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Opinião

A pergunta que não quer calar: Como se comportará a mídia num novo governo Lula?

Com tudo o que aconteceu nesses quase quatro de governo Bolsonaro, mudou alguma coisa no grau de consciência da mídia brasileira? Sim, porque todas as desgraças desse país vêm de um modelo econômico subordinado ao regime neoliberal absolutamente autoritário.

E esse autoritarismo começa na massificação daquilo que a mídia acha essencial para o país. E o que ela acha essencial como modelo cívico é integralmente o que mercado acha.

Ou seja, falar da miséria, da pobreza, dos sem teto, da brutal concentração de renda que promove esse tipo de carência a milhões de brasileiros, não é pauta da mídia brasileira, quando muito, ela traz um contexto coletivo muito mais para diluir o efeito nefasto que a concentração de renda produz, mas trata essa concentração gritante e desumana como resultado de uma integração entre o mercado e a sociedade, utilizando as mesmas técnicas de sempre, a massificação.

Se é exceção, o assunto só é falado quando se torna muito constrangedor. O aparelhamento que vem da instrução superior é a de não incluir na conta, fruto desse tipo de pensamento neoliberal, nenhuma dívida social, nenhuma chaga e, assim, a mídia pode escolher como tratar a sociedade e, lógico, fazer com que a cidadania continue sendo mutilada para que os senhores do mercado passeiem livremente e que nenhuma dúvida paire no ar de que o pensamento elitista é a melhor ideia de conjunto que, como nação, podemos expressar.

Dane-se se as mazelas desse conceito mostram que o pensamento neoliberal é absolutamente contraditório. A violência no Brasil, conduzida pelos interesses dos milionários, que, na verdade, é a violência do dinheiro, tem como primeiro objetivo assassinar a ideia de nação e destruir completamente a ideia de conjunto da sociedade.

Esse grave crime é cometido rotineiramente para levar a sociedade a uma submissão, propondo, sobretudo, como fizeram nos anos do PT no governo, a morte da política e, com isso, matar a ideia de valores.

Foi em toda essa atrofia, implementada a ferro e fogo pela mídia, que Bolsonaro reinou, estimulando a escassez, a pobreza, a miséria e a violência.

A mídia brasileira foi de uma perversidade absoluta, sempre se recusando a dar voz à demanda da sociedade, sobretudo às camadas mais pobres da população.

Então, as perguntas a serem feitas, porque não há saída são, como a mídia se comportará num terceiro mandato de Lula? Ela continuará martelando receitas em nome da democracia de mercado?

Sim, porque foi exatamente esse o ponto que fez da mídia o principal condimento para intimidar as instituições no Brasil e impor sua posição e os interesses que defende.

As raízes do bolsonarismo estão dentro das redações e, se a sociedade não tratar disso frontalmente, mesmo que ela tenha se posicionado o tempo todo contra o discurso da mídia, como de fato fez, e a volta de Lula pelo voto direto, com possibilidade  concreta de vencer no primeiro turno, mostraram que esse discurso cientificamente elaborado, usando de emoções baratas, de falso combate à corrupção, não teve o eco que a mídia queria no seio da sociedade. A própria sociedade buscou a verdade, e a expressão dessa busca está na volta de Lula ao poder por suas mãos.

Por outro lado, a instituições se alinharam, principalmente o judiciário, à “verdade” vendida com a interpretação da mídia.

Não é sem motivos que, durante o golpe contra Dilma e na prisão de Lula, ouvimos a indispensável frase para que a mídia continuasse fazendo o discurso golpista “dentro da lei”, multiplicando o ramerrão de que as instituições estavam funcionando.

E o que vimos, agora provado, é que esses dados excluíam a própria sociedade, separando o Brasil oficial do Brasil real.

O que se quer saber é se, com a volta de Lula ao poder, a mídia adotará a mesma estratégia de discriminar a sociedade e reverenciar o mercado, impondo goela abaixo das instituições um alinhamento irrestrito aos interesses dos “senhores da terra”. Porque sim, esse, especificamente, é o ponto mais grave e, por isso mesmo, é preciso proclamar a independência do povo brasileiro, sobretudo no papel intelectual na luta contra as desigualdades, a partir do bom senso e do exercício da cidadania.

Não se pode mais aceitar que a saúde das nossas instituições seja regida pelos interesses ou a gosto da instrução dos que julgam mandar nesse país, voltando a um tipo de prática fascista que pode sim se constituir na criação de um outro monstro do quilate de Bolsonaro.

