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Ao vivo, Jornalista da CNN, perde a paciência com oficial do exército de Israel pelo massacre ao campo de refugiados

Jornalista da CNN, em entrevista com um oficial do exército de Israel, pergunta sobre o ataque ao campo de refugiados em Gaza, sem esconder a irritação com o massacre de civis.

O constrangimento está estampado na cara do oficial do exército terrorista de Israel.

Isso deixa claro que a opinião pública mundial, junto com muitos jornalistas, expressa cada vez mais o repúdio ao holocausto contra os palestinos, promovido pelos sionistas e, por outro lado, a escola de desculpas e mentiras, que sempre foi tática dos massacres de Israel, já não convence mais ninguém.

Israel está totalmente desmoralizado.

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Mundo

Irã realiza exercícios massivos com mísseis e drones e alerta que o exército ‘está com o dedo no gatilho’ enquanto as tensões aumentam

A última escalada da crise palestiniana-israelense para outra guerra de tiros deu origem a receios de que o arqui-inimigo israelita, o Irão, possa ser arrastado para o conflito. Mas embora Teerão tenha manifestado vontade de apoiar “qualquer solução política” para parar o derramamento de sangue, algumas autoridades israelitas e norte-americanas apresentaram planos para atingir a República Islâmica.

A Força Terrestre do Exército Iraniano “está com o dedo no gatilho” e está pronta para responder a “qualquer ameaça, em qualquer ponto, em qualquer escala e no menor tempo possível”, anunciou o Comandante da Força Terrestre Kioumars Heydari.

Falando aos repórteres no sábado, no segundo e último dia dos exercícios instantâneos Eqtedar 1402 (lit. ‘Power 2023’), Heydari disse que os exercícios eram “um exercício de treinamento para responder a ameaças inesperadas” e pretendiam transmitir “uma mensagem de paz e amizade, especialmente para os países vizinhos, e projectar o poder da República Islâmica do Irão junto dos seus inimigos.”

Os exercícios de sexta e sábado, realizados na província de Isfahan, no centro do Irã, contaram com a participação de todas as unidades do comando da Força Terrestre do Exército e envolveram manobras de tanques em grande escala e o uso de uma série de equipamentos e armamentos novos e atualizados, incluindo o Shafaq , Almas e Dehlaviyeh mísseis terra-solo e ar-solo. Os mísseis foram disparados contra alvos entre 8 e 20 km de distância.

Os exercícios também incluíram missões noturnas durante a noite de sexta a sábado, envolvendo helicópteros equipados com visão noturna, interferência de radar e mísseis de longo alcance.

Nesta foto divulgada quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, pelo Exército Iraniano, tropas participam de um exercício militar.  Os militares do Irã iniciaram um exercício de forças terrestres na terça-feira ao longo da costa do Golfo de Omã, informou a TV estatal, o mais recente de uma série de exercícios instantâneos que o país está realizando em meio à escalada de tensões sobre seu programa nuclear e à campanha de pressão de Washington contra Teerã.  - Sputnik Internacional, 1920, 27/10/2023

Nesta foto divulgada quarta-feira, 20 de janeiro de 2021, pelo Exército Iraniano, tropas participam de um exercício militar. Os militares do Irã iniciaram um exercício de forças terrestres na terça-feira ao longo da costa do Golfo de Omã, informou a TV estatal, o mais recente de uma série de exercícios instantâneos que o país está realizando em meio à escalada de tensões sobre seu programa nuclear e à campanha de pressão de Washington contra Teerã.

https://twitter.com/i/status/1717857120580722937

O Irão demonstrou repetidamente a sua capacidade e prontidão para defender a sua soberania e interesses, mesmo nas probabilidades de David versus Golias, derrubando um drone espião americano de 220 milhões de dólares que se intrometia no seu espaço aéreo em 2019, e fazendo chover mísseis balísticos contra bases dos EUA no Iraque no início de 2020, após o assassinato não provocado pelos EUA do comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica em Bagdá.

Uma vista aérea mostra edifícios destruídos em al-Zahra, ao sul da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após o bombardeio israelense durante a noite, em meio às batalhas em curso entre as FDI e o grupo palestino Hamas.  - Sputnik Internacional, 1920, 27/10/2023

Uma vista aérea mostra edifícios destruídos em al-Zahra, ao sul da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após o bombardeio israelense durante a noite.

