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Países barram entrada na ONU de evangélicos próximos a Damares

Juristas evangélicos do Brasil não conseguem obter um status consultivo na ONU (Organização das Nações Unidas), o que permitiria que o grupo pudesse discursar em reuniões oficiais, organizar debates e até submeter informes em diferentes organismos. Uma decisão sobre o pedido de acesso à organização foi adiada depois que países cobraram esclarecimentos sobre a relação entre a entidade evangélica e o governo de Jair Bolsonaro.

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) solicitou ainda em 2017 o status na ONU, num processo que é tradicionalmente longo. No início de 2020, os representantes da entidade já foram alvo de um questionamento no Comitê da ONU sobre ONGs. A esperança era que, nas reuniões em 2021, o acesso fosse garantido.

Mas, uma vez mais, a adesão foi barrada. Procurada pela reportagem, a entidade optou por não se pronunciar.

Durante uma reunião na terça-feira, uma delegação diplomática de Cuba pediu detalhes sobre o apoio que a Anajure recebe do governo federal brasileiro e, mais especificamente, do Ministério das Relações Exteriores. O governo da Nicarágua também questionou a adesão e pediu esclarecimentos sobre a estrutura das contas da entidade brasileira. Antes, o governo da China havia criado obstáculos, levantando questões sobre a atuação da entidade brasileira.

Antes, o governo da China havia criado obstáculos, levantando questões sobre a atuação da entidade brasileira.

A manobra, assim, evitou a aprovação da adesão dos juristas evangélicos brasileiros e adiou pelo menos até 2022 qualquer decisão.

A coluna apurou que as autoridades brasileiras viam com bons olhos a iniciativa, já que o grupo poderia ser um aliado para influenciar as mudanças que o Itamaraty defende na agenda internacional em assuntos relacionados com direitos humanos, sexualidade e outros aspectos da política externa.

Ao receber a chancela do ECOSOC (Conselho Econômico e Social) das Nações Unidas, as entidades podem ainda designar um representante em Nova York e Genebra, submeter declarações por escrito ou serem chamadas para dar depoimento.

No caso brasileiro, várias entidades já contam com esse status, entre elas grupos que representam interesses indígenas, de direitos humanos e de minorias.

Ao longo dos últimos anos, a Anajure tem insistido que sua ação é “independente de qualquer governo” e que existem pontos de discrepância entre a gestão de Bolsonaro e a entidade de juristas.

Mas, nos últimos meses, a entidade tem adotado uma atitude de apoio à política externa do ex-chanceler Ernesto Araújo, principalmente no que se refere a questões de gênero e direitos reprodutivos e educação sexual.

A entidade ainda foi convidada pelo presidente Jair Bolsonaro para participar de um culto de ações de graça no Palácio do Planalto. Coube ao presidente da entidade fazer a leitura bíblica.

Neste ano, a Anajure ainda fechou um acordo com a pasta de Direitos Humanos de Damares Alves para lançar um “canal de denúncia para violações de direitos humanos na pandemia”.

A entidade também anunciou que iria acompanhar propostas legislativas que tramitam no Congresso Nacional. “Gostaria que a Anajure redobrasse a atenção nas pautas que estão sendo expostas lá. A oposição é inteligente e articulada”, disse a ministra.

A relação entre a Anajure e Damares não é nova. Em 2012, em uma de suas primeiras reuniões, a Anajure prestou uma homenagem a Damares Alves. Num comunicado na ocasião, a entidade deixou claro que a pastora era, naquele momento, “membro da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos”.

“Damares recebeu uma placa honorífica em razão de sua incansável luta pelos indígenas em situação de risco, além dos mais de 20 anos de atuação em favor de causas cristãs e do direito à vida e da família”, disse o comunicado. “Me sinto honrada por esse reconhecimento. Continuarei na luta pelo direito à vida em minha atuação na Anajure, que creio, terá grande relevância na defesa das Liberdades Civis Fundamentais”, respondeu a pastora, hoje ministra.

*Jamil Chade/Uol

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Programa comandado por Michelle Bolsonaro repassa doações a ONGs aliadas de Damares

Criado em julho de 2019, o Pátria Voluntária busca estimular o terceiro setor; ministra alega que entidade tem capilaridade nacional.

