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Na Ucrânia correm rios de sangue e lágrimas, nenhuma gota é americana numa guerra criada pelos EUA

O mundo e os países envolvidos na guerra querem o fim dos ataques e a retomada das negociações, menos os EUA de Biden, o senhor dessa guerra.

Rússia e Ucrânia aceitam criar corredores humanitários, Biden não, porque precisa desesperadamente de mortos para usar como palanque.

Está nítido que Biden que arquitetou essa guerra porque tem a maior rejeição da história dos presidentes americanos, não quer que as negociações de paz avancem. Ele quer continuar se promovendo às custas dos oprimidos pelas bombas e pelo medo, porque nenhum deles é americano.

Uma guerra criada pelos EUA que semeia morte, destruição e miséria de outros povos sem usar uma bala e sem perder um soldado americano.

Não se trata apenas de uma operação militar, é uma guerra criada pelo império para sustentar a coroa na cabeça dos EUA.

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Embaixador russo: declarações irresponsáveis dos EUA representam risco para segurança internacional

Embaixador da Rússia nos EUA, Anatoly Antonov, disse que a retórica antirrussa de Washington está começando a representar um risco para a segurança internacional e que ele está pronto para discutir a questão do reforço da estabilidade estratégica com qualquer político dos EUA.

Rick Scott, senador republicano dos EUA, disse em uma entrevista que será transmitida neste domingo (6) que o envio de tropas dos EUA à Ucrânia não deve ser totalmente excluído.

“Você deve manter sempre todas as suas opções em aberto […] Não acho que você deva tirá-la [esta opção] da mesa”, afirmou senador citado pelo portal The Hill.

Comentando as observações de Scott, Antonov disse aos jornalistas que “a retórica antirrussa nos EUA chegou ao ponto do absurdo”.

“Há uma impressão que os políticos locais não estão totalmente cientes de suas declarações. Os slogans vindos de Washington estão se tornando cada vez mais irresponsáveis, provocatórios e, o que é mais importante, extremamente arriscados para a segurança internacional”, disse ele.

O embaixador russo salientou que as observações de Scott poderiam ser interpretados como um apelo ao confronto direto entre as principais potências nucleares. Antonov exortou os legisladores dos EUA a regressarem ao senso comum e trabalharem no sentido de restabelecer diálogo.

“Estou pronto para me reunir com qualquer político americano, incluindo membros das câmaras alta e baixa do Congresso, para discutir formas de fortalecer a estabilidade estratégica”, disse Antonov.

OTAN criou intencionalmente foco de instabilidade na Ucrânia provocando o conflito, dizem analistas

De acordo com o ex-primeiro-ministro da Ucrânia Nikolai Azarov, a operação militar especial da Rússia começou um dia antes da ofensiva das Forças Armadas ucranianas e dos batalhões nacionalistas contra Donbass, que estava marcada para 25 de fevereiro.

“Na véspera do início da operação, a mídia ocidental intensificou a narrativa da alegada concentração de tropas do Exército russo na fronteira [com a Ucrânia]. No entanto, em anos anteriores, a OTAN, sob pretexto de exercícios, enviou um grande número de soldados para as fronteiras russas do Báltico e para a zona do mar Negro. Estes exercícios representaram uma ameaça à Rússia. Pouco antes do início da operação especial russa, o Exército ucraniano começou um ataque maciço de artilharia em Donbass”, disse Hasan Erel, observador político e antigo editor turco da emissora pública da Turquia (TRT, na sigla em inglês).

A campanha da mídia ocidental, que acusava a Rússia de planejar invadir a Ucrânia, começou na primavera (outono no Hemisfério Sul) de 2021. Em abril de 2021, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o número de tropas russas perto das fronteiras ucranianas era o “mais alto” desde 2014.

