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Bolsonaro dá declarações que escancaram que testou positivo para o coronavírus

Bolsonaro ainda repetiu em entrevista que usa “nomes fantasia” em pedidos de exames e receitas de medicamentos para se proteger.

Ou seja, o cara diz claramente que estava sim infectado quando foi para as ruas, de forma criminosa, espalhar vírus para a população.

Quanto à decisão da Justiça Federal que o obriga a apresentar os exames que fez para diagnóstico do novo coronavírus em prazo que se encerra hoje, o presidente voltou a afirmar que, caso perca recurso movido pela Advocacia Geral da União (AGU), vai divulgar os documentos.

Mas Bolsonaro não parou aí, teve a pachorra de dizer que usou nome fantasia em seus exames, mostrando não tem limites para o maníaco criminoso afrontar o Estado e a sociedade dando as desculpas mais esfarrapadas para cometer seus crimes e seguir impune.

 “Sou uma pessoa conhecida para o bem ou para o mal. Quando fui medicado, coloquei nome fantasia porque na ponta da linha está um ser humano, não se sabe o que pode ser feito se alguém souber que é Jair Bolsonaro”, justificou o presidente.

O fato é que, entre tantos crimes que já cometeu na presidência da República que podem lhe custar o mandato, este é o mais grave, porque mentiu sobre seus exames por motivo torpe, pois, com seu instinto assassino e sabendo que estava infectado, foi para as ruas contaminar uma centena de pessoas.

Na segunda-feira (27), por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, o jornal “O Estado de S. Paulo” conseguiu na Justiça o direito de obter os testes de Covid-19 feitos por Bolsonaro. Ao minimizar, mais uma vez, os efeitos da Covid-19 na saúde, o presidente disse: “Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado e nem senti”.

 

*Da redação

 

 

 

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Coronavírus: Brasil tem 449 mortes confirmadas em 24 h; total chega a 5.466

O Brasil registrou 449 novas mortes nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. É o segundo número mais alto diário de novos óbitos.

Na terça (28), o Brasil bateu o recorde de mortes registradas em 24 horas, com 474 novas vítimas, e ultrapassou a China no número total de óbitos causados pelo novo coronavírus. O recorde anterior do Brasil era de 407 vítimas em 23 de abril.

No total, o país registra 5.466 óbitos por Covid-19.

A China, de onde o novo vírus é oriundo, registra 4.637 mortos desde ontem, a maioria em Wuhan, na província de Hubei, segundo a Universidade Johns Hopkins, nos EUA, que monitora a pandemia.

O Brasil é agora o 9º com mais vítimas no mundo. Em número de pessoas com a infecção, o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking de países, com 78.162 —nas últimas 24 horas foram 6.276 novos casos. Fica só atrás da China, que tem 83.940 casos.

Questionado na terça à noite sobre os números, o presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista na porta do Palácio da Alvorada: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”. Ele disse que cabia ao ministro da Saúde, Nelson Teich, explicar os números.

Depois de questionar e ouvir que sua entrevista estava sendo transmitida ao vivo em redes de TV, Bolsonaro deu uma uma declaração mais amena sobre o assunto: “Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas, mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente que a gente quer, se um dia morrer, ter uma morte digna, né? E deixar uma boa história para trás”, disse.

Nesta quarta, Bolsonaro criticou as notícias que relatam sua entrevista na noite anterior e passou a culpa das mortes para os governadores.

“As medidas restritivas são a cargo dos governadores e prefeitos. A imprensa tem que perguntar para o Doria porque tem mais gente perdendo a vida em São Paulo. Perguntar para ele que tomou todas as medidas restritivas que ele achava que devia tomar”, disse Bolsonaro em menção ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu virtual adversário em 2022.

“Não adianta a imprensa querer botar na minha conta estas questões que não cabem a mim. Não adianta a Folha de S.Paulo, O Globo, que fez uma manchete mentirosa, tendenciosa”, continuou Bolsonaro.

