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Opinião

Editorial do Estadão exigindo a liberdade dos terroristas do 8 de Janeiro, diz tudo sobre o jornalão.

Até nas terras de Camões, no século XIX, já se sabia que, aqui no Brasil, o periódico da província paulista era o principal cão de guarda da oligarquia das terras cabrálias.

Sua história sempre foi a de azeitar os interesses dos donos do dinheiro grosso e azedar a dos trabalhadores e das camadas mais pobres da população.

Ou seja, o Estadão sempre teve lado, sempre prediletos, e estes sempre ricos.

Por isso, em 218, ele apoiou Bolsonaro, que teria Paulo Guedes, que achava um absurdo empregada doméstica ir à Disney e que governava para os ricos, pois eles é que mandam no país.

O homem do dinheiro do governo Bolsonaro sempre foi um bibelô para a Faria Lima, que soube como ninguém fazer os lucros dos rentistas crescerem muito na pandemia, enquanto Bolsonaro seguia firme no seu intuito de negar vacina para o povo e, por consequência, a morte de mais de 700 mil brasileiros.

Pois bem, o mundo inteiro que o mesmo sujeito que, de dentro do Palácio do Planalto, coordenou o dia do fogo na Amazônia, é o mesmo que comandou os atos terroristas do dia 8 de janeiro de 2023.

Então, de forma crua, o Estadão está pedindo que o mesmo capitão, expulso das Forças Armadas, por planejar atos terroristas de extrema violência dentro e fora dos quartéis, assim como comandou todos os atos terroristas a que assistimos contra as sedes dos três poderes da República.

Quando, mais uma vez, o Estadão defende Bolsonaro, porque é isso que ele faz em seu editorial, escancara que, do ponto e vista da ética e da democracia, que um sujeito que tentou dar um golpe no país, que sempre defendeu a ditadura,  recebesse uma espécie de indulto pelo simples fato de governar para os interesses daqueles para quem o Estadão sempre trabalhou, como panfleto dos granfinos.

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Opinião

Em editorial, o Estadão ataca o PT que nada tem a ver com furdunço do jornalãp

Hoje, em editorial, o Estadão ataca o PT que nada tem com o furdunço interno do jornalão. A denúncia feita por jornalistas do Estadão ao Ministério Público do Trabalho contra Andreza Matais é muito grave. Diversos casos têm detalhamento cirúrgico. As histórias escandalizam.

Andreza Matais sentiu o refluxo amargo vindo do próprio intestino do Estadão, dos jornalistas assediados por ela. Então, o Estadão, que festejou o golpe de 1964, estampa hoje em seu editorial alheio à própria história de apoio ditadura: ‘A ‘democracia’ do PT é com aspas’. Piada, né?

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Política

Em novo editorial, Globo pressiona pela aprovação do PL 2630,

O jornal O Globo, que tem feito campanha pela aprovação do PL 2630, o das “fake news”, publicou novo editorial nesta terça-feira colocando pressão para que o projeto relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) seja aprovado, mas não menciona o artigo 32, que a beneficia financeiramente, ao obrigar o repasse de recursos da publicidade digital para empresas de jornalismo, diz o 247.

“Se confirmada hoje a aprovação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei (PL) das Fake News, a sensação não será apenas de júbilo, mas também de perplexidade. Por que demorou tanto? As plataformas digitais donas das redes sociais e aplicativos de mensagens abusam há anos da paciência de todos”, escreve o jornal O Globo.

“Sob o argumento falacioso de defenderem a liberdade de expressão, elas permitiram que eleições fossem manipuladas por mentiras, campanhas de vacinação boicotadas por teorias conspiratórias e assassinos adestrados por racistas, neonazistas e outros extremistas”, acrescenta a Globo, que tem um histórico comprovado de manipulações políticas na história do Brasil.

“O texto final do PL não é perfeito e teve de acomodar todo tipo de demanda. Seja como for, a aprovação representará um avanço civilizatório no ambiente digital brasileiro. Vários pontos estarão sujeitos ao teste da realidade e deverão ser aperfeiçoados no futuro”, escreve ainda o editorialista.

