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STF decide manter prisão de Fernando Collor

Advogados do ex-presidente alegam problemas de saúde e solicitam cumprimento da prisão em regime domiciliar.,

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (28), por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A ordem de prisão havia sido expedida na última quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes e foi submetida à análise dos demais ministros da Corte em julgamento no plenário virtual, no qual cada magistrado deposita seu voto.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (28), por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A ordem de prisão havia sido expedida na última quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes e foi submetida à análise dos demais ministros da Corte em julgamento no plenário virtual, no qual cada magistrado deposita seu voto.

Entenda por que Fernando Collor foi preso

A favor da manutenção da prisão votaram Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Contrários à prisão, votaram os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques. O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido, mantendo sua prática em processos ligados à Operação Lava Jato.

Inicialmente, na sexta-feira (25), a votação estava com seis votos favoráveis à prisão, quando Gilmar Mendes solicitou a retirada do caso do plenário virtual para o plenário físico, o que suspendeu a análise. No entanto, no sábado (26), Gilmar voltou atrás e cancelou o pedido, permitindo que o julgamento prosseguisse no ambiente virtual.

Com a retomada do julgamento nessa segunda-feira, os quatro votos pendentes todos favoráveis à soltura de Collor foram computados, consolidando o resultado de 6 a 4 pela manutenção da prisão.

Argumentos da divergência

O primeiro voto divergente foi proferido pelo ministro André Mendonça. Em seu entendimento, os últimos recursos apresentados pela defesa de Collor não deveriam ter sido considerados protelatórios, como entendeu Moraes, mas sim parte legítima do direito de ampla defesa.

“[…] o recurso em exame não se afigura meramente protelatório, mas integrante legítimo de seu direito à ampla defesa, e deve ser conhecido”, escreveu Mendonça. Em sua fundamentação, o ministro sustentou que, com a admissão dos recursos, a condenação ainda não teria transitado em julgado, o que impediria a execução imediata da pena.

Pedido de prisão domiciliar

A defesa de Fernando Collor também apresentou ao Supremo dois laudos médicos que atestam graves comorbidades do ex-presidente. Os advogados solicitam que a pena seja cumprida em regime domiciliar, considerando o estado de saúde do condenado.

A análise do pedido de prisão domiciliar ainda depende de parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá se manifestar sobre a viabilidade da medida.

Nos bastidores do STF, ministros admitiram a preocupação em dar celeridade ao desfecho do caso, considerando a importância e a repercussão do julgamento. A ausência de sessões plenárias nesta semana e a decisão de Gilmar Mendes de retirar o pedido de destaque aceleraram o processo. Com Congresso e Foco.

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As lágrimas de crocodilo de Renata Vasconcellos quando a Globo faz 60 anos e ‘esquece’ de seu passado com Collor

Por Ângela Carrato*

A Globo, principal emissora de TV aberta do Brasil, está comemorando 60 anos de existência.

Para a maioria dos expectadores, a data não diz nada, mas a família Marinho, que detém a concessão, resolveu comemorar de “forma diferente”.

Despachou Renata Vasconcellos, que divide a bancada do Jornal Nacional com William Bonner, para diversos locais do país, de onde, da sala de visita de alguma família, apresenta o noticiário.

O objetivo é tentar mostrar sintonia e presença no cotidiano de seu público.

Em 2024, o Grupo Globo registrou lucro líquido de R$ 1,99 bilhão, um aumento de 8% em relação ao ano anterior.

Apesar do resultado positivo, a sua dívida bruta teve aumento de 30%, totalizando R$ 6,6 bilhões. Como o valor da marca Globo é estimado em R$ 9,14 bilhões, a situação está longe de ser confortável.

Motivo que possivelmente explique as razões para a família Marinho tentar passar a limpo a história da emissora, que está longe de ser pautada pelo compromisso com os fatos e a notícia e, menos ainda, com a democracia e o interesse da maioria da população brasileira.

Não há nada mais distante do que qualquer sintonia entre a Globo e o efetivo interesse de seu público.

Chega a causar repulsa em quem estuda a história da mídia brasileira, em especial a da TV Globo, como é o meu caso, ver e ouvir Renata Vasconcellos, com suas caras e bocas e suposta simplicidade, da sala de visita de casas pobres, perguntar às pessoas reunidas em torno de um aparelho de TV, a relação de suas vidas com os 60 anos da emissora.