 

*Renato Machado e Natália Cancian/Folha

 

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Parentes de mortos por Covid-19 ficam indignados com o ‘E daí?’ dito por Bolsonaro

“Presidente, se as feridas do seu próximo não te causam dor, sua doença é mais grave que a dele”. O desabafo é da professora Danielle Bittencourt Ralha, de 35 anos, que perdeu o pai no último sábado. Após a declaração de Jair Bolsonaro, a indignação, a dor e a revolta repercutiram entre famílias de quem morreu pela Covid-19. Nesta terça-feira, o presidente disse não ter como fazer milagre apesar de ter Messias no nome. Sobre o crescimento dos óbitos, soltou a frase “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”.

— Um homem que demonstra total despreparo exercendo um cargo tão importante. Mesmo não sentindo a dor pela partida de um ente querido, é impossível não sentir a dor de quem chora. O presidente, como somos obrigados a chamá-lo, foi mais uma vez infeliz na sua fala, demonstrando sua falta de empatia e respeito por nós. Devo lembrá-lo que sua vaidade destruiu meu coração — afirma Danielle.

O funcionário público Ernesto Moreira Bittencourt, pai da professora, morreu aos 69 anos. Ele era diabético e não resistiu à doença após ficar internado em um hospital de Nilópolis, Baixada Fluminense. A mãe e o irmão de Danielle também testaram positivo para a Covid-19. Ernesto foi sepultado na ultima segunda-feira, um dia antes do seu aniversário de 70 anos, que teria uma comemoração virtual da família.

— Estamos diante de um cenário de guerra. Uma guerra invisível aos olhos de quem não quer ver, uma guerra de sobrevivência. É tudo muito triste, eu escrevo e choro ao mesmo tempo. Espero sinceramente que essas mensagens repercutam e cheguem até ele (Jair Bolsonaro). O mundo precisa de mais empatia — afirma Danielle.

Para ela, Jair Bolsonaro desconhece o significado de compaixão.

— Ontem (terça-feira), eu levei almoço para a minha mãe e irmão. Deixei pendurado na árvore a pedido deles para que não haja uma possível contaminação. Isso me abalou muito, só eu sei. Nos acalentamos, infelizmente, com palavras abafadas por máscaras.

Quem também ficou indignada com a fala de Bolsonaro foi a bióloga Marcela Mitidieri, de 25 anos, que perdeu o pai na última segunda-feira. Marcelo Mitidieri, de 48 anos, morreu na UPA do Engenho de Dentro, Zona Norte, enquanto aguardava transferência para outra unidade de saúde. Para ela, o principal sentimento é tristeza.

— Ele fala isso porque se algo acontecer com ele ou com os seus familiares, terão todo o suporte necessário, coisa que meu pai e muitas pessoas não têm. As vidas não podem ser tratadas com ironia ou deboche. Nada trará o meu pai de volta, e eu ainda tenho que conviver com esse presidente falando essas coisas. O Bolsonaro não merece estar no cargo da presidência. Esse homem não pode ser são.

O chefe de cozinha Fernando Thiengo afirma que, apesar de não acompanhar o cenário político do país, a declaração só trouxe mais raiva e dor à toda família. Fernando perdeu o primo, Marcelo Thiengo, de 45 anos, tinha bronquite, morava em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e morreu no último domingo na UPA do Parque Lafayette.

— Não estamos acompanhando as notícias neste momento de luto, mas ficamos sabendo da declaração. É revoltante qualquer pessoa falar isso, imagine um presidente. É revoltante alguém que só se importa consigo mesmo, isso cruia um ódio dentro da população, que sente cada vez mais raiva. Talvez ele só sinta de verdade quando a doença estiver próxima a ele. Isso machuca a gente — comenta.

Durante a entrevista, o presidente também foi questionado em relação a decisão judicial que o obriga a apresentar o resultados dos exames que fez para Covid-19. Bolsonaro disse que a lei garante o anonimato e repetiu que não teve a doença. Quando soube que a entrevista estava sendo transmitida por emissoras de TV, o presidente citou solidariedade com os parentes mas concluiu com a frase “é a vida”.

