Categorias
Saúde

‘Ainda não chegamos ao pior da pandemia’, diz presidente do Einstein

Com queda da ocupação da UTI por Covid-19, hospital redireciona recursos para serviços públicos sob sua gestão.

Quase dois meses após atender o primeiro paciente do país com Covid-19, o Hospital Israelita Albert Einstein registra queda na ocupação na UTI pela doença e tem redirecionado respiradores e outros equipamentos, além de pessoal, para serviços públicos que estão sob sua gestão.

Inicialmente, 78 leitos foram destinados aos pacientes de UTI. Entre 1º e 12 abril, a ocupação chegou a 76%. Hoje está em torno de 56%.

“Vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica. Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública”, diz o cirurgião Sidney Klajner, 52, presidente do hospital.

Os recursos de terapia intensiva estão indo, principalmente, para o Hospital Municipal Dr. Moysé Deutsch (M’Boi Mirim), gerido pelo Einstein. A instituição deve ganhar 110 leitos de UTI.

Para Klajner, é preciso manter alguma capacidade de folga porque o isolamento social está perdendo força. “A gente ainda não chegou ao pior da pandemia, especialmente no setor público”, afirma.

Desde o início da pandemia, o hospital teve 510 funcionários afastados —metade deles é de profissionais da assistência. Desses, 37% já retornaram às atividades. Todos estão fazendo testes para voltar ao trabalho.

Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein desde 2016, Klajner graduou-se em medicina pela USP, fez residência em cirurgia geral, do aparelho digestivo e coloproctologia no Hospital das Clínicas e estagiou na Clínica Mayo, nos EUA. É mestre em cirurgia pela USP. Foi contratado pelo Einstein em 1998 e ocupou a vice-presidência do hospital de 2010 a 2016.

Como está a capacidade de leitos de UTI do Einstein? 
Desde o início de janeiro nós nos capacitamos para transformar até quase 280 leitos em UTI, mas a quantidade flutuaria conforme a demanda. Nós atingimos um pico entre a semi-intensiva e a UTI de 137 leitos.

No momento, vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica e observação na UTI, apesar do número total de internações estável, tendendo a decrescer.

Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública, para hospitais que a gente mantém em parceria com a prefeitura, como o Hospital de M’Boi Mirim, onde existe um plano de acrescentar 110 leitos de UTI. Com a ajuda da Ambev e da Gerdau, construímos lá um outro hospital, com cem leitos, no estacionamento. Ficará como legado para após a pandemia.

O que explica a redução da demanda por UTI? 
São dois fatores. O primeiro é que a população que tem acesso ao setor privado foi a primeira a se infectar por conta das viagens internacionais. A doença foi importada por esse segmento. Ao mesmo tempo que essa população gerou um pico inicial, também foi a primeira a se isolar, o que permitiu uma mitigação da demanda.

Mas a gente precisa manter alguma capacidade de folga porque temos visto cada vez mais o isolamento perder a força. A gente espera que tenha um aumento de casos assim como está acontecendo na China, em Singapura.

O sr. acredita ser possível um isolamento seletivo? 
Não, essa possibilidade não deveria nem ser discutida por enquanto. Mas hoje um governante fala uma coisa, um prefeito fala outra, o presidente fala outra e demonstra com atitudes. A população fica confusa, se sente num objetivo enfraquecido do isolamento. Aqui no município de São Paulo a eficiência do isolamento que já foi de 60% está beirando os 40%.

É um risco nesse momento. Ao mesmo tempo, o uso de máscaras, mesmo as de pano, tem que ser incentivado. Se 60% das pessoas usarem máscaras, a taxa de transmissão cai de 2 para 1. É um efeito monstruoso na prevenção. Mas nenhuma estratégia será vitoriosa sozinha. A higienização das mãos deve cada vez mais obrigatória. A proibição de aglomerações também tem papel importante.

O pior ainda está por vir? 
Sim, a gente ainda não chegou ao pior, especialmente no setor público. Infelizmente, as projeções aqui no país, por falta de testagem, muitas vezes não se confirmam. Os epidemiologistas dizem que os dados podem ter atraso de dez dias e que a taxa de mortalidade pode ser muito maior do que aquela que a gente está vendo.

Isso se reflete no grau de ocupação nas UTIs nos estados em que a situação está pior. No município de São Paulo a gente já vê alguns hospitais públicos com a lotação chegando a quase 100%. Por isso a necessidade de transferir nossos recursos para os hospitais públicos. O sistema será atingido na maior capacidade nos próximos dias, infelizmente.