A resposta, para lá de óbvia, é que todos gostam e se lembram de programas e novelas que “marcaram” suas vidas.

A própria Renata tem feito questão de enfatizar que está sendo super bem recebida por estas famílias, que, não raro, a tratam como “velha amiga” e oferecem o que possuem de melhor.

Em Manaus, por exemplo, saboreou um peixe preparado especialmente para a ocasião.

Quanto mais simples as pessoas, mais se desdobram para receber da melhor maneira possível suas visitas, especialmente uma visita tida como celebridade, que “entra” todos os dias em suas casas e traz as notícias do Brasil e do mundo.

Mas será que essas pessoas teriam o mesmo comportamento se soubessem que a TV Globo, nos dias atuais e ao longo de sua história, mentiu e distorceu os fatos mais relevantes para a vida de cada um de nós?

O que a Globo escondeu do seu respeitável público é muito grave e não pode ficar esquecido.

Vamos aos fatos.

Na última quinta-feira (24/04), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, expediu o mandado de prisão para o ex-presidente da República Fernando Collor. A Globo deu a notícia com destaque, mas contou apenas o que lhe era conveniente.

Collor, que foi preso 30 anos após renunciar à presidência para escapar do impeachment, vai cumprir condenação de oito anos e 10 meses, por corrupção na BR Distribuidora. Através de indicados, ele favoreceu contratos e recebeu propina de R$ 20 milhões.

Propositalmente, o passado de Collor, que tem tudo a ver com a Globo, não foi mencionado.

Para entender o assunto, é preciso recuar a 1989, quando após 21 anos de ditadura militar, apoiada pelo então patriarca Roberto Marinho e pela Globo, os brasileiros foram às urnas escolher diretamente o presidente da República.

Um total de 22 candidatos, dos mais diversos espectros políticos, se apresentou dentre eles nomes como o trabalhista Leonel Brizola (PDT), o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente da Constituinte, Ulysses Guimarães (PMDB), o socialdemocrata Mário Covas, os conservadores Aureliano Chaves (PFL) e Paulo Maluf (PDS) e um até então desconhecido, Fernando Collor de Mello, que disputou pelo minúsculo PRN.

Roberto Marinho, que proibiu a cobertura pela Globo dos comícios gigantes em defesa das eleições diretas, não queria nem ouvir falar na chegada ao poder de candidatos progressistas como Brizola ou Lula, que eram os mais cotados.

Daí ter colocado todas as suas empresas, em especial a TV Globo, a serviço da criação e vitória de um nome que supostamente atendesse aos interesses populares e lhe fosse submisso.

Surge a candidatura de Fernando Collor, apresentado pela emissora como o jovem, bonito e vigoroso governador de Alagoas, mas, sobretudo, um “caçador de marajás”.

Para reforçar a pré-campanha de Collor, a TV Globo colocou no ar até uma novela, “Que Rei Sou Eu”, escrita por Cassiano Gabus Mendes e exibida às 19h.

A trama era uma paródia da realidade vivida pelo Brasil, que passava pela transição do governo militar para as eleições diretas e apresentava a boa vida de uns poucos, os “marajás”, como sendo o principal problema a ser combatido.

O Jornal Nacional, que omitia a atuação e história dos demais candidatos, dava total cobertura e destaque a Collor no suposto combate aos “marajás” em seu estado.

O resultado não poderia ter sido outro.

Para o segundo turno foram Collor e Lula. Brizola, sem dúvida o mais preparado e experiente para o cargo, perdeu por pouco para Lula e ficou fora da disputa.

O que motivou enorme comemoração na Globo e no Comitê de Campanha de Collor, uma vez que consideravam mais fácil derrotar Lula do que Brizola.

A Globo favoreceu descaradamente Collor no último debate contra Lula. Na edição, além de dar maior tempo de fala para Collor, colocou no ar uma espécie de os melhores momentos de Collor e os piores de Lula.

Além disso, permitiu todo um teatro da parte de Collor, que levou pastas vazias e as apresentou como “dossiês contra Lula”.

O resultado dessas manipulações foi a vitória de Collor com 55% dos votos. Vitória que a maioria da população rapidamente passou a amargar.

Um dia após a posse foi anunciado um plano econômico que desesperou milhares de pessoas, exceto ricos e bilionários.