Em novembro de 2021, a narrativa ganhou segundo fôlego com a agência Bloomberg dizendo que os EUA tinham informações sobre a alegada ofensiva da Rússia contra a Ucrânia, admitindo ao mesmo tempo que não era claro se Moscou iria realmente invadir. Sob o pretexto de uma aparente “invasão”, os EUA e seus aliados da OTAN intensificaram o fornecimento de armas letais à Ucrânia, enquanto milhares de militares da OTAN foram enviados para os Estados-membros do Leste Europeu para “deter” a Rússia.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, assina decretos que reconhecem a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, 21 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2022

Especialista: Rússia reconheceu repúblicas de Donbass após Ocidente ignorar exigências de segurança

Daniel McAdams, diretor do Instituto Ron Paul para a Paz e Prosperidade, aponta a “arrogância ocidental” em não cumprir os acordos de Minsk como causa das ações da Rússia.

A decisão da Rússia de reconhecer a independência das repúblicas de Donetsk e Lugansk é resultado da recusa do Ocidente em reconhecer as legítimas preocupações de segurança russas, disse na segunda-feira (21) Daniel McAdams, diretor do Instituto Ron Paul para a Paz e Prosperidade, à Sputnik.

“Os acordos de Minsk estão mortos, mas não é Putin que os matou. Foi a arrogância ocidental e a recusa de aceitar que, tal como os EUA e seus aliados, a Rússia tem preocupações de segurança legítimas, as quais, tal como qualquer outro país, recusa comprometer”, disse McAdams. Ele apontou que a Síria também já indicou que reconhecerá as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, poderá não ser a única, mas que há a incógnita da China.

McAdams criticou as previsões dadas por Washington e Londres.

“O passo de Putin hoje mostra o quão ineptos são os ‘especialistas’ dos EUA e do Reino Unido, e os funcionários governamentais que não paravam de gritar ‘A Rússia está prestes a invadir a Ucrânia’. Isso é especialmente verdade relativamente a Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional, e [Antony] Blinken, secretário de Estado dos EUA”, acrescentou.

“Sua incompetência está agora exposta. Como tenho dito todo este tempo, por que a Rússia quereria ‘deter’ Kiev? Lugansk e Donetsk estão agora separados da Ucrânia, provavelmente para sempre, sem fazer um disparo.”

Questionado sobre a potencial reação da OTAN, o especialista duvida que os aliados consigam demonstrar união.

“Para começar, elas [sanções] serão contra Lugansk e Donetsk. Isso é engraçado e confuso – será que isso significa que os EUA já reconheceram essas regiões como parte da Rússia? Porque senão, os EUA estão sancionando a Ucrânia!”, concluiu ele.

As tensões aumentaram em Donbass na última semana, com as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk relatando bombardeios por parte das Forças Armadas da Ucrânia, o que levou à evacuação temporária de civis para a região de Rostov, na Rússia. No sábado (19), as duas regiões solicitaram a Vladimir Putin, presidente da Rússia, que reconhecesse sua independência.

Na segunda-feira (21) Putin assinou decretos reconhecendo a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, e disse que a decisão era há muito esperada, e hoje (22) o Conselho de Federação da Rússia aprovou o pedido de Putin de enviar militares a esses territórios.

Em seguida vários países ocidentais aplicaram sanções a entidades realizando comércio com as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Além disso, o Reino Unido impôs sanções a bancos e empresários russos, enquanto a Alemanha anunciou que o Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) está suspenso.

*Com Sputnik

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Zelensky é o novo Moro da mídia brasileira

Aqui no Brasil, Zelensky se transformou no novo Sergio Moro. A GloboNews virou uma máquina de propaganda imperialista.

A grande mídia brasileira, que hoje é parte da oligarquia nativa, passou a ter raiva de oligarca? É isso mesmo, produção?

A GloboNews virou uma maquina de propaganda imperialista. Quanto de grana custa isso? Quanto os Marinho estão faturando?

Na Globo, o rico americano é retratado como bilionário bem sucedido, fruto de sua competência. Rico russo, é oligarca ligado a Putin.

