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Lula a banqueiros: ‘para que acumular tanto dinheiro, imbecil?’

O ex-presidente Lula fez a crítica mais contundente da pré-campanha presidencial ao setor financeiro. Em entrevista à Rádio Metrópole (Bahia) nesta sexta-feira, 1, Lula se referiu a banqueiros usando o termo “imbecil” e defendeu a distribuição de riqueza, informa o 247.

“Essas pessoas não podem ser ignorantes de querer só acumular riqueza. Ah… o fulano de tal é o mais rico do mundo, tem 50 milhões de dólares, outro tem 70 milhões. Pra quê? Você vai gastar no quê? Pra que você quer acumular tanto dinheiro, imbecil? (…) Distribua um pouco do seu salário. Distribua com alguns benefícios”, defendeu, após afirmar que, durante seus governos, promoveu a inclusão de milhões de pessoas no sistema financeiro através da elevação do poder de compra.

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista. Essa classe não busca o desenvolvimento do país e se acostumou ao capitalismo entreguista e parasitário, decorrente das políticas neoliberais pós-golpe de 2016.

“Na cabeça dessa gente não existe pobreza, não existe fome, não existe gente dormindo na rua, gente dormindo na sarjeta, não tem criança morrendo de desnutrição. Essa gente só fala em teto de gastos, em política fiscal”, criticou o petista, cobrando dos representantes do setor discussões sobre políticas sociais.

“Parece que eles vivem em uma redoma de vidro em que o mundo gira em torno deles e dos interesses deles”, disse, ao final da entrevista ao programa Jornal da Bahia.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

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Alexandre Garcia, o idiota precoce da CNN

A CNN tem que agradecer a um idiota como Alexandre Garcia, pois, não fosse por ele, ninguém comentaria seus jornais, mesmo que, depois de sua fala imbecil, sua colega de trabalho tenha já nas mãos uma carraspana pronta para lhe passar depois das suas colocações.

O importante é saber que a CNN impõe limites até em sua própria subserviência a Bolsonaro. Ou seja, pode impor a presença do idiota, mas jamais fugir de bater no imbecil quando abre a boca para vomitar suas bobagens sem limites.

Esta é a regra, ou Alexandre Garcia obedece ou de bate pronto tomará uma reprimenda todas as vezes que ultrapassar todos os limites da estupidez para defender Bolsonaro.

O comentário de Alexandre Garcia foi das tentativas mais tolas de lamber as botas do chefe que o colocou naquele jornal da CNN.

Mas como o idiota carece de um mínimo de inteligência, ele resolveu dar um espetáculo de ignorância sobre a cloroquina que, na verdade, o objetivo era vender a ideia de que o medicamento é salvador.

O pateta, incapaz de entender a gravidade do momento porque passa o governo Bolsonaro, por conta do escândalo da Prevent Senior, dentre vários outros problemões, foi incapaz de coordenar suas ideias e, estupidamente, defendeu o que o país inteiro já abomina.

Moral da história, o estúpido foi detonado pela âncora do jornal que, em outras palavras, disse para o espectador não dar ouvidos às tolices do parvo e que ele não tem a menor credibilidade para emitir qualquer opinião sobre tratamento precoce.

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General Maria Fofoca chama ex-Secom, Fábio Wajngarten, de idiota, imbecil

Às vésperas de depor na CPI, Wajngarten é hostilizado pelo Planalto e pode ser uma ‘bomba’ contra o governo.

Segundo Ricardo Noblat, em matéria publicada no Metrópoles Depoimento de Wajngarten à CPI irrita Ramos e assusta Pazuello.

Ex-secretário de Comunicação Social do governo Bolsonaro vai depor como suspeito de ter feito lobby pela vacina da Pfizer.

É tal a irritação do general Luiz Eduardo Ramos, chefe da Casa Civil, com o publicitário Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo, que a ele só se refere como “idiota, imbecil”. Mesmo assim, quando de bom humor. De mal então…

Ramos não perdoa o ex-secretário por ter concedido uma barulhenta entrevista à VEJA na qual criticou o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e quis parecer mais importante do que foi no combate à pandemia da Covid-19.

O comando da CPI que investiga os erros do governo está convencido de que Wajngarten quis faturar alguns milhões de reais como lobista da vacina da Pfizer. É justamente por isso que o convocou para depor nesta quarta-feira.