Numa atitude desastrada, Collor e sua ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Melo, congelaram por 18 meses todos os depósitos em contas correntes, cadernetas de poupança e overnight que excedessem a 50 mil cruzados novos (NCz$)

A então moeda brasileira, o cruzado novo, foi substituído pelo cruzeiro. Os preços e salários foram congelados, ao mesmo tempo em que se aumentava o preço dos serviços públicos como gás e energia elétrica.

A reforma ultraliberal de Collor eliminou também vários tipos de incentivos fiscais e abriu o país para importações, com enormes prejuízos para a indústria nacional.

Os muito ricos e bilionários, que foram avisados com antecedência (“informações privilegiadas”) sobre as medidas, puderam tomar providências e as aplaudiram.

Enquanto isso a classe média e os mais pobres se viram privados do dinheiro que pouparam, levando muita gente à penúria, ao desespero ou mesmo ao suicídio.

A Globo, no entanto, seguiu firme ao lado de Collor, destacando cada vez mais seu preparo físico, suas caminhadas matinais e sua paixão por jet-ski.

Só quando tentou criar o próprio esquema político e econômico e sair da tutela da família Marinho é que denúncias de corrupção contra ele e sua família passaram a ser divulgadas.

Atribui-se à Globo a visibilidade que os “caras pintadas”, jovens que defendiam o impeachment de Collor, ganharam. Manifestações que impulsionaram pedido nesse sentido, que passou a tramitar no Congresso Nacional.

Com Collor, Roberto Marinho conseguiu um duplo feito: elegeu e depois derrubou um presidente que não atendia mais ao seu comando. O grupo Globo e seu patriarca, que cresceram à sombra da ditadura militar, mostravam-se dispostos a tudo fazer para tutelar o nascente poder civil.

Itamar Franco, o vice de Collor que assumiu em meio à trapalhada encontrada, mal teve tempo para estabilizar a economia. Situação que abriu caminho para o sociólogo tucano Fernando Henrique Cardoso chegar ao poder, com, claro, as bênçãos da Globo.

FHC não só pediu para que esquecessem o que havia escrito, como aprofundou e consolidou o neoliberalismo iniciado por Collor, com a redução dos investimentos públicos e privatização de importantes empresas estatais.

Durante seu governo foram vendidos o sistema Telebras, os bancos Banerj, Banestado e Banespa, e privatizadas empresas como Embraer, Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica Nacional.

Por pouco a Petrobras também não entrou na lista, numa onda que abriu completamente o mercado nacional para empresas estrangeiras e reduziu em mais de 20% os funcionários públicos em nível federal e estadual por meio de aposentadorias antecipadas ou demissões.

Data daí a piora dos serviços públicos com a terceirização de trabalhadores. Piora extremamente agravada após o golpe, travestido de impeachment, contra Dilma Rousseff, em 2016, que levou ao poder Michel Temer e possibilitou a vitória de Jair Bolsonaro, em 2018, outra inexpressiva figura que contou com o decisivo apoio do Grupo Globo.

Não falta nem mesmo quem veja no capitão expulso do exército um novo Collor, seja pelo porte atlético, seja pela paixão por jet ski.

Outra semelhança se deve ao fato de que Bolsonaro, mesmo nunca tendo gozado da amizade dos sofisticados Marinho, os proporcionou o convívio com o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que era e continua sendo um querido para a emissora, em sua sanha de tudo privatizar.

Em 2013, o Grupo Globo, já sem Roberto Marinho e comandado por seus três filhos, chegou a admitir que “errou” ao apoiar a ditadura militar. Esse reconhecimento, pelo visto, não continha qualquer sinceridade.

Tanto que em editorial sobre o assunto, tenta justificar o injustificável e lembra que tal apoio se deu “ao lado de outros grandes jornais como Estadão, Folha, Jornal do Brasil e Correio da Manhã”.

Some-se que o grupo não pensou duas vezes para voltar a apoiar outro golpe, desta vez contra Dilma três anos depois.

Agora o Grupo Globo tenta passar ao largo da prisão de Collor, como se não fosse responsável pelo deplorável papel que sua criatura exerceu na vida pública brasileira, da mesma forma que não fez qualquer autocrítica sobre o apoio a FHC, incluindo o combate sistemático às candidaturas de Lula à presidência em 1994 e 1998 e, menos ainda, ao apoio que deu ao governo Bolsonaro.

