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Mundo

Guerra na Faixa de Gaza matou em 15 dias quase metade de jovens e crianças palestinas vítimas de conflitos desde o ano 2000

Do total de 3.265 jovens vítimas de conflitos na Faixa de Gaza desde o ano 2000, quase metade das mortes de crianças e adolescentes palestinos registradas neste aconteceu nas duas últimas semanas, durante a guerra entre Israel e o Hamas. Foram mortos ao menos 1.524 menores na região no atual confronto, ou 46,7% do total.

O número óbitos de pessoas com menos de 18 anos em 15 dias de guerra é quase três vezes o total de menores mortos no ano com mais vítimas até então. Em 2014, 548 crianças e adolescentes foram vítimas de uma ofensiva de Israel para destruir foguetes e túneis em Gaza.

A Folha de S. Paulo cruzou dados de mortes de menores de 18 anos na Faixa de Gaza, registrados pela B’Tselem, organização israelense de direitos humanos, com as informações de mortes recentes divulgadas pela Ocha, agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, que considera estimativas do Ministério da Saúde de Gaza e faz esse mesmo recorte etário.

As duas organizações têm bases historicamente semelhantes e contabilizam vítimas consequentes do confronto bélico na região, mortas por explosões ou armas de fogo.

O boletim da ONU que inclui informações sobre menores, de quinta-feira (19), só traz atualização sobre crianças e jovens palestinos. Das mortes em Gaza, cerca de 40% das vítimas desde o dia 7 de outubro são menores de idade.

Do lado de Israel, autoridades locais estimam que 20 dos 705 mortos que tiveram os nomes identificados sejam crianças. A maioria morreu na ofensiva do Hamas a Israel há 15 dias.

Ao todo, o confronto tirou a vida de aproximadamente 5.800 pessoas, sendo 1.400 israelenses, e 4.449 palestinos, de acordo com autoridades locais.

A proporção de mortes palestinas é historicamente maior do que a de israelenses no confronto entre as duas partes. De 2000 até o início da atual guerra, 145 crianças e adolescentes israelenses foram mortos, sendo 90 em Israel, 51 na Cisjordânia e 4 em Gaza, de acordo com a B’Tselem.

No mesmo período, são 2.290 menores palestinos mortos, sendo 1.741 em Gaza, 537 na Cisjordânia e 12 em Israel.

Dados anteriores ao atual conflito indicam que foram 765 crianças de 0 a 12 anos e 976 adolescentes de 13 a 17 anos. No geral, 415 meninas e 1.326 meninos palestinos.

A morte de crianças foi uma das preocupações expressas na resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Com 12 votos favoráveis de 15 possíveis, o texto só não passou porque recebeu veto dos Estados Unidos, que destacou o direito de Israel se defender.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a mencionar as mortes de menores na sexta, em pronunciamento por vídeo, quando também classificou o ataque do Hamas de terrorista.

“Hoje quando o programa [Bolsa Família] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza. Que não pediram para o Hamas fazer ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e as matasse. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, que só querem viver, brincar, que não tiveram direito de ser crianças”, disse.

Desde o início da guerra, cerca de 1 milhão de pessoas se deslocaram em Gaza: mais de 527 mil estão nas 147 estruturas emergenciais de abrigo montadas pelas Nações Unidas, a maioria na região central ou sul de Gaza.

Com o cerco à região, a crise humanitária se acentuou diante da escassez de água, alimentos, combustíveis e medicamentos.

Vinte caminhões de ajuda internacional conseguiram autorização para entrar na Faixa de Gaza neste sábado (21) a fim de levar mantimentos aos civis. Cerca de 200 caminhões ainda aguardam o sinal verde para a passagem.

Ao menos 210 pessoas ainda seguem reféns do Hamas, incluindo israelenses e estrangeiros, de acordo com as forças do país. O grupo liberou duas reféns americanas na sexta-feira.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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Pesquisa

Datafolha: entre os jovens, Lula tem 51% dos votos, mais que o dobro de Bolsonaro

Vantagem do petista é ainda maior entre jovens mulheres. Bolsonaro é o mais rejeitado.