Como estão as taxas de mortalidade por Covid-9 no Einstein e dos hospitais públicos sob sua gestão? 
As taxas de letalidade são muito semelhantes haja visto que os protocolos de terapia intensiva é único, as UTIs se conversam por telemedicina a todo momento

Tivemos 13 óbitos entre 2.598 pacientes confirmados. Tivemos 349 internações e 253 altas. Pelo número de internados, a taxa de mortalidade é de 3,7%. Pelo o número de casos totais, 0,5%. Esses óbitos têm idade média entre 83 e 96 anos, todos eles com comorbidades.

O Einstein acompanha por telemedicina várias UTIs no país. Como estão? 
Quando se criam leitos de UTI em estados onde não há essa expertise, você tem déficit de capacitação profissional para lidar com paciente grave. De 30% a 40% das vezes o paciente de Covid vai necessitar de diálise. Tem que ter equipamentos e expertise. Daí a importância que a gente vê no programa TeleUTI [feito em parceria com o governo federal].

Antes contemplava oito UTIs, e, com a pandemia, já aumentou para 30 UTIs pelo Brasil e chegaria a 540 leitos. São UTIs assistidas por nossos especialistas pela telemedicina.

Começamos a acompanhar agora o Hospital Delfina, em Manaus (AM), que está com os leitos totalmente lotados.

O hospital faz parte de uma força-tarefa que testa a cloroquina. Ela funciona ou não? 
A gente ainda não sabe. Quem se arriscar a falar ou tem má intenção na comunicação ou não sabe o significado de pesquisa científica. O que tem por aí são pseudoestudos, tem uma validade científica muito questionável porque não estão sendo randomizados, controlados.

Como sr. avalia a mudança de gestão no Ministério da Saúde e o que espera do novo ministro Nelson Teich? 
Infelizmente a situação chegou a um ponto que não havia mais ambiente para o [Luiz Henrique] Mandetta, que estava fazendo um ótimo trabalho, pautado em ciência. O risco é trocar a turbina com o avião em voo.

Passado o momento de transição e conhecendo o ministro Nelson Teich como a gente conhece, uma pessoa extremamente bem preparada em áreas de gestão, que se baseia em dados, espero que o trabalho dele seja pautado na evidência científica.

Qual o impacto da pandemia nas finanças hospitalares? 
Do ponto de vista de sustentabilidade, é realmente devastador, assim como em outros setores da saúde. Aquilo que sustenta uma organização de saúde, que são exames complementares, procedimentos de alta complexidade, deixaram de ser feitos para que a gente pudesse ter a capacidade do hospital voltada para a pandemia.

Grande parte do nosso público deixou de comparecer ao controle de doenças. Até pré-natal deixou de ser feito pelo medo do contágio. Tivemos o caso de uma gestante que deu à luz no carro, em frente do hospital. O atraso de vir ao hospital foi tanto que não deu tempo.

Mas a população precisa continuar se cuidando. Temos visto infarto agudo do miocárdio chegando porque a medicação que poderia ter sido acertada não foi por falta de acompanhamento.

O sistema de saúde está com baixa ocupação daquilo que não é Covid-19, mas é muito importante que as condições para o cuidado de outras doenças continuem existindo.

Há hoje segurança para a pessoa ir até o hospital e não ser contaminada? 
Sim. Dividimos o hospital em serviços apartados. São fluxos diferentes, para os pacientes e para os colaboradores. Os funcionários que interagem com pacientes de Covid não interagem com pacientes de outras doenças. Hoje qualquer entrada no hospital tem medição de temperatura.

Em todos os procedimentos, de parto a cirurgia de câncer, tanto o médico quanto o paciente é testado para Covid na véspera. As outras doenças não terminaram. Continuam existindo câncer, doenças cardíacas, AVCs. Os pacientes não podem deixar de cuidar daquilo que não é adiável.

Qual sistema de saúde surgirá depois dessa crise toda? 
Um sistema muito pautado na prevenção. Talvez um dos ensinamentos que a pandemia nos trouxe foi o de que os que morrem mais são aqueles com doenças crônicas, aqueles que cuidam mal das condições de vida, como tabagismo e obesidade.

O sistema que vai restar será muito focado em atenção primária e, com menos frequência, nesse modelo hospitalocêntrico, com pessoas vindo ao pronto-socorro em situações de baixa complexidade.