Quem se recorda que o Jornal Nacional nunca mencionou os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra Bolsonaro?

Se os humildes telespectadores da Globo soubessem dessas atuações e de como a emissora, não tendo conseguido impedir a vitória de Lula em 2022, fez de tudo para sabotar seus dois primeiros governos, dificilmente Renata teria a acolhida que vem recebendo.

Se a vida melhorou para as pessoas mais simples, beneficiários de programas como Luz para Todos, SUS, Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Mais Médicos, Brasil Sorridente, Farmácia Popular, SAMU, Minha Casa Minha Vida, Desenrola e valorização do salário mínimo acima da inflação, todos eles contaram com a oposição sistemática da família Marinho.

Depois de não ver nada de errado no governo Temer, que praticamente acabou com os direitos trabalhistas, e de apoiar entusiasticamente a Reforma da Previdência de Bolsonaro, a Globo não tem medido esforços para desgastar Lula nesse terceiro mandato.

A emissora passa ao largo de mostrar para o seu público o desastre dos seis anos de governos golpistas (2016-2023) e já tem candidato para 2026: o extremista de direita que governa São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, agremiação ligada à Igreja Universal do Reino de Deus e linha auxiliar do PL de Bolsonaro.

Pelos parâmetros da Globo, Tarcísio é o candidato moderado de que o Brasil precisa.

Seria quase infindável a lista das ações da família Marinho e da TV Globo contra a soberania brasileira e os interesses da maioria da nossa população nas últimas seis décadas, grande parte dela já registrada em textos anteriores de minha autoria.

Considero indispensável, antes de concluir, lembrar três outras ações que deixam claro como a emissora e seus proprietários não mudaram de atitude.

Em meados de 2023, após forte campanha da emissora a favor de que fosse prorrogada a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, a medida foi aprovada.

Foram inúmeras as reportagens veiculadas pelo Jornal Nacional, dando conta da necessidade da medida para “evitar o desemprego” em setores chave da economia.

Nada mais mentiroso.

A tal desoneração, que nunca foi devidamente explicada pela emissora, significou prorrogar por três anos a isenção do pagamento de impostos por parte de 17 setores, um deles o das comunicações, do qual o Grupo Globo é o principal integrante.

Dito de outra forma, ao utilizar o seu noticiário para defender a isenção de impostos para grandes empresários e para si próprio, o Grupo Globo retirou do orçamento público recursos que poderiam ser investidos em políticas que interessam diretamente à maioria da população.

A ação nefasta do grupo Globo e de sua principal emissora não termina aí.

Defendeu com unhas e dentes, durante os últimos dois anos, a criminosa gestão do bolsonarista Roberto Campos Neto, que deixou como herança, em sua despedida do cargo, uma taxa de juros de 12,25%, a segunda maior do mundo.

Taxa que seu sucessor, indicado por Lula, Gabriel Galípolo, vem enfrentando as mais diversas pressões, capitaneadas pelo mercado e pela própria Globo, quando se trata de reduzi-la.

Para os menos versados em economia, taxa de juros elevada é sorvedouro de recursos que poderiam ser utilizados na ampliação e criação de novas políticas públicas. Taxas de juros altas interessam apenas à elite financeira nacional e internacional.

Quando o Jornal Nacional esconde de seu público, como tem feito desde o final do ano passado, que as emendas parlamentares secretas, “inovação” do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, nada mais são do que espaços para corrupção grossa, isso significa desinformação e mentira para o seu público.

Já imaginou, por exemplo, qual seria a reação das pessoas se o JN desse ao assunto o mesmo espaço que dedicou à criminosa Operação Lava Jato ou à condenação e prisão, sem crime, de Lula por 580 dias?

Possivelmente – e com toda razão – haveria manifestação permanente nas mais diversas capitais e em frente ao Congresso Nacional. Desta vez, manifestações legítimas e não as manipuladas como a dos “caras pintadas” ou as batizadas como “Jornadas de Junho”, em 2013.

O silêncio da Globo é exatamente para evitar que tais manifestações aconteçam.

Não menos importante, nos últimos dias, desde que a Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Federal denunciaram e fizeram operações para prender integrantes da quadrilha que lesou o INSS e deu mais de R$ 6,6 bilhões de prejuízos a aposentados e pensionistas, é o Jornal Nacional tentar jogar este escândalo de corrupção no colo do governo Lula.