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Política

“Não nos preocupamos em agradar a Faria Lima”, diz economista de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não apontou um nome que dará o tom da política econômica a ser desenvolvida em um eventual governo. O petista, no entanto, já tem um grupo com cerca de 90 pessoas para auxiliar no desenho de uma proposta que ainda deve passar por negociações com partidos da aliança em torno da candidatura do ex-presidente ao Planalto, informa o Metrópoles.

Sob a coordenação de Guilherme Mello, que já comandou a campanha do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad à Presidência da República, em 2018, o grupo conta com a participação de ex-ministros, tanto de Lula como da ex-presidente Dilma Rousseff.

Mello ressaltou o quanto a ideia do teto de gastos é ultrapassada, em sua visão, no sentido de garantir um equilíbrio fiscal e desenvolvimento econômico e social para o país.

Nesse contexto, dificilmente Lula repetirá o movimento de “acalmar o marcado” com uma reedição da Carta ao Povo Brasileiro, editada em 2002, em plena campanha, que o levou ao poder, com apoio da elite financeira do país.

“A nossa preocupação não é agradar ou desagradar o mercado financeiro. Não falo pelo Lula, mas estou pensando no debate dos economistas do partido e ligados à Fundação Perseu Abramo“, disse Mello, referindo-se ao espaço de formulação do PT, que abriga o núcleo.

“Nossa preocupação é construir propostas alternativas que possam ser úteis e importantes para um novo modelo de desenvolvimento e que dialogue com o que há de melhor e mais atual sendo discutido no mundo, que dialoguem com as necessidades do Brasil, com a realidade do país, onde o povo está passando fome. A gente não está preocupado com uma proposta que agrade ou desagrade a Faria Lima”, destacou, com a denominação usualmente destinada às grandes instituições financeiras.

Teto inadequado

Em vigor desde 2017, o teto de gastos foi proposto em 2016 pelo então presidente Michel Temer, quando a área econômica era chefiada por Henrique Meirelles. A mudança na Constituição foi aprovada pelo Congresso e estabelece um limite para gastos públicos com base na inflação.

Segundo Mello, entre os economistas ligados ao PT, já existe um consenso de que o atual arcabouço fiscal brasileiro é inadequado para as necessidades do país.

“A realidade mostra que reduzir o investimento se tornou inadequado, na verdade, você tem que recuperar a capacidade de o país crescer, gerar emprego formalizado para seus trabalhadores, gerar receitas. Aí você consegue, a partir desse movimento, encontrar formas, com investimentos corretos e de boa qualidade, com alto impacto na geração de emprego e renda com efeito multiplicado”, observou.

“Desta forma é que se conseguirá encontrar um equilíbrio fiscal mais adequado que combine estabilização da dívida pública e, até mesmo, redução de dívida pública em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), com crescimento econômico, geração de emprego, distribuição de renda. Foi o que aconteceu no período do Lula. Agora, para isso, tem que ativar o circuito de investimento público”, recomendou Mello.

Fazem parte do núcleo de discussão nomes como Aloísio Mercadante, atual presidente da Fundação Perseu Abramo, a dupla que conduziu a política econômica petista nos governos passados, Guido Mantega e Nelson Barbosa, além de Luiz Gonzaga Belluzzo e Marcio Pochmann, que presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) no governo petista.

“Obviamente, quem poderia responder o que esperar de um futuro governo do Lula é o próprio Lula. Até porque é ele que vai ser o novo presidente e vai comandar um movimento político, uma coalisão política ampla para que tenha sustentação. Agora, o que eu posso dizer é que há também um consenso, um acordo generalizado sobre a necessidade de recuperação do investimento público e do papel do Estado como indutor do crescimento”, apostou.

“Se o mercado financeiro tiver um pouco de memória, vai lembrar o quanto ganhou no governo de Lula”, enfatizou.

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Dez em cada dez brasileiros viram sua vida melhorar no governo Lula; ninguém tem coragem de negar

O sujeito pode ser o mais burro, o mais gado, o mais devoto do genocida, que ele vai repetir o mantra de Olavão e Globo, que Lula roubou, que é corrupto e toda aquela baba de quiabo que espumou na boca de Bonner e, hoje, espuma na boca do astrólogo dos idiotas, o velho senil, Olavo de Carvalho.

Mas cadê que você encontra um único sujeito que diz que a sua vida piorou durante o governo Lula?

Até hoje não encontrei meio sujeito que afirme isso. O máximo que eles fazem é tentar justificar, seja fantasiando sua meritocracia, seja reproduzindo o tatibitate tucano e da mídia de que Lula pegou os melhores ventos da economia mundial da história. Lógico que a crise americana de 2008 que implodiu o mundo passa a léguas desse ramerrão martelado diuturnamente pelos colunistas de economia.

O fato é que nem a mídia, com a sua mandíbula de dobermann, conseguiu balbuciar qualquer coisa contrária ao que a população sentiu no momento em que o brasileiro foi mais feliz, mas cheio de esperança na história do Brasil.

É isso que faz Lula andar de cabeça erguida e com uma fala firme de quem tem a seu lado não só os números, mas a memória afetiva do povo que não esquece os anos de fartura em sua mesa durante o seu governo, ainda mais agora que o brasileiro anda às voltas com o pé de galinha, osso de boi e, no fim de semana, ovo, dando a ele uma única opção, a de escolher se cozido ou frito. O resto é ódio de classe e conversa mole de gado ruminando no pasto.

Fim.

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‘Um governo liderado por Lula não nos assusta’, diz Mark Mobius, megainvestidor

Em entrevista por email à BBC News Brasil, megainvestidor alemão-americano diz que se populismo de ex-presidente “resultar em um surto de crescimento, tanto melhor”

O megainvestidor alemão-americano Mark Mobius foi na contramão de muitos de seus pares ao decretar, em entrevista recente, que um eventual retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, caso concorra e vença o pleito do ano que vem, não seria “necessariamente ruim para os mercados”.

Agora, falando à BBC News Brasil, ele vai além: “Um governo liderado por Lula não nos assusta e se seu populismo resultar em um surto de crescimento, tanto melhor”.

Na segunda (8/3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu anular todas as condenações judiciais de Lula no âmbito da Operação Lava Jato, abrindo caminho para que o petista concorra à Presidência caso não sofra novamente condenações em segunda instância. Em pronunciamento na quarta-feira, Lula disse que a candidatura da esquerda ainda não está definida.

Mobius, que em maio de 2018 lançou sua própria gestora de investimentos, a Mobius Capital Partners LLP, antes trabalhou na Franklin Templeton Investments por mais de 30 anos, mais recentemente como CEO do Templeton Emerging Markets Group.

Durante seu comando, o grupo expandiu os ativos sob gestão de US$ 100 milhões para mais de US$ 50 bilhões.

*Com informações da BBC Brasil

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Vídeo: Lula se emociona ao se despedir do povo de Paraty

“Eu estou na luta para a gente reconquistar o Brasil para o povo brasileiro”, disse o ex-presidente ao se despedir de Paraty, onde descansou e entrou em contato com a cultura popular após 1 ano e 7 meses de prisão;

O ex-presidente Lula se despediu na tarde desta sexta-feira (6) da cidade de Paraty, localizada no sul do estado do Rio de Janeiro, com um emocionado agradecimento. Nos últimos dias, ele ficou hospedado na casa do ex-deputado Paulo Frateschi e visitou Quilombo Campinho da Independência.

“Nestes dias que eu estive na Polícia Federal teve muita gente, pelo Brasil e pelo mundo, muito solidária. Essa casa do Paulo Frateschi serviu de refúgio para eu descansar nos primeiros dias depois que eu saí em liberdade”, disse o ex-presidente. Emocionado ele ainda emendou: “Eu só fui para a Polícia Federal para provar que o Moro é mentiroso e que o Dallagnol é mentiroso”.

Lula reafirmou que a sua liberdade só tem sentido com a luta pelo povo brasileiro. “Eu sei que essa é uma época de fim de ano, que as pessoas estão pensando no Natal, pensando na família, Ano Novo, mas eu quero que vocês saibam o seguinte: só tem um sentido a minha liberdade, é lutar para que o povo brasileiro volte a ter o direito de sorrir nesse país”, declarou.

“Não existe outro sentido na minha vida senão provar a canalhice que eles fizeram contra o governo Lula e contra o governo Dilma e provar que a gente pode viver muito melhor. Esse país tinha muito mais emprego, muito mais salário, muito mais alegria. Eu estou na luta para gente reconquistar o Brasil para o povo brasileiro” , finalizou.