Vamos ter mais uso da tecnologia, como a telemedicina, para isso. As relações com recursos humanos da saúde vão ganhar uma confiança naquilo que a tecnologia traz. O valor que a população dá para o médico, para o profissional da saúde, deve ser maior.

 

 

*Claudia Collucci/Folha

 

Categorias
Uncategorized

Ministro da Saúde Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio em sua 1ª coletiva

Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio ou coisa que o valha. Aquilo é tudo, até gerente de loja, menos ministro da saúde.

Terminou a coletiva sem dizer nada sobre um plano de combate ao coronavírus, nada. O que ele fez foi culpar os doentes pela paralisação da economia.

Combate à pandemia? Que pandemia?

O ministro da Saúde disse que pouco se sabe sobre a Covid-19 e, assim, não tem muito o que falar e fazer.

Sabe que o general Pazuello atuará na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde e mais não disse.

Bolsonaro trocou um ministro da Saúde por um ministro da doença. Grosso modo é isso que podemos falar.

Nelson Teich não se preocupou em mostrar um plano de ação digno de um Ministério da Saúde. Nada falou sobre a OMS, não traçou um fio qualquer entre sua gestão e a pandemia de coronavírus. Sua preocupação foi única e exclusivamente defender o fim da quarentena e afrontar os brasileiros, incluindo os médicos, enfermeiros e todos os profissionais da saúde que estão na linha de frente e sofrendo pesadamente com a expansão da Covid-19 no Brasil.

Ele ainda teve pachorra de fingir que Bolsonaro não foi cansativamente avisado que o sistema de saúde, entrando em colapso, afetaria todos outros pacientes portadores de outras doenças. Desonesto, Teich tentou usar esse argumento contra o coronavírus, melhor dizendo, quis fazer crer que a preocupação da imprensa e dos profissionais da saúde era apenas com a Covid-19 e não com o sistema que está a um passo de de entrar em colapso.

Ou seja, Bolsonaro arrumou um ministro da Saúde tão cínico quanto ele.

Mais 5 minutos e ele lançaria uma promoção nas lojas do Veio da Havan. Trocando em miúdos, em sua fajuta justificativa de que, sem dados objetivos sobre o vírus, nada pode ser feito, e para que o país fique imune à doença, demorará mais de um ano, a economia não poderia esperar e, portanto, todos devem voltar a trabalhar, mesmo correndo risco de vida.

Nelson Teich, com esse argumento estúpido, não oferece nenhuma escolha para a sociedade brasileira que não o cadafalso.

Resumindo, o ministro da Saúde tratou como algo banal os infectados, os doentes e os que foram a óbito pelo coronavírus, sem respeitar as vítimas e, muito menos seus familiares, comportando-se não como médico, menos ainda como ministro da Saúde, mas como um analista de negócios em que o pensamento que impera são as relações comerciais subordinadas à economia em nome da desgraça que se abate sobre o país.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro não quer salvar a economia, quer salvar seu mandato

Desde a chegada do coronavírus no Brasil, Bolsonaro não fez nada para salvar a economia e, muito menos a população.

Agora quer abrir o comércio e colocar pequenos comerciantes e população em risco de morte, jogando todos à própria sorte.

É uma tacada macabra que vai custar milhares de vidas, na parte de dentro e de fora dos balcões.

Mesmo sendo proibido, um comerciante manteve seu bar funcionando com as portas fechadas, morreu contaminado por covid-19. Várias pessoas se contaminaram neste bar e contaminaram outras tantas, inclusive de suas famílias.

Se Bolsonaro desse suporte econômico para o dono do bar, certamente ele não abriria, mas, ao contrário, correu para entregar R$ 1,2 trilhão a banqueiros e deixou os comerciantes à míngua e ainda arrumou uma maneira de criminalizar as pessoas que têm direito aos míseros R$ 600 reais que o congresso impôs goela abaixo a Bolsonaro, que queria que fosse R$ 200. Benefício que está sendo pago de forma desorganizada e precária.

Por outro lado, o Globo mostra que UTIs de quatro hospitais públicos da região metropolitana de SP já atingiram a capacidade máxima de atendimento.

Pacientes relatam a dificuldade de conseguir atendimento. Por trás dos números de morte, ainda existe outra realidade, a dos médicos e de outros profissionais da saúde que lutam para salvar o máximo possível de pacientes e, com isso correm um enorme risco de contaminação. Mas não para aí.

O esgotamento de leitos para pacientes da Covid-19 ameaça também o tratamento e a vida de pessoas com outras doenças.

E o que faz Bolsonaro?

