Categorias
Política

Marchinha para brincar carnaval zoando a família Bolsonaro com operação da PF viraliza nas redes (Ouça e veja abaixo)

Música revive antiga tradição carnavalesca e de se apropriar de temas políticos na época da folia.

Uma marchinha para brincar o carnaval tem viralizado nas redes abordando a recente operação da Polícia Federal que recolheu vídeo e farto material escrito detalhando o golpe que o governo Bolsonaro, derrotado nas urnas em 2022, pretendia dar para se manter no poder.

A operação da Polícia Federal, de ampla repercussão em todas as mídias, não poderia escapar da gozação própria do período carnavalesco e a marchinha, de autoria de Nino Antunes, vem circulando amplamente nas redes e deve ganhar as ruas. Até a ex-apoiadora de Bolsonaro Joice Hasselmann participa do vídeo.

Categorias
Brasil

Crítico, irreverente e atrativo, como o Carnaval impacta o Brasil e a identidade brasileira?

Sputnik – É Carnaval! O festejo, que é uma das maiores manifestações culturais do planeta, já arrasta multidões em todo o Brasil com muitas cores, batuques e purpurinas. A folia momesca acaba na quarta-feira de cinzas (22), mas já começou bem antes da sexta-feira (17) e movimenta tanto os foliões quanto a economia e a política brasileiras.

Uma festa popular que reúne multidões, evidentemente, não pode ser vista fora de seu contexto social, político e econômico. É notório o impacto do Carnaval nas mais diversas áreas. O apelo midiático, a força econômica e a capacidade de levantar debates sem o menor pudor faz com que o festejo seja mais do que um momento de descontração e impacte diretamente no conjunto da sociedade. Essa força ultrapassa as fronteiras e pode até ser instrumento para a diplomacia brasileira.

Durante esses dias de samba, frevo, axé, suor e cerveja, o podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Spuntik Brasil, comandado pelas jornalistas Bárbara Pereira e Francini Augusto, ouviu uma série de especialistas que trataram sobre as diversas potências dessa grande festa popular.

Carnaval movimenta a economia

Segundo o levantamento Carnaval de Dados, realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o Carnaval carioca deve movimentar um montante de R$ 4,5 bilhões. Em entrevista ao Jabuticaba Sem Caroço, o jornalista João Gustavo Melo destacou que os valores movimentados pelo Carnaval do Rio apenas no mês de fevereiro superam o produto interno bruto (PIB) de muitas cidades brasileiras.

“Tudo isso movimentado em um período muito curto. Ou seja, o Carnaval é um colosso, economicamente é um colosso. Muitas vezes a gente não se dá conta disso. O dinheiro investido no Carnaval retorna multiplicado em várias vezes”, afirmou Melo.

“A festa é uma criação coletiva, o Carnaval das escolas de samba principalmente. É uma criação coletiva que envolve vários atores, vários setores. Carnaval e economia são assuntos indissociáveis”, frisou o jornalista.

Desfile da escola Acadêmicos do Grande Rio, em 23 de abril de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 26.04.2022

O Carnaval de rua por si só deve movimentar R$ 1,2 bilhão. Também em entrevista ao podcast da Sputnik, a jornalista Rita Fernandes, presidente da associação de blocos Sebastiana, deu detalhes sobre todos os processos que o

Carnaval de rua movimenta, da confecção de acessórios e camisetas até a contratação de carros de som e os ambulantes que matam a sede dos foliões. A jornalista defende que seja realizado um estudo mais aprofundado sobre toda a cadeia produtiva da festa, que acaba sendo marcada pela informalidade.

Fernandes aponta ainda que o Carnaval de rua do Rio de Janeiro tem um modelo democrático que permite “todas as formas de participação”.

Qual a sua nota para o desfile da Acadêmicos do Salgueiro no Carnaval 2023?  - Portal Carnaval

“É o modelo mais democrático, muito animado, traz uma sensação de pertencimento e permite todas as formas de participação. [A pessoa] pode cantar, pode tocar, pode ser só folião, só observador. Ao mesmo tempo, é um modelo que gira a cadeia produtiva de uma forma muito democratizada porque o próprio ambulante não tem que pedir licença para estar nesse lugar. Por isso esse modelo repercutiu no Brasil todo”, aponta a presidente da Sebastiana.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Cotidiano

Vídeo: Tiroteio em bloco na Baixada Fluminense deixa ao menos dois mortos, incluindo uma criança

Ao menos duas pessoas morreram após um tumulto em um bloco na Praia do Anil, em Magé, na Baixada Fluminense. As vítimas foram identificadas como Gabriela Carvalho de Alvarenga, de 35 anos, e a menina Maria Eduarda Carvalho Martins, de apenas 9. Ao menos outras 16 pessoas ficaram feridas, incluindo duas gestantes encaminhadas ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias. Em relatos de redes sociais, internautas afirmam que diversas pessoas teriam sido atingidas por disparos no local.