Essa amabilidade do general que foi chamado por Ricardo Salles de “Maria Fofoca”, mostra o nível de gentilezas trocadas membros e ex-membros desse governo e mostra que o fascismo é mais que uma ideologia, é uma cultura com linguajar próprio.

O problema é o medo que o Palácio do Planalto de Wajngarten dar com a língua nos dentes e falar mais do que o prudente.

Mesmo que, segundo o que está sendo noticiado na mídia, ele pretenda reproduzir sua entrevista à Veja em que detona todos, mas sobretudo Pazuello para salvar Bolsonaro, ele poderá escorregar numa casca de banana e acabar entregando a rapadura de quem ele quer proteger, já que ele não foi ensaiado pelo Planalto.

*Da redação, com informações do Metrópoles

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Agora é oficial, Bolsonaro é a maior ameaça para o planeta

Se antes Bolsonaro era considerado pelo mundo o monstro amazônico por comandar do Palácio do Planalto o dia do fogo, o Brasil, hoje, por culpa do insano, é considerado por vários cientistas do mundo uma fábrica de variantes do coronavírus com potencial para matar milhões de pessoas no planeta.

A nota emitida pela OMS segue a mesma linha do Whashington Post, culpando Bolsonaro pela negligência e por incentivo da proliferação do vírus e a sabotagem à vacinação.

O Brasil, com a maior média móvel de mortes do mundo, superando os EUA, faz o planeta inteiro voltar os olhos para uma nação que está sendo presidida por um louco que tem na perversidade de suas ações seu principal instrumento de entretenimento.

Alguns, mundo afora, chamam Bolsonaro de imbecil ou coisa que o valha, outros de imprudente, incapaz, inepto, lesado, e por aí vai.

Aqui no Brasil, sabemos que Bolsonaro é tudo isso junto e misturado, porque seu governo não funciona somente no combate à pandemia, nada no governo funciona.

O general colocado por Bolsonaro como testa de ferro no ministério da Saúde foi apresentado como craque da logística, na verdade, o que se revelou foi alguém que não consegue fazer uma única ação primária no comando da pasta.

O resultado é que Pazuello não para de mentir, pior, mente de improviso e, depois, nem repetir a mentira consegue mais, é obrigado a criar outras mentiras para o mesmo fato.

Bolsonaro não tem a menor condição de continuar governando o Brasil. Quando esse caldo todo se juntar, o país de epicentro da covid e, se Bolsonaro não cair, o Brasil se transformará no flagelo do mundo e arrastará com ele um continente inteiro. Não resta a menor dúvida, o mundo inteiro sentirá os reflexos da tragédia tropical.

Isso é o que está apavorando o planeta.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Milton Neves, o escroque da TV que cheira como Bolsonaro, agora manda o maníaco do Planalto calar a boca

A história recente do Brasil, de uns dias para cá, tem nos reservado fatos de enorme riqueza, sobretudo no campo da multiplicação da imbecilidade.

Milton Neves, como todos sabem, é um imbecil puro sangue por ser um dos maiores mercenários da TV brasileira, uma espécie de Ratinho do futebol.

Neves, Em diálogo no twitter com Xico Graziano, outra besta ex-tucana, reduzido a limpa trilho de Bolsonaro, criticam o bezerro de ouro que até dias atrás divinizavam. E os bolsonaristas mecânicos ou de carne e osso, bem menos numerosos, chegaram chegando com a sola da chuteira no pescoço dos dois, mas principalmente no de Neves, mostrando que Bolsonaro está na mais franca decadência política, até mesmo no ninho dos ratos.

No caso de Milton Neves, a ordem veio de cima, dos caciques do agronegócio, os mesmos que participaram do dia do fogo na Amazônia, por conta das declarações de Eduardo Bolsonaro e Ernesto Araújo contra a China, sopradas ao pé do ouvido por Bolsonaro para agradar Trump, o que gerou uma crise diplomática séria que pode ferir de morte o agronegócio brasileiro, caso a China meta um carimbo na testa de Bolsonaro de rejeição aos produtos agrícolas brasileiros.

Isso, sem falar nas toneladas de carne bovina, suína e de aves, melando uma relação comercial virtuosa iniciada por Lula e ampliada por Dilma que, Bolsonaro, apoiado cem por cento pelos antipetistas rurais que se lambuzaram de ganhar dinheiro.