Diz que não vai comentar nada porque 70% da população vai se contaminar mesmo e não quer saber de falar sobre as vítimas fatais, porque não é coveiro.

É nítido que Bolsonaro quer lavar as mãos dizendo que está do lado de quem quer trabalhar, coisa que claramente não faz como presidente, como nunca fez durante seus 30 anos como deputado sem aprovar um único projeto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Ele não pode falar

Hospitais públicos já não conseguem contratar profissionais para UTIs

Brasil segue EUA e deixa de apoiar medida da ONU de cooperação contra o coronavírus.

Instituto de infecções dos EUA contraindica hidroxicloroquina e azitromicina para tratamento da Covid-19.

Coronavírus pode causar dano neurológico a médio e longo prazo, apontam estudos.

Prefeito de Manaus chora e diz que Bolsonaro tem de ser presidente de verdade.

Cemitérios do Rio aceleram construção de túmulos.

No Brasil, 22 milhões vivem em áreas vulneráveis ao coronavírus.

Locais enfrentam falta de estrutura e têm alto índice de doenças crônicas, condição de risco para contrair Covid-19

Presídio da Papuda, no Distrito Federal, tem cem infectados, diz Secretaria de Saúde.

Estas são somente algumas manchetes sobre o coronavírus no Brasil que estão estampadas nos maiores jornais do país.

Diante de tantas questões, Bolsonaro proibiu o ministro da Saúde de dar qualquer declaração.

É como se o Brasil estivesse vendendo saúde em que uma declaração do ministro dessa pasta não despertasse qualquer interesse na população e nas próprias instituições do Estado.

O Jornal Nacional nesta terça-feira (21), criticou o novo ministro da Saúde por não falar com a imprensa.

E se a Globo reclama a falta de informações a respeito do plano de ação do novo ministro da Saúde contra a pandemia de covid-19, nós brasileiros nos sentimos mais órfãos e mais à deriva nas mãos de Bolsonaro que, por sua  vez, não esconde de ninguém que quer controlar os passos e a boca de seu novo ministro, colocando o general Eduardo Pazuello para fazer marcação homem a homem em todo o campo e ainda tagarela que, agora, não haverá mais traição. Ou seja, o ministro terá que, antes de dar qualquer declaração, passar pela censura imposta por Bolsonaro via seu cão de guarda fardado.

Bonner criticou o governo Bolsonaro dizendo que foi uma decisão do ministro de não conversar com os jornalistas desde a sua posse.

“Essas entrevistas são importantes para que os brasileiros, o País possa acompanhar a situação da covid-19, as providências que estão sendo tomadas para enfrentá-las e os problemas que precisam ser ultrapassados”, disse Bonner.

O que Bonner não disse mas sabe é que o novo ministro não pode falar porque se falar o que Bolsonaro quer dele, o mundo desaba na cabeça de Bolsonaro.

Por isso após quatro dias de trabalho, Teich ainda não revelou seu plano de combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

E não revelou porque esse plano não existe e nem existirá.

Bolsonaro não quer saber de plano para combater o coronavírus, mas um de combater a quarentena, o isolamento social que ele julga atrapalhar os negócios dos empresários que ainda o apoiam.

O pavor de ser contestado sobre declarações e atitudes de Bolsonaro, frontalmente contrárias às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), pode explicar seu medo da imprensa e, pelo jeito, aqueles boletins diários feitos por Mandetta, agora, é coisa do passado.

Bolsonaro quer esconder o coronavírus, mas sobretudo o número de infectados e o de vítimas fatais. Isso está escancarado.

Não quer divulgar porque sabe que isso prejudica os comerciantes, afugentando as pessoas das ruas e, consequentemente das lojas.

É uma atitude macabra de Bolsonaro e também de Nelson Teich, o que demonstra que o novo ministro da Saúde é totalmente submisso às vontades de um presidente genocida.

Quanto isso vai custar em vidas? Somente o tempo dirá. Mas custará muitas e, se a sociedade não reagir a essa bandalha, as consequências serão muito mais trágicas do que se imagina.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro não é coveiro, é assassino. Os coveiros enterram quem Bolsonaro está matando

Morre, aos 32 anos, médico que atuava na linha de frente do combate à Covid-19 em São Paulo.

Jovem intensivista, que trabalhava na Zona Leste e no ABC paulista, foi atendido no Emílio Ribas em estado grave, mas não resistiu.

Nos comentários da matéria sobre a morte do médico, no twitter do Globo, uma falange de negacionistas ataca o Globo e afirma que é fake news.