De acordo com o Extra, entre os feridos, estão outras duas crianças, uma de 6 e outra de 11 anos, e um adolescente de 15, todos socorridos para o Hospital Adão Pereira Nunes, também na Baixada Fluminense. Uma mulher, ferida na coxa direita e abdômen, precisou ser transferida para o Hospital Municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo.

Gabriela Carvalho de Alvarenga, de 35 anos: morta em bloco

Segundo a prefeitura do município de Magé, a confusão teria começado após uma briga envolvendo um policial.

Imagens que circulam pelas redes sociais mostram um cenário de terror, com ao menos três pessoas feridas no chão. Nas redes, internautas relatam as mortes no local.

Procuradas, a Polícia Civil e a Polícia Militar ainda não se pronunciaram sobre o ocorrido. Em nota, a prefeitura de Magé lamentou profundamente o ocorrido durante a dispersão do Bloco das Piranhas.

No texto, a prefeitura destacou que, apesar de não promover o carnaval, estava dando apoio aos blocos, inclusive com o efetivos de mais de 40 homens da Guarda Civil e da Ordem Pública, mais 120 seguranças privados, além de todo apoio do 34° BPM (Magé). “A rede de Saúde está dando todo o atendimento e suporte aos feridos”, informa a nota.

A Prefeitura determinou a suspensão do apoio à programação do Carnaval na cidade e faz um apelo para que todos os blocos cancelem os seus desfiles. Os feridos foram levados para o Hospital Adão Pereira Nunes e para o Hospital Municipal de Magé.

Imagens mostram feridos no chão aguardando socorro

https://twitter.com/reporterenato/status/1627593561439981568?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1627593561439981568%7Ctwgr%5Ebb3abad3600f340cf1222e5dd34d01ee3c046cc7%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-26030012113448606318.ampproject.net%2F2301261900000%2Fframe.html

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Neste carnaval, Lula nos liberou do demônio e trouxe de volta a democracia e a alegria ao Brasil

Por Ângela Carrato*

Depois de seis anos com golpista no poder e de dois sem Carnaval por causa da pandemia, o Brasil tem, nos próximos três dias, uma festa que nada deixará a dever aos melhores períodos da nossa democracia.

Foram tantas e tamanhas as maldades e perversidades de Temer e Bolsonaro que muita gente quase se esqueceu que Carnaval é alegria, mas é também tempo para debochar e escrachar os canalhas. E exaltar e aplaudir quem merece.

Foi assim no passado e já está sendo assim novamente agora.

Os presidentes campeões no carinho e na lembrança popular são Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.

Alguns historiadores atribuem a Vargas a criação do sentido nacional em uma festa que não era nossa e tinha tudo para continuar assim.

Ao estimular e premiar as escolas de samba do Rio de Janeiro que tivessem em seus sambas-enredos temas ligados à história e à cultura brasileira, Vargas instituiu a nacionalidade no Carnaval.

Como amava os programas de auditório da Rádio Nacional, com as rainhas Marlene e Emilinha Borba, não demorou para ele próprio virar tema de marchinhas.

De todas que falam sobre Getúlio, a mais conhecida é a do refrão “tira o retrato de velho, bota o retrato do velho de novo na parede”.

Essa manchinha foi sucesso absoluto no Carnaval de 1950, quando Getúlio se preparava para deixar o “exílio” em sua fazenda em São Borja, no Rio Grande do Sul, e disputar as eleições presidenciais daquele ano.

Como se sabe, Getúlio foi derrubado por um golpe militar em 1945. Seus adversários, alojados na UDN, que comemoravam o fim de sua presença na vida pública brasileira, não poderiam imaginar que ele voltaria nos braços do povo. Aliás foi o povão nas ruas e nos improvisados blocos que exigiam que o “retrato do velho” voltasse para a parede.

Outro a merecer o carinho e o reconhecimento dos brasileiros foi JK, “o presidente bossa nova”. Sua luta para desenvolver o Brasil “50 anos em cinco” ficou eternizada em manchinhas e sambas-enredos.