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Opinião

Para o editorial do Estadão, não existe povo, nem pobre no Brasil

“Qualquer pessoa com informação suficiente sobre o dia a dia dos negócios deve ser capaz de entender os choques motivados por palavras desastradas de um cidadão recém escolhido para governar o País” (Estadão)

Qualquer pessoa com informação suficiente sobre o dia a dia dos miseráveis e famintos deve ser capaz de entender os choques motivados por palavras desastradas de um jornalão da oligarquia que nunca foi escolhido pelo povo para governar o País.

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Opinião

Editorial da Folha contra Lula é claro, entre banqueiros e miseráveis, a Folha fica com a agiotagem

Para a Folha, o morticínio de quase 700 mil brasileiros, promovido pelo governo Bolsonaro durante a pandemia do Covid, não significa nada, contanto que o rentismo, ou seja, a própria mídia de banco, da qual a Folha é parte, veja seus rendimentos serem hidratados com o suor do povo.

Lógico que o editorial deste domingo é contra os pobres e a favor dos ricos, como sempre foi a posição da mídia industrial no Brasil, que opera na base do, é perdendo que se ganha, é passando fome que se vence, é sendo explorado que se prospera.

O problema é que é muito mais fácil atacar um político como Lula do que atacar o alvo, que são os pobres.

O editorial da Folha de S. Paulo poderia ser menos patético para não parecer mais ridículo do que é. Na verdade, deveria ser “farinha pouca, meu porão primeiro”, para escancarar logo esse câncer editorialista que a mídia de banco opera nesse país. Abraçar logo o genocida e pendurar no prédio de quem apoiou a ditadura armamento pesado a imbecis fascistas que pensam no mundo a partir dos olhos da própria Folha.

Não sei como alguém, que está numa das maiores metrópoles do mundo, com milhares de pessoas vivendo em condição de rua, pode querer ainda utilizar de manipulação barata para impor goela abaixo a reeleição de Bolsonaro para garantir a tranquilidade dos seus donos.

O rentismo é a base dos lucros líquidos que os proprietários da Folha contam para acumular, mas poderiam ter uma atitude mais digna na hora de defender suas preferências políticas, assinando um manifesto em favor de um genocida que jogou 33 milhões de brasileiros na miséria, devolvendo país no mapa da fome, um número recorde de milhões de brasileiros vivendo de bicos e recebendo menos que um salário mínimo para que os banqueiros, rentistas e grandes empresários possam extrair o sangue dos trabalhadores brasileiros, incluindo os precarizados, para inchar cada vez mais os cofres dessa classe dominante para a qual, há cem anos, o grande paulista, Mário de Andrade, dedicou o poema Ode ao Burguês na primeira Semana de Arte moderna, permitindo que os brasileiros vissem com olhos bem atentos o que é a oligarquia desse país, da qual os donos da Folha de São Paulo são parte, assim como toda a mídia industrial engajada na reeleição de Bolsonaro.

Ode ao burguês

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os Printemps com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“– Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
– Um colar… – Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!…

De Paulicéia desvairada (1922)
Mário de Andrade

*Desenho em destaque: Latuff

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Editorial da Globo é o velho antipovo disfarçado de antipetismo

Restringir o novo mandato de Lula a um governo de redução de danos, é tudo o que deseja a Globo em seu editorial.

Nisso, não há qualquer novidade. É a Globo sendo a Globo.

É o DNA dos Marinho falando mais alto, piorado com a filosofia da cultura de massa em que a Globo é a principal representante, sobretudo nos moldes americanófilos, onde não existem seres humanos, sentimentos, culturas, tudo é reduzido ao pensamento de consumo. Todos devem cheirar igual, usando o mesmo sabonete propagado pelo horário nobre da Globo.

Em síntese, para a Globo, o Brasil nunca teve população, e sim, público, passivo diante de um quadro de intoxicação do pior lixo cultural que se possa imaginar.

Mesmo diante de uma realidade dura, a Globo vem, de forma recorrente, perdendo muita musculatura, diria mais, uma acentuada sarcopenia diante da autonomia da sociedade, não simplesmente para escolher os seus rumos, mas para se posicionar contra os desmandos de uma classe dominante que não consegue se libertar da filosofia civilizatória herdada da escravidão.