Um programa beneficente liderado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, repassou, sem edital de concorrência, dinheiro de doações privadas a instituições missionárias evangélicas aliadas da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Beneficiada com R$ 240 mil, a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) foi indicada por Damares para receber os recursos, segundo documentos do programa Pátria Voluntária, comandado por Michelle.

A AMTB consta do site da Receita Federal e em sua própria página na internet com o mesmo endereço de registro da ONG Atini, fundada por Damares em 2006 e onde a ministra atuou até 2015. A Folha esteve no local, onde funciona um restaurante desde novembro do ano passado.

Criado por decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em julho do ano passado, o Pátria Voluntária é coordenado pela Casa Civil e tem como objetivo fomentar a prática do voluntariado e estimular o crescimento do terceiro setor, arrecadando dinheiro de instituições privadas e repassando para organizações sociais.

Os recursos das doações repassadas às ONGs são oriundos do projeto “Arrecadação Solidária”, vinculado ao Pátria. O programa já consumiu cerca de R$ 9 milhões dos cofres públicos em publicidade pagos pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Duas organizações filiadas à AMTB também receberam verbas de doações sem que houvesse um edital público. O Instituto Missional, com R$ 391 mil, e o SIM (Serviço Integrado de Missões), com R$ 10 mil.

A AMTB e o Missional foram as que receberam os maiores repasses até agora. Todos os recursos foram destinados à distribuição de cestas básicas “a famílias vulneráveis”.

Com sede em Maringá (PR), o ​Instituto Missional é dirigido por Weslley Kendrick Silva, um empresário que tem fotos em seu perfil no Facebook em confraternização com Damares e o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente de Damares, Maurício Cunha.

Cunha dirige a ONG CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral), filiada à AMTB. Segundo a Casa Civil, a definição de quem recebe os recursos do programa do governo ocorre “no âmbito do Conselho de Solidariedade”, que foca em projetos que beneficiam grupos mais vulneráveis à pandemia do novo coronavírus.

A ata de uma reunião do programa, obtida pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que Damares apresentou o nome da AMTB para receber os recursos do programa de Michelle. O documento foi elaborado durante um encontro do Conselho de Solidariedade, composto por representantes dos ministérios da Mulher, do Desenvolvimento Regional, da Ciência e Tecnologia, Casa Civil e Secretaria de Governo.

A Fundação Banco do Brasil, que apoia o programa, também faz parte. ​A reportagem pediu a prestação de contas das organizações à Casa Civil, que respondeu que é realizada para a Fundação Banco do Brasil.

Já a fundação respondeu que “informações relativas à prestação de contas são remetidas pela Fundação BB à Casa Civil, conforme previsto no acordo firmado entre as partes”. “Desta forma, a solicitação deverá ser feita à Casa Civil”, disse.​​

Segundo o registro da reunião do dia 11 de maio, a secretária-executiva do programa, Adriana Pinheiro, disse que a AMTB “foi apresentada pela ministra Damares por ser uma entidade séria, que trabalha há muitos anos com esse público e possuem potencial para chegar a essa população mais distante”.

A secretária-executiva adjunta do colegiado, Pollyana Andrade, completou que a AMTB “é uma organização que tem muitas outras vinculadas a ela, e isso faz com que ela tenha um potencial muito grande para chegar a este público”.

 

*Com informações da Folha

 

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De olho nos votos dos religiosos conservadores, Moro compra briga de Damares e apoia abstinência sexual

A coisa já está nesse nível. O sujeito que disse que não era político, tem lá suas razões. Política feita com nobreza é das coisas mais importantes da civilização. Moro é um politiqueiro vigarista e mostra mais uma vez que sempre foi esse troço que usava a toga para praticar crimes políticos e eleitorais, tanto que virou ministro da justiça de um governo miliciano.

Aproveitando um comentário contra a abstinência sexual proposto por Damares de Kakai, que é criminalista e um desafeto declarado de Moro, a quem já chamou de “ativista político” que “envergonha o Poder Judiciário”, com toda razão, Moro foi para o twitter jogar para a torcida e sapecou: “Minha solidariedade Ministra Damares Alves – Mas já disse antes, há pessoas que merecem apenas ser ignoradas. Essa é uma delas.”

“Em seguida, arrematou: “No fundo, é puro preconceito por Damares Alves ser mulher, evangélica e Ministra. Não cabe na visão de mundo de pessoas limitadas, daí as ofensas. Meu conselho, ignore”

Imaginar isso de um ministro, que é parte de um governo declaradamente misógino em que o próprio presidente já deu as declarações mais racistas contra mulheres, negros, índios e gays, soa como piada das mais politiqueiras que se pode produzir de olho na campanha presidencial para 2022.