Bolsonaro está na iminência de colocar tudo isso a perder e fazer com que os latifundiários percam muito dinheiro e, junto, outros negócios transversais à produção do agronegócio.

Milton Neves, lógico, falou pela Band, que já havia feito um editorial espinafrando o imbecil que ela ajudou a eleger com todo o ódio que carrega contra o PT.

Ninguém sabe do risco que estão correndo de perder as milionárias exportações para a China em nome dos interesses de Trump, para quem Bolsonaro trabalha pela agressão gratuita.

O fato é que, enquanto Bolsonaro, em sua servidão espontânea aos EUA, prejudicava o Brasil sem afetar o agronegócio, Neves, Band e Chico Graziani aplaudiam o ogro, na ilusão de que o lacaio dos EUA se limitaria a conceder apenas algumas vantagens a Trump em troca de um sorriso e um elogio do esperto.

Agora, estão vendo que a coisa não é bem assim, pois Trump trabalha pelos interesses exclusivos de seu país, com uma diferença, é o mais protecionista dos últimos presidentes dos EUA e mostra que Bolsonaro é somente um cavalo que ele monta como quer, na hora que quer e para o que quer.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeos: Com Adnet interpretando Bolsonaro, São Clemente canta o “Conto do Vigário”

“Brasil, compartilhou, viralizou, nem viu
E o país inteiro assim sambou
Caiu na fake news”

Com este refrão que escracha a farsa da eleição de Bolsonaro, será que o TSE vai dar atenção ao que está acontecendo na CPMI das fake news? E a mídia, vai parar de somente defender a jornalista Patrícia Mello, da Folha, sem mostrar a matéria em que ela denuncia a rede de fake news de Bolsonaro, depois do enredo da São Clemente?

O fato é que Bolsonaro virou uma chacota só. Aonde tem folia no mundo, o sujeito vira personagem central e galhofa, como em Portugal, Alemanha, Uruguai e Brasil.

Certamente, não demora, teremos notícias de outros países que tiveram carnaval em que o paspalho se transformou em mote dos humoristas.

Na verdade, ninguém trata Bolsonaro como presidente, no máximo, o trata como Bolsonaro, isso, claro, com muita boa vontade. Os adjetivos que ele já ganhou mundo afora vão de monstro fascista a demente violento.

Na realidade, Bolsonaro carrega com ele toda a carga negativa da classe média brasileira que coloca esse imbecil no altar, sabendo se tratar de um vigarista com três filhos tão vigaristas quanto ele, estão há séculos na política fazendo os esquemas mais imundos nos corredores do baixo clero com todo tipo de sacripanta.

A louvável espinafrada que a São Clemente dá em Bolsonaro, soma-se a tantas outras originais que ridicularizam, acima de tudo, quem trata esse ovoide como um mito.

A pergunta é: será que no dia 15 de março alguém vai pra rua defender esse estorvo?

https://twitter.com/AnaPaulaAndr1/status/1232236169720713216?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Com um governo de corruptos e milicianos, Bolsonaro usa ataque ao PT para chamar carnaval de depravação

Que Bolsonaro detesta o Brasil e os brasileiros, o mundo todo sabe e denuncia.

Que ele odeia carnaval e ama milícia, ditaduras, torturadores e assassinos, o próprio, orgulhoso, lambuzou-se de berrar.

Em campanha de abstinência sexual, um projeto Damares, o ex-deputado que confessou que usava verba pública “pra comer gente” chamou o carnaval brasileiro e todas as suas tradições de “depravação total”.

Diz o vigarista moral que o carnaval glamoriza certos comportamentos que um chefe de três famílias como ele não concorda.

Mas o animal, que nem ler sabe e ainda escala para seu time um ministro da educação que é uma cavalgadura, Abraham Weintraub é considerado o mais imbecil, tapado, estúpido, bronco, ignorante ministro de educação da história da humanidade, diz que brasileiros, por conta de carnaval, nem respeitam a sala de aula. Quando ela (Damares) fala em abstinência sexual, é esculhambada.

Pois é, o que Bolsonaro não disse é que o carnaval lava a alma dos brasileiros, porque denuncia nas ruas a podridão dos hipócritas como ele com uma família que se confunde com a própria milícia e que está cada dia mais associada ao Escritório do Crime, comandado por Adriano da Nóbrega e os assassinos de Marielle, caso em que um dos envolvidos é seu vizinho e o outro, frequentava seu condomínio depois que seu Jair da casa 58 liberava sua entrada.