*Sputnik Brasil

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Opinião

Os terroristas do exército de Israel são infinitamente piores que os terroristas dos outros

Nada adianta os pró-sionistas acusarem o Hamas de grupo terrorista, isso não produzirá um equilíbrio de forças entre opressores e oprimidos, até porque o Hamas nasceu 41 anos depois dos atos terroristas dos sionistas.

Para começo de conversa, qualquer ação colonialista é, em última análise, uma ação terrorista. É fácil imaginar, é só ver o que os índios brasileiros sofrem até hoje com ações grileiros, madeireiros, garimpeiros e outros eiros, que viveram os últimos quatro anos pendurados na aba do, agora, bichado bolsonarismo.

Isso é um troço que mistura milícia com tráfico, com contrabando de madeira e de ações do governo Bolsonaro que chegouu, por exemplo, ao genocídio dos Yanomami.

Mas aqui não se quer ficar eternamente traçando esse paralelo, basta os laços afetivos entre os monstros, Netanyahu e Bolsonaro.

O que está acontecendo com os cidadãos do mundo, nesse momento, é um repúdio coletivo às ações covardes do Estado terrorista de Israel contra a população indefesa da Faixa de Gaza, onde bebês, crianças, grávidas, idosos doentes sofrem um cerco criminoso comandado a ferro e fogo por Benyamin Netanyahu.

Isso fez com que a União Europeia repensasse e mudasse de decisão em relação à suspensão da ajuda humanitária à Palestina.

Ninguém está comemorando as mortes pelos ataques do Hamas, ao contrário, o que está sendo cobrado é o silêncio ensurdecedor das mídias hegemônicas mundo afora e das grandes potências sabujas dos EUA.

Aqueles que, na mídia e nas redes, querem dar aula de práticas da história do terrorismo, é bom abrir o portão e começar a contar a história desde 1948, incluindo as primeiras ações terroristas de Israel, repetidas sistematicamente numa continuidade sinérgica ao aumento do espaço físico dos colonizadores israelenses para o império das trevas chamado Israel, que jamais quis dialogar com grupos considerados no mundo como moderados que reivindicam o reconhecimento da Palestina como Estado.

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Política

Vídeo: Os kids pretos: O papel da elite de combate do Exército nas maquinações golpistas

Allan de Abreu – Piauí*

O assessor da Secretaria-Geral da Presidência da República, Mario Fernandes, general da reserva do Exército, estava indignado com a derrota de Jair Bolsonaro na eleição. Em meados de novembro, quando centenas de bolsonaristas clamavam por um golpe reunidos em frente aos quartéis pelo país afora, Fernandes decidiu fazer uma conclamação. No grupo de WhatsApp que reunia colegas militares, mandou uma carta endereçada ao então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que não estava no grupo, mas recebera a mensagem do próprio Fernandes minutos antes. Ele escreveu:

– É agora ou nunca mais, comandante, temos que agir! E não existe motivação maior do que a proteção e o futuro desta grande nação e de seus filhos… Os nossos filhos!

A ação que o general pedia era um “evento disparador” capaz de deflagrar a virada de mesa. Ele não diz com todas as letras o que vinha a ser o tal evento, mas explica que deveria ocorrer “a partir da ação das forças de segurança contra as massas populares, com o uso de artefatos como gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral” e, em seguida, dá sugestões de local. “Tudo isso bem próximo ou em nossas áreas militares!” No Brasil, não é raro aparecer generais de pijama, como são chamados os aposentados que não têm comando de nada, desfraldando bandeiras golpistas, com uma verve meio amalucada.

O apelo de Mario Fernandes, no entanto, recorria a um elo comum: ele e o então comandante são “kids pretos”, o apelido dado aos especialistas em operações especiais do Exército, que são altamente treinados, entre outras técnicas, em ações de sabotagem e incentivo à insurgência popular – as chamadas “operações de guerra irregular”. Os kids pretos são, também, chamados de “forças especiais”. Eles compõem a elite de combate do Exército. Em sua mensagem, Fernandes sempre se refere a Freire Gomes como comandante, em letras maiúsculas. Mas, no final do texto, reforçando a camaradagem, chama-o de kid preto, também com maiúsculas.