Pesquisa Datafolha, encomendada pela Folha da Manhã e divulgada nesta quarta-feira (27), com jovens de capitais brasileiras mostra que o ex-presidente Lula (PT) é o amplo favorito para retornar ao comando do governo federal.

O petista aparece com 51% das intenções de voto, mais que o dobro de Jair Bolsonaro (PL), que registrou 20%. O terceiro colocado é Ciro Gomes (PDT), com 12%.

  • Lula – 51%
  • Bolsonaro – 20%
  • Ciro Gomes – 12%
  • André Janones (Avante) – 2%
  • Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), Leonardo Péricles
  • (UP) e Sofia Manzano (PCB) – 1% cada
  • Eymael (DC), Luciano Bivar (UB), General Santos Cruz (Podemos) e Felipe D’Ávila
  • (Novo) – não pontuaram

Entre jovens mulheres, Lula performa ainda melhor. O petista sobe para 58%, enquanto Bolsonaro cai para 16%. Ciro Gomes fica com 10%. Entre homens, o ex-presidente registra 44%, Bolsonaro 24% e Ciro 14%.

Bolsonaro é o candidato mais rejeitado pela juventude. Dos entrevistados, 67% afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição de Lula é de 32% e a de Ciro Gomes de 22%.

A pesquisa ouviu presencialmente entre 20 e 21 de julho 1.000 eleitores entre 16 e 29 anos em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. Segundo os dados, 32% dos entrevistados se declararam como de esquerda, 30% de centro e 33% de direita. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de três pontos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05688/2022.

A pesquisa ouviu presencialmente entre 20 e 21 de julho 1.000 eleitores entre 16 e 29 anos em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém. Segundo os dados, 32% dos entrevistados se declararam como de esquerda, 30% de centro e 33% de direita. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de três pontos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05688/2022.

*Com 247

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Uncategorized

A pesquisa que será divulgada amanhã e deixa o Planalto apavorado

Datafolha está ouvindo jovens entre 15 e 29 anos, faixa etária na qual Bolsonaro é derrotado com larga margem de diferença, diz Noblat, Metrópoles.

Três dias depois de Jair Bolsonaro dizer em seu discurso ser necessário levar para seu lado a juventude esquerdista, o Datafolha divulga amanhã, quarta-feira, uma pesquisa sobre a corrida eleitoral exclusivamente com esse público.

O instituto está ouvindo jovens com idades entre 15 e 29 anos. Nas aferições feitas até agora, Lula ganha com folga de Bolsonaro nesse universo de eleitores, às vezes ultrapassando os 50% dos votos.

No governo, ninguém espera um milagre e o Palácio do Planalto já contabiliza uma derrota acachapante. Por outro lado, os petistas esfregam as mãos na certeza de que o petista vai aparecer bem à frente de seu principal concorrente.

No dia seguinte, na quinta, o Datafolha divulga uma pesquisa normal, abrangendo todo o universo de eleitores do país. Aí reside alguma esperança de Bolsonaro de que a diferença a favor de Lula tenha reduzido.

O último levantamento, divulgado em 23 de junho, o petista aparecia com 47% das intenções de voto contra 28% de Bolsonaro. Números que garantem a vitória de Lula no primeiro turno.

O texto será intitulado “em defesa da democracia” e deve ser publicado nos principais jornais do País, com assinatura de entidades da sociedade civil, como a Comissão Arns, e do empresariado, como a Fiesp. Há expectativa de que a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib) também assine o texto. O conteúdo é semelhante ao da nova carta aos brasileiros, mas em tom mais contido.

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Política

Em vídeo, Bolsonaro ironiza jovens desempregados: “A culpa é do governo, cadê meu emprego?”

Presidente afirmou que governo não cria vagas e pode apenas não ‘atrapalhar’.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou jovens desempregados nesta quinta-feira (21), em sua tradicional conversa com simpatizantes no cercadinho do Palácio da Alvorada.

O presidente disse que não cria empregos e fez imitações: “A culpa é do governo, cadê meu emprego?’ Você tem que correr atrás”.