A ordem do gabinete do ódio, de Carluxo e Eduardo Bolsonaro, é negar 10 mortes para cada pessoa que morre de coronavírus.

O bolsonarismo é um vírus que nasceu no PSDB, sofreu mutação no PSL com Bolsonaro, ficou mais agressivo e se transformou numa falange miliciana e genocida.

O gado “anticomunista” foi tão adestrado pela Globo que chega a jurar que é contra ela.

Bolsonaro sabe disso e, por conseguinte, conta com essa estupidez coletiva para incentivar mais mortes de pacientes e de profissionais da saúde, dando cabo do isolamento social, assim como deu cabo de Mandetta do Ministério da Saúde por obedecer às orientações da OMS.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, desesperado, chora com o caos provocado pela pandemia na cidade e critica Bolsonaro.

Manaus tem, até o momento, 1.664 casos de contaminação pelo coronavírus, além de 156 óbitos e o sistema de saúde praticamente entrou em colapso.

No domingo (19), 17% das 122 pessoas enterradas na cidade morreram em suas próprias casas.

Na segunda (20), a taxa subiu para 36% dos 106 mortos, segundo a Folha de S.Paulo que ouviu o prefeito.

A Prefeitura já faz valas comuns em cemitério para enterrar as vítimas.

Mas, como disse Bolsonaro, ele não é coveiro e, quanto a isso, está correto. Ele é assassino.

Os coveiros, correndo risco de vida, enterram quem Bolsonaro está matando.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Está claro que a mudança de ministro da saúde fez do Brasil um país infinitamente mais perigoso

Bolsonaro arrumou um ministro mudo que não dirige uma palavra sequer à população e nem aos governadores do país.

Sem boletim diário, ninguém tem informação sobre a real situação da Covid-19 no Brasil, tudo passa a ser especulação. Os brasileiros vão relaxando, o comércio reabrindo, as pessoas se infectando, os hospitais entrando em colapso e, com isso, as mortes aumentando, inclusive de profissionais da área da saúde e a pandemia perdendo o controle e se multiplicando muito mais rápido e matando muito mais pessoas.

Quem não viu isso, só pode estar cego.

Para o governo, basta obrigar a população a usar máscara para ir às compras, pronto, está transferida para ela toda a responsabilidade de contaminação.

Com a reabertura do comércio, Bolsonaro conseguirá o que tanto sonhou, o colapso no sistema de saúde.

Muita gente vai morrer sem atendimento, principalmente os idosos, já que, na falta de respiradores, entre o um idoso e um jovem, a preferência é do segundo, pois tem mais chance de vencer a doença.

Bolsonaro criou a pantomima do AI-5 para desviar o foco do crescimento exponencial do coronavírus no Brasil.

Bolsonaro é um golpista que mia como diz a Folha. Ela só se esqueceu de dizer que ele ataca pelas costas e mata friamente.

Não se enganem, com a reabertura do comércio, as lojas se transformarão em bombas biológicas do coronavírus que explodirão nas cidades.

Só quem não conhece minimamente a cabeça da maioria dos comerciantes que só tem dois neurônios, o que compra e o que vende, para acreditar em reabertura gradual.

Preparem-se para um festival de liquidação, aglomeração e uma velocidade assustadora de novos casos de infectados e mortos pelo coronavírus.

Uma coisa é a carta de intenções da Fiesp, outra, são as práticas do comércio de cada cidade, sobretudo agora que o Ministério da Saúde acabou com as coletivas diárias para a população não ter informação sobre a pandemia e ir às compras como se nada estivesse acontecendo.

Aguardem o tamanho do monstro que vem aí.

Na indústria e no comércio não há a menor preocupação sobre o número de pessoas que vão morrer com a reabertura das lojas, o que já está ocorrendo.

A preocupação deles é o lucro, o caixa, nem que, para isso, morra abraçada com seu dinheiro. É a doença da avareza e da ganância em parceria com o coronavírus e Bolsonaro.

Não importa mais o que médicos e infectologistas digam daqui por diante. Bolsonaro deu autoridade sanitária aos presidentes do CDL (Clube dos Diretores Lojistas).

Por que Bolsonaro trocou o ministro da Saúde?

Agora os boletins não serão feitos baseados na OMS, mas no CDL de cada cidade.