E olha que estamos falando de um império da comunicação que foi fragorosamente derrotado nas eleições presidenciais quatro vezes consecutivas para o Partido dos Trabalhadores que representa, em última análise, a própria massa do povo brasileiro.

Temer só chegou ao poder por conta de um golpe contra Dilma, e teve no comando da pressão institucional a Globo, que repetiu a dose na condenação e prisão de Lula, utilizando o judiciário que, hoje, paga um preço amargo por ter cedido para a principal alavanca do bolsonarismo, que é a Globo.

Isso proporcionou a quebra e o desmonte do país, no empobrecimento da população e, em consequência, elevou Bolsonaro à condição de presidente da República, que produziu a maior catástrofe da nossa história e a hecatombe social em que vive o Brasil.

A Globo sabe disso? Não só sabe, como pesa e, por isso, insiste na filosofia de que não se deve dar voz à elite, e sim, às classes economicamente dominantes, para que o destino da nação seja decidido em uma mesa de negociação em que a voz do sistema financeiro seja hegemônica, e a musculatura central é que proporá caminhos que elevem o hormônio da ganância, da concentração de renda, da desumanização e do desprezo total com a vida humana.

Isso e muito mais é que ficou explícito na campanha marota que a Globo faz pela manutenção de Bolsonaro no poder.

O mote, como sempre, é o antipetismo, o antilulismo, porque seria feio a Globo utilizar o termo certo que ela carrega em sua filosofia, quando fala de antipetismo, que, na verdade, é, antipovo, o antipreto, o antipobre, que esteve com ela quando apoiou o golpe de 1964, quando perseguiu Brizola durante todos os anos de governo dele no estado do Rio de Janeiro, quando apoiou Collor não só eleitoralmente, mas, sobretudo no sequestro da poupança de milhões de brasileiros, assim como hoje aplaude de pé a privataria de FHC e, pelo jeito, sonha não só com a privatização da Petrobras, da Eletrobras e o restante das estatais, como o fatiamento e a exploração da Amazônia por pesados grupos transnacionais.

Ao fim e ao cabo, é o que está hoje no editorial antipovo, pró-Bolsonaro que O Globo publicou, dizendo que Lula não pode ganhar no primeiro turno. O que também não deixa de ser uma confissão de derrota, como a tal terceira via que ela tanto sonhava com Dória e Moro.

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Política

Inconformado com a iminente vitória de Lula, Estadão parte para baixaria e faz de seus leitores idiotas

O bolsonarismo, em última análise, é um produto conjugado, tendo a mídia como instrutora do que é bem e do que é mal.

Foi assim que ela incutiu na cabeça dos bolsonaristas o que é visto hoje nas redes sociais, num exercício de analfabetismo político raro no planeta.

Há na classe média uma escravidão mental que foi construída a partir de um modelo cívico-cultural,  moldado pela mídia que, antes, atendendo aos interesses da elite, produziu falácias recheadas de ódio em defesa sempre das classes dominantes, da Faria Lima e cia.

Ninguém escreveria o icônico editorial que entrou para a história do jornalismo brasileiro como o lixo dos lixos, assinado por Vera Magalhães em que compara um insano defensor de toda forma de maldade que o ser humano pode produzir, com um intelectual, humanista, gabaritado, qualificado como Fernando Haddad.

Vera Magalhães reclama de pagar um preço alto em função do artigo que escreveu, por encomenda, antes do segundo turno de 2018, “Uma escolha muito difícil”.

Pois bem, é difícil saber hoje quem tem um nível de rejeição maior, se Bolsonaro, Moro e sua Lava Jato ou a mídia industrial que inventou essas duas figuras que detonaram o país.

Certamente, temos que destacar que, no meio de tanto esgoto, o playboy tardio, Fernão Mesquita, do Estadão, este que aparece na foto em destaque, em campanha pelo hipoluto Aécio Neves, em 2014, é uma espécie de escapulário do tipo de gente que, através  de seus veículos de imprensa, se utilizaram da estupidez da classe média para se sentirem libertos de qualquer compromisso ético ou intelectual e utilizar o jogo político mais baixo, a partir do preconceito de classe para, de uma forma violenta, usurpar a informação para que jamais essa classe média, hoje bolsonarista, tivesse qualquer consciência cívica ou ideia de conjunto de uma sociedade tão gritantemente desigual.