A seguir, Bolsonaro disse que seu governo foi responsável pela criação de 3 milhões de postos de trabalho.
Desemprego

No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos atingiu 26,3%, subindo a 30% no mesmo período do ano seguinte. No primeiro trimestre de 2022, recuou a 22,8%.

Em 2021, o Brasil criou 2.730.597 vagas formais, revertendo o fechamento de 191.455 mil vagas em 2020.

*Confira

*Com Forum

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Em Heliópolis, Lula convoca jovens às urnas: “Tire o título e vamos mudar a história do país”

Ex-presidente foi aclamado na maior favela de São Paulo e subiu o tom contra Bolsonaro: “O Brasil nunca teve um presidente tão desqualificado”.

O ex-presidente Lula (PT) participou, nesta quinta-feira (21), de um ato político com jovens e lideranças comunitárias de Heliópolis, bairro da Zona Sul de São Paulo onde fica a maior favela da capital paulista.

O ato foi organizado pela União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS) e aconteceu na quadra da entidade. Um telão na parte de fora transmitiu todo o evento para as milhares de pessoas que vivem na comunidade.

A tônica do discurso de Lula foi o incentivo para que os jovens tirem o título de eleitor, cujo prazo para fazê-lo se encerra no dia 4 de maio, para participarem do processo eleitoral deste ano.

Em sua fala, o ex-presidente relembrou sua juventude humilde e revelou que, quando tinha por volta dos 16 anos, não se interessava por política.

“Quando eu tinha 16 anos, dizia que não gostava de política e não gostava de quem gostava. E achava isso o máximo. A gente se acha pleno de virtudes e vê os outros pleno de defeitos. Mas a gente precisa ter noção de que, se a juventude não participar da política, não quiser lutar, é muito difícil a gente mudar o país. Se as pessoas querem mudança e não participam, fica difícil”, alertou.

O petista deu exemplos de efeitos que o não interesse pela política pode acarretar, lembrando que, na eleição de 2016, Fernando Haddad (PT) foi candidato à reeleição para prefeito na capital paulista com Gabriel Chalita como vice. “Dois educadores. E as pessoas votaram em João Doria, uma pessoa que não tem passado, não tem presente e não tem futuro”, lamentou.,

Ao longo de seu discurso, Lula subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro. “Temos hoje o estimulador do ódio, da discórdia, vive enganando, inclusive gente boa da igreja evangélica, dizendo que ele é o bem. O Brasil nunca teve um presidente tão desqualificado moralmente, Um cara que não fala de emprego, de educação, de cultura, não fala de ciência e tecnologia, não fala nada. Só se alimenta do ódio que ele e a família dele transmitem todos os dias pelas fake news”, declarou.

“Ele não é capaz de fazer uma passeata, faz motociata. Nunca recebeu uma comunidade, o movimento negro, LGBT, sindicato, nada. Esse cidadão não recebe empresário, governador, prefeito. Vive no mundo de mentiras que construiu”, disse ainda o ex-presidente.

Papel do Estado

Lula convocou os jovens à participação no processo eleitoral para que cobrem do Estado a obrigação de fornecer igualdade de oportunidades.

“Cabe ao Estado garantir que as pessoas tenham a mesma igualdade de oportunidade. O que queremos é garantir que todos tenham oportunidades, que ninguém seja alijado da disputa porque nasceu negro, nordestino, filho de trabalhador (…) O Estado não tem que perguntar se você é negro, nordestino, LGBT ou filho de trabalhador. Tem que saber que a pessoa nasceu naquele pais e tem que garantir a ela a dignidade de estudar e trabalhar. É isso que o titulo de eleitor dá a oportunidade de fazer”, ressaltou.

“Quem a gente conhecer que tem mais de 16 anos e não tirou o título de eleitor, temos que dizer que a pessoa não tem que querer comprar fuzil. Tire o título e dê um tiro nas coisas ruins para a gente mudar a história do país”, finalizou.

https://youtu.be/n4pAEItb6tY

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Para 45% dos jovens entre 16 e 34 anos não há a menor chance de votar em Bolsonaro

Apoiar a reeleição de Bolsonaro em 2022 está fora de cogitação para 45% dos eleitores entre 16 e 34 anos, segundo pesquisa do Ipec.