Sua associação do PT ao que ele classifica como depravação carnavalesca, é só para usar o PT para atacar as manifestações culturais espontâneas do povo brasileiro, consideradas em todo mundo como o maior e mais bonito evento cultural do planeta.

Bolsonaro que libere o totó Moro para a PF encontrar o miliciano Queiroz, porque não para de surgir marchinhas e sambas no carnaval esculachando o Presidente da República por sua relação corrupta e incestuosa com o criminoso Queiroz que diz, em áudio “tem mais de 500 cargos lá”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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As mais novas dúvidas em torno da investigação do assassinato de Marielle

Na mais recente reviravolta em torno das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um porteiro do condomínio Vivendas da Barra mudou seu depoimento sobre um dos acusados de envolvimento direto nos homicídios.

Marielle e Anderson foram mortos no dia 14 de março de 2018.

Na quarta-feira (20), o funcionário — de nome não divulgado oficialmente — afirmou à Polícia Federal que errou ao ter dito em dois depoimentos à Polícia Civil do Rio de Janeiro, em outubro, que o ex-policial militar Élcio Queiroz foi autorizado a entrar no condomínio, horas antes dos assassinatos, por alguém na casa do então deputado federal Jair Bolsonaro. Mais especificamente, alguém que ele identificou com a voz do “Seu Jair”.

Mas por que o porteiro mudou sua versão, se o próprio anotou na planilha de acessos ao condomínio em 14 de março de 2018 que Queiroz iria à casa 58, onde Bolsonaro morava, em vez da casa 66, onde morava o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de efetuar os disparos contra Marielle e Anderson?

E por que nenhuma das linhas de investigação chegou a um possível motivo para os crimes?

Veja abaixo lacunas e perguntas sem respostas que surgiram em torno da investigação.
Por que os motivos do crime ainda não foram identificados?

Depois de um ano e seis meses de investigação, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal chegaram em setembro formalmente a um suspeito de ser o mentor dos assassinatos: Domingos Brazão, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ).

A partir de interceptações telefônicas feitas numa investigação paralela à da Polícia Civil do Rio, a Polícia Federal apontou que Brazão era ligado ao chamado Escritório do Crime, grupo de milicianos e matadores de aluguel que tem sua base em Rio das Pedras, favela na zona oeste da cidade. E os assassinatos podem ter sido, segundo essa linha de investigação, executados por integrantes dessa milícia.

Mas ainda não está claro qual seria a relação entre Brazão e os acusados de executar o crime. E tampouco se sabe qual seria a motivação dele para desejar a morte da vereadora.

Segundo a denúncia da PGR, que havia solicitado à Polícia Federal que investigasse possível interferência na apuração estadual dos assassinatos, a investigação do vínculo entre Brazão e o Escritório do Crime vem sendo dificultada pelo fato de o grupo criminoso ter ligações com membros da Polícia Civil.

Raquel Dodge

Denúncia assinada pela então PGR Raquel Dodge apontou um possível mandante do crime.

Cinco pessoas foram acusadas de atrapalhar a investigação, entre elas um policial militar e um delegado federal.

Investigadores afirmam que Brazão buscava desviar o curso da apuração para longe de si e em direção ao miliciano Orlando Oliveira Araújo, conhecido como Orlando Curicica, e o vereador Marcelo Moraes Siciliano, e chegou a ser bem-sucedido nessa estratégia por cerca de um ano. Siciliano e Brazão disputam controle político na zona oeste do Rio.

A então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, argumentava que as lacunas sobre motivos do crime e os possíveis mandantes justificavam a federalização do caso, ou seja, que a investigação saísse do âmbito estadual do Rio de Janeiro e passasse à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.

“O eventual fracasso da persecução criminal do mandante imporia a responsabilização internacional do Estado brasileiro”, afirmou Dodge à época.

O advogado de Brazão, Ubiratan Guedes, negou qualquer envolvimento do cliente nas mortes de Marielle e Anderson e classificou a denúncia da PGR de sensacionalista.

Por que Marielle entrou na mira dos criminosos?

O crime teria sido “meticulosamente planejado” nos três meses anteriores, segundo o Ministério Público fluminense. Isso significa que Marielle passou a ser um alvo antes mesmo de completar um ano como vereadora.