Juscelino deu continuidade ao governo progressista de Getúlio, mostrando-se apoiador e amigo das artes e dos artistas brasileiros.

Para desespero da UDN (os golpistas nas décadas de 1950 e 1960), os brasileiros não escondiam o orgulho com a construção da nova capital, Brasília, e por terem um presidente que se sentava na calçada, em sua cidade natal, Diamantina, para ouvir e cantar serestas com um jovem que veio a se tornar o gigante Milton Nascimento.

Juscelino, o presidente festeiro, alegre e seresteiro, permanece no imaginário dos brasileiros como uma referência de trabalho, seriedade e modernidade.

Posso estar enganada, mas não me recordo de nenhuma manchinha de Carnaval ou samba-enredo exaltando os militares que chegaram ao poder com o golpe de 1964 e lá permaneceram até 1985.

Não me recordo, igualmente, de nenhuma canção carnavalesca que homenageasse presidentes como José Sarney, Fernando Collor ou Fernando Henrique Cardoso.

Collor, ao contrário, virou alvo de repúdio nacional pela roubalheira e

por ter que renunciar ao governo para não ser alvo de impeachment.

Já FHC, com seu ar blasé e mais interessado na vida parisiense, nunca despertou a simpatia da nossa gente sambista e mulata.

Mesmo tendo permanecido apenas dois anos no poder, os carnavais de 2017 e 2018 foram fundamentais para que a imagem de Temer ficasse associada para sempre à de golpista e à de Drácula.

Com feição que lembra caricatura, seu gosto pelas mesóclises, palavreado difícil e a traição à Dilma Rousseff estampada em seu sorriso, Temer tornou-se, com razão, sinônimo de vampiro.

Basta lembrar que os principais atos de seu governo foram a entrega do pré-sal para empresas estrangeiras, as reformas do ensino médio e a trabalhista, e a PEC do fim do mundo, que engessou as finanças e os investimentos públicos.

Não por acaso, os carnavais durante sua passagem pelo Palácio do Planalto foram marcados pelo “Fora Temer” nas ruas e nos desfiles de escolas de samba no Rio de Janeiro.

Pior que esses carnavais foram apenas os ocorridos sob o desgoverno Bolsonaro.

Como se não bastassem todas as atrocidades ditas e cometidas por ele, a pandemia impediu que as pessoas pudessem cantar e aglomerar nas ruas, nem que fosse para tentar espantar os seus males.

Bolsonaro, o imbrochável, o genocida, entra para a história do Brasil como o “pior presidente de todos os tempos”, como o inimigo das mulheres, dos negros, dos índios, dos LGBTGIA+ e dos trabalhadores.

Neste Carnaval, o primeiro após o retorno à democracia e um pouco mais de mês depois de Bolsonaro tentar dar um golpe no governo Lula, o que deve ganhar as ruas é uma espécie de acerto de contas popular com o “Inominável”.

Milhares de bloquinhos vão sair, do Oiapoque ao Chuí, detonando Bolsonaro.

Ele será retratado como o presidente vagabundo, que preferia fazer motociatas a trabalhar. Será retratado como aquele que debochou e imitou pessoas morrendo de covid por falta de ar. Será retratado como o presidente corno, que nunca conseguiu manter a “recatada” Michelle dentro do seu cercadinho e jamais deu conta de botar limites nos filhos.

Ele será retratado como o presidente vagabundo, que preferia fazer motociatas a trabalhar. Será retratado como aquele que debochou e imitou pessoas morrendo de covid por falta de ar. Será retratado como o presidente corno, que nunca conseguiu manter a “recatada” Michelle dentro do seu cercadinho e jamais deu conta de botar limites nos filhos.

Será retratado como o vilão que fugiu para Miami com medo de ser preso e lá continua tramando contra o Brasil e os brasileiros.

Engana-se, no entanto, que acha que o Carnaval 2023 será apenas o do “sem anistia” e ” Bolsonaro na cadeia”.

O Carnaval 2023 será, sobretudo, o do reconhecimento dos brasileiros e brasileiras para com a luta sem tréguas travada pelo presidente Lula.