— Presidente Jair Bolsonaro, você deveria ter mais responsabilidade e respeito com as famílias. Você pode fazer alguma coisa sim, pois eu durmo e acordo pensando no que fazer para ajudar as famílias da Rocinha e adjacências, onde moro. Só eu já perdi mais de 30 pessoas entre amigos e conhecidos para esse vírus — destaca o ativista e mobilizador social William de Oliveira, membro do G10 Favelas.

 

 

*Com informações do Extra

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Relatores da ONU denunciam Bolsonaro por ameaçar “milhões de vidas”

No dia seguinte em que Bolsonaro tratou com total desprezo as mais de cinco mil vítimas fatais do coronavírus no Brasil, respondendo a uma pergunta sobre o fato do Brasil ter ultrapassado a China em número de óbitos com um “e daí? Sou Messias, mas não faço milagres”, chega a notícia sobre as acusações que pesam sobre Bolsonaro na ONU, no momento em que está no cadafalso do STF por outros crimes que, certamente, vão se somar a essas denúncias para ser cassado.

Por Jamil Chade – Uol

Relatores da ONU denunciam governo por ameaçar “milhões de vidas”.

Relatores da ONU denunciam o governo brasileiro diante do que chamam de “políticas irresponsáveis” durante a pandemia da Covid 19. Num comunicado emitido nesta quarta-feira, eles apontaram que o Brasil deveria abandonar imediatamente políticas de austeridade mal orientadas que estão colocando vidas em risco e aumentar os gastos para combater a desigualdade e a pobreza exacerbada pela pandemia.

“A epidemia da COVID-19 ampliou os impactos adversos de uma emenda constitucional de 2016 que limitou os gastos públicos no Brasil por 20 anos”, disse o especialista independente em direitos humanos e dívida externa, Juan Pablo Bohoslavsky, e o Relator Especial sobre pobreza extrema, Philip Alston. “Os efeitos são agora dramaticamente visíveis na crise atual”.

A declaração ainda foi endossada pelos relatores da ONU Léo Heller, Relator Especial sobre os direitos humanos à água potável e saneamento, Hilal Elver, Relatora Especial sobre o direito à alimentação, Leilani Farha, Relatora Especial sobre o direito à moradia adequada, Dainius Pwras, Relatora Especial sobre o direito à saúde física e mental; Koumbou Boly Barry, Relatora Especial sobre o direito à educação, e o Grupo de Trabalho sobre discriminação contra mulheres e meninas.

De acordo com eles, apenas 10% dos municípios brasileiros possuem leitos de terapia intensiva e o Sistema Único de Saúde não tem nem a metade do número de leitos hospitalares recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

“Os cortes de financiamento governamentais violaram os padrões internacionais de direitos humanos, inclusive na educação, moradia, alimentação, água e saneamento e igualdade de gênero”, afirmaram.

Os especialistas denunciaram ainda o fato de o governo estar priorizando a economia sobre a vida das pessoas.

“Em 2018, pedimos ao Brasil que reconsiderasse seu programa de austeridade econômica e colocasse os direitos humanos no centro de suas políticas econômicas”, disseram. “Também expressamos preocupações específicas sobre os mais atingidos, particularmente mulheres e crianças vivendo em situação de pobreza, afrodescendentes, populações rurais e pessoas residindo em assentamentos informais “.

 

 

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Saúde

Brasil tem mais um recorde de mortes por Covid-19 e ultrapassa a China

São Paulo, o epicentro da doença no país, registrou em um dia 224 novos óbitos. No estado, já são mais de 24 mil infectados.

O Brasil registrou 71.886 casos confirmados e 5.017 mortes por coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira, 28. Em 24 horas, foram mais 474 vítimas da covid-19, um aumento de 10,4%.

Com as novas mortes, o país supera a China, onde começou a pandemia, que tem até agora 4.637 óbitos.