Segundo a denúncia, “é inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”.

Ela havia sido a quinta candidata a vereadora mais votada nas eleições municipais de 2016 do Rio, com 46.502 votos, em sua primeira disputa eleitoral.

Na Câmara, era uma das relatoras de uma comissão criada em fevereiro para monitorar a intervenção federal de segurança pública no Estado do Rio. Também presidia a Comissão de Defesa da Mulher e havia proposto projetos de lei voltados à defesa de direitos de minorias e a assistência social.

Entre eles estavam a criação de espaço de acolhida de crianças durante a noite, enquanto seus pais estudam ou trabalham, uma campanha permanente de conscientização sobre assédio e violência sexual, um estudo periódico de estatísticas sobre mulher atendidas por serviços públicos da cidade, a oferta de assistência técnica gratuita em habitação para famílias de baixa renda e um dia de combate à LGBTfobia.

Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação, afirmou que um dos acusados de participação direta no crime, Ronnie Lessa, tem “obsessão por personalidades que militam à esquerda”.

Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do Rio, em coletiva de imprensa

Segundo o delegado Giniton Lages (foto), um dos acusados, Lessa, tem ‘obsessão por personalidades que militam à esquerda’.

Essa interpretação foi corroborada pela promotora Simone Sibilio. Para ela, os acusados agiram por “motivo torpe” e Lessa teria matado a vereadora por “repulsa” a sua atuação política. Anderson teria sido incluído como alvo para dificultar a solução do crime.

O MP-RJ não excluiu, no entanto, que tenha havido outras motivações, nem que o crime tenha sido encomendado por outras razões.

O general Richard Nunes, secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, disse ao jornal O Estado de S. Paulo, que Marielle teria sido morta a mando de milicianos. O motivo seria a crença de que a vereadora poderia interferir em interesses relacionados à grilagem de terras e construções irregulares de edifícios na zona oeste do Rio, principal área de atuação destes grupos paramilitares na cidade.

Milícias são grupos armados irregulares formados muitas vezes por integrantes e ex-integrantes de forças de segurança do Estado, como policiais, bombeiros e agentes penitenciários. E assumem por meio da força o controle territorial de áreas ou mesmo bairros inteiros e coagem moradores e comerciantes a pagarem por proteção.

Em que pé está a investigação agora?

A investigação conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio apontou dois acusados de terem participado diretamente dos assassinatos. Élcio Queiroz, que teria dirigido o carro usado no crime, e Ronnie Lessa, que teria feito os disparos.

O processo está próximo do desfecho na primeira instância da Justiça.

A fase seguinte seria voltada à busca pelos mandantes e pelos motivos do crime.

Mas menções pontuais recentes à família Bolsonaro ao longo da investigação sobre os assassinatos realimentaram os debates em torno da federalização dessas duas fases da investigação — a ideia é defendida, entre outros, pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

“Vendo esse novo episódio, em que se busca politizar indevidamente, na minha avaliação, claro que será decidido pela Justiça, mas o melhor caminho para uma investigação exitosa é a federalização”, disse o ministro em entrevista à rádio CBN.

Ele se referia à informação de que um porteiro afirmou à Polícia Civil que Queiroz, um dos acusados de participação direta no crime, se dirigiu à casa do então deputado federal Bolsonaro horas antes dos assassinatos — o porteiro mudou sua versão nesta semana e negou seu próprio relato.

Sergio Moro

Moro defende que investigação dos assassinatos seja federalizada

Formalmente, o pedido de federalização cabe à Procuradoria-Geral da República pedir e a decisão fica a cargo do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Há ainda outros dois aspectos que fortalecem a hipótese de federalização, que poderia envolver tanto a fase atual da investigação (sobre quem executou o crime) quando a próxima (sobre os mandantes).

O primeiro é a tentativa de interferência nas investigações apontada pela PGR. A outra é a série de divergências e conflitos entre as investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público em âmbito estadual.

Familiares de Marielle são contrários à federalização. “Nós da família estamos acompanhando o desempenho dos policiais e promotores de perto e sabemos que o trabalho realizado por eles é positivo”, afirmaram em nota.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também discorda da proposta. “A Polícia Federal não tem expertise nenhuma de crime de homicídio, não tem departamento de homicídios”, disse. Para ele, a mudança traria atrasos a essa fase da investigação sobre os acusados de participação direta do crime.