Os EUA criaram uma guerra contra a Rússia sem usar um único soldado e sem colocar em risco um único cidadão americano.

Essa propaganda americana da Globo só mostra que sua campanha contra Dilma e Lula foi comandada pelos EUA.

Toda essa campanha russofóbica que estamos assistindo no Brasil, é comandada pelos mesmos atores do antipetismo de guerra.

Biden abre diálogo com a Venezuela para melar a relação de Putin com Maduro. Agora, a Globo é Maduro desde criancinha.

Impressiona como o imperialismo americano comanda totalmente os países da Europa. Isso explica o massacre covarde dos terroristas de Israel na palestina, isso sem qualquer crítica dos presidentes europeus, que fará qualquer sanção.

Essa guerra entre Rússia e Ucrânia escancara que o imperialismo americano é muito pior e mais perigoso do que se falava. Hitler certamente teria inveja.

Biden empurrou uma nação inteira para a morte usando os ucranianos como bois de piranha numa guerra inventada e comandada por ele.

É doloroso ver crianças, idosos, mulheres ucranianos, ou seja, o povo como um todo sofrendo com essa guerra de Biden, e ele usando isso como moeda política dentro do próprio EUA.

O que está claro é que Biden fez acordo com os nazistas para usar o povo ucraniano como bucha de canhão contra a Rússia.

Mais de 1,5 milhão de ucranianos fugiram do país numa guerra criada pelos EUA. O povo americano, seguro em casa, dorme o sono dos justos.

A pergunta que de faz é se essa guerra será capaz de reverter o derretimento de Biden que tem mais de 55% de rejeição.

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Guerra na Ucrânia é uma estratégia de Biden para salvar seu falido mandato

Essa é a conclusão, não nossa, mas do Financial Times.

Biden precisa mostrar aquele espírito de cowboy que, com um tiro, mata dez índios, como o povo americano gosta.

O próprio Biden, em seu enfadonho discurso, disse que os EUA é um país diferente dos demais, pois foi formado não por etnias ou qualquer coisa do gênero, mas por uma ideia. Isso é fato. Não há país que tenha praticado um nível tão grande de pilhagem e, consequentemente, de mortes, a começar pelos índios massacrados por essa chamada ideia, assim também como foi ideia uma escravidão que coloca os EUA, até hoje, como o país que mais segrega negros.

Certamente, foi ideia de alguém com a mente igual à de Biden que, pela primeira vez usou a bomba atômica que dizimou aproximadamente 140 mil pessoas em Hiroshima e 75 mil em Nagasaki, no Japão.

O povo americano, que tem pelas armas um fetiche doentio, parece ter uma atração incontrolável por presidentes sanguinários que posam de democratas e pacifistas.

Obama não conseguiu produzir a piada do século ao receber o prêmio Nobel da paz, mesmo junto com Biden, não conseguindo ficar um único dia sem se envolver em uma guerra?

Calcula-se que essa dupla de charmosos assassinos tenha produzido o maior morticínio da história americana. Com Obama, somente em 2016 os EUA realizaram 26.171 bombardeios.

Ou seja, se ficarmos aqui enumerando as agressões dos EUA pelo mundo, não daremos conta de alcançar a realidade.

Em última análise, os americanos gostam que os presidentes se comportem como tiranos e assassinos em outros países.

O Financial Times acusa, e com razão, Biden de promover uma guerra nas proporções de Rússia e Ucrânia para salvar seu mandato, já que é os EUA que está promovendo uma articulação internacional de um bloqueio econômico que derrube Putin.

O mundo está sequestrado por uma técnica política caseira dos EUA, porque Biden não é o único presidente a agir assim. Aliás, frequentemente assistimos presidentes americanos promovendo guerra para manter a própria cabeça em cima do pescoço.

Biden, incitando a guerra, não tem intenção de salvar a Ucrânia, mas seu próprio mandato que está com 55% de reprovação.