Recorde de mortes em SP

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou também nesta terça-feira, 28, que o número de mortes confirmadas por coronavírus em um dia foi de 224, uma alta de 12%. Com isso, o total de óbitos registrados no estado sobe para 2.049. Foi a maior alta em um dia desde o começo da pandemia.

O total de casos confirmados subiu 2.300 e agora São Paulo registra 24.041 infectados.

 

 

*Com informações da Exame

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O vergonhoso papel dos militares no governo Bolsonaro passou de todas as medidas do imoral

Já é um inacreditável absurdo generais participarem do governo de um ex-tenente, expulso das Forças Armadas por ganância e terrorismo, já que estamos falando de um sujeito macabro que teve sua farda arrancada por seu envolvimento em crime de garimpo ilegal e ameaça de explosão de bombas dentro e fora do exército.

Mas imaginar que esses oficiais da reserva ou da ativa, com as mais altas patentes, calariam-se covardemente diante da atitude genocida de um maníaco que convoca a população a ir às ruas se infectar e morrer pelo coronavírus, não tem explicação.

Diante do crescimento assustador de infectados no Brasil, Mourão, vendo os desatinos de Bolsonaro, fica mudo, Villas Boas, calado, Braga Neto, silencioso, Sérgio Etchegoyen, quieto e passivo. Isso, sem falar dos outros que fazem juramento de lealdade a um celerado que está contribuindo com a morte de milhares de brasileiros.

O general augusto Heleno é o mais palerma de todos. A única coisa que posta em seu twitter sobre a Covid-19 é a cobrança para que Dr. David Uip, chefe do combate ao coronavírus em SP, contaminado e curado da Covid-19, viesse a público informar se utilizou ou não os medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina no seu tratamento, durante os estágios iniciais da doença reforçando a sandice de Bolsonaro que, irresponsavelmente e sem ser médico, receitou o medicamento, principalmente por ainda não ter comprovação científica de sua eficácia no combate a essa doença.

Agora, diante da guerra entre Bolsonaro e Moro, os militares da reserva e ativa estão mais do que mudos, estão acovardados, já que sempre foram fãs de um juiz corrupto e ladrão como Moro, além de fazerem parte de um governo de milicianos em que o pai, um déspota corrupto, é o presidente e os filhos delinquentes, não menos corruptos, são os verdadeiros vice-presidente e ministros.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Celso de Mello aperta o passo e manda Maia se manifestar sobre impeachment de Bolsonaro

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, decidiu nesta quinta-feira (23) pedir informações ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro apresentado em março pelos advogados José Rossini Campos e Thiago Santos de Pádua.

O Palácio do Planalto acompanha com preocupação os desdobramentos do caso na Suprema Corte. Autores de um pedido de impeachment apresentado na Câmara, os advogados acionaram o Supremo para que os parlamentares analisem imediatamente a abertura de um processo contra o presidente da República. Rossini e Pádua alegam que Maia foi omisso sobre o tema até agora.

Na ação apresentada no STF, os advogados também cobram a divulgação do exame de covid-19 feito por Bolsonaro. Ao menos 23 pessoas da comitiva que acompanhou o presidente em viagem aos Estados Unidos, no mês passado, já foram infectadas pelo novo coronavírus. Bolsonaro informou em redes sociais que o resultado de seus exames deu negativo, mas até hoje ainda não divulgou os laudos. O governo se recusou a divulgar os dados ao Estado/Broadcast (sistema de de notícias em tempo real do Grupo Estado) via Lei de Acesso à Informação (LAI).

“O estopim dessa ação acabou sendo a letargia do Rodrigo Maia em analisar o pedido de impeachment que fizemos e a sucessão de atos do presidente da República que podem ser enquadrados como crime de responsabilidade. Bolsonaro é um homem público e o exame de covid-19 não é, em nenhuma hipótese, sigiloso para qualquer fim. O próprio Donald Trump, que o presidente tanto admira, divulgou publicamente os seus exames negativos para covid-19”, afirmou Pádua à reportagem.

