carlos Bolsonaro visitou cofre nos dias em que pai comprou casas no Vivendas da Barra

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Opinião

Bolsonaro confessa que Carlos foi quem demitiu Bebianno

Lógico que Bolsonaro não disse que, em off, foi Carlos Bolsonaro quem pediu a cabeça de Bebianno logo após a advertência deste ao próprio Bolsonaro sobre a Abin paralela.

Bolsonaro tem um histórico de produzir raciocínios de pouca inteligência. Então, de modo incógnito, ele, construindo o arquivo de suas memórias que, antes de qualquer coisa, procura se proteger, usou a velha malandragem de dizer que não falaria mais sobre o caso de Carlos e Bebianno, porque este já morreu.

O curioso da história é Bolsonaro abrir a resposta combinada com a escumalha que o entrevistava na revista Oeste, dizendo que não era segredo para ninguém que Carluxo e Bebianno não se bicavam e, por isso, Bebianno rodou.

Vejam bem o nível de escuridão que traz uma fala com essa.

Carlos não era nada além de vereador no Rio de Janeiro, a não ser o filho do presidente. Bastaria isso para dizer qual era o nível de promiscuidade institucional que o Brasil viveu nos quatro anos, neste caso, por dois escancarados psicopatas, pai e filho, que funcionavam pelo modo ódio contra qualquer coisa que não lhes descia bem.

Mas, nesse caso, a coisa muda de figura, porque agora mesmo a PF diz que tem provas de que Bolsonaro era o chefe da Abin paralela, porque todas as informações clandestinas, criminosas, adquiridas por essa ação paralela e ilegal, terminava nas mãos do próprio Bolsonaro.

Ou seja, para quem sabe ler, pingo é letra. Neste caso, nem é preciso saber ler, Bolsonaro disse tudo a seu modo e gosto.

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Investigação

PF apura paradeiro de jetski de pescaria de Bolsonaro e Carlos

Suspeita que tem sido investigada é se a embarcação poderia ter sido usada para ocultar provas.

A Polícia Federal apura o paradeiro de um jetski que teria participado da pescaria da família de Jair Bolsonaro na manhã da operação de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos – RJ).

Na manhã de segunda-feira (29), o ex-presidente saiu com os filhos para uma pescaria em Angra dos Reis. E, ao retornar, agentes da força policial apreenderam celulares do vereador.

A Polícia Federal teve a informação de que um jetski, de que estava com a família, não retornou. A suspeita que tem sido investigada é se a embarcação poderia ter sido usada para ocultar provas.

A defesa do vereador nega irregularidades e afirma que ele está à disposição para prestar depoimento assim que tiver acesso aos detalhes da investigação.

Procurado pela CNN, o entorno da família informou que o jetski não retornou porque é de um amigo e foi deslocado para a sua casa, não havendo irregularidade.

O vereador foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal em investigação sobre a chamada “Abin Paralela”.

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Investigação

Após pescaria, um jet ski não voltou à casa do clã Bolsonaro, diz PF

Polícia Federal investiga se embarcação desgarrou da frota para transportar e esconder provas.

Informações colhidas pela Polícia Federal (PF) em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, apontam que uma das três embarcações usadas pelo clã Bolsonaro para supostamente pescar não voltou do mar enquanto os policiais estavam na casa da família, cumprindo um mandado de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), na manhã de segunda-feira (29/1).

A PF investiga se esse jet ski faltante possa ter sido usado para transportar e esconder, em propriedades de conhecidos na região, provas ou materiais suspeitos que estivessem com Jair e seus filhos.

Segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles, a PF apurou que Carlos, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, assim como amigos e assessores, saíram da residência e entraram em um barco e dois jet skis às 6h40, após a família ter notícias da operação.

Às 8h40, os agentes da PF chegaram ao local, após viajarem de helicóptero da cidade do Rio. Por volta de 9h30, o deputado Eduardo voltou em um dos jet skis, iniciando as tratativas para que Carlos, o único alvo das autoridades, voltasse do mar. Somente às 11h o vereador aparece, após retornar em barco com o ex-presidente Bolsonaro, segundo fontes ligadas ao caso, segundo o Metrópoles.

Almoço relâmpago
Flávio Bolsonaro não voltou na parte da manhã até a região da casa da família, assim como um jet ski. Isso faz a polícia suspeitar que o senador tenha conduzido a embarcação até a casa de conhecidos na região.

O próprio Flávio disse, em entrevistas, que teria ido a um almoço. O Metrópoles tentou contato com o senador, mas, até agora, ele não retornou.

A versão da existência de um almoço supostamente pré-marcado, no entanto, causa estranheza aos investigadores, já que há relatos de que, pouco após a polícia sair do local, o senador retornou ao imóvel.

Advogado da família e ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, por exemplo, afirmou que, quando chegou à casa dos Bolsonaros, por volta de 12h45, Flávio já estava lá.