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Bernie Sanders diz que posição dos EUA sobre a crise na Ucrânia é ‘hipócrita’

O senador norte-americano afirmou que os EUA estão condenando uma política externa que eles mesmo praticam por meio da Doutrina Monroe.

O senador norte-americano Bernie Sanders, parlamentar independente do estado de Vermont, advertiu que o mundo poderá enfrentar “a pior guerra europeia em mais de 75 anos”, e conclamou os EUA a “fazerem todo o possível para tentar encontrar uma solução diplomática para o que poderia ser um conflito enormemente destrutivo”.

Sanders não isenta Putin de responsabilidade pela crise, mas também disse que Moscou tinha “preocupações legítimas” com a expansão da OTAN para o leste em direção à Rússia e que a rejeição das preocupações russas por parte dos EUA era “hipócrita”. Sanders expressou preocupação com “as batidas familiares dos tambores em Washington” e advertiu contra a “retórica belicosa que se amplifica antes de cada guerra”.

O senador por Vermont, uma liderança progressista no Capitólio, disse que o reconhecimento das “raízes complexas das tensões” na região é fundamental para promover uma resolução pacífica da crise. “É bom conhecer alguma história… A invasão pela Rússia não é uma resposta; nem a intransigência da OTAN”, disse Sanders. “Também é importante reconhecer que a Finlândia, um dos países mais desenvolvidos e democráticos do mundo, faz fronteira com a Rússia e escolheu não ser membro da OTAN.

“Putin pode ser um mentiroso e um demagogo, mas é hipócrita para os Estados Unidos insistir que não aceitamos o princípio de ‘esferas de influência’”, disse Sanders. Ele apontou a longa tradição da política externa dos EUA ser baseada na Doutrina Monroe, que diz que os EUA podem essencialmente fazer o que quiserem, especialmente no continente americano. Sanders observou que ela tem sido usada para derrubar “pelo menos uma dúzia de governos”.

Ele disse que mesmo que a Rússia não fosse governada por “um líder autoritário corrupto” como Putin, o governo russo “ainda teria interesse nas políticas de segurança de seus vizinhos”. “Alguém realmente acredita que os Estados Unidos não teriam algo a dizer se, por exemplo, o México fosse formar uma aliança militar com um adversário norte-americano?” perguntou Sanders.

“Os países deveriam ser livres para fazer suas próprias escolhas de política externa, mas fazer essas escolhas sabiamente requer uma séria consideração dos custos e benefícios”, acrescentou Sanders. “O fato é que os EUA e a Ucrânia entrando em uma relação de segurança mais profunda provavelmente terá alguns custos muito sérios para ambos os países”.

*Com Ópera Mundi

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Ali Khamenei: Ucrânia é ‘vítima de crises criadas pelos EUA’

O líder supremo do Irã afirma que o cenário na Ucrânia acontece por interferências feitas pelos EUA no país que acabaram levando Kiev a decisões erradas, e que é preciso identificar a raiz da questão.

Nesta terça-feira (1º), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, se posicionou em relação à operação militar especial russa na Ucrânia. Segundo o líder, Kiev é refém “das crises criadas pelos Estados Unidos”.

“O Irã apoia o fim da guerra na Ucrânia. Queremos que a guerra termine, mas a solução para qualquer crise só é possível se raiz da causa for identificada. A raiz da crise na Ucrânia são as políticas dos EUA que criam crises, e a Ucrânia é vítima dessas políticas”, afirmou Khamenei de acordo com a agência Tasnim.

Na visão do aiatolá, Washington “empurrou a Ucrânia para situação de agora”, ao “interferir nos assuntos internos do país, criando revoluções coloridas e derrubando um governo”.

“A situação da Ucrânia tem duas lições importantes. Os governos que dependem dos EUA e da Europa devem saber que seu apoio é uma miragem e não real. A Ucrânia de hoje é o Afeganistão de ontem. Os presidentes de ambos os países disseram que confiavam nos governos dos EUA e do Ocidente, mas foram deixados sozinhos”, alertou o líder.