O esquema começou no governo Temer, intensificou-se durante os anos de Bolsonaro e foi desbaratado agora. Trata-se de mais um esquema pesado de corrupção que Bolsonaro e sua turma deixaram como herança.

A mídia sabe disso, mas faz cara de paisagem, ao mesmo tempo em que tenta implicar o irmão mais velho de Lula, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, no escândalo, pelo simples fato de ser vice-presidente de um dos sindicatos da categoria.

Detalhe: a entidade da qual é vice-presidente não está envolvida no esquema e nem ele foi citado.

É conveniente tentar implicá-lo para atingir Lula e jogar água no mentiroso moinho de que “o PT é corrupto”.

Talvez tudo isso explique o desespero que tomou conta de Bolsonaro e de sua turma quando perderam a eleição. Desespero que volta a rondar a classe dominante brasileira diante da decisão de Lula de que é “candidatíssimo” para as eleições de 2026.

É de se esperar que a Globo e a família Marinho, que consideram normal Bolsonaro internar-se pela sexta vez e transformar o espaço de uma CTI em Brasília em palco para lives e encenações políticas, voltarem suas baterias novamente contra Lula, a fim de impedir sua reeleição.

Até porque os esforços para inviabilizaram seu terceiro mandato se mostram cada dia mais ineficazes.

Integra esta estratégia da Globo a busca por maior proximidade com seu público, a pretexto dos 60 anos.

Estratégia que cumpre dois objetivos: manter tanto a sua audiência quanto o seu valor de mercado. Se o expectador é também o eleitor, quanto maior o número de expectadores, mais valiosa será esta marca.

É essa estratégia que está por trás de Renata Vasconcellos ter trocado, nem que seja por alguns dias, o confortável e refrigerado estúdio onde atua, no Rio de Janeiro, por embrear-se pelo Brasil.

Por desconhecer o que fez e continua fazendo a TV Globo, as pessoas recebem Renata de coração aberto e são sinceras no carinho que demonstram. Resta saber se são sinceras e verdadeiras as lágrimas e a emoção de Renata nestes contatos.

Como profissional bem informada que é, suas lágrimas se assemelham mais às de crocodilo.

Por quanto tempo mais a TV Globo conseguirá enganar a maioria de seus expectadores?

*Ângela Carrato é jornalista. Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Membro do Conselho Deliberativo da ABI.

*Viomundo

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Prisão de Collor acende alerta e pânico para Bolsonaro, avalia jurista: ‘STF não vai aceitar recursos protelatórios’

A prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello na madrugada desta sexta-feira (25) pode ser um indicativo de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não vai tolerar manobras para adiar condenações definitivas — e esse recado vale para outros nomes relevantes, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A análise é da jurista e advogada criminalista Fabiana Marques Otero, em entrevista ao BdF.

“Existe um link entre essas decisões. Percebemos que o ministro [Alexandre de Moraes] está sinalizando que não vai aceitar esses inúmeros recursos quando forem meramente protelatórios”, afirmou Otero. Ela ressaltou que os instrumentos de defesa continuam sendo válidos, mas não devem ser usados para adiar indefinidamente a execução de penas.

Collor foi condenado pelo STF a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato. A sentença foi confirmada em 2023, e a ordem de prisão determinada nesta semana por Moraes ocorreu após a defesa apresentar novos recursos considerados “protelatórios” pelo ministro. Collor foi preso no aeroporto de Maceió (AL) quando, segundo a defesa, embarcaria para Brasília (DF) para se apresentar à Polícia Federal.

A jurista considerou que a prisão está dentro dos parâmetros da lei. “A postura foi adequada. Quando há um mandado, onde a pessoa é encontrada, deve ser efetivada a prisão, independente de onde ela está”, explicou.

Questionada se o caso Collor poderia seguir o caminho de outras decisões anuladas da Lava Jato, Fabiana vê distinções. “As decisões arbitrárias que vimos lá atrás, da Lava Jato, não se refletem agora. Temos uma decisão desde 2023, onde de fato há comprovação não só desse uso do tráfico de influência, mas também dessa corrupção passiva. Ela tem sido feita em respeito à estrita legalidade.”