Hoje, essa intolerância voltou à cena, numa tentativa de requentar um pedregulho que a própria mídia tem que carregar, por ser useira e vezeira da farsa da Lava Jato, como é comum nos falsos moralistas desse país que sempre apoiaram os maiores corruptos da nossa históricos que, quando governantes sempre levaram o Brasil ao caos.

Quando o Estadão faz seu leitor comprar o jornalão para dar de cara com uma mironga requentada, carregada de paspalhices, esturricadas e desmoralizadas pelo Intercept, pelo STF e, por último, pela ONU, ele está chamando seu leitor de otário, de idiotas, que não merecem um mínimo respeito de alguém que representa a extrema direita, mas de forma covarde, não assume, e o remédio é atacar Lula com patacoadas recicladas, o que não deixa de ser um claro sinal da confissão da falência da direita no Brasil.

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O reaparecimento da doença antipetista do Estadão mostra que a mídia brasileira não tem cura

Quem lê o editorial de hoje do Estadão, pode traduzir através de muitas definições, mas certamente, a doença original, ou seja, o tumor primário é sempre o mesmo, a repulsa que o mais vassalo jornal do sistema financeiro tem de pobre, de povo, daí a classificação do que eles chamam de populista.

Nesse cenário, não há nada de novo no bolsonarismo institucionalizado, a não ser que pensemos em uma via de mão dupla, a de criminalizar Lula sem qualquer prova não dando a ele o direito à lei. A outra, é uma absolvição marota de Bolsonaro na CPI que terá início na próxima semana. CPI que, se for séria, se for mesmo pra valer, Bolsonaro será mais do que impichado, sairá algemado do Palácio do Planalto pela quantidade de vítimas fatais que ele produziu e não para de produzir aliando-se ao vírus contra a população brasileira. Mas o Estadão o coloca como candidato, ou seja, já o absolveu da CPI antes mesmo de começar.

Não há qualquer novidade na gororoba reacionária do Estadão contra Lula, essa doença não tem cura. Repito, não é recorrência, reincidência ou recaída, é um moto perpétuo, porque, desde que o PT com Lula começou a governar o Brasil, em 2003, no Brasil, abrir um jornal fede mais do que abrir um porco tal a sintonia que as redações passaram a ter com o bafio mais pestilento do jornalismo de esgoto.

Não é uma questão pontual ou a volta de uma determinada prática nefasta, é metodologia que usa uma casaca de ferro para uma guerra visceral contra os pobres em benefício das classes dominantes, dos endinheirados, dos que historicamente sempre beberam o suco das frutas plantadas e colhidas pelo povo deixando para ele, se muito, apenas o bagaço.

Então, não há que se falar em uma doença recidiva contra Lula ou o PT, o Estadão é o jornal mais panfletário da oligarquia brasileira desde a sua fundação.

Por isso tem a cara dura de escrever um editorial decalcado no famoso “Uma escolha difícil”, entre Haddad e Bolsonaro, para docilizar o monstro genocida que eles ajudaram a eleger e são sim cúmplices dessa carnificina, são sim cúmplices da fome que ganhou o nome pomposo de insegurança alimentar em que hoje vive metade da população brasileira, no mesmo momento em que a Forbes anuncia mais onze novos bilionários brasileiros que figuram a lista seleta dos maiores do mundo.

Como não pode enfrentar cada razão que deu a Lula 87% de aprovação no final do seu segundo mandato, o Estadão vem cinicamente tentando emplacar o discurso chupado de outras redações de que o fato do STF anular as condenações de Lula não significa que ele seja inocente.

O jornalão do playboy tardio,  finge não entender ou não ter ouvido duas vezes em alto e bom som, primeiro, Cristiano Zanin, advogado de Lula e, segundo, em seu voto que desanca a Lava Jato pela total falta de provas de crimes atribuídos a Lula, Alexandre de Moraes que reiterou com a mesma ênfase, talvez um pouco mais, o que o próprio Moro escreveu na sentença, que fazemos questão de colocar aqui em destaque:

“Este juízo jamais afirmou na sentença, ou em lugar algum, que os valores obtidos pela construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-presidente”.