Ontem (28), o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, assinou um pedido para entrada da Ucrânia na União Europeia. Hoje (1º), o presidente afirmou que “conosco, a União Europeia certamente será mais forte, e sem vocês a Ucrânia será solitária”.

Entretanto, para Khamenei, se o povo ucraniano estivesse mais envolvido, o governo não tomaria as decisões que vem determinando.

“Os EUA são uma manifestação da ignorância moderna, da discriminação, da opressão e da criação de crises no mundo de hoje. Basicamente, o regime dos EUA cria crises, vive de crises e se alimenta de várias crises no mundo. A Ucrânia é outra vítima desta política”, acrescentou.

*Com Sputnik

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Determinação dos EUA de expandir a OTAN cria situação imprevisível, diz ministro cubano

A persistência dos EUA em avançar com a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste está levando a consequências imprevisíveis que poderiam ter sido evitadas, disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, neste sábado (26).

Segundo o ministro, a recente aproximação dos EUA e da OTAN às fronteiras russas e a entrega de armas a Kiev equivalem a um “cerco militar progressivo”.
A Assembleia Nacional de Cuba instou os Estados Unidos a levarem as propostas de segurança de Moscou “a sério e de forma realista”, afirmando que a Rússia tem o direito de se defender.

O país apresentou suas propostas de segurança em dezembro, solicitando garantias legais contra a expansão da OTAN à leste, a adesão da Ucrânia à aliança militar e a implantação de bases militares da OTAN em regiões ex-soviéticas.

De acordo com o presidente russo Vladimir Putin, as propostas sobre a segurança europeia foram rejeitadas de imediato pelos parceiros ocidentais.
Apesar da promessa feita na década de 1990 de que a aliança não “se moveria uma polegada” para o leste, a OTAN vem avançando há alguns anos em direção às fronteiras russas.

Na última quinta-feira (24), a Rússia anunciou uma operação militar especial na Ucrânia após o pedido das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk para defendê-las da agressão de Kiev.

Donbass, um distrito composto majoritariamente por russos, está sob pressão e ataques regulares desde 2014, quando o governo nacionalista de direita tomou o poder em Kiev em um golpe apoiado pelos EUA.

*Com Sputnik

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China chama EUA de ‘verdadeira ameaça ao mundo’ compartilhando lista de países bombardeados

Sputnik – A embaixada da China na Rússia qualificou os Estados Unidos de “ameaça real ao mundo”.

Neste sábado (26), os diplomatas chineses retuitaram uma imagem compartilhada anteriormente por Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, que enumera os países que foram bombardeados por Washington desde a Segunda Guerra Mundial.

“Nunca se esqueçam quem é a verdadeira ameaça ao mundo”, lê-se na imagem.

Em 25 de fevereiro a missão diplomática chinesa na Rússia escreveu em sua conta no Twitter que “dos 248 conflitos armados ocorridos entre 1945 e 2001 em 153 regiões do mundo, 201 foram iniciados pelos EUA, o que representa 81% do número total”.

Além disso, a embaixada da China ressaltou que Washington é “culpado das atuais tensões em torno da Ucrânia”, acrescentando que “se alguém continua jogando óleo na chama enquanto acusa outros de não fazerem o seu melhor para apagar o fogo, esse tipo de comportamento é claramente irresponsável e imoral”.

Anteriormente Pequim pediu que as exigências de segurança da Rússia fossem levadas em consideração nas condições de expansão da OTAN, disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.

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Pandemia e Ucrânia aceleram decadência da hegemonia norte-americana no mundo

“O destino dos Estados Unidos no novo século passa a ser uma incógnita”, analisa Emir Sader,

O século XX terminou com a disputa entre o declínio da hegemonia imperial norte-americana e a ascensão das forças favoráveis a um mundo multipolar no centro da luta política mundial. Se projetava já como a disputa central para o novo século.