“Entendo prudente solicitar, no caso, prévias informações ao senhor presidente da Câmara dos Deputados, que deverá manifestar-se, inclusive, sobre a questão pertinente à cosgnoscibilidade da presente ação”, escreveu o decano. Celso de Mello já disse que Bolsonaro “transgride” a separação entre os Poderes, “minimiza” a Constituição e não está “à altura do altíssimo cargo que exerce”.

O ministro se aposenta em novembro, quando completará 75 anos, abrindo a primeira vaga na Corte para indicação de Bolsonaro.

Crimes

Segundo os advogados, Bolsonaro teria cometido supostos crimes de responsabilidade em diversas ocasiões, como a divulgação da campanha “O Brasil Não Pode Parar”, suspensa por ordem judicial, a ida a manifestações com pedidos pró-intervenção militar, a demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à crise sanitária do novo coronavírus, a falta de transparência em relação ao seu próprio teste para covid-19, que não foi publicamente divulgado.

“O Presidente da República cometeu, em tese, inúmeros crimes de responsabilidade, permanecendo na reiteração incontrolada, levando a efeito atos diretamente relacionados à omissão do Presidente da Câmara dos Deputados em simplesmente analisar o pedido de abertura de processo por crime de responsabilidade”, afirmam.

 

 

*Rafael Moraes Moura e Paulo Roberto Netto/Estadão

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Bolsonaro e Moro, os principais assassinos dos 407 brasileiros mortos em 24h pela covid-19

Como bem disse kennedy Alencar, Moro é a figura mais perigosa para a democracia brasileira. A sede de poder de Moro é imensurável.

Wadih Damous vai na mesma direção: Moro tem a mesma estatura moral de Bolsonaro. É um pigmeu. Mas é pior do que Bolsonaro.

E o que Moro tem a ver com a morte por coronavírus de 407 brasileiros em apenas um dia? Tudo! Foi ele que colocou Bolsonaro na cadeira da presidência.

Um assassino corrupto que joga uma bomba biológica por dia no Brasil para satisfazer a ganância de empresários com menos escrúpulos que Moro e Bolsonaro juntos.

Por isso, não há de se esperar nada de um país em que não há democracia resultante de ideias e valores, mas sim democracia de mercado que manipula, frauda, mata e faz o jogo do submundo do crime, aliando-se à milícia e a outros crimes organizados.

Há um grande alvoroço com possível saída de Moro do governo e todos sabem o papel imundo que ele cumpriu para derrubar Dilma, prender Lula e eleger Bolsonaro.

O sentimento é que Moro, por questão de justiça, é muito mais dono da cadeira da presidência do que o patrão.

A aventura criminosa de Bolsonaro em desafiar o coronavírus para que milhares de brasileiros morram, tem o dedo podre de Moro. Os crimes dos filhos de Bolsonaro têm as digitais de Moro, não só porque dá cobertura, mas porque sempre soube que eles seriam os verdadeiros ministros do governo do pai.

E se é fato que, pressionado pelo STF, o chefe da Polícia Federal está chegando em Carlos e Eduardo Bolsonaro que comandam o gabinete do ódio e promoveram a manifestação em favor do AI-5, também é fato que Moro é culpado, pois sempre agiu com cumplicidade com todas as formas criminosas com que o gabinete do ódio espalhava seus fake news. Isso, sem falar na sua vergonhosa cobertura a Flávio Bolsonaro e Queiroz.

Então, não só Moro, mas toda a Lava Jato subordinada a ele, têm as mãos sujas de Bolsonaro, porque igualmente ao chefe, programaram a prisão de Lula sem a existência de provas do crime para que Bolsonaro ganhasse a eleição.

E se a quantidade de mortes hoje no Brasil quadruplica, poucos dias depois do último ato de Bolsonaro nas ruas junto com os bandalhas verde e amarelo, pedindo o AI-5 e o fim do isolamento social, é porque Bolsonaro chegou à presidência e, por isso pôde promover uma verdadeira carnificina, como a que estamos assistindo hoje com tantas mortes. E Moro foi a ponte entre seu mandato e uma justiça leniente com criminosos como ele que participaram da trama que resultou no golpe em Dilma e na prisão de Lula.

Não há outra leitura a ser feita sobre esse momento trágico, o que assistimos faz parte do programa de governo de Bolsonaro. É o povo que está pagando com a vida a loucura de um maníaco como Bolsonaro e a ambição de um juiz corrupto como Moro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Alerta da Fiocruz: no Brasil, número de mortes por Covid-19 dobra a cada cinco dias

O ritmo de mortes por coronavírus no Brasil supera Estados Unidos e Europa. “A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos”, aponta o epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do MonitoraCovid-19.

O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil está dobrando a cada cinco dias. Nos Estados Unidos, o número duplica a cada seis dias, e na Itália e na Espanha, a cada oito. O dado, preocupante, está na última nota técnica do MonitoraCovid-19, um sistema da Fiocruz que agrupa dados sobre a pandemia do novo coronavírus, e revela a velocidade com que a epidemia se dissemina no Brasil. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, é a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina.

“A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos. Por isso, o número de mortes está dobrando em um espaço de tempo menor”, aponta o epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, e um dos líderes do MonitoraCovid-19. Além de epidemiologistas, geógrafos e estatísticos do Icict/Fiocruz têm trabalhado com a ferramenta para produzir análises sobre o avanço da doença, informa a jornalista Roberta Jansen, de O Estado de S.Paulo.

Segundo Xavier, “os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia”, porque “no caso do óbito, mesmo o diagnóstico que não foi feito durante a evolução clínica do paciente pode ser investigado. Além disso, a situação clínica do paciente que vem a óbito é mais evidente, quando comparada aos casos que podem ser assintomáticos e leves.”

A nota técnica da Fiocruz também alerta para o acelerado processo de interiorização da epidemia, que está chegando aos municípios de menor porte. Dentre os municípios com mais de 500 mil habitantes, todos já apresentam casos da doença. Naqueles com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, 59,6% têm casos. Já 25,8% dos municípios com população entre 20 mil e 50 mil, 11,1% daqueles com população entre 10 mil e 20 mil habitantes e 4,1% dos municípios com população até 10 mil habitantes apresentam doentes de covid-19.

Para o epidemiologista, a decisão de suspender o isolamento social em municípios que não têm nenhum caso da doença registrado é “temerária” e acontece exatamente no momento em que aumenta a velocidade da disseminação da doença. “Estão tomando uma decisão muito arriscada”, diz.

 

 

*Com informações do 247

*Foto destaque: O Globo

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Saúde

‘Ainda não chegamos ao pior da pandemia’, diz presidente do Einstein

Com queda da ocupação da UTI por Covid-19, hospital redireciona recursos para serviços públicos sob sua gestão.

Quase dois meses após atender o primeiro paciente do país com Covid-19, o Hospital Israelita Albert Einstein registra queda na ocupação na UTI pela doença e tem redirecionado respiradores e outros equipamentos, além de pessoal, para serviços públicos que estão sob sua gestão.

Inicialmente, 78 leitos foram destinados aos pacientes de UTI. Entre 1º e 12 abril, a ocupação chegou a 76%. Hoje está em torno de 56%.

“Vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica. Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública”, diz o cirurgião Sidney Klajner, 52, presidente do hospital.

Os recursos de terapia intensiva estão indo, principalmente, para o Hospital Municipal Dr. Moysé Deutsch (M’Boi Mirim), gerido pelo Einstein. A instituição deve ganhar 110 leitos de UTI.

Para Klajner, é preciso manter alguma capacidade de folga porque o isolamento social está perdendo força. “A gente ainda não chegou ao pior da pandemia, especialmente no setor público”, afirma.

Desde o início da pandemia, o hospital teve 510 funcionários afastados —metade deles é de profissionais da assistência. Desses, 37% já retornaram às atividades. Todos estão fazendo testes para voltar ao trabalho.

Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein desde 2016, Klajner graduou-se em medicina pela USP, fez residência em cirurgia geral, do aparelho digestivo e coloproctologia no Hospital das Clínicas e estagiou na Clínica Mayo, nos EUA. É mestre em cirurgia pela USP. Foi contratado pelo Einstein em 1998 e ocupou a vice-presidência do hospital de 2010 a 2016.

Como está a capacidade de leitos de UTI do Einstein? 
Desde o início de janeiro nós nos capacitamos para transformar até quase 280 leitos em UTI, mas a quantidade flutuaria conforme a demanda. Nós atingimos um pico entre a semi-intensiva e a UTI de 137 leitos.

No momento, vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica e observação na UTI, apesar do número total de internações estável, tendendo a decrescer.

Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública, para hospitais que a gente mantém em parceria com a prefeitura, como o Hospital de M’Boi Mirim, onde existe um plano de acrescentar 110 leitos de UTI. Com a ajuda da Ambev e da Gerdau, construímos lá um outro hospital, com cem leitos, no estacionamento. Ficará como legado para após a pandemia.

O que explica a redução da demanda por UTI? 
São dois fatores. O primeiro é que a população que tem acesso ao setor privado foi a primeira a se infectar por conta das viagens internacionais. A doença foi importada por esse segmento. Ao mesmo tempo que essa população gerou um pico inicial, também foi a primeira a se isolar, o que permitiu uma mitigação da demanda.

Mas a gente precisa manter alguma capacidade de folga porque temos visto cada vez mais o isolamento perder a força. A gente espera que tenha um aumento de casos assim como está acontecendo na China, em Singapura.

O sr. acredita ser possível um isolamento seletivo? 
Não, essa possibilidade não deveria nem ser discutida por enquanto. Mas hoje um governante fala uma coisa, um prefeito fala outra, o presidente fala outra e demonstra com atitudes. A população fica confusa, se sente num objetivo enfraquecido do isolamento. Aqui no município de São Paulo a eficiência do isolamento que já foi de 60% está beirando os 40%.

É um risco nesse momento. Ao mesmo tempo, o uso de máscaras, mesmo as de pano, tem que ser incentivado. Se 60% das pessoas usarem máscaras, a taxa de transmissão cai de 2 para 1. É um efeito monstruoso na prevenção. Mas nenhuma estratégia será vitoriosa sozinha. A higienização das mãos deve cada vez mais obrigatória. A proibição de aglomerações também tem papel importante.

O pior ainda está por vir? 
Sim, a gente ainda não chegou ao pior, especialmente no setor público. Infelizmente, as projeções aqui no país, por falta de testagem, muitas vezes não se confirmam. Os epidemiologistas dizem que os dados podem ter atraso de dez dias e que a taxa de mortalidade pode ser muito maior do que aquela que a gente está vendo.

Isso se reflete no grau de ocupação nas UTIs nos estados em que a situação está pior. No município de São Paulo a gente já vê alguns hospitais públicos com a lotação chegando a quase 100%. Por isso a necessidade de transferir nossos recursos para os hospitais públicos. O sistema será atingido na maior capacidade nos próximos dias, infelizmente.

Como estão as taxas de mortalidade por Covid-9 no Einstein e dos hospitais públicos sob sua gestão? 
As taxas de letalidade são muito semelhantes haja visto que os protocolos de terapia intensiva é único, as UTIs se conversam por telemedicina a todo momento

Tivemos 13 óbitos entre 2.598 pacientes confirmados. Tivemos 349 internações e 253 altas. Pelo número de internados, a taxa de mortalidade é de 3,7%. Pelo o número de casos totais, 0,5%. Esses óbitos têm idade média entre 83 e 96 anos, todos eles com comorbidades.

O Einstein acompanha por telemedicina várias UTIs no país. Como estão? 
Quando se criam leitos de UTI em estados onde não há essa expertise, você tem déficit de capacitação profissional para lidar com paciente grave. De 30% a 40% das vezes o paciente de Covid vai necessitar de diálise. Tem que ter equipamentos e expertise. Daí a importância que a gente vê no programa TeleUTI [feito em parceria com o governo federal].

Antes contemplava oito UTIs, e, com a pandemia, já aumentou para 30 UTIs pelo Brasil e chegaria a 540 leitos. São UTIs assistidas por nossos especialistas pela telemedicina.

Começamos a acompanhar agora o Hospital Delfina, em Manaus (AM), que está com os leitos totalmente lotados.

O hospital faz parte de uma força-tarefa que testa a cloroquina. Ela funciona ou não? 
A gente ainda não sabe. Quem se arriscar a falar ou tem má intenção na comunicação ou não sabe o significado de pesquisa científica. O que tem por aí são pseudoestudos, tem uma validade científica muito questionável porque não estão sendo randomizados, controlados.

Como sr. avalia a mudança de gestão no Ministério da Saúde e o que espera do novo ministro Nelson Teich? 
Infelizmente a situação chegou a um ponto que não havia mais ambiente para o [Luiz Henrique] Mandetta, que estava fazendo um ótimo trabalho, pautado em ciência. O risco é trocar a turbina com o avião em voo.

Passado o momento de transição e conhecendo o ministro Nelson Teich como a gente conhece, uma pessoa extremamente bem preparada em áreas de gestão, que se baseia em dados, espero que o trabalho dele seja pautado na evidência científica.

Qual o impacto da pandemia nas finanças hospitalares? 
Do ponto de vista de sustentabilidade, é realmente devastador, assim como em outros setores da saúde. Aquilo que sustenta uma organização de saúde, que são exames complementares, procedimentos de alta complexidade, deixaram de ser feitos para que a gente pudesse ter a capacidade do hospital voltada para a pandemia.

Grande parte do nosso público deixou de comparecer ao controle de doenças. Até pré-natal deixou de ser feito pelo medo do contágio. Tivemos o caso de uma gestante que deu à luz no carro, em frente do hospital. O atraso de vir ao hospital foi tanto que não deu tempo.

Mas a população precisa continuar se cuidando. Temos visto infarto agudo do miocárdio chegando porque a medicação que poderia ter sido acertada não foi por falta de acompanhamento.

O sistema de saúde está com baixa ocupação daquilo que não é Covid-19, mas é muito importante que as condições para o cuidado de outras doenças continuem existindo.

Há hoje segurança para a pessoa ir até o hospital e não ser contaminada? 
Sim. Dividimos o hospital em serviços apartados. São fluxos diferentes, para os pacientes e para os colaboradores. Os funcionários que interagem com pacientes de Covid não interagem com pacientes de outras doenças. Hoje qualquer entrada no hospital tem medição de temperatura.

Em todos os procedimentos, de parto a cirurgia de câncer, tanto o médico quanto o paciente é testado para Covid na véspera. As outras doenças não terminaram. Continuam existindo câncer, doenças cardíacas, AVCs. Os pacientes não podem deixar de cuidar daquilo que não é adiável.

Qual sistema de saúde surgirá depois dessa crise toda? 
Um sistema muito pautado na prevenção. Talvez um dos ensinamentos que a pandemia nos trouxe foi o de que os que morrem mais são aqueles com doenças crônicas, aqueles que cuidam mal das condições de vida, como tabagismo e obesidade.

O sistema que vai restar será muito focado em atenção primária e, com menos frequência, nesse modelo hospitalocêntrico, com pessoas vindo ao pronto-socorro em situações de baixa complexidade.

Vamos ter mais uso da tecnologia, como a telemedicina, para isso. As relações com recursos humanos da saúde vão ganhar uma confiança naquilo que a tecnologia traz. O valor que a população dá para o médico, para o profissional da saúde, deve ser maior.

 

 

*Claudia Collucci/Folha