Com grande rejeição a Bolsonaro, eles afirmam que preferem votar em qualquer candidato, independente de convicções partidárias. Ou seja, tudo, menos Bolsonaro. Os motivos não são somente ideológicos, mas também econômicos.

“Antes do governo Bolsonaro, nunca precisei deixar de comer alguma coisa pelo preço. Nunca vi os alimentos tão caros”, disse a analista de transportes Gisele Caires, de 31 anos, ao explicar por que se arrependeu do voto em 2018. Assim como ela, 28% dos jovens que escolheram Bolsonaro se disseram arrependidos. E a inflação é o motivo para quase um terço deles.

O locutor Felipe Tellis, de 29 anos, sente as mesmas dificuldades de Gisele. A percepção de menor poder de compra, refeições que não têm mais carne e o espanto de ver famílias inteiras morando nas ruas. “É impossível que haja um candidato que me represente menos”, afirmou.

Tellis também citou declarações consideradas machistas, racistas e homofóbicas de Bolsonaro, além de sua postura na pandemia, como fatores para optar por qualquer outro nome em eventual segundo turno em 2022. “Ele me fez achar o (João) Doria um bom gestor.”

As respostas obtidas pela pesquisa exemplificam, segundo o cientista político Marcio Black, as preocupações dos jovens em relação ao futuro. “Eles têm a vida toda pela frente e estão vendo uma série de barreiras à sua trajetória em função das decisões do governo. A inflação e o desemprego são problemas que interrompem um ciclo de desenvolvimento. No caso dos jovens mais carentes, a pandemia ainda os tirou da escola e os deixou mais atrasados”, ressaltou o coordenador do Programa de Democracia e Cidadania Ativa da Fundação Tide Setubal.

A má gestão da economia é uma das grandes inabilidades do governo e está entre as que mais afetam a opinião da juventude, segundo a coordenadora de campanhas sênior da Avaaz, Nana Queiroz. “Imagine entrar no mercado de trabalho num momento de recordes de desemprego e inflação como este? Quando vemos o perfil das pessoas que estão morando nas ruas e em situação de miséria, vemos famílias, crianças e jovens.”

*Com informações do Estadão

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Estudantes, gays, jovens e negros são os que mais rejeitam Bolsonaro

Entre os grupos da população que mais rejeitam o presidente Jair Bolsonaro, aparecem estudantes, gays e bissexuais, simpatizantes do PSol, jovens e negros.

Reprovam o governo Bolsonaro 85% daqueles que têm ensino superior. Já 73% dos estudantes rejeitam o presidente. Entre quem prefere o PSol, 63% avaliam o chefe do Executivo como “ruim” ou “péssimo”.

Entre homossexuais e bissexuais, 61% desapreciam Bolsonaro. A mesma tendência é verificada entre os jovens de 16 a 24 anos: 59% reprovam o chefe do Palácio do Planalto. Por fim, a desaprovação entre os negros também chega a 59%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (16/9). A pesquisa Datafolha foi feita entre 13 e 15 de setembro, quando o instituto ouviu presencialmente 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Panorama

O presidente atingiu a maior rejeição desde o início do mandato. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 53% reprovam o chefe do Palácio do Planalto.

É o segundo recorde negativo do presidente. Em julho, 51% das pessoas consultadas pelo Datafolha reprovavam Bolsonaro. A alteração está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O presidente é avaliado como bom ou ótimo por 22%. Trata-se de uma oscilação negativa em relação aos 24% obtidos na pesquisa anterior, que já indicavam o índice mais baixo de seu mandato. O consideram regular 24%, mesmo índice de julho.

*Com informações do Metrópoles

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Saúde

Jovens na UTI já são maioria e necessidade de ventilação mecânica bate recorde

Total de internados em unidades de terapia intensiva sem comorbidades atinge maior patamar.

Pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19, as internações em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de pessoas com menos de 40 anos são maioria absoluta.