Trocando em miúdos, no dia das mães, vá a uma loja do Veio da Havan e compre uma covide-19 pra ela. Detalhe fundamental, não se esqueça da coroa de flores.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Saúde

Ministério erra e corrige números, dizendo que houve 113 mortos no país em 24h; óbitos somam 2.575

Número de casos confirmados da Covid-19 no país passa de 40.581 casos confirmados. No domingo, o total de infectados chegava a 38.654 e o de mortes, a 2.462

Depois de anunciar 383 mortes em 24 horas, Ministério corrige números e diz que houve 113 mortos no país em 24h; óbitos somam 2.575

A informação é do jornal o Globo. A correção dos números pelo Ministério da Saúde gerou especulação de manipulação para fortalecer o discurso de Bolsonaro que falou hoje em fim da quarentena.

O fato é que a mudança de ministro, a insistência de Bolsonaro em acabar com o isolamento horizontal e a nova conta das vítimas fatais anunciada há pouco pelo Ministério da Saúde elevam a incredibilidade dadas pelo governo.

Os pacientes acima dos 60 anos continuam sendo a maioria das vítimas da Covid-19 no Brasil.

 

*Da redação

Categorias
Mundo

Ator de Law & Order tem perna amputada por complicações da Covid-19

Nick Cordero é famoso por produções na Broadway e pela série Law & Order. Ele já estava internado há duas semanas no hospital e em coma.

O ator e músico canadense Nick Cordero, de 41 anos, astro da Broadway e da TV norte-americana, que está em estado crítico em um hospital dos EUA, teve sua perna amputada por conta de complicações após ser contagiado pelo novo coronavírus.

Junto com sua esposa, ele vive em Nova York, cidade mais afetada pela pandemia do coronavírus nos Estados Unidos, com mais de 100 mil casos e 13 mil mortes.

A informação foi divulgada pela esposa de Nick, Amanda Kloots, em seu Instagram, na tarde de sábado (18/04).

“Tivemos notícias difíceis ontem. Resumindo, tivemos problemas com a perna direita de Nick, cujo sangue coagulou logo abaixo de seus dedos. Não deu certo uma cirurgia”, começou explicando ela.

 

 

*Com informações do Metrópoles

 

Categorias
Uncategorized

Vídeo – Estado paralelo: Escoltados, manifestantes pedem que shopping do Rio abra as portas

Usando carro de som, homem prega isolamento vertical e diz que governador Wilson Witzel mente ao dizer que está contaminado com Covid-19.

Manifestantes fizeram uma carreata na Avenida das Américas pedindo a abertura do comércio no Recreio e na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O movimento era acompanhado por quase uma dezena de carros do 31º BPM (Recreio) e do Batalhão de Choque. Havia policiais militares também em motocicletas no cortejo.

Quando a carreata passava em frente ao Recreio Shopping, um homem, num carro de som, defendia o isolamento vertical . Ele também acusou o governador Wilson Witzel, que decretou o distanciamento social, de estar mentindo ao dizer que está com a Covid-19. Na terça-feira, Witzel anunciou ter testado positivo para o vírus.

A carreata ocorreu nesta quarta-feira, mas viralizou nas redes sociais, no mesmo dia que o estado do Rio registrou o maior número de mortes em apenas um dia. O carro de som anunciava: “Tem alguma coisa errada aí! Vamos trabalhar, estamos juntos! Abertura do comércio, Recreio dos Bandeirantes e Barra”. Escoltado pela PM, um homem, vestido de camiseta rosa, que viajava no carro de som, atacou o governador. Procurada, a assessoria de imprensa do governador do estado ainda não se pronunciou.

No trajeto, quando os manifestantes passavam em frente ao Américas Shopping, o mesmo homem do carro de som gritava para que o comércio fosse aberto: ” Américas Shopping, vamos abrir aí! O pessoal precisa de emprego, pessoal precisa de trabalhar”. Ele anunciou uma segunda carreata no próximo domingo, às 15h, e agradeceu o apoio do Batalhão de Choque: “Domingo, talvez, vamos fazer uma outra caminhada, às 15h. Vamos organizar! Um abraço ao Choque. Vamos trabalhar! Isolamento Vertical. Coronavírus na cadeia! Ou morre de fome, ou morre de vírus.” (sic).

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que: “todas as manifestações identificadas pelo setor de inteligência são acompanhadas por equipes da Polícia Militar, mediante planejamento estratégico. Cabe ressaltar que, por ser uma carreata, não havia aglomeração de pessoas”.

Veja trecho do protesto:

https://twitter.com/SombrasVoz/status/1251354245154168838?s=20

 

 

*Com informações de O Globo