O século XXI acelerou essas disputas. Em primeiro lugar com o surgimento da pandemia, que revelou a debilidade dos Estados Unidos para enfrentá-la e a forma muito mais exitosa da China para encarar seus efeitos. Já se revelava como um fator que acelerava o enfrentamento central no novo século.

Quando a pandemia parecia ser o fator determinante da entrada do século XXI, que marcaria todo o novo século, surgiu a guerra da Ucrânia. Porém, esta já se deu no novo marco de alianças entre a Rússia e a China, que formaliza um longo processo de aproximações entre as duas potências. Ao mesmo tempo em que o governo de Donald Trump e seus desdobramentos – incluída a invasão do Capitólio – revelavam a crise do sistema político norte-americano e a força de uma direita transformada em extrema direita nos Estados Unidos. Um elemento novo de enfraquecimento da capacidade de hegemonia política no mundo, que sempre se orgulhava do seu modelo de democracia.

A terceira década do novo século projeta assim uma nova forma de guerra fria. A primeira se assentava no equilíbrio relativo entre os Estados Unidos e a União Soviética, com a superioridade econômica e tecnológica dos EUA, e um equilíbrio entre as duas potências no plano militar.

Desde que a URSS explodiu sua bomba atômica, se impôs aos EUA um equilíbrio catastrófico, em que uma nova guerra mundial deixava de ser possível, porque as duas potências se destruíram mutuamente. Foi nesse marco que surgiu a guerra fria.

Em que os conflitos entre os dois blocos – liderados pelos EUA e pela URSS – se enfrentavam, mas em um marco de convivência, com pactos políticos e diferenças entre eles. A crise em Cuba e os conflitos em torno de Berlim foram os momentos de maior risco de enfrentamento aberto entre os dois blocos. Porém, no marco do equilíbrio catastrófico vigente, encontraram formas de resolução pacífica dos conflitos.

Na primeira guerra fria eram características a superioridade do bloco ocidental no plano econômico, apoiada nas economias norte-americana, europeia e japonesa, diante do atraso relativo da URSS e dos outros países do bloco dirigido por ela. Os EUA se valiam disso para influenciar a situação interna da URSS como propaganda do sucesso econômico do capitalismo e as tentações do consumismo de mercado.

A combinação desses fatores, mais o congelamento da situação interna da URSS, incapaz de renovar-se como economia e de democratizar-se – especialmente marcantes durante o longo governo de 18 anos de Brejnev -, terminou levando à crise interna da URSS. Pela primeira vez uma grande potência na história da humanidade praticamente se desfazia desde dentro, sem ser derrotada numa guerra.

A desaparição da URSS e do campo socialista fez o mundo voltar a um período de hegemonia unipolar em escala mundial, sob a direção dos Estados Unidos, inexistente desde a hegemonia britânica do século XIX.

Mas esse cenário teve vida curta. As transformações na Rússia sob Putin e os avanços da China impuseram rapidamente uma nova situação. A nova guerra fria é bem diferente da anterior. Os Estados Unidos estão mais fracos e as forças alternativas, favoráveis a um mundo multipolar, agrupadas nos Brics, têm uma força crescente.

O acordo estratégico entre a China e a Rússia se dá paralelamente a um enfraquecimento da própria hegemonia norte-americana sobre o seu campo. Na guerra da Ucrânia, a França e a Alemanha foram tentadas a tomar iniciativas próprias, sem confiança na oscilante atuação de Biden na coordenação do campo imperialista.

Comparado com a força que tinha na primeira guerra fria, seja no campo político, econômico, tecnológico e mesmo militar, os Estados Unidos são flagrantemente mais débeis. Na crise da Ucrânia até mesmo a superioridade militar norte-americana se revelou relativa, conforme a iniciativa e a audácia da Rússia neutralizou sua capacidade de ação.

Ao mesmo tempo, as eventuais vitórias de Lula e de Petro podem conformar uma América Latina mais forte e coordenada que nunca, que fortalece aos Brics e o surgimento de um mundo multipolar.