Essa turma forma o grupo preferido de Bolsonaro na corporação. Nos tempos de Academia Militar das Agulhas Negra (Aman), Bolsonaro queria ser um força especial, também conhecidos como FE. Fez o curso de paraquedismo, a primeira etapa da formação, e submeteu-se à prova de ingresso duas vezes – foi reprovado em ambas. Três décadas depois de amargar uma expulsão branca do Exército, em razão de ter planejado um atentado a bomba no sistema de abastecimento de água do Rio, Bolsonaro chegou ao poder em Brasília e cercou-se dos kids pretos – única força em que Bolsonaro dizia confiar plenamente.

Um deles era o general Luiz Eduardo Ramos, que foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e, também, da Casa Civil. Outro era o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro que se encontra preso e, certamente, é o militar mais enrolado nas falcatruas do governo, do contrabando das joias sauditas à falsificação da carteira de vacinação contra a Covid, passando por toda sorte de manipulação com dinheiro vivo dentro do palácio. (Na operação pega-joia, houve o envolvimento de outros dois kids pretos: Cleiton Henrique Holzschuk, que tentou registrar as joias como bem privado de Bolsonaro, e Marcelo da Costa Câmara, que gerenciava o acervo particular do ex-presidente.)

Em quatro anos, a gestão de Bolsonaro convocou pelo menos 26 kids pretos. Além do general Ramos e do coronel Cid, nomeou o general Eduardo Pazuello, que fez a desastrosa gestão do Ministério da Saúde na pandemia. Seu principal auxiliar era o coronel Elcio Franco Filho, outro kid preto. O coronel ficou conhecido por não ter respondido ao e-mail da Pfizer oferecendo vacinas ao Brasil, depois por ter autorizado a compra de vacina superfaturada e, mais recentemente, por aparecer num áudio em que se discutia a mobilização de 1,5 mil soldados para dar um golpe e devolver o poder a Bolsonaro.

Mesmo antes da vitória de Bolsonaro, os kids pretos sabiam da predileção pelo grupo e já tinham planos de tutelá-lo. Em março de 2018, por exemplo, o general Luiz Eduardo Ramos participava de um jantar com outros militares brasileiros quando resolveu telefonar para o então deputado federal Jair Bolsonaro. Depois de uma rápida conversa, cujo conteúdo a piauí desconhece, Ramos desligou o telefone e confidenciou aos presentes: “Estão vendo? Esse cara está nas nossas mãos. Se ele for eleito, a gente vai governar por ele.” Coube ao general Ramos a articulação para que Bolsonaro colocasse no comando do Exército o general Freire Gomes, outro kid preto.

general Freire Gomes não atendeu ao apelo de Mario Fernandes no WhatsApp, mas a crônica do golpe inclui mais de uma tentativa de promover um “evento disparador”. Em 12 de dezembro, dia em que Lula era diplomado como presidente, bolsonaristas incendiaram cinco ônibus, três automóveis e uma viatura do Corpo de Bombeiros, e tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, em protesto contra a detenção de um indígena xavante. Depois, em outro “evento disparador”, depredaram a sede dos três poderes da República, no dia 8 de janeiro.

Três dias antes do protesto de 12 de dezembro, a Agência Brasileira de Inteligência detectou que, entre os xavantes, havia três kids pretos infiltrados. Um agente da Abin, que conversou com a piauí sob anonimato por não ter autorização formal para se manifestar publicamente, disse o seguinte: “Tudo indica que os militares usaram esses indígenas como massa de manobra. Isso porque, em alguns casos, o Estatuto dos Povos Indígenas atenua a responsabilidade civil e criminal.” A informação não foi registrada em relatório e, assim, acabou sendo ignorada. (A prática de não produzir relatórios tornou-se mais comum durante a pandemia. Como Bolsonaro ficava irritado ao saber do avanço da Covid em informes da Abin, os agentes passaram a ignorar o assunto.)

No dia 8 de janeiro, o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, um kid preto que dirigiu o setor de Logística do Ministério da Saúde no governo Bolsonaro, gravou a si mesmo na intentona golpista e divulgou as imagens nas redes sociais. “Quero dizer que eu tô arrepiado aqui”, festejou, enrolado numa bandeira do Brasil, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo com olhos irritados pelo gás lacrimogêneo da Polícia Militar, elogiava a corporação. “O pessoal tá aplaudindo a Polícia Militar, porque a gente sabe que eles cumpriram ordem. […] Tem que ser aplaudidos, sim.”

Outros dois kids pretos da reserva recorreram ao Twitter. O coronel José Placídio Matias dos Santos fez um apelo ao general Júlio Cesar de Arruda, então comandante do Exército (a Polícia Federal ainda não sabe se ele estava ou não na Praça dos Três Poderes): “O Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. Força!!” Pouco depois, nova mensagem: “Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA entrarem no jogo, desta vez do lado certo.” No dia seguinte, fez uma provocação: “Será que o pessoal sabe que na manifestação de ontem em Brasília havia centenas de militares da ativa?” De Portugal, onde vive, o coronel Fernando de Galvão e Albuquerque Montenegro, outro kid preto, também tentou insuflar os golpistas. “Patriotas brasileiros, ignorem a grande imprensa nacional e internacional. Qualquer manifestação contra o establishment será sempre apresentada como atos antidemocráticos. Façam o que deve ser feito.”

Os três foram procurados pela piauí. O general Ridauto Fernandes não quis falar de sua presença no meio da massa golpista e limitou-se a dizer que sempre pautou sua conduta “pela legalidade, que está embutida no conceito da disciplina”. O coronel Placídio negou que as postagens golpistas no Twitter fossem de sua autoria. “Eu não incentivei [o golpe]. Ao contrário, repudio veementemente as depredações que ocorreram naquele dia. Eu não estava em Brasília e soube do ocorrido pelas notícias. Além disso, havia várias postagens na minha conta [do Twitter] que definitivamente não foram de minha autoria.” O coronel Montenegro não retornou o contato da piauí.

As forças de segurança reagiram ao 8 de janeiro exatamente como previra o general Mario Fernandes na sua conclamação golpista no WhatsApp: com o uso de bombas de efeito moral em área cuja segurança é de responsabilidade militar – no caso, o Palácio do Planalto. “O objetivo desses radicais claramente era causar comoção social e pressionar as Forças Armadas a promover a intervenção militar”, diz Carlos Fico, professor de história do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autor de vários livros sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar. Procurado pela piauí, o general da reserva Mario Fernandes também preferiu não se manifestar. O Exército, por sua vez, informou apenas que quaisquer informações sobre o 8 de janeiro só serão repassadas aos órgãos que investigam os atos golpistas – no caso, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

Os vídeos da intentona golpista mostram ações próprias de quem teve treinamento militar. Antes de chegar à Praça dos Três Poderes, os bolsonaristas se depararam com uma longa fileira de gradis, unidos um ao outro, que os impedia de avançar. Não era possível derrubar os gradis com 1, 2 ou 3 homens. O que se vê na imagem é uma ação coordenada, com vários se postando em lugares diferentes ao longo dos gradis e empurrando-os ao mesmo tempo. “É pura tática militar”, diz um oficial do Exército ligado aos FE que preferiu não ser identificado para não se indispor com os colegas de farda. Depois, em outra tática militar, os gradis são convertidos em escada para que os baderneiros desçam do teto do Congresso até o Salão Verde da Câmara. Ao chegarem à Praça, os golpistas se dividem em três. Um grupo vai em direção ao Congresso, outro se dirige ao STF e um terceiro caminha para o Palácio do Planalto. “Isso denota planejamento. A tendência natural de toda multidão é caminhar unida, numa única direção”, diz o militar.

Em conversa com a piauí, um policial do Senado contou que os baderneiros estavam divididos em duas linhas. A primeira, formada só por homens, cuidava do enfrentamento direto com a polícia e do arrombamento de portas e janelas do Congresso. A segunda, composta principalmente por idosos, distribuía água mineral para que o “primeiro pelotão” reduzisse os efeitos do gás lacrimogêneo e do gás de pimenta no rosto. “Assim que invadiram o Senado, percebemos que eles logo procuravam as mangueiras anti-incêndio para espalhar pelo ambiente e minimizar os efeitos do gás”, disse o policial.

Pelos vídeos da quebradeira é possível notar que alguns dos vândalos usavam luvas de couro para atirar de volta as bombas de gás. “Enquanto expele o gás, esse dispositivo fica muito aquecido e só pode ser recolhido com luvas. Um civil sem treinamento dificilmente se prepararia para isso”, afirma o militar do Exército. As postagens dos golpistas antes do 8 de janeiro deram algumas dicas, mas não recomendaram o uso de luvas. Exemplo de uma postagem bastante popular que convocava para a manifestação: “Ao ver uma granada de gás lacrimogêneo, não corra para pegá-la. Espere o pino sair, aí sim, pode pegá-la e arremessá-la de volta.”

O caso potencialmente mais grave aconteceu na invasão ao prédio do Senado. Ali, os golpistas atiraram uma granada do tipo GL-310, apelidada de “bailarina” por saltitar no chão enquanto dispara o gás lacrimogêneo, evitando que o alvo a capture e lance o artefato de volta. “O estranho é que as polícias do Senado e da Câmara não têm esse tipo de granada. Então isso veio de fora”, diz o policial do Senado entrevistado pela piauí. Os portais da Transparência da Câmara e do Senado, de fato, não apresentam nenhuma compra desse tipo de granada. A outra força de segurança que participou da contenção dos bolsonaristas, a PM do Distrito Federal, também não usa esse artefato, segundo um oficial ouvido pela reportagem. Já o Exército, esse sim, utiliza a GL-310 em larga escala para treinamentos militares, inclusive nos cursos dos kids pretos. Até agora, os investigadores da Polícia Federal nem sequer estão investigando o aparecimento, em meio aos protestos, de uma arma usada pelo Exército.

Ao contrário do que ocorre no Congresso e no STF, a segurança do Palácio do Planalto fica a cargo do Exército. Dois órgãos executam a tarefa: o Comando Militar do Planalto e o Gabinete de Segurança Institucional. No 8 de janeiro, o CMP estava sob a chefia do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, um bolsonarista fiel. Já o GSI era comandado pelo general Marco Edson Gonçalves Dias, que trabalhou na segurança de Lula nos dois primeiros mandatos do petista. Por coincidência, os dois generais são kids pretos. O general G.Dias, como é conhecido, pediu demissão do cargo depois que a CNN Brasil divulgou imagens mostrando sua inação diante dos invasores do palácio. O general Dutra de Menezes foi afastado do Comando Militar do Planalto em fevereiro e exonerado em abril.

Os investigadores suspeitam que a ação dos kids pretos podem ter algum envolvimento com os ataques ocorridos depois do 8 de janeiro. Nos dias subsequentes, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou uma série de sabotagens em torres de transmissão de energia elétrica pelo Brasil. Quatro torres foram derrubadas (3 em Rondônia e 1 no Paraná) e dezesseis, danificadas (6 no Paraná, 3 em São Paulo, 6 em Rondônia, 1 em Mato Grosso). Os ataques a instalações de infraestrutura fazem parte do treinamento das forças especiais, mas não é um ensinamento exclusivo deles.

Apesar da onipresença no governo e as suspeitas de ações subterrâneas, os kids pretos compõem apenas 0,25% do contingente do Exército.

filme Tropa de Elite, de 2007, trouxe a público o sadismo e a crueldade do treinamento dos soldados do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), no Rio de Janeiro. O curso do Bope, na verdade, foi inspirado no treinamento dos kids pretos do Exército, no Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói. Ali, os sargentos e oficiais precisam demonstrar resistência física e psicológica extrema ao longo dos doze meses. Se aprovados, passam a integrar um dos quatro batalhões do Comando de Operações Especiais (COpEsp), todos eles instalados em Goiânia, ou a 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.

É por isso que as “brigadas de operações especiais em Goiânia” aparecem duas vezes nos áudios que vieram a público depois da apreensão do celular de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que está preso desde o dia 2 de maio. Num diálogo obtido pela polícia, Ailton Barros, um ex-paraquedista expulso do Exército nos anos 2000 e muito próximo de Bolsonaro, defende que o golpe, bem como a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, são tarefas para os kids pretos. Diz ele: “Tem que ser dada a missão às Brigadas de Operações Especiais de Goiânia pra prender o Alexandre de Moraes no domingo na casa dele, como ele faz com todo mundo. E na segunda-feira ser lido o decreto de GLO [Garantia da Lei e da Ordem] e botar o Exército pra agir.”

Em outra conversa, dessa vez com Elcio Franco Filho, o militar enrolado com as vacinas da Covid, Ailton Barros volta a radicalizar e a evocar os kids pretos: “Esse Alto Comando de merda que não quer fazer as porras! É preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1,5 mil homens.” O comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia era o general Carlos Alberto Rodrigues Pimentel. Mas, em janeiro, o Exército escolheu outro militar para comandar um dos quatro batalhões de kids pretos em Goiânia. Seu nome: o coronel Mauro Cid. Como se sabe, essa indicação foi a gota d’água: o presidente Lula demitiu o comandante do Exército, Júlio Cesar de Arruda, e nomeou o general Tomás Paiva.

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Política

Cid fardado é resultado de ‘caminho sem volta’ para Exército

O Exército afirma que orientou o tenente-coronel Mauro Cid a ir novamente fardado no depoimento desta quinta-feira na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Segundo a Força, o uso da farda pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na comissão se deu por “coerência”. O Exército definiu que aqueles que estão respondendo a acusações que cometeram no exercício da função militar e seguem na ativa irão a CPIs com farda, segundo .

Integrantes da cúpula do Exército admitem que o uso da vestimenta traz mais desgaste à imagem da Força, mas afirmam que esse era um “caminho sem volta”, já que Cid foi fardado no primeiro depoimento. Se Cid comparecesse hoje com roupa civil, deixaria evidente que o Exército errou ao se submeter à pressão familiar do ex-ajudante de Bolsonaro.

Naquela ocasião, os militares cederam aos apelos do general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens, que insistiu para que o filho usasse a farda. O general já não goza do mesmo respeito na caserna, desde que a Polícia Federal revelou que o militar vendeu bens que Bolsonaro recebeu como presidente e que pertencem ao Estado brasileiro.

Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército informou “que todos os militares da ativa do Exército, convocados a prestar depoimentos à CPMI ou a outros órgãos semelhantes, em função da natureza militar do cargo desempenhado, comparecem devidamente uniformizados, da mesma forma como participam dos atos realizados no âmbito do Poder Judiciário.”

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Política

Exército pagou R$ 4,6 milhões em pensão para ex-esposa de “segundo irmão” de Bolsonaro, preso por fraudar cartões de vacinação

O Exército desembolsou um total de R$ 4,6 milhões em pensões para Marinalva Barros, ex-esposa de Ailton Barros, após sua expulsão da corporação, informa o UOL. Ailton, que era tratado como “segundo irmão” por Jair Bolsonaro (PL), está preso sob suspeita de envolvimento em um esquema de falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19, que teria beneficiado o ex-presidente.

O pagamento das pensões a Marinalva ocorreu ao longo de 14 anos, entre abril de 2009 e abril deste ano, totalizando o valor bruto de R$ 4,6 milhões (ou R$ 3,3 milhões sem correção pela inflação). Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Curiosamente, nos registros do Exército, Ailton é considerado “morto ficto” para fins burocráticos, o que permitiu que Marinalva continuasse a receber a pensão, mesmo ele estando vivo.

Ao ser procurada, Marinalva afirmou que não é mais casada com Ailton, porém, continua sendo a destinatária da pensão do ex-major, conforme consta no Portal da Transparência do governo federal. Ela limitou-se a dizer: “prefiro ficar neutra disso tudo”, referindo-se às suspeitas contra o ex-marido.

A pensão foi instituída em outubro de 2008, mas o primeiro pagamento só foi realizado em abril do ano seguinte, e atualmente corresponde a uma renda mensal bruta de R$ 22,8 mil (ou líquida de R$ 14 mil). Ailton Barros foi expulso do Exército em 2006, após ser condenado pela Justiça Militar por jogar seu carro contra dois militares. Durante o processo de desligamento, ele foi promovido a major. Aliado de Bolsonaro, Ailton candidatou-se a deputado pelo PL em 2022, mas não foi eleito.

A existência de pensões pagas a herdeiros de militares vivos é uma peculiaridade, uma vez que os militares têm 10,5% de seus salários descontados mensalmente para que seus beneficiários recebam pensão após sua morte. No entanto, uma lei de 1960, mantida na última reforma previdenciária, garante o benefício a militares expulsos que ainda estão vivos.

O UOL procurou a defesa, parentes e o partido de Ailton, o PL, mas não conseguiu localizar representantes para se pronunciarem em seu nome. O Exército reforçou a legalidade dos pagamentos da pensão à ex-esposa de Ailton, enquanto o procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, solicitou a suspensão dos pagamentos à herdeira de Ailton, questionando a falta de proporcionalidade prevista na lei.

Além do caso das pensões, Ailton Barros encontra-se envolvido em um escândalo de falsificação de cartões de vacinação. A operação que desvendou o esquema prendeu Ailton e outras cinco pessoas em maio. Ailton e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, são suspeitos de adulterar cartões de vacinação.

A investigação revelou a existência de uma estrutura criminosa para falsificar dados de vacinação, que também teria beneficiado Bolsonaro, sua filha e assessores, possibilitando a emissão de certificados falsos para burlar restrições sanitárias no Brasil e nos EUA.

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Opinião

Silêncio de Mauro Cid não impede que seu celular fale pelos cotovelos

Fim de carreira para um oficial que desonrou a farda do Exército.

Só o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, preso há 15 dias, sabe exatamente o que seu celular pode estar contando à Polícia Federal. Ou, a essa altura, já contou.

Informações vazadas dão conta de que o celular já falou sobre o golpe de 8 de janeiro, que culminaria com a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Falou que Moraes seria levado para um local incerto e não sabido, próximo a Brasília. Uma vez devolvido ao poder pelos militares, Bolsonaro governaria por meio de decretos.

O celular falou longamente sobre o esquema de pagamento de despesas de Michelle, um tipo de rachadinha que causou muita preocupação a Mauro Cid. Michelle manteve-o mesmo assim.

Não bastasse, o celular falou sobre as joias milionárias contrabandeadas da Arábia Saudita e do empenho de Bolsonaro em reavê-las. Parte delas, ele conseguiu reaver, e escondeu.

Loquaz, o celular entregou a história da falsificação da carteira de vacinação de Bolsonaro e de Laura, sua filha, para que o ex-presidente pudesse circular livremente nos Estados Unidos.

O que disse, ontem, à Polícia Federal, a mulher de Mauro Cid, o celular havia antecipado com riqueza de detalhes. Em breve, Mauro Cid voltará para casa. Seu celular delatou por ele.

or acaso, faltou que o celular confirmasse que a fraude da carteira de vacinação de Bolsonaro foi feita por encomenda de Bolsonaro? Talvez. O que dirá Mauro Cid quando for interrogado de novo?

Correrá o risco de desmentir seu celular? Será capaz de assumir sozinho a culpa por falsificar a carteira de vacinação do seu ex-chefe? Queria fazer-lhe uma surpresa? Fez? Esqueceu de fazer?

Que vergonha para o Exército ter em seus quadros um falsificador de carteira de vacinação; um alto oficial que assumiria o comando de uma unidade militar estratégica e de grande poder de fogo.

Ao confessar que viajou aos Estados Unidos com a falsa carteira de vacinação que seu marido lhe deu, a mulher de Mauro Cid quer diminuir o tamanho de sua pena. Porque ela é também criminosa.

Para o tenente-coronel não há salvação. Sua carreira terminou. Não haverá mais lugar para ele no Exército. Será excluído com desonra. Muito triste para seu pai, general da reserva.

É no que dá servir com tanta devoção a quem já foi afastado do Exército por má conduta e só reabilitado depois que se elegeu presidente.

*Blog do Noblat

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Justiça

CGU tira sigilo de 100 anos e dá 10 dias para o Exército liberar processo sobre Pazuello

Ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro é investigado no Exército por, sendo general na época, ter participado de evento político ao lado do ex-presidente. Em 2021, a Força colocou o processo sob sigilo centenário.

Segundo o G1, a Controladoria-Geral da União (CGU) determinou a retirada do sigilo de 100 anos sobre o processo no Exército que investiga o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A CGU também deu 10 dias para que as informações do caso sejam liberadas.

A informação foi publicada inicialmente pelo site do jornal “O Estado de S. Paulo”.

A investigação apura a conduta de Pazuello em um episódio de maio de 2021. Pazuello era ministro do governo Jair Bolsonaro e participou, ao lado do ex-presidente, de um ato político no Rio de Janeiro.

Na época, Pazuello era general da ativa do Exército. Em tese, pelas regras do Exército, militares da ativa não podem participar de evento político.

Na época, o Exército afirmou que agiu conforme a Lei de Acesso à Informação (LAI) ao impor sigilo de 100 anos ao caso Pazuello.

“A documentação solicitada é de acesso restrito aos agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que ela se referir”, afirmou a Força na época.

Com a decisão da CGU de retirar o sigilo do Exército, aqueles que pediram a informação sobre o processo de Pazuello pela Lei de Acesso já foram informados que o dado deve estar disponível em dez dias.

Ao justificar a retirada do sigilo, a CGU disse que deve prevalecer, no caso da investigação de Pazuello, o princípio da transparência na administração pública.

“Deve preponderar o princípio da transparência, a fim de conferir o direito de acesso a uma informação que está sob a guarda e a custódia da administração pública e que trata de um processo administrativo já concluído”, escreveu a CGU na decisão.

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Exército sabia de armas no acampamento golpista em Brasília e nada fez

Não só os militares não fizeram nada, como só comunicaram Lula do risco na noite do dia 8 de janeiro.

O Exército sabia que havia pessoas armadas no acampamento no quartel general, em frente à Praça dos Três Poderes, em Brasília. Não só os militares não tomaram nenhuma iniciativa, como a Força só comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva do risco na noite do dia 8 de janeiro.

A informação consta em reportagem da Folha de S.Paulo, desta terça-feira (31), no qual o jornal anuncia que Lula deu aval ao Exército para desmontar o acampamento golpista somente no dia seguinte à invasão, no dia 9.

Na reportagem, contudo, é detalhado que Lula foi convencido pelo Exército de tomar medidas somente no dia seguinte, devido a um pedido dos próprios militares.

Os integrantes do Exército teriam dito a Lula que desmontar o acampamento na noite do dia 8, após a invasão, poderia resultar em mortes e conflitos, e que a Operação de retirada dos bolsonaristas deveria ser feita no dia seguinte.

O presidente concordou com adiar a retirada deles, diante dos riscos de tragédia. Mas, segundo o jornal, “pessoas próximas ao presidente” contaram “que o Exército comunicou a Lula que havia pessoas armadas no acampamento”.

A informação teria sido repassada a Lula somente no dia 8 de janeiro, em meio à invasão à Praça dos Três Poderes. E os militares do Exército não teriam feito nada, até então, para impedir riscos ou informar as autoridades de segurança do governo federal de que os bolsonaristas acampados estavam armados.

A reportagem da Folha também narra que, na noite daquele domingo, o interventor escolhido por Lula para assumir a Segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, se encontrou com o general Gustavo Henrique Dutra para tratar da Operação de desmonte do acampamento.

E que tal reunião foi recheada de controversas, sem acordos. Enquanto a PM recebeu ordem para entrar no quartel general e prender os golpistas, o Exército impediu o acesso dos PMs, colocando 3 blindados Guarani e uma tropa de soldados.

Com a falta de acordo, Cappelli comunicou o ministro Flávio Dino, da Justiça, e o general Dutra comunicou o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias. Dias estava ao lado de Lula, e Dutra pediu ao presidente que seria melhor realizar a Operação de retirada dos golpistas na segunda-feira.

Ao militar, Lula teria enfatizado que os acampados eram golpistas criminosos que deveriam ser presos.

*Patrícia Faermann/GGN

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Negligência do Exército com invasão no Planalto foi interrompida após diálogo duro entre Dino e general

Num dos momentos mais tensos do 8 de janeiro, quando, enfim, as forças do Exército começaram a desocupar o Palácio do Planalto tomado pela horda de vândalos, deu-se um diálogo entre Flávio Dino e o comandante militar do Planalto, general Gustavo Dutra de Menezes, que revela o grau de negligência com que a tentativa de golpe estava sendo tratada por alguns militares.

Tentando mostrar algum controle da situação, o general disse ao ministro numa das salas do Ministério da Justiça:

— Já estão evacuando o palácio.

Ao que Dino perguntou:

— Quantos presos?

Dutra de Menezes também respondeu com outra pergunta:

— Presos?

Foi o bastante para Dino, já com os nervos à flor da pele, sair do sério:

— Presos, general. Tem que prender, general. Eles cometeram um crime, general.

Foi só então que Dutra de Menezes ligou para um coronel mandando deter os baderneiros. A propósito, o general deixará em breve o posto que ocupa.

*Lauro Jardim/O Globo

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