No fundo, Moro tá de olho nos votos dos religiosos conservadores, comprando a briga de Damares pela abstinência sexual.

O sujeito é um vigaristaço!

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Com o samba mais bonito do ano, setores religiosos conservadores querem censurar a Mangueira

A cidade do Rio de Janeiro está à espera de dois milhões de turistas no carnaval, mostrando que o grande cartão postal cultural do Rio são as escolas de samba. A Mangueira, a escola mais querida no Brasil, é responsável por atrair milhares desses turistas que invadirão a cidade durante o carnaval.

Os hotéis da orla da zona sul estão com lotação completa para o período. Bares, restaurantes lotados e a própria geração de empregos no setor de serviços mostram que o carnaval no Rio é uma fonte riquíssima de emprego e renda.

A questão central é que o carnaval é o que é e, por isso mesmo, atrai tantas pessoas de tantos lugares do Brasil e do exterior.

Por mais que tenha em seu simbolismo algumas distorções promovidas pelo interesse comercial da Globo, o desfile das escolas de samba, transmitido para mais de 100 países, é o ponto alto da maior festa popular do planeta ou do maior evento cultural da terra.

Mas este ano, seguindo a linha dos terraplanistas, nazistas, fascistas, bolsonaristas, setores religiosos conservadores cismaram de censurar o espírito carnavalesco da Mangueira, que é, como sempre foi, crítico em seus enredos.

Segundo Ancelmo Gois, no Globo, uma carta assinada por 21 entidades religiosas, lideradas pela arquidiocese do Rio, direcionada a Jorge Castanheira, presidente da Liesa que, mesmo sem citar nominalmente a Mangueira, pedem, de forma absurda, que eles sejam consultados pelos enredos, numa clara comissão de censores religiosos que querem agora nos devolver ao período da ditadura militar e dizer o que pode ou não ser cantado nas ruas do país. Era só o que faltava!

Em nome de um suposto princípio da boa fé, tolerância, imagina isso, e respeito, pedem que sejam ouvidos com o intuito de instá-los a observar atenciosamente o próximo desfile para que seja realizado de modo a não ofender, chocar, agredir ou encarnecer a fé de centenas de milhões de brasileiros.

Isso porque o samba da Mangueira começa com uma frase lindamente poética que diz:

Mangueira Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Basta esse poema carregado de verdade história para detonar a hipocrisia de conservadores que usam a religião como biombo para reprimir a liberdade de expressão do povo, dizendo logicamente que não é esta a intenção.

Entre os tais religiosos, estão, entre outros, a Associação Nacional de Juristas Islâmicos, Federação Israelita do Rio, Budismo Primordial e etc.

O fato é que escola de samba nenhuma enfia o bedelho na crença de ninguém, não pede a entidade nenhuma que conduza seus sermões a partir dos conceitos do samba. Por que o samba deveria abdicar da liberdade poética para atender aos bisbilhoteiros da fé alheia em nome de um respeito que os próprios não têm pela liberdade de expressão?

Que esse absurdo seja repudiado por todos. Já não basta a Damares, Bolsonaro e o pirado da Funarte que disse que o rock é satânico? Ou esses senhores, que se acham o oráculo da fé, são parceiros do texto nazista lido Roberto Alvim que lhe custou a cabeça falando na grande arte, na arte nobre?

*Carlos Henrique Machado Freitas

Assista ao vídeo:

[Enredo: A Verdade Vos Fará Livre]

Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade
Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade

Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também

Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente

Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil

Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão

Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque, de novo, cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais na escuridão

Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão

Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade

 

Composição: Luiz Carlos Máximo / Manu da Cuíca · Esse não é o compositor?

 

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Vídeo: Damares discursa em evento no Chile e plateia vira de costas em protesto

A ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, foi alvo de protestos durante a 14ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe, no Chile. Enquanto Damares discursava, um grupo de mulheres na plateia se levantou e ficou de costas para ela.

O caso aconteceu na noite de ontem. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ouvir a ministra brasileira falando sobre o combate à violência contra a mulher no Brasil e ver parte do público de pé e de costas. Damares continuou discursando mesmo assim.

A reportagem do UOL procurou o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos para comentar o caso e aguarda posicionamento.