A nova guerra fria será assim muito diferente da primeira, menos estável no equilíbrio de forças entre os dois blocos, com tendência ao fortalecimento das forças emergentes e declínio dos EUA.

O século XXI continuará a ser um século de disputa entre o declínio da hegemonia norte-americana e a ascensão das forças favoráveis a um mundo multipolar. Mas tanto a pandemia como a guerra da Ucrânia aceleram essa disputa, acentuando o resultado favorável a estas últimas. O destino dos Estados Unidos no novo século passa a ser uma incógnita.

O eventual retorno de Donald Trump à presidência dos EUA pode representar uma forma de convivência com Putin e a própria China ou uma nova forma de enfrentamento, conforme Trump se dê conta de como o prestígio dos EUA e seus reflexos no eleitorado norte-americano têm efeitos muito importantes também eleitoralmente.

A terceira década do século XXI se revela decisiva para os destinos do mundo em toda a primeira metade do século e talvez até mesmo para todo o novo século. A disputa entre o declínio da hegemonia norte-americana e a força crescente das forças favoráveis a um mundo multipolar deve levar o mundo, já no final desta década, a um cenário político distinto, novo, com um papel determinante dos Brics.

*Publicado no 247

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Submarino nuclear dos EUA foi detectado nas águas territoriais da Rússia, diz Moscou

Submarino dos EUA ignorou o aviso para deixar as águas territoriais da Rússia, anunciou neste sábado (12) o Ministério da Defesa russo.

No sábado (12) foi detectado um submarino nuclear dos EUA da classe Virginia perto da ilha Urup, nas ilhas Curilas, disse o Ministério da Defesa da Rússia, informa o Sputnik.

“[…] Às 10h40 [horário de Moscou, ou 02h40, no horário de Brasília], foi detectado um submarino de classe Virginia da Marinha dos EUA na área das manobras programadas da Frota do Pacífico, nas águas territoriais da Federação da Rússia, perto da ilha de Urup, nas ilhas Curilas”, indicou o órgão do governo russo.

O ministério relatou que foi transmitida à tripulação americana uma mensagem no idioma inglês e russo: “Vocês estão em águas territoriais da Rússia. Emerjam imediatamente!”. No entanto, a exigência russa foi ignorada.

Destróier norte-americano USS Chafee - Sputnik Brasil, 1920, 16.10.2021

Pentágono nega que destróier americano tenha ameaçado violar fronteira da Rússia no mar do Japão.

“Em conformidade com os documentos orientadores sobre a defesa das fronteiras marítimas da Federação da Rússia, a tripulação da fragata Marshal Shaposhnikov da FP [Frota do Pacífico] aplicou os meios apropriados”, indica a informação do Ministério da Defesa russo, acrescentando que o submarino dos EUA usou um simulador autopropulsado para duplicar o alvo nos radares, antes de abandonar as águas territoriais russas a grande velocidade.

Como referiu o comunicado, a Frota do Pacífico da Rússia está conduzindo manobras navais, e segue controlando o ambiente marítimo para impedir a violação das fronteiras territoriais do país.

Resposta diplomática da Rússia

Em resposta ao evento, o Ministério da Defesa da Rússia revelou ter convocado o adido militar dos EUA.

“Tendo em conta a violação, por um submarino da Marinha dos EUA, da fronteira da Federação da Rússia, o adido militar da embaixada dos EUA em Moscou foi convocado ao Ministério da Defesa da Rússia”, informou o órgão, adicionando que entregou uma nota ao adido militar.

A nota qualifica de violação grosseira do direito internacional as ações do submarino norte-americano.

“As ações provocativas do navio da Marinha dos EUA criaram uma ameaça à segurança nacional da Federação da Rússia. O Ministério da Defesa da Rússia insiste na necessidade de os EUA tomarem medidas para evitar tais situações no futuro”, escreveu o ministério russo, e acrescentou que não excluir tomar quaisquer medidas que garantam a segurança da Rússia.

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