Mas Alexandre de Moraes, que procurou dar o máximo de consistência a seu voto, não economizou adjetivos para dizer com outras palavras, que, no caso de Lula, a Lava Jato produziu um amontoado de nada para chegar a coisa nenhuma. Era um monte de fios soltos, palavras ao vento que não guardavam qualquer conexão e que, na verdade, eram uma gigantesca sopa de letrinhas num caldeirão de especulações forjadas e moldadas por uma mídia cretina como o próprio editorial do Estadão de hoje.

O problema do Estadão não é com Lula, com o PT e nem exatamente com os pobres e miseráveis que, através de séculos a oligarquia produziu nesse país, com o aplauso bem remunerado, lógico, dos barões lampiões, dos condes joões da comunicação, como bem definiu Mário de Andrade em seu poema “Ode ao Burguês” no livro, “Pauliceia Desvairada” lançado na Semana de Arte Moderna de 1922.

O problema do Estadão é com a inteligência alheia, é com quem lê essa gororoba acreditando tratar-se de um ambiente exclusivo de idiotas sem ter o menor pudor com a própria escrita impregnada de preconceitos e mentiras imaginando, creio, que essa espécie de painel decorativo da elite brasileira tenha de fato algum poder de comandar os destinos do país através de uma soma de tratados sociais em que o autor se vale do seu nascedouro para produzir uma obra de tamanha mediocridade, tendo como medida seu próprio manequim.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Matéria Opinião

A Globo já sabe que, ou é Lula inocente, ou falência, em 2022.

LULA, A GLOBO E O MEDO DA FALÊNCIA

Um mês depois de publicar artigo sugerindo aos leitores de O Globo que o PT deveria ser perdoado por seus erros, o mesmo articulista, Ascânio Seleme, volta a surpreender.

Em artigo publicado hoje (08/08) em O Globo, com o título “Lula Inocente”, ele anuncia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

O artigo de Seleme, porta-voz da família Marinho, saiu, pelo menos até o final desta manhã, apenas na edição impressa de O Globo. Fato que, para quem entende um pouco de mídia, indica que se trata de balão de ensaio ou talvez de um recado para determinados setores.

Infelizmente, a autodenominada “grande mídia” brasileira há muito age assim.

Recados à parte, o que está por trás desta aparente guinada editorial do Grupo Globo?

Amor a Lula e ao PT certamente que não.

Ter descoberto, apenas agora, que Lula é inocente nos processos, sem provas, pelo quais foi condenado pelo ex-juiz Sérgio Moro, também não.

Pelo visto, a família Marinho constata, um tanto apavorada, o que a gente sempre soube.

RISCO REAL

A disputa política no Brasil em 2022 não se dará entre a extrema-direita de Bolsonaro e a direita de Sérgio Moro, mas entre Bolsonaro e a esquerda, representada pelo PT.

E dentro do PT, Lula, além de inocente, é o candidato capaz de derrotar Bolsonaro.

Some-se a isso que a família Marinho já entendeu que quando Bolsonaro diz que pode cassar a concessão da TV Globo, não está brincando.

O risco é real.
A TV Globo é o principal e até pouco tempo atrás, o mais lucrativo veículo do Grupo Globo.

Desde que Bolsonaro tomou posse, as verbas publicitárias oficiais passaram a ser distribuídas ao sabor dos interesses políticos e pessoais do ocupante do Palácio do Planalto e não mais por intermédio da chamada mídia técnica.

Vale dizer: o valor da publicidade é proporcional à audiência.

Há registros feitos pela CPI das Fake News de que essas verbas estão sendo usadas para irrigar sites conhecidos por disseminar mentiras contra o STF e o Congresso Nacional e contra adversários do presidente da República.

Sem as verbas do governo, o Grupo Globo, que sempre defendeu a redução do Estado e a iniciativa privada, está encolhendo a olhos vistos.

E, dentro dele, a TV Globo é a que apresenta mais problemas.

Mesmo preferindo chamar esse encolhimento de “reestruturação”, a realidade é que a TV Globo começa a perder a batalha junto à concorrência.

Foi obrigada a demitir, reduzir salários de jornalistas e artistas, cancelar parte de sua produção e a não renovar uma série de contratos envolvendo a cobertura de campeonatos esportivos no Brasil e no exterior.