Em menos de dois meses de governo, ele já venceu uma tentativa de golpe patrocinado por bolsonaristas e setores militares, trouxe de volta programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, pôs fim ao genocídio que vinha sendo cometido contra os índios Yanomami, retomou a política externa altiva e ativa, encontrou-se com Alberto Fernández, na Argentina, Biden na Casa Branca, e teve a coragem de falar, alto e em bom som, para a potência imperialista, que o mundo precisa de paz, comprou briga com os rentistas bilionários e com o Banco Central “independente” por causa dos juros estratosféricos praticados no Brasil, os mais altos do mundo.

Lula, neste Carnaval, é tema de uma infinidade de blocos. É homenageado por escolas de samba, como a Cidade Jardim, de Belo Horizonte, mas especialmente estará recebendo o carinho e o reconhecimento popular, através de refrões como “o pai está on” e o “velhinho voltou”.

A voz das ruas está certa. No fundo, ela está dando visibilidade ao que as pesquisas de opinião registram: 93% dos brasileiros são contra os atos terroristas de 8 de janeiro, 70% acham que Bolsonaro está por trás destes atos e 76% consideram que Lula está certo ao combater os juros altos.

Lula pode e deve aproveitar o Carnaval para descansar. Mas seu nome estará nas bocas e no sorriso dos foliões.

Afinal, foi ele que nos liberou do demônio Bolsonaro e devolveu a alegria ao Brasil.

*Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG
*Viomundo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Com passeio de moto e jet ski, Carnaval de Bolsonaro no Guarujá custou R$ 783 mil aos cofres públicos

Presidente passou cinco dias no Guarujá, litoral de São Paulo.

solicitou via Lei de Acesso à Informação os gastos envolvendo a estadia de Bolsonaro no Guarujá do dia 26 de fevereiro de 2022 a 2 de março de 2022. A Secretaria-Geral da Presidência da República informou que a viagem custou R$ 783.394,17, e o valor envolve gastos com transporte terrestre, passagens e diárias. O pagamento, informam, foi por meio do cartão corporativo do governo federal.

O detalhamento das despesas, no entanto, não foi informado, sob o argumento de que podem colocar em risco a segurança do presidente e de seus familiares. Por isso, a Secretaria-Geral afirmou que esses detalhes ficarão sob sigilo até o término do mandato de Bolsonaro. O órgão informou também que os valores podem sofrer variações “caso ocorram atualizações decorrentes de processo de análise da respectiva prestação de contas”.

Bolsonaro chegou no Guarujá no dia 26 de fevereiro, acompanhado do deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ). Ele ficou hospedado no Forte dos Andradas. Os dias de folga incluíram passeio de jet ski em pelo menos três praias do Guarujá e uma rápida passada por Praia Grande, além de passeio de moto e conversa com apoiadores.

Meses antes, como O GLOBO mostrou, o presidente gastou quase R$ 900 mil durante férias de sete dias em São Francisco do Sul (SC). Na ocasião, ele foi criticado por manter a agenda de passeio mesmo com as fortes chuvas na Bahia, que deixaram ao menos 25 mortos.

No Guarujá, durante o Carnaval, ele foi questionado sobre os gastos com suas férias e afirmou que achava um “absurdo” e “exagerada”. Afirmou, no entanto, que desconhecia o valor, mas que se fosse verídico, ia “pegar no cangote de alguém lá”.

*Com O Globo

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Com um governo de corruptos e milicianos, Bolsonaro usa ataque ao PT para chamar carnaval de depravação

Que Bolsonaro detesta o Brasil e os brasileiros, o mundo todo sabe e denuncia.

Que ele odeia carnaval e ama milícia, ditaduras, torturadores e assassinos, o próprio, orgulhoso, lambuzou-se de berrar.

Em campanha de abstinência sexual, um projeto Damares, o ex-deputado que confessou que usava verba pública “pra comer gente” chamou o carnaval brasileiro e todas as suas tradições de “depravação total”.

Diz o vigarista moral que o carnaval glamoriza certos comportamentos que um chefe de três famílias como ele não concorda.

Mas o animal, que nem ler sabe e ainda escala para seu time um ministro da educação que é uma cavalgadura, Abraham Weintraub é considerado o mais imbecil, tapado, estúpido, bronco, ignorante ministro de educação da história da humanidade, diz que brasileiros, por conta de carnaval, nem respeitam a sala de aula. Quando ela (Damares) fala em abstinência sexual, é esculhambada.

Pois é, o que Bolsonaro não disse é que o carnaval lava a alma dos brasileiros, porque denuncia nas ruas a podridão dos hipócritas como ele com uma família que se confunde com a própria milícia e que está cada dia mais associada ao Escritório do Crime, comandado por Adriano da Nóbrega e os assassinos de Marielle, caso em que um dos envolvidos é seu vizinho e o outro, frequentava seu condomínio depois que seu Jair da casa 58 liberava sua entrada.