Por que o porteiro mudou seu depoimento?

O caso da testemunha que citou o nome do presidente durante as investigações veio à tona em uma reportagem do Jornal Nacional veiculada no dia 29 de outubro. Segundo ela, um porteiro do condomínio Vivendas da Barra disse em depoimento à Polícia Civil fluminense que Élcio Queiroz afirmou que iria à casa que pertence ao presidente.

Ao recebê-lo na guarita, o porteiro afirmou ter ligado para casa 58 para confirmar se o visitante poderia entrar, e alguém na residência autorizou a entrada do veículo, um Renault Logan. Em dois depoimentos à Polícia Civil do RJ, o porteiro disse ter reconhecido a voz de quem atendeu como sendo a do “Seu Jair”, segundo o Jornal Nacional.

Ele explicou que acompanhou a movimentação do carro de Queiroz pelas câmeras de segurança e viu que o carro tinha ido para a casa 66, onde morava Lessa.

O porteiro disse, então, ter ligado de novo para a casa 58, e que o homem identificado por ele como sendo “Seu Jair” teria dito que sabia para onde Élcio estava indo. Além desse depoimento, o registro manuscrito de entrada trazia o número da casa de Jair Bolsonaro ao lado da placa do carro do visitante.

Bolsonaro aparece de perfil e, atrás, com sua imagem projetada no telão

Polícia Federal ouviu porteiro depois que depoimento com menção ao presidente veio à tona.

Depois da veiculação da reportagem, o governo Bolsonaro pediu à Polícia Federal que ouvisse o porteiro.

Nesta quarta-feira (20), o porteiro recuou do depoimento que deu no mês anterior. Segundo o jornal O Globo, ele disse à Polícia Federal ter anotado errado o número da casa na planilha e que inventou o relato sobre “Seu Jair” para justificar o erro no registro do acesso.

Não está claro ainda se ele vai ser formalmente indiciado pela Polícia Federal sob acusação de falso testemunho.

Por que o MP não analisou a possibilidade de algum arquivo ter sido apagado do sistema de telefonia do condomínio?

No dia seguinte à veiculação da reportagem do Jornal Nacional sobre o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, promotoras do Ministério Público do Rio de Janeiro concederam entrevista a diversos jornalistas para refutar a versão do porteiro.

A promotora Simone Sibilio, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, afirmou na ocasião que o sistema de gravação da portaria desmente o depoimento da testemunha.

“A pessoa que está na cabine liga para casa 65, e isso está comprovado pelas gravações. E a pessoa que atende na casa 65 é Ronnie Lessa.”

A Promotoria declarou que teve acesso aos áudios no dia 15 de outubro, ou seja, cerca de duas semanas antes da reportagem do Jornal Nacional ir ao ar. Mas o jornal O Estado de S. Paulo afirma que a perícia da promotoria só foi solicitada oficialmente às 13h05 de 30 de outubro, ou seja, no dia seguinte à veiculação da reportagem da Globo.

visão de satélite do condomínio.

Visão aérea do condomínio Vivendas da Barra.

Em nota, o Ministério Público nega que a “perícia foi realizada em apenas 2h30” e diz que o material começou a ser analisado no próprio dia 15, mas a conclusão foi priorizada a partir da veiculação da reportagem do Jornal Nacional.

Não está claro, também, se o sistema de interfones permite que o morador seja contatado por meio de seu telefone celular.

A condução do caso foi criticada por entidades de perícia. A Associação Brasileira de Criminalística disse ao jornal Folha de S.Paulo que, sem acesso à máquina em que os arquivos foram gravados, não é possível identificar se um arquivo foi apagado ou renomeado.

Em resposta ao veículo, as promotoras do grupo especial do MP disseram que não iriam se pronunciar porque as diligências em torno do caso estão sob sigilo.

O computador só seria apreendido no dia 7 de novembro para perícia.

Procurado pela BBC News Brasil, o Ministério Público do Rio de Janeiro não se pronunciou sobre as lacunas na investigação.

Por que Ronnie Lessa recebeu pelo celular uma foto da planilha de acessos da portaria?

Em 22 de janeiro de 2019, o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio deflagraram a Operação Os Intocáveis, contra acusados de ligação com milícias.

Naquele mesmo dia, Ronnie Lessa recebeu de sua mulher uma foto da planilha de registro de visitantes do condomínio Vivendas da Barra com a frase “Liga para o Élcio (Queiroz)”. Lessa respondeu: “OK”.