É importante lembrar que Bolsonaro também tirou da TV Globo a exclusividade na transmissão de jogos de futebol no país.

Agora, o time mandante de campo pode decidir como quer que a partida seja transmitida. O Flamengo, por exemplo, já transmitiu com sucesso, pela internet, uma de suas importantes partidas.

Se a moda pegar, a Globo está lascada, pois ela tem no futebol uma de suas maiores fontes de recursos.

O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO

Mas os problemas da TV Globo estão longe de ser apenas esses.

As TVs Record e SBT estão avançando sobre o seu público, valendo-se das verbas que antes iam para a Vênus Platinada e do apoio ao atual governo.

Além desses dois concorrentes diretos, a TV Globo está sentindo de perto também a pressão da CNN Brasil.

A emissora estadunidense iniciou o funcionamento no país há poucos meses, mas já disputa em pé de igualdade a audiência com a Globonews.

Ao contrário do Grupo Globo, a CNN está capitalizada e tem por trás de si fortes setores empresariais nacionais e a própria matriz estadunidense.

Não deixa de ser irônico constatar que algo parecido com o feitiço utilizado pelo patriarca Roberto Marinho para alavancar a TV Globo quando do seu início, em 1965, pode se repetir.

O ilegal acordo com o grupo estadunidense Time-Life — que garantiu naquela época a arrancada da Globo sobre os concorrentes –, pode ser substituído agora, sem intermediários e de forma legal, pela CNN. Ela poderia vir a ocupar, num horizonte próximo, o espaço que tem sido da Globo.

Certamente os três herdeiros de Roberto Marinho estão atentos para isso.

Não por acaso, a família Marinho sabe que só o Estado brasileiro pode impedir que, um jogo brutal, ao sabor de interesses internacionais, ponha fim à sua história.

Óbvio que o Grupo Globo não fecharia as portas de uma hora para a outra. Mas teria destino semelhante ao do poderoso Diários Associados, do primeiro magnata da mídia brasileira, Assis Chateaubriand.

Chateaubriand, que chegou a possuir três dezenas de jornais, emissoras de rádio e de TV nas principais capitais brasileira, além de uma revista semanal, apoiou o golpe militar de 1964 e acabou tendo suas empresas engolidas por ele.

Os militares preferiram apostar em um empresário com menos poder e mais maleável e o escolhido foi Roberto Marinho.

Os Diários Associados se limitam na atualidade a uma fraca presença em Brasília e em Minas Gerais e enfrentam dificuldades até para pagar funcionários em dia.

Por trás do artigo de Seleme está também a constatação de que o candidato dos sonhos do grupo Globo, o ex-juiz Moro, não tem chances nas eleições de 2022.

Além da suspeição que deve atingi-lo por seus julgamentos marcados por lawfare contra Lula, Moro ainda corre o risco de ficar impedido de se candidatar por oito anos.

QUARENTENA

Já existe articulação no Congresso Nacional nesse sentido. Ela não envolve apenas Moro, mas o atingiria.

O Brasil é dos raros países em que juízes e integrantes do Poder Judiciário podem deixar seus cargos e candidatarem-se em seguida, sem serem obrigados a um período de quarentena.

No momento, estuda-se que a quarentena para juízes possa ser de oito anos.

O argumento é que o poder dos integrantes do Judiciário permite que alguns acabem se pautando por interesses pessoais como no caso de Moro, que virou ministro, sonhava com uma vaga no STF e agora se posiciona como candidato a candidato em 2022, até agora com o apoio da Globo.

Pragmática como é, a família Marinho não terá – como parece que não está tendo – nenhuma dor de consciência em jogar Moro ao mar.

Da mesma forma que não teve nenhum problema em divulgar as recentes operações da Lava Jato contra seus antigos amigos, os tucanos graúdos José Serra, Geraldo Alckmim e Aécio Neves, acusados, com provas, de pesada corrupção, quando eles não lhes são mais úteis.

Em recente entrevista, o ex-ministro Aloizio Mercadante disse com todas as letras que a Globo corre risco de ser destruída num segundo governo Bolsonaro.