No Twitter, opositores e críticos ao governo e à ministra repercutiram o ocorrido. “Damares Alves foi ignorada pela sociedade civil presente na XIV Conferência Regional da Mulher da América Latina e Caribe há pouco, na sede da ONU, no Chile”, escreveu a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

 

 

*Com informações do Uol

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Vídeo – Cena bizarra: Damares convoca coletiva, mas surta, fica muda e vai embora

O vídeo de Damares provoca lágrimas de tanto gargalhar. Pelo menos não se tem notícia de uma cena tão dantesca da civilização. O único sentido para o comportamento de Damares é que ela bateu biela e travou a caixola.

A saída da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos é cogitada nos bastidores do Planalto; segundo assessoria, episódio foi encenação para campanha.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, protagonizou uma cena curiosa na tarde desta segunda-feira (25) em Brasília, ao convocar uma coletiva de imprensa e sair sem falar uma palavra. O caso foi postado nas redes da própria ministra e aumentou a especulação de que ela pode deixar o posto.

Visivelmente emocionada, Damares chegou ao púlpito da coletiva em silêncio, se mexendo bastante e segurando choro. Poucos segundos após a chegada, ela fez um sinal com as mãos encerrando a “conversa” e se retirando. O tema da entrevista não havia sido revelado e se cogitava que seria sobre o Dia do Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. Nas redes, ela compartilhou a gravação com o sinal de reticências.

Após o vídeo ganhar destaque, começou a circular uma versão de que a atitude de Damares durante entrevista coletiva foi uma ação de marketing de campanha de combate à violência contra mulher. “A Damares Alves estava lançando uma campanha cujo slogan era ‘Se uma Mulher perde a voz, todas perdem’. Por isso o silêncio na coletiva. Devo dizer que achei espirituoso”, comentou o jornalista André Shalders, da BBC Brasil, nas redes sociais.

Minutos depois, a assessoria de Damares confirmou que foi mesmo uma encenação. “Objetivo era mostrar como o silêncio da mulher incomoda”, disse ao Uol. Inicialmente, a equipe da ministra havia dito não saber o motivo da atitude da ministra.

Antes do parecer da assessoria, uma possível saída de Damares do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos começou a ser cogitada, sendo inclusive tema de uma das perguntas dos jornalistas.

 

 

*Com informações da Forum

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Vídeo: Dep. Bia Kicis (PSL) espalha fake das “Farc” ameaçando Bolsonaro e vira chacota nas redes sociais

Em pleno sábado, um dia após o delegado Rodrigo Pinho de Bossi desmentir a farsa da Veja contra Lula, vemos um número sem fim de memes gozando com a cara da deputada Bia Kicis (PSL-DF) em que ela, imitando a farsa de Gugu Liberato com o vídeo do “PCC”, que lhe custou a cabeça no SBT, faz um vídeo mandrake das FARC, detalhe, com a sua logomarca, numa das coisas mais mal-ajambradas que o Jesus da goiabeira de Damares.

A deputada virou a chacota do dia nas redes sociais. De tão grosseiro, o vídeo fake, não dá nem para brincar de jogo dos sete erros e os internautas se divertem com a paspalhice da ex-procuradora do Distrito Federal que virou deputada alavancada pela histeria lavajatista.

No vídeo, um “comandante das FARC” aparece com uma touca ninja ameaçando Bolsonaro, em nome de Lula, falando um portunhol com sotaque carioca. As armas que aparecem no vídeo são americanas, as plantas que imitam floresta, são de plástico, os uniformes são novinhos e a bandeira vincada. O vídeo parece mais uma montagem dos trapalhões como expedicionários nos estúdios da Globo.

A deputada, que em plena CPMI da fake news, resolve afrontar seus colegas soltando uma pérola dessa, só pode querer ser convocada para explicar a lambança.

Bia Kicis deveria ser cassada, porque, mesmo sendo uma coisa grotesca, beirando a comédia, o vídeo traz uma acusação contra Lula, como a da Veja no caso de Celso Daniel, em que o responsável pela farsa também deveria ser convocado para a CPMI ou o Brasil vai virar um hospício, pois de chacota internacional Bolsonaro já cuidou de rebaixar o Brasil.