Houve ainda um salto expressivo no número de pacientes graves com necessidade de ventilação mecânica e que não apresentam nenhuma comorbidade (como obesidade ou diabetes).

Os dados sugerem não apenas uma mudança do perfil dos doentes que necessitam de UTI, mas um agravamento do quadro geral dos pacientes em relação aos meses anteriores.

Em março, 52,2% das internações nas UTIs do Brasil se deram para pessoas até 40 anos; e o total de pacientes que necessitaram de ventilação mecânica atingiu 58,1%.

Ambas as taxas são recordes, segundo dados da plataforma UTIs Brasileiras, da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira).

No caso da necessidade de aparelhos de ventilação, houve salto de quase 40% em relação ao patamar do final do ano passado.

Entre setembro de 2020 e fevereiro deste ano, o total de internados em UTIs que necessitavam desse tipo de equipamento variou entre 42% e 48%.

Já os pacientes graves sem comorbidades que agora acabam na UTI são praticamente 1/3 do total —até fevereiro os doentes graves sem condições adversas prévias eram 1/4 dos casos.

O novo marco da epidemia no Brasil sugere pelo menos três conclusões, segundo Ederlon Rezende, coordenador da plataforma UTIs Brasileiras e ex-presidente da Amib:

1) as novas variantes do vírus devem ser mais agressivas; 2) a falta de cuidado de parcelas da população pode estar afetando sobretudo os mais jovens; e 3) a imunização dos mais velhos tem ajudado a conter os casos graves entre os idosos.

Segundo a pesquisa, antes de os jovens serem a maioria dos internados nas UTIs em março, entre dezembro de 2020 e fevereiro último os até 40 anos representavam 44,5% do total —percentual quase idêntico ao de setembro a novembro.

De lá para cá, o aumento das internações nessa faixa mais jovem foi de 16,5%.

Como a imensa maioria dos brasileiros tem menos de 40 anos, o incremento, embora possa parecer modesto, engloba milhões de pessoas. A tendência sugere ainda que há espaço para um agravamento da situação.

No mesmo período de comparação (e na contramão), as internações de pessoas acima de 80 anos despencaram 42%. Elas representam agora apenas 7,8% do total, pouco mais da metade do que vinha sendo registrado anteriormente.

Na faixa de idades intermediárias, as internações em UTI permaneceram mais ou menos no mesmo patamar, somando cerca de 40% do total.

O levantamento da Amib é feito a partir de uma amostra expressiva, englobando 20.865 leitos de UTI no país, o que representa cerca de 25% de todas as unidades, sendo 2/3 privadas e 1/3 públicas.

“Embora os dados mostrem que a vacina pode estar tendo o efeito esperado entre os mais velhos já imunizados, eles também revelam que, ao se acharem imbatíveis, os jovens, muitos sem qualquer comorbidade, são agora as maiores vítimas da epidemia”, afirma Rezende.

*Com informações da Folha

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Saúde

Hospitalização de adultos jovens por Covid-19 sobe mais de 500% no Brasil, diz Fiocruz

Na faixa de 40 a 49 anos, salto entre janeiro e março foi de 626%, passando de 626 internados para 4.548.

A pandemia do novo coronavírus rejuvenesceu no Brasil, e os dados são alarmantes: enquanto o aumento geral de casos foi de 316,68% entre o começo do ano e meados de março, ele saltou mais de 500% em faixas etárias de adultos mais jovens. As mortes, em consequência, também deram um salto.

Os dados são do Boletim Observatório Fiocruz Covid-19, finalizado nesta sexta (26). Ele mostra que a concentração de casos nas idades mais avançadas tem diminuído, com um deslocamento para idades mais jovens.​

Na faixa etária dos 30 aos 39 anos, o aumento foi de 565,08% entre a primeira semana epidemiológica do ano, que vai de 3 a 9 de janeiro (440 hospitalizações) e a 10a semana epidemiológica, que vai de 7 a 13 de março (2.923 hospitalizações).

Entre os que têm de de 40 a 49 anos, o salto foi de 626%. Foram 626 pessoas internadas dessa faixa etária na primeira semana de janeiro, contra 4.548 na semana de meados de março.