Sua associação do PT ao que ele classifica como depravação carnavalesca, é só para usar o PT para atacar as manifestações culturais espontâneas do povo brasileiro, consideradas em todo mundo como o maior e mais bonito evento cultural do planeta.

Bolsonaro que libere o totó Moro para a PF encontrar o miliciano Queiroz, porque não para de surgir marchinhas e sambas no carnaval esculachando o Presidente da República por sua relação corrupta e incestuosa com o criminoso Queiroz que diz, em áudio “tem mais de 500 cargos lá”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Cultura

O “carnaval de 50 dias” anunciado por Crivella é a maior derrota política que os neopentecostais já amargaram

Muitas bobagens graúdas já foram ditas sobre a maior festa popular do planeta, o carnaval brasileiro.

Os mal-humorados de múltiplas colorações partidárias acham um absurdo em um país com uma desigualdade tão grande o povo ir para as ruas para cantar, dançar, mas sobretudo batucar, sem entender que a festa dos tambores não é sinal de alienação, mas sim de resistência.

Na verdade, o carnaval é o maior ato político promovido pelo povo todos os anos, porque a festa, que acentua as desilusões, pensa e sonha o país mais do que em qualquer outro momento e cura as feridas mais do que qualquer outro remédio.

E não pense que isso significa acomodação, mas sim um direito de um indivíduo dotado de um estado de alma que lhe permite ser alegre, mesmo diante de um desastre social, mesmo não tendo os direitos consagrados no seu dia a dia.

O carnaval, que amplia as dimensões do país para a totalidade da população não é um mistério a ser decifrado, é o povo dobrando as instituições, principalmente as religiosas e as do Estado. As do Estado são aquelas que sonharam com a Veneza tropical, com templos culturais luxuosos para o encontro social da elite como um burgo que separa o Brasil oficial caricato e burlesco do Brasil rico e culturalmente criativo, protagonizado pelo povo, como disse Machado de Assis.

Nesse arranjo institucional vem as religiões oficiais que sempre quiseram suprimir os tambores como forma de calar as manifestações de origem africana num país eurocêntrico, dotado de uma submissão cultural típica dos cabeças colonizadas.

O povo não. O povo seguiu os repiques dos batuques dos negros em manifestações que abarcam todos, hipnotizam todos e magnetizam todos. Os mesmos tambores dos orixás das religiões de matrizes africanas não estão escritos nas partituras, mas na alma de quem toca, impossível de serem decodificados, como disse Pixinguinha a Mário de Andrade, que foi seu informante na pesquisa que desembocou no livro de Mário, “Música de Feitiçaria no Brasil”.

Pois bem, começou hoje na cidade do Rio de Janeiro, a mais carnavalesca capital do mundo, os 50 dias de carnaval, com mais de 300 mil pessoas nas ruas, que. podem apostar, o sucesso será tanto que, no próximo ano, a maioria das cidades brasileiras copiará o feito, seja por questão cultural, seja econômica.

Sim, porque nada produz uma economia cultural maior do que a cultura do povo e nada representa mais a nossa cultura do que o carnaval.

Assim, todo aquele temor que se tinha de um prefeito evangélico que, por questões religiosas, tentou subtrair a festa do povo, cai por terra. Crivella não resistiu aos tambores dos orixás, melhor dizendo, a igreja Universal do Reino de Deus tem força ínfima diante dessa força tradicional que o brasileiro carrega na alma como seu maior orgulho e identidade, porque o Brasil é, antes de qualquer coisa, um país criado em torno de um grande tambor e de um enorme terreiro.

E por mais que a massificação cultural da indústria ou do mercado religioso queira se sobrepor, não tem força nem para o café, que fará para a feijoada do samba.

Os Pontos de Cultura, criados no governo Lula, sacudiram a identidade nacional e os milhares de blocos de rua entraram em erupção.

Crivella teve que se curvar à maior força do povo brasileiro, a cultura popular, o carnaval, aquilo que é genuinamente nacional.

O carnaval de 50 dias anunciado por Crivella, o prefeito pastor, foi a maior derrota política que os neopentecostais brasileiros já amargaram.

E para quem não entendeu:

Quem comanda a maior força política é a nossa cultura, regida pelos tambores dos Orixás!

 

*Carlos Henrique Machado Freitas