Para ela, o julgamento do STF caminha para manter a decisão de prisão, ainda que haja possibilidade de conversão para domiciliar, dada a idade e problemas de saúde alegados pelo réu. “Ele preenche minimamente os requisitos para ter concedida uma prisão domiciliar. Acredito que o caminho seja esse”, afirmou.

A advogada também comentou o uso de decisões monocráticas, ou seja, tomadas individualmente por um ministro do STF, alvo de críticas crescentes no Congresso. “Sou contra a extinção dessas decisões, elas fazem parte também do movimento da Casa. Às vezes tem um juiz de plantão, uma decisão que deve ser tomada de maneira mais apressada”, afirmou. “O problema é que nós vemos, sim, determinadas extorsões pelo excesso de poder que o Judiciário hoje tem nas mãos, como foi com a Lava Jato”, ponderou em seguida.

*BdF

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Quando a mídia antilulista, Globo e iguais, fará mea culpa por apoiar só político ladrão?

Collor, Aécio, Temer, Moro, Dallagnol e Bolsonaro são apenas alguns vigaristas que a chamada grande mídia apoiou e que, em certos casos, transformou os comprovados vigaristas, em heróis no JN.

O primeiro método para estimar a inteligência e independência de um jornalista é olhar para os homens que tem à sua volta.

Nesse caso, a grande mídia se cerca dos piores ratos da República.
Isso é histórico.

Roberto Marinho tratava Collor como um filho.

Daí a sua massiva campanha para transformar esse vigarista, preso hoje, em herói nacional como “caçador de marajás”

Alguém já viu a Globo fazer mea culpa por apoiar só ratazanas políticas pegas na ratoeira?

Por isso os barões da grande mídia esquecem mais rapidamente a morte de um politico corrupto.

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Condenado por corrupção, o caçador de marajás terminou na prisão

Collor foi preso às 4h da madrugada em Maceió,Alagoas.

Homem pintado para guerra pela Globo de Roberto Marinho,  padrinho político de Collor, prometia uma devassa na vida de todos os chamados por ele Marajás e, com esse carimbo no peito, venceu a eleição para presidente da República em 1989.

Fernando Collor foi preso em Alagoas após decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Collor cumprirá pena de 8 anos e 10 meses de prisão por receber propinas milionárias no esquema da BR Distribuidora.

Ex-presidente está custodiado na superintendência da PF em Maceió. A pena será cumprida em regime fechado

O fato é que a prisão de Collor reforça temor de aliados de Bolsonaro.

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Quem será o próximo?

Moraes determinou a prisão imediata de Collor, condenado por corrupção.

Se a fila anda, quem será a próximo?

Emails, documentos, planilha: as provas que embasaram a condenação de Collor, que teve a prisão decretada por Moraes nesta noite de quinta.

O político, ex-presidente, foi condenado por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora.

Collor, é bom lembrar, apoiou Bolsonaro na última eleição e votou alegremente pelo golpe em Dilma.

O próximo!

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O Guincho de Jones Manoel

Jones Manoel dizer que Itamar Franco, vice de Collor, não era neoliberal, e Lula que é, é uma gigantesca piada.

Não vejo com maus olhos a crítica ao governo vir da esquerda. Quem está no comando da nação sabe que governar não é recreio e fica sujeito às críticas.

Tudo isso é do jogo democrático.

Mas quando se vê alguém, que tem na conta de muita gente de esquerda como uma pessoa esclarecida, soltar uma pérola dessas, a de que Itamar, vice de Collor, não era neoliberal, eu pelo menos desanimo de continuar ouvindo a sua fala.

Itamar Franco não estava no governo quando os brasileiros viram suas poupanças sequestradas por esse mesmo governo em que ele era vice presidente?

Uma pena, porque Jones Manoel é articulado, fala bem, tem uma voz importante no debate público de compromisso com as práticas de esquerda. Por isso lamento por ele soltar uma opinião tão absurdamente furada como essa, o que só diminui sua importância.

O governo Itamar, em apenas dois anos, deu inicio à privataria de FHC que, como presidente, privatizou 17 estatais, entre elas a CSN, que foi paga com moeda podre.

Detalhe: Falando da CSN, em junho de 1993 a empresa foi arrematada pelo mesmo preço mínimo estipulado no início do processo. Uma ninharia.

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O vulcão às avessas de Trump faz estragos de monta nos EUA

Os bombardeios tarifários de Trump erram coordenadas e lançam bombas no seu próprio pé.

Todos os dias sabe-se pela imprensa dos EUA de vítimas norte-americanas atingidas pela agenda econômica de Trump.

O presidente dos EUA persegue universidades e os alunos é que se transformam nas principais vítimas.

O clima de terror e incertezas sobre os pesados cortes de financiamento de Trump levou escolas a reduzirem o número de alunos de doutorado, em alguns casos renegando ofertas.

Cortes de Trump na força de trabalho federal afastam funcionários jovens.

Entre os trabalhadores, cujas carreiras e vidas foram afetadas pelas medidas do governo federal nos EUA nas últimas semanas, estão aqueles que representam a próxima geração de servidores públicos.

Outro símbolo trágico das medidas de austeridade de Trump vem da poderosa CIA, que começa a demitir oficiais recentemente contratados.

Fiscais economizaram bilhões para os contribuintes. Ainda assim, Trump os demitiu.

O nome disso é cangaço neoliberal que nós brasileiros conhecemos muito bem com os ditadores militares, Sarney, Collor, FHC, Temer e Bolsonaro. Sabemos inclusive onde isso vai dar.

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Todos os governos de direita quebraram o Brasil

A direta, que panfleta apoio ao empreendedorismo, sempre matou a economia na fonte.

Sempre!

Todos os governos de direita quebraram o Brasil.

Micro, médias e grandes empresas em governos de direita retrocederam ou quebraram, aumentado a fome e a miséria absoluta no país.

Desde os governos da ditadura militar a partir de 1964, a direita não só quebrou o Brasil, mas aumentou a quantidade de favelas por todo o país e se atolou em dívidas com o FMI.

Dos governos civis de direita, Sarney, Collor, Itamar, FHC, Temer e Bolsonaro, todos entregaram o país quebrado e, muitos, com hiperinflação.

FHC, o bibelô da mídia corporativa, depois da privataria, chegou em seu segundo mandato a produzir uma inflação de 35% e juros de 45%.

É um exemplo escancarado do que afirmo.

Além de endividar o Brasil ainda mais com o FMI, não deixou cisco de reservas internacionais nos cofres, sem falr nos dois anos de apagão por falta de investimentos.

Detalhe: em oito anos de governo, FHC quebro o Brasil quatro vezes.

Os militares criaram a hiperinflação com a genialidade de Roberto Campos (avô e Roberto Campos Neto) e sua ideia de jerico de inventar uma jabuticaba chamada “correção monetária”

Eu desafio alguém me mostrar que estou errado.

A diferença econômica do Brasil de Lula e Dilma para esse monte de pangaré de direita que sempre jogou contra a nação e contra os brasileiros, é gigantesca, não existe o mínimo termo de comparação.

É água de esgoto de um lado e, vinho de extrema qualidade, do outro
Governo de direita no Brasil, tem mão podre. Quando governa, mata a economia do pais e o desemprego e pobreza explodem.

Isso é o que conta em garrafais a história recente do Brasil.

O resto é uma vergonhosa conversa mole dos neoliberais que, quando estiveram nos governos de direita, ajudaram a afundar o Brasil.
Fim!

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Vai dar merda

Quem sabe fazer cálculos dos mais prosaicos, sabe que se um troço tem tudo pra dar merda, vai dar merda.

É o caso do novo inventor da roda da fortuna portenha. Piorando as previsões na terra dos tangos e tragédias econômicas, Macri abocanhou 3 ministérios de Milei

Macri é aquele que entregou a Argentina a Alberto Fernandez aos cacos. Motivo? Neoliberalismo na veia da economia. Isso sempre foi e sempre será mortal para qualquer país. E nessa área, nós brasileiros conhecemos tudo. Vivemos vários infernos neoliberais com Collor, FHC, Temer e Bolsonaro.

Milei clonou seu cachorro, que morreu, e diz conversar com ele com ajuda de um médium.

Você acha que isso é tudo e nada tem a ver com economia? Então, leia isso sobre o nome de três de seus 4 cães : Murray Rothbard, Milton Friedman e Robert Lucas em homenagem a papas do neoliberalismo. Fim!

Os argentinos saberão o que é ter um Bolsonaro na presidência.