 

 

*Com informações da Forum

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Carne tem o maior preço em 30 anos e some da mesa do Brasileiro que fazia churrasco todo final de semana na era Lula

Se o governo Bolsonaro está sendo marcado como a era do ovo, ao contrário, uma das grandes marcas do governo Lula foi o churrasco na casa das famílias de trabalhadores brasileiros.

O consumo de carne bovina, suína e de frango nunca foi tão grande no Brasil quanto nos oito anos do governo Lula e nos quatro que Dilma pôde governar.

Agora é isso que estamos vendo no governo Bolsonaro.

Do início de setembro para cá, o valor da carne bovina no atacado já subiu quase 50%.

O pico é tão forte que, no gráfico, é representado por uma linha quase reta para cima.

Esse aumento foi repassado quase que integralmente para o varejo.

Segundo pesquisa da BoiSCOT Consultoria, o mercado está agitado com cotações subindo em média 8,9% por semana desde início de novembro.

O levantamento indica que o atual preço da arroba bateu recordes e chega a ser negociado por R$ 230, com aumentos registrados em 29 das 32 praças do Estado de São Paulo pesquisadas pela entidade.

“É a primeira vez, desde novembro de 1991, que a cotação atinge esse patamar (considerando o preço nominal e também o preço deflacionado)”, disse a BoiSCOT quando o preço bateu R$ 200.

 

*Da redação

 

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Parte do legado de Lula, Segunda maior universidade da Bahia, UFRB forma primeira turma de medicina majoritariamente negra

Criada há 12 anos, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia está formando a sua primeira turma de medicina. Considerada a segunda maior universidade da Bahia e a mais negra no Brasil, a turma conta com 80% dos formandos autodeclarados negros.

“A UFRB é parte do legado do governo Lula. É o que quem está no poder agora quer destruir. Porque um jovem negro se formando em medicina é um ato de resistência. Parabéns pela vitória!”, diz a mensagem publicada na página do ex-presidente Lula no Twitter. A universidade foi implantada durante o processo de interiorização do ensino superior iniciado no governo do ex-presidente Lula.

A publicação faz referência aos cortes da educação realizados durante o governo Bolsonaro e que ameaçam o funcionamento da instituição.

Após a eleição de Lula, foram criadas mais cinco – Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade Federal do Oeste da Bahia, Universidade Federal do Sul da Bahia, Universidade Federal do Vale do São Francisco, sendo criados 18 campi universitários interiorizados em toda a Bahia.

 

 

*Com informações do Blog do Valente

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Relator para Liberdade de Expressão da OEA critica Bolsonaro por ameaçar Greenwald de prisão

“Extremadamente preocupante y contrario a las obligaciones internacionales que el presidente de #Brasil pida criminalizar y prisión para un periodista por publicar información de notorio interés público”, reagiu no twitter Edison Lanza, relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da OEA.

‘Talvez pegue uma cana aqui no Brasil’, diz Bolsonaro sobre Glenn Greenwald

Presidente diz que jornalista americano é ‘malandro’ por casar com homem no Brasil.

por Diego Garcia. Folha de S. Paulo

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27), em entrevista após evento no Rio, que o jornalista americano Glenn Greenwald “talvez pegue uma cana aqui no Brasil”.

Greenwald é editor do site The Intercept Brasil, que tem publicado desde 9 de junho reportagens com base em diálogos vazados do ministro Sergio Moro e de procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

Na mesma entrevista, Bolsonaro disse ainda que Greenwald e o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) são “malandros” por terem se casado e adotado dois filhos no país.

Bolsonaro fazia referência a uma portaria publicada por Moro, nesta sexta-feira (26), que estabelece um rito sumário de deportação de estrangeiros considerados “perigosos” ou que tenham praticado ato “contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”.

“Ele [Glenn] não se encaixa na portaria. Até porque ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”, afirmou o presidente.

A portaria do Ministério da Justiça foi publicada em meio às divulgações do Intercept Brasil, que revelou, em trocas de mensagens privadas entre o ex-juiz e procuradores da força-tarefa, ingerência do atual ministro sobre as investigações da operação.

O jornalista e o Intercept têm dito que não fazem comentários sobre suas fontes. Sobre sigilo da fonte, o artigo quinto da Constituição afirma: “É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.