Não está claro o motivo pelo qual ela teria enviado a imagem da planilha da portaria para o marido.
foto da planilha

Uma das hipóteses aventadas pela polícia é de que essa imagem serviria de álibi para ambos negarem à polícia que tinham se encontrado no dia do assassinato.

Dias depois do envio do foto, Lessa e Queiroz prestaram depoimento e negaram envolvimento com o crime. Eles só seriam presos em março sob acusação formal de terem matado Marielle e Anderson.
Por que a menção a Bolsonaro demorou tanto para ser investigada?

A Promotoria afirmou que a planilha de acessos ao condomínio só se tornou parte da sua investigação em outubro, quando os investigadores enfim conseguiram acessar o celular de Ronnie Lessa. O aparelho havia sido apreendido em março, mas estava bloqueado por senha desde então.

A mesma planilha já havia sido analisada pela polícia. Só que o MP diz que os policiais checaram apenas os registros ligados à casa 65/66 (de Lessa), ainda que o nome “Élcio” e a placa do carro que ele usava estivessem registrados ali para a casa 58 (de Bolsonaro).

Foi só quando a imagem no celular de Lessa veio à tona que o Ministério Público diz ter se dado conta da menção à casa do presidente. E assim, como o cargo de presidente tem foro privilegiado, a promotoria teve então de informar o Supremo Tribunal Federal sobre o caso.

Ronnie Lessa e Elcio Queiroz

Ao jornal Folha de S.Paulo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o episódio é um “factoide” e descartou a mudança de foro.

Dois dias depois que o porteiro mudou sua versão, Moro afirmou que o envolvimento do nome do presidente na investigação é “um total disparate”.

O presidente Bolsonaro estava em Brasília no dia do assassinato de Marielle e Anderson. Os registros da Câmara dos Deputados provam isso. Sendo assim, ele argumenta que seria impossível que ele tivesse em casa para autorizar a entrada de Queiroz no condomínio.

Ouvido pela polícia, o acusado Élcio Queiroz também negou ter se dirigido à casa do presidente e atribuiu a informação a um erro de registro do porteiro.

A menção a Bolsonaro ainda faz parte das investigações?

Em sua defesa, Bolsonaro também passou a acusar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de manipular a investigação do assassinato de Marielle para tentar destruir sua reputação.

“Acabaram as eleições e ele botou na cabeça que quer ser presidente. Direito dele e de qualquer um de vocês. Mas ele também botou na cabeça destruir a reputação da família Bolsonaro. A minha vida virou um inferno depois da eleição do senhor Wilson Witzel, lamentavelmente”, afirmou.

Witzel negou as acusações e disse que vai processar Bolsonaro. “São acusações levianas. Ele está acusando um governador de Estado de manipulação. A polícia do Rio de Janeiro é independente. O senhor Bolsonaro passou dos limites”, disse o governador.

Bolsonaro também reagiu a citações na investigação ao nome de seu filho Carlos, que também mora no condomínio Vivendas da Barra.

Nas últimas semanas, a Polícia Civil fluminense ampliou as buscas por testemunhas de um bate-boca entre o filho do presidente, que é vereador do Rio de Janeiro, e um assessor de Marielle Franco em 2017. Os gabinetes eram vizinhos no nono andar da Câmara.

Flavio e Carlos Bolsonaro, em foto de 2018
Presidente afirmou que há uma tentativa de implicar o filho Carlos (à dir.) na investigação do caso

O parlamentar se irritou quando ouviu um assessor da vereadora afirmar em conversa no corredor da Casa que o filho do presidente era fascista.

Carlos Bolsonaro já havia prestado depoimento à polícia sobre o episódio em abril de 2018 na condição de testemunha. Segundo ele, a própria Marielle, com quem disse ter um relacionamento “respeitoso e cordial”, interveio para acalmar os ânimos, encerrando a discussão.

Para Bolsonaro, o novo interesse da polícia na discussão mostra que agora “tentam envolver o Carlos” no assassinato e o filho seria um “imbecil” se tivesse recebido em sua casa um dos acusados do crime.

Segundo o presidente, “parte de alguns no Brasil quer jogar para cima de mim a possibilidade de eu ser um dos mandantes do crime da Marielle”.

 

 

*DA BBC Brasil