Entre aqueles que têm entre 50 e 59 anos, o aumento chegou a 525,93% (saltou de 898 para 5.620 internações nas semanas estudadas).

Na faixa etária de 20 a 29 anos, o salto foi menor, mas também significativo: na primeira semana de janeiro, 302 pessoas estavam hospitalizadas, contra 1.074 na semana de março –um aumento de 255%.

Já as mortes tiveram um salto menor nas mesmas faixas etárias, ainda que ele seja expressivo: de 352,62% entre os que tem de 30 a 39 anos, 419,23% entre os que tem de 40 a 49 anos, e de 317,08% entre os que tem de 50 a 59 anos.

Os dados foram coletados no SivepGripe da Fiocruz, que registra as Síndromes Respiratórias Agudas Graves no Brasil. E foram analisados por uma equipe de nove pesquisadores coordenados por Carlos Machado, especialista em saúde pública com enfoque na área de emergências e desastres..

Eles chamam a atenção para o deslocamento da incidência para as faixas mais jovens e a manutenção da mortalidade concentrada nas faixas mais velhas. Dizem que a mudança ainda é inicial, mas contribui para o cenário crítico da ocupação de leitos hospitalares. Por se tratar de uma população com menos comorbidades, é mais lenta a evolução dos casos graves e fatais, e a permanência em leitos de UTI é maior.

Com os leitos ocupados por mais tempo, os problemas de lotação nas unidades de terapia intensiva se agravam.

No mesmo boletim, os pesquisadores apontam que o país se encontra em uma situação de colapso do sistema de saúde. E defendem a adoção do que chamam de “medidas em dois grupos conectados”.

No primeiro grupo, dizem, estão “as medidas urgentes, que envolvem a contenção das taxas de transmissão e crescimento de casos através de medidas de bloqueio ou lockdown (pé no freio), acompanhadas de respostas na ampliação da oferta de leitos com qualidade e segurança, bem como prevenção do desabastecimento de medicamentos e insumos. No segundo grupo, as medidas de mitigação, com o objetivo reduzir a velocidade da propagação (redução da velocidade”.

Eles reforça que as medidas devem ser combinadas em diferentes momentos, a depender da evolução da epidemia até que se tenha 70% da população brasileira vacinada.

A nova edição do boletim alerta ainda que “desde o início da pandemia os estudos científicos apontaram a necessidade de vacinação da maior parte da população, em combinação com a adoção de medidas não-farmacológicas prolongadas, envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos, com ações intermitentes de bloqueio (lockdown) com restrição da circulação e de todos os serviços não-essenciais quando as capacidades de cuidados intensivos fossem excedidas”.

Os pesquisadores afirmam ainda que o “ritmo lento em que se encontra a vacinação contribuí para prolongar a duração da pandemia e da adoção intermitente de medidas de contenção e mitigação”.

A equipe coordenada por Carlos Machado é integrada por Christovam Barcellos, Daniel Antunes Maciel Villela, Gustavo Corrêa Matta, Lenice Costa Reis, Margareth Crisóstomo Portela, Diego Ricardo Xavier, Raphael Guimarães, Raphael de Freitas Saldanha, Isadora Vida Mefano.

*Mônica Bergamo/Folha

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Saúde

Para médicos, nova covid é mais grave e letal: “eles pioram muito mais rápido”

“Os pacientes estão chegando ultimamente tão graves que às vezes o que a gente fazia anteriormente não está tendo a mesma resposta. A impressão é que a gente precisa fazer muito mais coisas para ele melhorar e, mesmo assim, eles pioram mais e de forma muito mais rápida.”

O relato do médico Diego Montarroyos Simões, que dá plantão em um hospital privado de referência para a covid-19 no Recife, é uma síntese do que veem no dia a dia vários profissionais de saúde que atuam na linha de frente da covid-19 pelo país.

O UOL colheu depoimentos de profissionais de oito estados diferentes, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. Todos relatam notar uma diferença entre os doentes da primeira para a segunda onda.