O próprio Lula, também em entrevista, ao comentar sobre as decisões do STF que indicaram a suspeição de Moro, anunciou que está pronto para voltar à presidência da República, lembrando que depende apenas do próprio STF e da vontade do povo brasileiro.

O PEDIDO QUE FALTA

Na mesma entrevista, ao ser questionado sobre a campanha que a Globo fez contra ele e o PT, levando-o injustamente à prisão, o ex-presidente mostrou ter enorme consciência sobre tudo isso.

Deixou claro que seu governo sempre tratou o Grupo Globo e a mídia brasileira de forma republicana, reconhecendo que não é mais possível que parte dessa mídia continue a agir sem qualquer parâmetro ou compromisso com a verdade.

Ele lembrou que o Código Brasileiro de Telecomunicações é antigo, de 1962, e que precisa mudar para dar conta de tudo de novo que aconteceu em matéria de comunicação nessas seis décadas.

Lembrou que seu governo deixou pronto para Dilma Rousseff um anteprojeto de legislação democrática para a mídia brasileira, mas que ela preferiu não dar sequência ao assunto.

O recado de Lula não poderia ser mais explícito.

O artigo de Seleme veio na sequência do que disse Lula.

A leitura do artigo, no entanto, permite mais de uma interpretação.

Ao acenar com a vitória de Lula, o “porta-voz” da família Marinho pode estar lançando um alerta do que isso representa para Bolsonaro e estendendo novamente os braços para o ex-capitão.

Caberá à Globo, a partir de agora, explicitar o que realmente pretende.

Vai continuar mordendo e assoprando Bolsonaro e ir para o buraco, como está acontecendo, ou vai dar visíveis provas de que aposta na democracia e que está disposta a aprender a viver dentro das regras democráticas?

Ótimos exemplos não lhe faltam. Em todos os países democráticos, a regulação da mídia é uma realidade e nem por isso as empresas de mídia comercial deixam de ter o seu lugar e lucrarem. Só não podem manipular e nem trair a confiança do público.

Cabe agora não mais ao “porta-voz” da família Marinho, mas aos três filhos do “doutor Roberto” assinarem um editorial, na capa do jornal O Globo, com ampla repercussão nos demais veículos do grupo, com um pedindo de desculpas a Lula, ao PT e, sobretudo, ao povo brasileiro.

Para início de conversa, eles precisam reconhecer a culpa que têm em tudo de ruim que causaram ao Brasil e ao povo brasileiro nesses quatro anos de golpe.

 

*Ângela Carrato/Viomundo

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Juiz de Garantias: O Globo acusa Bolsonaro de governar em causa própria

O jornal O Globo, da família Marinho, chegou à conclusão de que Jair Bolsonaro governa para atender prioritariamente aos interesses do seu clã familiar, envolvido em denúncias de corrupção. “O presidente Jair Bolsonaro governa dando atenção prioritária aos seus próprios interesses. Da família, de currais eleitorais e de corporações que o apoiam. Não mede os riscos de decisões que toma em favor do seu entorno. Chega a retirar radares de rodovias federais para agradar a caminhoneiros. Mesmo que cresça o número de acidentes graves. E vai na mesma direção ao permitir, por meio de portaria, a venda de bebidas alcoólicas em postos de descanso de caminhoneiros localizados em perímetro urbano”, aponta editorial desta sexta-feira.

“Seguiu o mesmo tipo de visão em sanções e vetos na promulgação do pacote anticrime encaminhado ao Congresso pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Vetou, por exemplo, a triplicação de penas para punir crimes contra a honra cometidos nas redes sociais. Sabe-se como Bolsonaro e filhos usam a internet como meio de comunicação”, aponta ainda o texto.

“Entre as sanções, a mais polêmica foi a aceitação da figura do juiz de garantias, incluída no projeto pelo Congresso — de forma legítima, por óbvio”, prossegue o editorial. “Outra sugestiva coincidência é que a sanção por Bolsonaro do juiz de garantias pode ajudar seu filho Flávio, enredado em evidências de lavagem de dinheiro, por provocar um provável atraso no andamento do inquérito.”

“É possível que aumente a percepção, detectada por pesquisa Datafolha, de que o presidente não combate a corrupção como prometera na campanha”, avisa ainda O Globo.

 

 

*Com informações do 247