O fato é que, com a possibilidade da libertação de Lula, que se tornou real após o voto da ministra Rosa Weber e a multidão de mais de 1,5 milhão de chilenos na manifestação no centro de Santiago exigindo a queda de Sebastián Piñera, fizeram muitos correligionários de Bolsonaro terem insônia e ficarem de madrugada criando fakes fuleiragens como este da deputada Bia Kicis, mostrando que a turma do ódio não tem um mínimo de criatividade para armar seus fake news, como já provou Carluxo e seu “pavão misterioso”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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No SPC da política, Ciro, o cachorro louco, disputa holofotes com Damares e Eduardo Bolsonaro

Ainda hoje eu dizia que Damares é o bobo da corte de um governo de palhaços, milicianos, assassinos e corruptos. É metalinguagem que se chama. É a linguagem que descreve sobre ela mesma. Ou seja, ela utiliza o próprio código para explicá-la.

Por isso não me proponho a fazer aqui uma conferência sobre Ciro Gomes e a sua baixaria ao atacar os Jornalistas Paulo Moreira Leite, do Brasil 247 e Kiko Nogueira, do DCM.

Pretendo começar essa conversa fazendo duas perguntas: quem é Ciro Gomes hoje na política brasileira? Quem Ciro representa?

Ciro, hoje, não está em lugar nenhum, além de ser um indivíduo dotado de arrogância que se permite não só confrontar com quem ele elege como inimigo, como afrontar o próprio limite da ética, transformando-se num completo imbecil.

A mim não surpreende em nada o formato político que Ciro usa em suas fantasias, ele sempre representou a si mesmo, aliás, esta é a única especialidade dele, e não perderia a oportunidade de promoção que a Folha lhe deu para produzir labaredas retóricas do mesmo nível de Eduardo Bolsonaro e de Damares Alves, que em sua mais recente declaração pública, num tal Congresso Conservador, disse que naquele ambiente promissor ninguém tinha lhe oferecido droga e que nenhuma menina tinha enfiado um crucifixo na vagina. E Eduardo Bolsonaro, plagiando uma camisa da campanha de Trump, fez o mesmo, mostrando o vira-latismo 2.0 da família que bufou a ajuda de Trump na OCDE e, lógico, tudo não passou de um grande fake news desmentido, em carta, pelo Secretário de Estado Americano, Mike Pompeo.

Essa vulgaridade de Ciro, Damares e Eduardo está em busca de um lugar ao sol. A isso talvez pudéssemos chamar de lugaridade, que é a destreza de cada um de nós dizer mais de nós mesmos do que de quem nós atacamos. Resumindo, até porque não tem muito o que se dizer de Ciro, mas Ciro foi Ciro, o médico e o louco; o criador e a criatura, o cão raivoso mordendo o próprio rabo por propósitos políticos, por falta de capacidade de incluir em seu discurso uma solução para a realidade brasileira.

Ciro vende a sua grosseria bufa como se fosse personalidade forte, quando todos sabemos que Ciro deu garantias ao mercado de que, se eleito fosse, não buliria com o resultado integral da proposta neoliberal que Paulo Guedes, hoje, atocha na sociedade. Até porque outro dado a acrescentar é que Ciro é o homem forte do presidente da CSN, Benjamin Steinbruck, o mesmo que recebeu a CSN de bandeja de FHC num governo do qual Ciro foi parte e que aparece no mesmo Uol dizendo que os trabalhadores no Brasil não deveriam ter hora de almoço, apenas comer um sanduíche com uma das mãos e, com a outra, operar as máquinas, e que isso sim é virtude de um povo.

Assim, exigir de Ciro bom senso, integridade ou qualquer filosofia política que não seja a de um sujeito medíocre, que vive da floração de um pensamento raivoso, é querer demais.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Quando o fracasso sobe à cabeça

Quem acompanhou o desenrolar do  furdunço do PSL esta semana, foi obrigado a reconhecer o valor do dito popular “em rio de piranha, jacaré nada de costas”.

O PSL é a cara de Bolsonaro. O capitão, expulso do exército, que comanda generais com o escrúpulo da mesma patente em seu governo, não poderia ser mais representativo como símbolo máximo do amontoado da escória política do Brasil, estampado no álbum de figurinhas carimbadas do PSL.

Mas não é esse tema que nos traz aqui, apesar de nos permitir chegar ao estado de coisa que chegou ao governo também por essa via. Ou seja, não há uma única forma de se refazer o balanço histórico do governo Bolsonaro sem se encontrar com a própria escalação do PSL e suas alianças mais espúrias com o crime organizado.