Usamos mais artifícios respiratórios não invasivos, mais atuais, mas a melhora demora muito a chegar.

Segundo Simões, mesmo com a melhora no protocolo de tratamento, a mortalidade continua alta. “Hoje a gente tem até um arsenal maior de equipamentos para dar esse suporte ventilatório, fazemos a pronação [virar o paciente de bruços para aliviar a pressão nos pulmões], mas não tem uma resposta tão boa como tempos atrás. O porquê, não sei.”

Relatos iniciais no Amazonas

As primeiras afirmações de uma onda mais séria foram relatadas por médicos no Amazonas. Ainda em janeiro, profissionais contaram que perceberam diferenças na forma de atuação do vírus, aumentando a gravidade e reduzindo a faixa etária entre os infectados.

Claramente estamos diante de um ser invisível que é muito mais patogênico e transmissível. Hoje chegam famílias inteiras com os sintomas ao mesmo tempo, antes era um de cada vez.

Uma das hipóteses levantadas é que a nova variante P.1 seria a responsável pelo aumento da gravidade de casos. No Reino Unido, pesquisa divulgada nesta semana revela que o risco de morte da variante surgida lá é 61% maior que a cepa anterior.

Segundo o pesquisador Juan Miguel Villalobos Salcedo, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Rondônia, não há ainda evidências científicas de que a variante P.1 tenha maior patogenicidade. “O que sabemos é que ela tem maior transmissibilidade, mas não temos estudos que apontem maior gravidade da doença”, afirma.

Graves mais cedo

O pesquisador e médico intensivista Ederlon Rezende também vê piora. “Esses pacientes requerem mais quantidade de suporte de múltiplas funções orgânicas. São pacientes mais graves e que ficam mais tempo internados”, conta ele, que trabalha em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Estão chegando pacientes mais graves e mais cedo, sem dúvida. E também há pacientes mais jovens precisando de UTI.

Sobre a hipótese de ser uma nova cepa, ela afirma que não há como ter a comprovação científica por ora. “Teria de haver uma separação de UTI para pacientes da nova variante e outra só da variante anterior. No Brasil temos dificuldade de fazer teste, imagina fazer sequenciamento genético para estudo desse porte”, diz. “Na ciência a percepção também é levada em conta, mas como uma geradora de hipóteses.”

Um doente grave de covid-19, explica, depende bem mais que de uma ventilação mecânica. “Não é apenas contra a infecção ou pelo pulmão que a gente luta. Via de regra, o SARS-CoV-2 é multissistêmico: compromete pulmão, cérebro, intestino, rins. Por isso se torna muito grave, não só dependente de ventilação, de diálises, de drogas vasoativas e de outros suportes das múltiplas funções orgânicas”, afirma.

Diante de um cenário mais difícil, ele diz que a medicina está precisando se ajustar. “Temos de consertar o pneu com o carro andando.”

Jovens mais acometidos

Borzacov diz que boa parte dos pacientes que chegam são jovens com idades entre 30 e 40 anos. “A gente não via isso na outra onda”, afirma.

Sensação idêntica tem a médica Rachel Teixeira, que atua em hospitais de Fortaleza. “Vejo muitos internados abaixo de 50 anos, com apenas obesidade de comorbidade conhecida, ou às vezes nem isso. São pacientes com doença multissistêmica pronunciada e percebo uma deterioração do quadro clínico de forma rápida”, conta.

Sem dúvida, muito mais jovens estão morrendo. Não estamos falando só de grupo de risco: isso está em todas as faixas etárias, atingindo bebês, crianças, adolescentes, mesmo sem comorbidade. Silvia Leopoldina, médica de Manaus

Guilherme Barcellos, médico do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, também confirma que o perfil dos pacientes mudou, mas ele tem dúvidas se é por conta da maior exposição dos jovens ou por uma mutação.

“Houve um aumento bem expressivo de pacientes mais jovens, sem comorbidades, com formas graves. Isso ocorre em uma proporção que a gente não via antes, que era mais exceção. Isso pode também ser unicamente explicado pelo descontrole da transmissão comunitária, não por uma cepa.”

*Com informações do Uol

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