“Quando o Moro falou comigo, que teria carta branca, eu teria feito um decreto. Tem que mandar para fora quem não presta. Não tem nada a ver com o caso dele [Glenn]”, continuou o presidente.

Em 2004, o governo Lula tentou suspender o visto de Larry Rohter, correspondente do The New York Times no Brasil, após o jornalista afirmar em reportagem que excesso de álcool afetava o então presidente. O governo voltou atrás na decisão depois que Rohter fez pedido de reconsideração. ​

Greenwald é cidadão dos Estados Unidos e mora no Rio de Janeiro. Ele é casado com um brasileiro, o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), com quem tem dois filhos adotivos, também nascidos no país.

“Fui o único parlamentar, e mais um, não sei quem foi, que discursou contra projeto de Aloysio Nunes Ferreira que falava sobre imigração no Brasil. No Brasil você não dorme com as portas e janelas abertas em casa e nem no apartamento. No Brasil, está tudo escancarado”, disse Bolsonaro.

Glenn Greenwald afirmou neste sábado (27) que a declaração do presidente sobre sua eventual prisão não faz nenhum sentido.

“Ao contrário do que Bolsonaro deseja, não temos uma ditadura, temos uma democracia e para prender alguém é preciso mostrar evidencia de que a pessoa que você quer prender cometeu algum crime”, disse o jornalista à Folha.

“Isso é totalmente maluco porque o David e eu estamos casados há quase 15 anos”, disse sobre a afirmação de que o jornalista é “malandro” por casar com homem no Brasil. “Evidentemente Bolsonaro acha que tenho poder para prever o futuro, que depois de mais de dez anos eu precisaria dessa proteção para não ser deportado. É quase insana essa teoria”, afirma.

Portaria de Moro

O presidente defendeu a portaria publicada por Moro.

“Pela lei, se chegar aqui um navio com 5.000 pessoas de qualquer lugar do mundo, já sai com hospedagem. Não é assim! Não sou xenófobo, mas na minha casa entra quem eu quero, e a minha casa no momento é o Brasil. Se um cara for pego por suspeita de tráfico, sequestro, esses crimes brabos, é suspeito apenas, sai daqui! Já tem bandido demais no Brasil! Esse é o sentimento dele (Moro) e o meu também, parabéns ao Moro”, disse.

A norma publicada pelo ministro da Justiça também trata de casos de impedimento de ingresso ao Brasil e de repatriação.

Segundo a portaria, que recebeu o número 666, ficam sujeitos ao rito sumário estrangeiros suspeitos de terrorismo, de integrar grupo criminoso organizado ou organização criminosa armada, e suspeitos de terem traficado drogas, pessoas ou armas de fogo.

Glenn Greenwald escreveu em uma rede social que, ao publicar a portaria, Moro faz “terrorismo”.

“Hoje [sexta] Sergio Moro decidiu publicar aleatoriamente uma lei [portaria] sobre como os estrangeiros podem ser sumariamente deportados ou expulsos do Brasil ‘que tenham praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.’ Isso é terrorismo”, afirmou o jornalista.

 

 

*Com informações do Viomundo

 

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Pesquisa revela que a melhor imagem do Brasil lá fora foi no governo Lula

E a pior imagem do Brasil, sem qualquer sombra de dúvida, é agora no governo de Bolsonaro.

A pesquisa I See Brazil, que leva em consideração reportagens de grandes veículos de imprensa em diversos países, mostra que a imagem do Brasil no exterior vive um de seus piores momentos, entre outros motivos pelo “presidente desconectado das pautas do século XXI”, enquanto que o melhor momento ocorreu há 10 anos, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Pesquisa da Imagem Corporativa feita no primeiro trimestre de 2019 com 1.822 reportagens de grandes veículos de imprensa de onze países revela que a imagem do Brasil no exterior vive um de seus piores momentos, com 73% das notícias negativas.

O melhor momento ocorreu há 10 anos, no governo Lula, quando 83% das reportagens retratavam o país de forma positiva, informa Lauro Jardim neste domingo (26) em O Globo.

O levantamento I See Brazil deste ano mostra que apenas 27% das reportagem foram positivas. Os principais motivos para a péssima imagem do Brasil no exterior, segundo Lauro Jardim, são: Jair Bolsonaro, “o presidente desconectado das pautas do século XXI”, o acidente em Brumadinho (MG) e a economia em retração.

 

 

 

 

*Com informações do A Postagem