A foto de Joice Hasselmann aplaudindo Bolsonaro não poderia ser mais emblemática. A deputada plagiadora, como o próprio Bolsonaro diz, tem um pé em cada canoa, um no PSL e, o outro, no PSDB, o que também diz muito sobre o PSDB que também deu abrigo a Alexandre Frota, eleito também pelo PSL.

O fato é que há uma crescente desintegração do mundo bolsonarista, se é que se pode chamar assim essa milícia. A Veja foi a campo buscar informações sobre a sua popularidade e ela não traz nenhuma novidade. O governo Bolsonaro, que vem transformando o Brasil em cacos, decompõe-se numa velocidade impressionante diante dos olhos da sociedade, até para aqueles que aplaudem a democracia de mercado que os neoliberais tanto amam e que produziu essa coisa inominável que conduziram ao poder.

Em resposta, Bolsonaro botou seus demônios para produzirem discursos nas redes sociais. Damares e Eduardo Bolsonaro tentam buscar um debate falsificado nas redes para fabricar fumaça depois do fiasco do governo na, prometida e fogueteada entrada do Brasil na OCDE, e a gigantesca vaia que Bolsonaro recebeu neste sábado (12) na Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

O problema de Bolsonaro é que, o fracasso é tanto, que não tem como abrigar falsos debates que lhe deem algum equilíbrio de tempero retórico, sobretudo quando os discursos não têm qualquer eficácia política, como é o caso dos dois bobos da corte, o que mostra ainda mais a fragilidade política em que Bolsonaro se encontra.

Seus militantes acabam sendo mesmo os robôs, comandados de uma mansão em área nobre de Brasília por Alan dos Santos, que conseguiu a proeza de ser desmascarado até pela revista Crusoé de Diogo Mainardi e Felipe Moura Brasil.

Isso mostra o fundo do esgoto em que se encontra esse amontoado de excremento chamado governo Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O Brasil ou o inferno

Bolsonaro não está dando qualquer importância à tarefa de Presidente da República ou qualquer coisa se aproxime disso. Ele quer produzir um paralelo com a ditadura militar no que ela tem de mais cruel na produção de monstruosidades.

O documento significativo de sua expulsão do exército traça outra coisa forte no perfil de Bolsonaro, a mentira, outra compulsão desse psicopata. Sem contar que tudo isso explica o seu comportamento corrupto, porque Bolsonaro passou a vida barbarizando a lei, aplaudindo quem faz o mesmo, o que, logicamente, lhe deu uma confortável ideia de que sua corrupção nunca teve nada de fora da lei.

Sua receita e seu culto a Brilhante Ustra, por exemplo, e tantos outros monstros que, além da própria expressão do inferno, também eram a expressão da corrupção, encantam Bolsonaro.

Então, esqueçamos qualquer ação de Bolsonaro que não seja em prol do mercado.

Paulo Guedes está lá para isso e, sem ceras e cerimônias, fará o que disse Delfim Neto sobre os banqueiros: “os banqueiros, soltos, sempre voltam ao local do crime”.

Bolsonaro sabe da tragédia do seu governo do ponto de vista econômico. Ele tem plena noção de que o desfrute neoliberal de Paulo Guedes está levando o país ao caos.

Mas, e daí? Bolsonaro viverá de frases agressivas, de comportamentos odiosos, de perseguição aos pobres, aos nordestinos, aos gays e contará sempre na sua tragédia com um coral de estúpidos, como a Damares, Ernesto Araújo, os militares de seu governo, o ministro da educação e, claro, com Moro, que tem um componente com os mesmos elementos de tara pelo mal e amor pela vantagenzinha exatamente como reza a sua caderneta.

Bolsonaro escolheu seus ministros para cumprir suas ordens, mesmo que elas se transformem, como se transformaram, num banquete de tragédias. E só não vai mais longe, entorpecido pelo seu ódio, porque o STF parece que resolveu peitar a sua tirania e cortar as asas do ogro.

Mas não esperemos jamais que Bolsonaro vai se preocupar com o que propriamente deveria um Presidente da República, ele seguirá perseguindo quem considera inimigo, porque isso é da natureza de um psicopata. E se não houver um mutirão de quem tem um mínimo de noção civilizatória para arrancá-lo a fórceps da cadeira da presidência, Bolsonaro, o legítimo representante do fascismo brasileiro, arrastará o país inteiro para o inferno de onde veio.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas